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sábado, 11 de março de 2017

Esperança e fé

“Mas, o justo viverá da fé...” Heb 10;38 “Ora, a fé é o firme fundamento das coisas que se esperam...” Heb 11;1

Embora, em muitos casos apareçam amalgamadas, fé e esperança são coisas distintas. Esperança são meus anseios fixos em algo; fé, minha confiança firme em Alguém. O “algo” eu decido esperar; O “Alguém” é sábio para escolher o melhor para mim, capaz de ir “além do que pedimos, ou, pensamos.” A esperança nem sempre se realiza, contudo, a “fé não costuma faiá” como diz numa canção.

Tanto são coisas distintas, que Paulo as apresenta assim: “Agora, pois, permanecem a fé, a esperança e o amor...” I Cor 13;13

Nem sempre são as promessas que ensejam a esperança, antes, nossa interpretação equivocada das mesmas, que nos leva a esperarmos o que não se cumprirá. Quando uma promessa diz que, “todas as coisas contribuem juntamente para o bem dos que amam a Deus;” pensamos logo no bem, a arte-final, Divina, não, no layout, nas vicissitudes adversas de sofrermos “todas as coisas.” Malgrado, chamados à eternidade, somos imediatistas.

Paulo deu uma palhinha de como incidem sobre os santos, todas as coisas: “Sei estar abatido, também, ter abundância; em toda a maneira, e em todas as coisas estou instruído, tanto a ter fartura, quanto, ter fome; tanto a ter abundância, quanto, padecer necessidade. Posso todas as coisas em Cristo que me fortalece.” Fp 4;12 e 13

Inda que a esperança fixe sua lupa em alvos sadios, é a fé, que empresta a têmpera necessária para suportarmos o processo do aperfeiçoamento, segundo Deus.

Na galeria dos “Heróis da fé” temos lapsos de esperança. Triunfaram eles, na fé, mas, nem sempre, o que esperavam, se cumpriu. “Todos estes, tendo tido testemunho pela fé, não alcançaram a promessa, provendo Deus alguma coisa melhor a nosso respeito, para que eles sem nós não fossem aperfeiçoados.” Heb 11;39 e 40 Esperavam no seu tempo, a promessa, e descobriram que devem esperar por nós, para que alcancemos juntamente.

A imensa maioria do que se rotula fé, em nossos dias, é apenas esperança, quase sempre, malsã. A coisa gira em torno de conquistas efêmeras, chave disso, daquilo, facilidades ausentes na Palavra, cujo merecimento deriva de se escrever “amém” ou, compartilhar da mesma cobiça. A fé não depende da esperança, como mostrou Abraão: “O qual, em esperança, creu contra a esperança, tanto que, tornou-se pai de muitas nações...” Rom 4;18
Contudo, a esperança é uma coisa boa, à medida que injeta certo ânimo em seu hospedeiro, e se revela firme, se, tal, apostar suas fichas estritamente no que foi prometido. “Para que por duas coisas imutáveis, nas quais é impossível que Deus minta, tenhamos firme consolação, nós, que pomos nosso refúgio em reter a esperança proposta.” Heb 6;18

Notemos que o autor usa o termo, “reter”, que traz a ideia de ter de novo. Sim, nossas ilusões e precipitações tendem a aprazar o tempo em que nossas esperanças se cumprirão; falhando tal prazo, sempre há o risco de a esperança murchar, perder-se. Por isso, é preciso reter, cientes do que nos foi prometido, devemos estar certos, também, que o dia para cumprir a promessa cabe a Deus. Seus “Cheques” não atinam ao tempo dessa vida, meramente, antes, extrapolam a ela, dispõem da eternidade para o “pagamento.” “Se esperamos em Cristo só nesta vida, somos os mais miseráveis de todos os homens.” I Cor 15;19

Claro que essas coisas todas fazem sentido para salvos, os demais, inda não se apropriaram do básico, mediante a fé, a salvação. Embora a Palavra testifique que “não há um justo sequer”, os que receberam ao Senhor, pela Sua Justiça são reputados justos; além de perdoados herdam a Justiça do Salvador. Esses devem viver pela fé. “O justo viverá da fé.” Não é um adendo abstrato, um, algo mais, sofisticando a senda de alguém, antes, um modo de vida.

Essa fé seletiva, que crê em todas promessas e ignora os ensinos, exortações, advertências, não passa de enfermidade, esperança doentia que não se cumprirá. Quem negocia porções da Palavra da Vida, para ser socialmente aceito, politicamente correto, mostra sua fé no aplauso humano. Quem crê em Deus, deveras, espere, além do cumprimento das promessas, no fim, uma caminhada árdua, de rejeição, tentações, rótulos depreciativos como, radical, retrógrado, fundamentalista, etc.

Sendo o mundo tal qual é, inimigo de Deus, tanto quanto, mais nos identificarmos com nosso Pai, menos aceitação social teremos. A Luz de Deus incomoda olhos acostumados às trevas.

Enfim, não há necessidade de esperança e fé se divorciarem; basta que esperemos segundo a Palavra, na qual, a fé nos ensinou a crer. Pois, “a fé é o firme fundamento das coisas que se esperam...”

terça-feira, 7 de julho de 2015

O eunimigo mortal

“Orando também juntamente por nós, para que Deus nos abra a porta da palavra, a fim de falarmos do mistério de Cristo, pelo qual estou também preso; para que manifeste, como convém falar.” Col 4; 3 e 4 

Maravilhosa lição de entrega nos dá Paulo! Estava preso e pediu orações para se abrisse a “Porta da Palavra”, não, da cadeia. Sua preocupação passava de largo à ideia de ser livre; contudo, queria ser preciso, cirúrgico no uso da Palavra de Deus. 

Que a condição básica dos salvos é o “negue a si mesmo” todos sabem; Um coisa, entretanto, é saber a receita; outra, fazer o bolo.

Nesses tempos difíceis, de afirmação do ego, de culto à personalidade, uma negação nesses moldes soa estranha. Normal tem sido vermos grandes biltres da política usando o poder econômico para impetrarem “Habbeas corpus” preventivos, com medo de serem presos. 

O sociedade como está organizada há muito deixou de ser um arranjo para a convivência, tornando-se arena de competição. Assim, o fito não é a negação, antes, a afirmação do eu. Eventualmente, alguém, ou, uma instituição qualquer faz algo filantrópico e vira notícia, tal a quebra de paradigma que se revela, algo que deveria ser o modo de vida ordinário dos cristãos. 

Não raro vemos o marketing apregoando igrejas como empresas, pois, a porta que se busca abrir é a da prosperidade denominacional, não, a que ensejaria o crescimento do Reino de Deus. Grandes “stars” góspeis circulam para cima e para baixo, ao estímulo de polpudos cachês, pois o “eu” esse déspota assassino encena, rodeia, apregoa, mas, ser pregado na cruz, não aceita de jeito nenhum.

Não estou hipocritamente pretendendo me eximir da culpa, antes, me incluindo no alvo dessa reflexão, para, constatarmos juntos, o quanto ainda falta até podermos esquecer nossas barreiras pessoais, desde que, A Vontade de Deus se cumpra em nós. 

Se, é verdade que o domínio tecnológico nos abre um milhão de possibilidades, também, nos estimula a sermos pueris, superficiais... Podemos “compartilhar” grandes “nacos” de sabedoria, que, em nenhum momento vivenciamos. Apenas passaram diante de nós, “curtimos” e mandamos em frente, como que usando pedra preciosa na funda. 

O universo virtual faculta a facilidade de fazermos cortesia com chapéus alheios. “Quem gostou compartilha” parece ser o aferidor; invés de, quem entendeu viva, pratique.

Ninguém mais pede oração temendo não falar a coisa certa, esses pruridos infantis que acossavam Paulo; todo mundo sabe o que é certo; por que ajuda Divina se tem tudo no Google? 

Na verdade, antes da qualidade da reflexão, em si, o próprio ato de refletir é mais notório por sua ausência, que, por eventuais frutos. Volto inevitavelmente a uma das minhas frases favoritas; “A mente não é um vaso para ser cheio; é um fogo a ser aceso”. ( Plutarco ) Não precisamos uma mente filosófica para constatar a superioridade de uma chama viva que se propaga sobre um amontoado de trastes empoeirados. 

O apóstolo Paulo rogou orações pela abertura da “porta da Palavra”, talvez, nós precisamos ser libertos da prisão das nossas certezas. Nada mais letal que estar nas garras da condenação e sentir-se seguro. Salomão denunciou uns assim: Tens visto o homem que é sábio a seus próprios olhos? Pode-se esperar mais do tolo do que dele.” Prov 26; 12 

Mas, agindo assim não correremos o risco de isolamento, recebermos um “gelo” dos nossos amigos virtuais, pois, estaríamos andando na contramão? Essa é a ideia. 

Jesus nunca pretendeu que os Seus fossem alinhados com o mundo, antes, diversos dele, mediante frutos e alvos mais excelentes. “Dei-lhes a tua palavra, o mundo os odiou, porque não são do mundo, assim como eu não sou do mundo.” Jo 17; 14 Por que Paulo estava preso, senão, que sua mensagem e modo de vida perturbavam aos figurões de então? 

Que importa que grasse o culto do lixo moral, como tem se acentuado no país nos últimos tempos, quem considera prioritariamente a Vontade de Deus mantém os pés na Rocha, não se inclina ao sabor do vento. 

Afinal, “negar a si mesmo” em prol da vontade de Deus é a anulação do efêmero pelo triunfo do eterno; anular a si mesmo amalgamado, massificado, pelo lixo do mundo é delegar escolhas vitais a um assassino que há muito escolheu ser, inimigo de Deus. “Adúlteros e adúlteras, não sabeis vós que a amizade do mundo é inimizade contra Deus? Portanto, qualquer que quiser ser amigo do mundo constitui-se inimigo de Deus.” Tg 4; 4 

Que importa que o mundo nos rejeite, se Deus nos aceita? Afinal, “o mundo passa, e a sua concupiscência; mas, aquele que faz a vontade de Deus permanece para sempre.” I João; 2; 17