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sexta-feira, 16 de junho de 2017

Velozes e vaidosos

“O avestruz bate alegremente suas asas, porém, são benignas suas asas e penas? Deixa os seus ovos na terra, os aquenta no pó; se esquece de que algum pé os pode pisar, ou, que animais do campo os podem calcar. Endurece-se para com seus filhos, como se não fossem seus; debalde é seu trabalho, mas, está sem temor. Porque Deus privou de sabedoria, não lhe deu entendimento. A seu tempo se levanta; ri-se do cavalo e do que vai montado nele.” Jó 39;13 a 18

O Criador, após por em relevo animais que têm suas qualidades positivas, chama atenção de Jó para o avestruz. Malgrado sua imprudência que expõe seus filhos, está alegre, sem temor, pronto a um exibicionismo mostrando-se mais veloz que um cavalo. É. Segurança na ignorância, uma temeridade; mas, a própria cegueira se encarrega de ser “antídoto” ao mal que enseja.

Lembra certo dito: “O que os olhos não vêem o coração não sente.” Assim, não vendo as pessoas estariam protegidas; será?

O Salvador acusou Seus ouvintes de não quererem ver as coisas como são, para não carecerem renunciar más obras, disse: “A condenação é esta: Que a luz veio ao mundo, os homens amaram mais as trevas do que a luz, porque suas obras eram más. Porque todo aquele que faz o mal odeia a luz, não vem para a luz, para que as suas obras não sejam reprovadas.” Jo 3;19 e 20

Falando aos filósofos gregos Paulo acenou com perdão Divino ao seu pretérito escuro, mas, desafiou para que dali em diante mudassem as mentes, atitudes. “Sendo nós geração de Deus, não havemos de cuidar que a divindade seja semelhante ao ouro, à prata, à pedra esculpida por artifício e imaginação dos homens. Mas, Deus, não tendo em conta os tempos da ignorância, anuncia agora a todos os homens, em todo o lugar, que se arrependam; porquanto tem determinado um dia em que com justiça há de julgar o mundo, por meio do homem que destinou; disso deu certeza a todos ressuscitando-o dentre os mortos.” Atos 17;29 a 31

A ignorância que se pode notar os levava a endeusarem imagens de escultura; para tal pretérito foi proposto, perdão; para o porvir, foi acenado o Juízo mediante Jesus Cristo.

Se, por um lado estão vetadas incursões no que está acima de nossa capacidade; (“As coisas encobertas pertencem ao Senhor nosso Deus, porém as reveladas pertencem a nós e nossos filhos para sempre, para que cumpramos todas palavras desta lei.” Deut 29;29) Por outro, somos exortados a buscar conhecer o que nos foi revelado, não como mera ginástica mental, prazer intelectual; antes, como questão de vida ou morte. “A vida eterna é esta: que conheçam a ti só, por único Deus verdadeiro; e Jesus Cristo, a quem enviaste.” Jo 17;3

A omissão nesse quesito foi fatal em tempos idos; “Meu povo foi destruído, porque lhe faltou conhecimento; porque tu rejeitaste o conhecimento, também te rejeitarei, para que não sejas sacerdote diante de mim; visto que te esqueceste da lei do teu Deus, também, me esquecerei de teus filhos.” Os 4;6 Uma vez mais, os “avestruzes” deixando em risco seus filhos.

O conhecimento demandado não é mera abstração sapiente;requer que moldemos nosso agir pelo que do Senhor ouvimos; só depois que tivermos exposto nossas almas na arena da experiência, então, de fato, conheceremos a essência da Doutrina que liberta. “Jesus dizia, pois, aos judeus que criam nele: Se vós permanecerdes na minha palavra, verdadeiramente sereis meus discípulos; conhecereis a verdade e a verdade vos libertará.” Jo 8;31 e 32

O domínio tecnológico, salvas algumas exceções tem moldado seus “avestruzes”. Dá para compartilhar coisas profundas de modo célere como se tivéssemos asas; porém, nossa “plateia” não precisa conhecer nossos passos, necessariamente; podemos seguir superficiais, usando porções espirituais ou filosóficas apenas para verniz de nossas vaidades, como que, usando diamantes em fundas. Velozes e estúpidos.

Precisamos aprender com Jacó a andar “no passo do gado”; naquele caso havia velhos e crianças. No nosso, o risco das asas das palavras evitarem o áspero caminho das ações; só nele, a autenticidade de nossa fé se pode demonstrar. Com palavras nos “exercitamos” ante outros; com ações, perante Deus.

Como ovos devidamente encubados se tornam seres vivos, palavras absorvidas no coração ganham vida; têm capacidade de transformar. Podemos ser doutores de falas, e ignorantes de ações. Perto da luz, mas, no escuro; como asnos carregados de livros.

Pior que estar seguro no escuro é ter luz, mas, recusar, nela, andar. “Se andarmos na luz, como ele na luz está, temos comunhão uns com os outros, o sangue de Jesus Cristo, seu Filho, nos purifica de todo pecado.” I Jo 1;7