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sábado, 24 de novembro de 2018

Falsos Profetas em nós

“Não subistes às brechas, nem reparastes o muro para a casa de Israel, para estardes firmes na peleja no dia do Senhor.” Ez 13;5
Diatribe do Senhor contra falsos profetas mediante Ezequiel. O Eterno não os chamou de mentirosos estritamente, ainda que, o eram. Antes, foi além; às consequências das mentiras que obraram por desarmar espíritos em relação ao que era necessário, (estar firmes na peleja) deixando-os assim, como cidade vulnerável aos ataques do inimigo. “Não subistes às brechas, nem reparastes o muro...Naquele contexto, o triunfo dos inimigos sobre Israel sempre decorria de juízo por desobediência. Assim, reparar as brechas seria exortar ao arrependimento, não, literalmente consertar a um muro.

O povo escolhera para si um modo de vida contrário aos Divinos preceitos; o papel de um profeta veraz seria denunciar a apostasia e acenar com o juízo; entretanto, ... andam enganando meu povo, dizendo: Paz, não havendo paz; quando um edifica uma parede, outros a cobrem com argamassa não temperada;” V 10

Desgraçadamente as pessoas tendem a ser solidárias no erro, mais que, na virtude. Um profetiza falso, outro, (movido mais pelo sabor fácil da falsidade, que o sóbrio da verdade) vem e corrobora; “Um edifica uma parede, outros a cobrem com argamassa...”
Profetas idôneos como Isaías, Jeremias, Ezequiel, Elias, etc. sempre foram águias solitárias, invariavelmente resistidos por falsos profetas.

Claro que é mais fácil e popular falar ao povo incauto sobre benesses e livramentos supostamente prometidos por Deus, malgrado a apostasia dos ouvintes, que, denunciar isso; dar a cara a tapa por desejar ser fiel, medicinal, não, popular.

Ora, em se tratando de labor, por exemplo, optarmos pelo método mais fácil é inteligente, óbvio. Quem usaria um serrote dispondo de uma serra elétrica para cortar madeira? Entretanto, quando está em jogo a vida, nunca será a facilidade o método de escolha sábia, antes, a eficácia. Não importa se o remédio é amargo, desde que cure.

As impressões sensoriais também costumam ser falsas profetisas, atendo-se ao agradável em lugar do veraz; “Há um caminho que ao homem parece direito, mas, o fim dele são caminhos da morte.” Prov 14;12
Não é à facilidade da caminhada, pois, que devemos nos ater; mas, aonde leva o caminho que estamos trilhando. Se, eventualmente um nos parece direito, e, no fim se revelará mortal, confiar em nossas próprias percepções é mais que aquiescer ao engano; é suicídio.

A colisão da mentira aceita pelo homem, contra a cidadela da verdade fez brechas no muro da comunhão Divino-humana; a sugestão assassina, “Vós sereis como Deus sabendo o bem e o mal”, ensejou uma enfermidade mortal. Hoje diz: “O poste mijou no cachorro”. Ou seja: A alma que deveria andar submissa ao espírito, com a morte espiritual decorrente do pecado, assumiu o comando; invés de ter O Divino Saber por Absoluto, passou a absolutizar suas próprias paixões enfermas.

Desse modo, o aprazível passou a ser o “bem”, inda que mortal, enquanto, o sóbrio, prudente o “mal”.

Como somos racionais, nossas ações todas derivam de resoluções; esboçamo-las primeiro nos pensamentos, recebemos o aplauso da vontade, e, como boi ao matadouro rumamos ao encontro do pecado.

Sabendo disso, O Criador, antes de uma mudança comportamental demanda um câmbio mental, espiritual, onde, as diretrizes Dele, outra vez sejam nossas; não, a pretensa e suicida autonomia proposta pelo traidor. “Deixe o ímpio seu caminho, o homem maligno seus pensamentos, e se converta ao Senhor que se compadecerá dele; torne para o nosso Deus, porque grandioso é em perdoar. Porque os meus pensamentos não são os vossos; nem, os vossos caminhos os meus; diz o Senhor.” Is 55;7 e 8
Assim, figuradamente cada um de nós é uma cidade murada, cujos muros estão cheios de brechas (pecados); dentro dela, dezenas de falsos profetas (prazeres) garantem-nos que somos “do bem;” estamos em paz com Deus.

Nos dias de Ezequiel, um intercessor idôneo bastaria ao Eterno; “Busquei dentre eles um homem que estivesse tapando o muro; estivesse na brecha perante mim por esta terra, para que Eu não a destruísse; porém, ninguém achei.” Ez 22;30
O Mediador, então, em falta veio; “... Mediador entre Deus e os homens, Jesus Cristo homem.” I Tim 2;5
Contudo, para que Sua intercessão, seja eficaz para conosco devemos estar identificados nEle em submissão; como disse: “Tomai sobre vós o meu jugo...”
Haverá em nosso entorno dezenas de “profetas” para atiçar carnais predileções; mas, daríamos a eles assento de juízes hoje, se, no juízo serão apenas réus?

Não se trata de abstração filosófica, mas, de vida ou morte mesmo, por trágico que pareça; a escolha sempre será nossa, entre os que rebocam nossas inúteis paredes rachadas, ou, O que funda nossa casa na Rocha.

domingo, 1 de abril de 2018

O Intercessor

Livrará até ao que não é inocente; será libertado pela pureza das tuas mãos.” Jó 22;30

Elifaz conselheiro eventual de Jó, que, por incapaz de entender o que se passava fez uma leitura do ser, a partir do estar; julgou os méritos de Jó pelas circunstâncias. Como eram sobremodo dolorosas concluiu que ele deveria ter pecados graves, dos quais, o acusou. Depois, exortou-o a que se voltasse pro Criador, pois, assim, “Orarás e Ele te ouvirá...” v 27 livrará até ao culpado por causa da pureza das tuas mãos. Disse.

Malgrado os seus achômetros infelizes, nessa parte ele estava certo; isto é; a eficácia de uma intercessão depende da aceitação do intercessor. Tiago reiterou isso com outras palavras: “... A oração feita por um justo pode muito em seus efeitos.” Tg 5;16

Isso se verificou então, pois, quando O Eterno resolveu se manifestar ordenou que os amigos de Jó oferecessem sacrifícios de arrependimento; o desventurado e enfermo Jó oraria por eles, pois, apenas sua intercessão seria aceita. “Tomai sete bezerros e sete carneiros; ide ao meu servo Jó, e oferecei holocaustos por vós; meu servo Jó orará por vós; porque a ele aceitarei, para que eu não vos trate conforme vossa loucura; porque não falastes de mim o que era reto como meu servo Jó.” Cap 42;8

Interessante que, diretamente nenhum deles falou contra Deus, antes, contra Jó; no entanto, as afrontas com as quais o afrontaram O senhor tomou sobre si; “... não falastes de mim o que era reto...”

Que humilhação para os presunçosos que, apenas por estar vendo a prova de fora acharam que isso os fazia melhores!! Nunca leiamos a espiritualidade de alguém pelas dores que sofre, não é esse o aferidor. Muitas vezes, quanto mais perto do Senhor alguém está, mais facilmente será alvo dos ataques malignos; isso se deu com O Próprio Senhor encarnado, com Paulo, Estevão, os apóstolos...

Paulo após escapar de um naufrágio na ilha de Malta foi acometido por uma vibra, pensaram os nativos que Deus o odiava e perseguia para matar; nada sofrendo foram para o outro lado supondo-o, um deus. Nem uma coisa nem outra. Sofria consequências adversas da vida como todos, mas, Deus era com ele.

Embora o Evangelho traga o ensino cristalino de que, na conversão passamos da morte para a vida, os pregadores da moda ensinam que na adesão às suas mandingas se passa do desemprego para o labor; da solidão para o casamento, da pobreza para a prosperidade, etc.

Além de passarmos da morte para a vida passamos da situação de inimigos de Deus, para a sina ditosa de filhos adotivos; se, isso não garante que não veremos adversidades, assegura a contínua presença do Santo conosco. “Quando passares pelas águas estarei contigo; quando, pelos rios não te submergirão; quando passares pelo fogo não te queimarás, nem, chama arderá em ti.” Is 43;2

Embora o contexto refira-se à nação de Israel, os que, graças ao Sangue Bendito do Messias de Israel também herdam a nobre posição de servos de Deus, por certo contarão com a mesma proteção fiel; O Santo não muda.

Quando Elifaz mencionou à pureza das mãos do intercessor, por certo usou uma figura de linguagem para ilustrar a retidão do caráter. Pode que, tenha aludido ao hábito de se impor as mãos ao orarmos.

No entanto, nesse caso, tanto a pureza do intercessor pode ser comunicada, quanto, a impureza daquele no qual se impõe as mãos. Paulo ensina: “A ninguém imponhas precipitadamente as mãos, nem participes dos pecados alheios; conserva a ti mesmo puro.” I Tim 5;22

Há duas situações distintas: Quando imponho mãos sobre um pecador e oro por ele identifico-me com suas necessidades; porém, se imponho as mãos separando alguém para o ministério, identifico-me com o caráter do separando; caso esteja em situação indigna, minha precipitação me fará partícipe dos pecados dele. Daí, a prudência prescrita: “Não participes dos pecados alheios.”

Mas, “Olhando Deus para a Terra não viu nenhum justo, sequer.” Quem seria intercessor por nós? “Porque nos convinha tal, sumo sacerdote, santo, inocente, imaculado, separado dos pecadores, feito mais sublime que os céus.” Heb 7;26

Ele, Cristo é o que livra aos culpados por causa da pureza das suas mãos. O Único Intercessor; “Porque há um só Deus; um só Mediador entre Deus e os homens, Jesus Cristo homem.” I Tim 2;5 Permitiu que Sua Mãos Santas fossem transpassadas, para que nossas vidas ímpias fossem santificadas.

Identificou-se com nossas dívidas pagando-as por nós; chama-nos agora à identificação com Seu caráter, a novidade de vida, a santificação.

Lava-nos, para que, limpos, possamos ajudar outros que carecem conhecê-lo também. E, “... Os limpos de coração verão a Deus.”