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quarta-feira, 1 de julho de 2020

Live or dead?


“Então disse Jesus aos doze: Quereis vós também retirar-vos?” Jo 6;67


Não dá para dizer que Jesus foi hábil em arregimentar seguidores. Se, multiplicando pães e peixes, certa vez, teve de imediato umas cinco mil “curtidas”, na próxima “postagem” um texto com falas duras sobre “trabalhai não pela comida que perece, mas, ela que permanece para a vida eterna” e, “tem que comer minha carne e beber meu sangue”, colocou tudo a perder.

A multidão toda debandou; mesmo os doze discípulos estavam vacilantes; aí O Mestre disse o citado acima; “Quereis também retirar-vos?” Quase que seu “Face” foi deletado por falta de interessados. Felizmente, por Divina revelação eles viram a absoluta falta de alternativas; “... para quem iremos nós? Tu tens as Palavras da vida eterna.” V 68

Perdoem o anacronismo, (a fusão do tempo atual com aquele) mas, se, então O Salvador era cioso da verdade, e não da quantidade de pessoas, hoje, através de muitos que se dizem Seus representantes, a coisa mudou exponencialmente.

De uns tempos para cá estão na moda as ditas “lives”; que traduzido e adaptado ao nosso idioma seria como “ao vivo”.
Há exceções claro! mas, na imensa maioria é um festival de enganação, de falsas profecias e “revelações” que chega a dar asco em quem assiste.

Ontem sofri uns cinco minutos de uma que embrulhou o estômago. As palavras “curte e compartilha” aparecem cem vezes para cada porção da Palavra de Deus, quando essa é citada. Logo, vê-se que aquele antigo interesse da qualidade invés da quantidade já é coisa superada. “Jesus” mudou.

O “profeta” tinha uma assistente que, presumo sua cônjuge, pois chamava-a de amor, e girando excitado no estilo pomba-gira pedia: “Um nome amor!”

Ela mencionava, “Maria problemas financeiros.” O tipo colocava a mão cerrada sobre a testa dava outro giro de 360 graus e bradava: “Desceu!!” “Maria Deus manda te dizer o seguinte...” P*** que o pariu!!!

Isso seguia de um nome a outro, e qualquer que fosse o problema uma “resposta de Deus” não da Bíblia mas, da “revelação” do salafrário; concomitantemente subiam na tela dezenas de joinhas e coraçõezinhos dos imbecis adoradores do engano.

Nas suas múltiplas “revelações” de um “Deus” subserviente à carne e tagarela, jamais houve uma exortação contra o pecado, uma advertência para corrigir caminhos, um desfio ao arrependimento. Sempre, “vitórias, conquistas, curas, restituições...”

Salomão advertira que não há nada novo debaixo do sol que tudo se repete; e Isaías já vira essa doença em seus dias; “Que dizem aos videntes: Não vejais; aos profetas: Não profetizeis para nós o que é reto; dizei-nos coisas aprazíveis, vede para nós enganos.” Is 30;10

Primeiro, o fim da fé, como ensina Pedro é a salvação das almas; o que exceder a isso é graça sobre graça. Não é um poder que permite conseguir o que quero; mas, uma dádiva que faculta-nos aprender a viver como Deus quer;

Segundo, ouvir a Voz de Deus é uma ventura rara, para homens espirituais em momentos ímpares de iniciativa do Próprio Senhor; Do jeito que esses fazem parecer, O Todo Poderoso se faz um reles mandalete, um menino de recados ao sabor de quem lhe dá ordens (?). “O filho honra o pai, e o servo o seu senhor; se Eu Sou Pai, onde está a Minha honra? Se, Eu Sou Senhor, onde está o meu temor? diz o Senhor dos Exércitos a vós, ó sacerdotes, que desprezais o Meu Nome...” Ml 1;6

Ora, a Voz de Deus que deve ser ouvida para a salvação, não para alívio das comichões carnais, é a que está escrita. “De sorte que a fé é pelo ouvir, e o ouvir pela palavra de Deus.” Rom 10;17

Textos sérios que ensinam à Verdade não encontram eco na maioria das pessoas; poucos leem, menos ainda partilham, repercutem. Contudo, os obreiros idôneos não são chamados para “causar” nas redes, fazer sucesso. O compromisso base de um despenseiro do Senhor é a fidelidade; “... requer-se dos despenseiros que cada um se ache fiel.” I Cor 4;2

Vergonhosamente muitos que orbitam as coisas ditas espirituais que deveriam ter a natureza de ovelhas parecem ter de moscas, a julgar pelos lugares onde pousam.

Desde sempre ouvimos a filosofia de boteco que, mais vale uma dura verdade que uma alegre mentira. No entanto, na prática a teoria é outra.

Correm sôfregos após a mentira, aqueles que jamais desenvolveram paladar para a verdade.

O analfabetismo bíblico mata mais que o vírus da vez; contra esse a “máscara” eficaz seria buscar o conhecimento salvífico, mas os incautos preferem a mentira assassina. “Meu povo foi destruído, porque lhe faltou o conhecimento; porque tu rejeitaste o conhecimento, também te rejeitarei...” Os 4;6

domingo, 17 de maio de 2020

Medo da Liberdade


“Conhecereis a Verdade e a Verdade vos libertará.” Jo ;32

Duas coisas se fazem necessárias nesse texto. Primeira: Que as pessoas alvos dele eram prisioneiras; segunda: Que quem as aprisionava era a mentira.

Dentre as coisas tidas como inegociáveis temos a liberdade. Entretanto, muitas vezes trata-se de um conceito oco, desprovido de sentido.

Acontece que, se todos almejamos ser livres para opinar, ir e vir, votar, casar, separar; o engano, pelos acessórios aprazíveis que traz consigo à nossa natureza pecaminosa, nem sempre soa como um mal do qual se quer ser liberto. Embora seja um assassino que no final lançará suas vítimas na perdição, eventualmente conta com a “Síndrome de Estocolmo”, onde a vítima se afeiçoa ao sequestrador.

Isaías denunciou seus coevos assim: “Porque este é um povo rebelde, filhos mentirosos que não querem ouvir a Lei do Senhor. Que dizem aos videntes: Não vejais; aos profetas: Não profetizeis para nós o que é reto; dizei-nos coisas aprazíveis, vede para nós enganos.”

O que faz a fortuna dos falsos profetas da praça, vendedores de “feijões mágicos” e biltres afins, senão, o desejo latente do povo preguiçoso, de ouvir facilidades mentirosas e ser enganado?

A mesma verdade, então, com as vestes de “Lei do Senhor”, mencionada pelo profeta. Daí, o “Mente pra mim, mas diz coisas bonitas”, como cantou Aguinaldo Timóteo, parece entranhado na natureza humana, que, entre a verdade nua e crua e a mentira agradável, escolhe essa.

É impossível libertar alguém, se, esse não reconhece a própria prisão. Era o caso dos que ouviam a Cristo, então. Ora se diziam filhos de Abraão, outra, de Deus; mesmo vassalos de Roma se gabavam, “Nunca servimos ninguém”. O que faziam os publicanos, senão, cobrar impostos pesados deles em favor de Roma?

Então O Senhor que É A Verdade fez o que o mesmo Isaías vaticinara; que salvaria rasgando máscaras; “Destruirá neste monte a face da cobertura, com que todos os povos andam cobertos, o véu com que todas as nações se cobrem. Aniquilará a morte para sempre; assim enxugará o Senhor Deus as lágrimas de todos os rostos, tirará o opróbrio do seu povo de toda a terra; porque o Senhor disse.” Is 25;7 e 8

A verdade posta em relevo foi um duro golpe aos hipócritas de então; “Vós tendes por pai ao diabo e quereis satisfazer os desejos de vosso pai. Ele foi homicida desde o princípio, não se firmou na verdade, porque não há verdade nele. Quando profere mentira fala do que lhe é próprio, porque é mentiroso e pai da mentira.” Jo 8;44

Normalmente achamos desnecessária a pergunta de Jesus a Bartimeu: “O que queres que Eu te faça?” No entanto, invés de pedir a cura poderia ele, acostumado que estava, a pedir uma esmola. Seria liberto do seu mal, como foi, se o desejasse.

Desse modo, os que estão seguros de suas “noções” de justiça própria, da validade de seus caminhos autônomos, e não precisam das muletas religiosas para serem bons, como já li por aí, não passam de enganados engajados, algozes de si mesmos, que adotaram como seus os enganos inoculados neles pelo Pai da Mentira.

Não obstante o cintilar luminoso da humana pretensão, a Verdade que liberta deixa patentes umas duas ou três coisas; não há um bom, senão Deus; não há um justo sequer; ninguém será salvo por justiça própria ou boas obras; somente mediante o Sangue de Cristo; rendição e submissão a Ele.

Embora a milenar peleja entre O Todo Poderoso e o inimigo envolva vida e morte, os meios para uma e outra sempre orbitaram à verdade ou à mentira. Não sem razão, a Palavra do Senhor foi figurada como “A Espada do Espírito”; arma poderosa contra o engano.

Quem achar que, a operação do inimigo se dá em despachos de esquinas caiu num engano maligno também. Embora toda sorte de ignorância lhe sirva, o inimigo costuma ser mais sutil e letal que essa grosserias. “... o deus deste século cegou os entendimentos dos incrédulos, para que lhes não resplandeça a luz do evangelho da glória de Cristo...” II Cor 4;4

Me dá asco quando ouço um “profeta virtual” “Revelando”; “Fizeram um trabalho contra você”. Put* *** P**iu!! Quando O Trabalho de Cristo estiver no centro, contra nossas vidas, “Não valem encantamentos”; enquanto não, não faz diferença pois estaremos mortos mesmo.

Mas, pessoas preferem mentiras fáceis que culpam ao Diabo pelos seus males; é bem melhor que a cruz que lida com o verdadeiro culpado, eu.

A Verdade sopra para longe a cabana de palha dos meus disfarces; mas, invés de me deixar à mercê do lobo mau, eleva-me a um Alto Refúgio; uma Fortaleza Sobre Rochas. Deus.

domingo, 1 de março de 2020

Só Pra Contrariar


“Quanto aos profetas, meu coração está quebrantado dentro de mim; todos meus ossos estremecem; sou como um homem embriagado, como um homem vencido de vinho, por causa do Senhor e das Suas Santas Palavras.” Jr 2;39

Sempre que analisamos a atuação de um falso profeta o fazemos em face às consequências da mensagem sobre aqueles que lhes acreditam; nas expectativas falsas que ocasiona e no dano por iludir o povo.

Porém, além disso, seu “trabalho” também tem efeitos colaterais danosos sobre os que são verdadeiros; nada ameaça mais a um mentiroso que o concurso da verdade.

Elias teve que enfrentar a 850 profetas falsos; Micaías também arrostou inúmeros; foram os tais, que a todo o tempo se opunham a Jeremias que o lançaram num fosso, e um deles chegou a agredir ao profeta do Senhor.

“... sua carreira é má, sua força não é reta. Porque tanto o profeta, quanto o sacerdote, estão contaminados; até na minha casa achei sua maldade, diz o Senhor.” Vs 10 e 11

Há diferença entre pecar e profanar. Pecar é simplesmente errar o alvo, o propósito Divino para nós, o que todos, uns em maior, outros em menor grau cometemos; profanar é pecar nas coisas santas, nas consagradas ao Senhor. Um falso profeta como diz falar “em Nome do Senhor” sua falsidade o faz profano.

Enquanto um profeta veraz se ocupa em transmitir o que lhe foi dado pelo Senhor, independentemente das consequências, um falso se ocupa de tentar parecer verdadeiro, pois, seu alvo é ser aceito pelo povo, independentemente da reprovação Divina.

Só é digno de acato, pois, o que pode dizer como Paulo: “Porque eu recebi do Senhor o que vos anunciei...”

Como uma criança enferma que carecesse de uma injeção para restabelecer a saúde, se tivesse que escolher entre isso e comer chocolate prosseguindo doente, escolheria a segunda opção, assim o povo comum normalmente prefere o agradável ao saudável. Tende a ter em mais alta conta os falsos profetas que prometem facilidades festeiras, que os verazes, esses sisudos que visam restaurar a saúde espiritual dos que erraram o caminho.

Por isso, o ministério profético veraz, num caldeirão de falsidades como, onde costumam arder as paixões humanas é um sujeito que atua “só para contrariar”; avaliemos a chamada de Jeremias, prestando atenção à palavra “contra” por um momento; “Porque, eis que hoje te ponho por cidade forte, coluna de ferro, por muros de bronze, ‘contra’ toda a terra, ‘contra’ os reis de Judá, ‘contra’ seus príncipes, ‘contra’ seus sacerdotes, e ‘contra’ o povo da terra.” Cap 1;18

Normalmente as pessoas honestas costumam ser ingênuas, pois, atribuem a outrem que desconhecem os mesmos valores que esposam; assim, inicialmente não veem maldade nos outros; costumam esperar por honestidade, pelos mesmos valores que em si habitam.

Quando Jeremias deparou com a apostasia, o desvio do Senhor, pensou ser um defeito da ralé apenas; “Eu, porém, disse: Deveras estes são pobres; são loucos, pois não sabem o caminho do Senhor, nem o juízo do seu Deus. Irei aos grandes, falarei com eles; porque eles sabem o caminho do Senhor, o juízo do seu Deus...” Cap 5;4 e 5

Essa gentalha à toa não sabe das coisas, mas os do Sinédrio, os grandes sabem; vou falar com eles, pensou; Todavia, “... estes juntamente quebraram o jugo e romperam as ataduras.” V 5

O Senhor lhe dissera que entre os que deveria contrariar estavam os “príncipes do povo”, foi ingenuidade esperar diferente.

A orquestra do mundo regida por Satanás, cunhou nos últimos anos novos “pecados graves”; “Fundamentalismo, radicalismo e discurso de ódio”; como se, ter raízes, fundamento, e combater os pecados que O Senhor detesta fosse muito grave. De certa forma, aliás, a mensagem verdadeira traz um “discurso de ódio” sim; vejamos: “Tu amas a justiça e odeias a impiedade...” Sal 45;7

Então, nessa reta final, além do paladar infantil duma geração sem gosto pela Palavra da Vida, os verdadeiros profetas terão que lidar com a oposição mortal do establishment ímpio; sofrer a amargura da rejeição; toda sorte de combates, pois, a iniquidade assumiu proporções tais, que Deus não é apenas rejeitado pelo mundo; antes, tem sido combatido, zombado, blasfemado em todo tempo.

Somos radicais, da “Raiz de Jessé”; Fundamentalistas; “Ninguém pode por outro fundamento além do que está posto, Jesus Cristo”; discursamos o amor Divino ao pecador, mas Seu ódio ao pecado.

Seremos tachados de inimigos da humanidade enquanto arriscaremos anunciar o Amor e a justiça do Salvador.

Ele prometeu nos abençoar por isso; “Bem-aventurados sois, quando vos injuriarem, perseguirem e, mentindo, disserem todo mal contra vós por minha causa.” Mat 5;11

Será que somos contra tudo, ou o mundo que está contra Deus...?

segunda-feira, 7 de janeiro de 2019

Facilidades Mortais

“Dizem continuamente aos que me desprezam: O Senhor disse: Paz tereis; a qualquer que anda segundo a dureza do seu coração, dizem: Não virá mal sobre vós.” Jr 23;17

Labor dos falsos profetas: Paz e bem aos desprezadores de Deus, duros de coração. A enfermidade das almas caídas. Todos desejam ouvir promessas de bens, mesmo sendo maus e seguindo na maldade.

A dureza do coração não apenas macula o relacionamento com O Santo; atinge a inteligência de modo a fazer que se espere por frutos do que não se plantou.

Se, um profeta idôneo fala da parte de Deus, aos maus, necessariamente há de começar por aí, uma vez que, O Bom Deus abomina à maldade; “... se tivessem estado no Meu conselho teriam feito meu povo ouvir minhas palavras e o teriam feito voltar do seu mau caminho; da maldade das suas ações.” V 22

A maldade de um profeta é ser “bom”, quando, O Senhor deseja apenas que seja verdadeiro. Pois, sua “bondade” aparente se revelará fatal quando chegarem consequências. Jeremias o “mau”, “contencioso” pelejou com aquele povo por 23 anos; sempre resistido por falsos profetas que tinham uma mensagem “melhor”.

Na hora das consequências coube-lhe a impotência de chorar passeando entre ruínas de uma cidade arrasada compondo suas lamentações.

Mesmo nelas não omitiu as causas; “Por estas coisas eu ando chorando; os meus olhos se desfazem em águas; porque se afastou de mim o consolador que devia restaurar minha alma; os meus filhos estão assolados, porque prevaleceu o inimigo... Os teus profetas viram para ti, vaidade e loucura, não manifestaram tua maldade, para impedirem teu cativeiro; mas, viram para ti cargas vãs e motivos de expulsão.” Lam 1;16 e 2;14

Numa geração como a atual, onde, tudo é culpa de terceiros; sociedade, pais, Governo, do outro; mais do que nunca, a idoneidade profética requer que sejamos do contra. Quem desejar aplausos vire artista, mas, se empunhar a “Espada do Espírito” dê uma banana para os neons do mundo; seja fiel.

Falando em ser do contra, aliás, observemos essa palavra, “contra” quando O Senhor comissionava Jeremias: “Eis que hoje te ponho por cidade forte; por coluna de ferro e muros de bronze, contra toda terra; contra os reis de Judá, contra seus príncipes, contra seus sacerdotes e contra o povo da terra.” Cap 1;18

Parece que, invés de ser escolhido para agradar, como fazem os falsos, Jeremias o foi só pra contrariar.

Deparo seguido com “profetas” que, não querem saber como estou; se, honro ou desprezo a Deus; se, pauto meu viver pela Sua Palavra ou, ando segundo a dureza do meu coração; nada disso parece importar a esses “representantes do Santo”. Basta que eu “creia”, “compartilhe”, “digite amém”, “tome posse” para que eu seja destinatário da “chave da vitória”, da “bênção da prosperidade”, ou que Deus pagará minhas dívidas irresponsáveis... Que cambada de patifes!! Que gente sem noção!!

Agur descreveu-os nos seus dias já; “Há uma geração que é pura aos seus próprios olhos, mas que nunca foi lavada da sua imundícia.” Prov 30;12 Como aos amigos de Jó; “Quem dera que vos calásseis de todo, pois isso seria vossa sabedoria.” Jó 13;5

Qual a diferença entre esses e os daqueles dias? Nenhuma. Prometem profusão de bens a quem vive mal; a quem despreza Deus. Diante Dele que as coisas contam; e as condições para viver, as metas a atingir estão bem patentes: “Ele te declarou, ó homem, o que é bom; que é o que o Senhor pede de ti, senão, que pratiques justiça, ames a benignidade e andes humildemente com teu Deus?” Miq 6;8

Não tem chave de nada aqui; mas, um modo de viver que agrada ao Eterno.

Queres ganhar dinheiro? Aproveite oportunidades de trabalho, capacite-se; vá à luta; faça por merecer.

Se queres ser abençoado por Deus, antes de tudo precisas dar crédito à Sua Palavra para que, por Ela e pelo Espírito possas nascer de novo; pois, “Deus não é Deus de mortos”.

Nos domínios do Espírito as riquezas são de outra estirpe; demandam diligência também, mas o front é distinto: “Portanto, se já ressuscitastes com Cristo, buscai as coisas que são de cima, onde Cristo está assentado à destra de Deus. Pensai nas coisas que são de cima, não nas que são da terra; porque já estais mortos e vossa vida está escondida com Cristo em Deus.” Col 3;1 a 3

Percebeu a “contradição”? “Ressuscitastes... estais mortos...” Pra vida espiritual ressuscitamos; estávamos mortos e fomos renascidos; ao homem natural que tomou sua cruz convém outra sentença: “estais mortos...”

Enfim, um profeta veraz, portador da Palavra da Vida é instrumento que Deus usa para ressuscitar; não, para maquiar mortos.

sábado, 24 de novembro de 2018

Falsos Profetas em nós

“Não subistes às brechas, nem reparastes o muro para a casa de Israel, para estardes firmes na peleja no dia do Senhor.” Ez 13;5
Diatribe do Senhor contra falsos profetas mediante Ezequiel. O Eterno não os chamou de mentirosos estritamente, ainda que, o eram. Antes, foi além; às consequências das mentiras que obraram por desarmar espíritos em relação ao que era necessário, (estar firmes na peleja) deixando-os assim, como cidade vulnerável aos ataques do inimigo. “Não subistes às brechas, nem reparastes o muro...Naquele contexto, o triunfo dos inimigos sobre Israel sempre decorria de juízo por desobediência. Assim, reparar as brechas seria exortar ao arrependimento, não, literalmente consertar a um muro.

O povo escolhera para si um modo de vida contrário aos Divinos preceitos; o papel de um profeta veraz seria denunciar a apostasia e acenar com o juízo; entretanto, ... andam enganando meu povo, dizendo: Paz, não havendo paz; quando um edifica uma parede, outros a cobrem com argamassa não temperada;” V 10

Desgraçadamente as pessoas tendem a ser solidárias no erro, mais que, na virtude. Um profetiza falso, outro, (movido mais pelo sabor fácil da falsidade, que o sóbrio da verdade) vem e corrobora; “Um edifica uma parede, outros a cobrem com argamassa...”
Profetas idôneos como Isaías, Jeremias, Ezequiel, Elias, etc. sempre foram águias solitárias, invariavelmente resistidos por falsos profetas.

Claro que é mais fácil e popular falar ao povo incauto sobre benesses e livramentos supostamente prometidos por Deus, malgrado a apostasia dos ouvintes, que, denunciar isso; dar a cara a tapa por desejar ser fiel, medicinal, não, popular.

Ora, em se tratando de labor, por exemplo, optarmos pelo método mais fácil é inteligente, óbvio. Quem usaria um serrote dispondo de uma serra elétrica para cortar madeira? Entretanto, quando está em jogo a vida, nunca será a facilidade o método de escolha sábia, antes, a eficácia. Não importa se o remédio é amargo, desde que cure.

As impressões sensoriais também costumam ser falsas profetisas, atendo-se ao agradável em lugar do veraz; “Há um caminho que ao homem parece direito, mas, o fim dele são caminhos da morte.” Prov 14;12
Não é à facilidade da caminhada, pois, que devemos nos ater; mas, aonde leva o caminho que estamos trilhando. Se, eventualmente um nos parece direito, e, no fim se revelará mortal, confiar em nossas próprias percepções é mais que aquiescer ao engano; é suicídio.

A colisão da mentira aceita pelo homem, contra a cidadela da verdade fez brechas no muro da comunhão Divino-humana; a sugestão assassina, “Vós sereis como Deus sabendo o bem e o mal”, ensejou uma enfermidade mortal. Hoje diz: “O poste mijou no cachorro”. Ou seja: A alma que deveria andar submissa ao espírito, com a morte espiritual decorrente do pecado, assumiu o comando; invés de ter O Divino Saber por Absoluto, passou a absolutizar suas próprias paixões enfermas.

Desse modo, o aprazível passou a ser o “bem”, inda que mortal, enquanto, o sóbrio, prudente o “mal”.

Como somos racionais, nossas ações todas derivam de resoluções; esboçamo-las primeiro nos pensamentos, recebemos o aplauso da vontade, e, como boi ao matadouro rumamos ao encontro do pecado.

Sabendo disso, O Criador, antes de uma mudança comportamental demanda um câmbio mental, espiritual, onde, as diretrizes Dele, outra vez sejam nossas; não, a pretensa e suicida autonomia proposta pelo traidor. “Deixe o ímpio seu caminho, o homem maligno seus pensamentos, e se converta ao Senhor que se compadecerá dele; torne para o nosso Deus, porque grandioso é em perdoar. Porque os meus pensamentos não são os vossos; nem, os vossos caminhos os meus; diz o Senhor.” Is 55;7 e 8
Assim, figuradamente cada um de nós é uma cidade murada, cujos muros estão cheios de brechas (pecados); dentro dela, dezenas de falsos profetas (prazeres) garantem-nos que somos “do bem;” estamos em paz com Deus.

Nos dias de Ezequiel, um intercessor idôneo bastaria ao Eterno; “Busquei dentre eles um homem que estivesse tapando o muro; estivesse na brecha perante mim por esta terra, para que Eu não a destruísse; porém, ninguém achei.” Ez 22;30
O Mediador, então, em falta veio; “... Mediador entre Deus e os homens, Jesus Cristo homem.” I Tim 2;5
Contudo, para que Sua intercessão, seja eficaz para conosco devemos estar identificados nEle em submissão; como disse: “Tomai sobre vós o meu jugo...”
Haverá em nosso entorno dezenas de “profetas” para atiçar carnais predileções; mas, daríamos a eles assento de juízes hoje, se, no juízo serão apenas réus?

Não se trata de abstração filosófica, mas, de vida ou morte mesmo, por trágico que pareça; a escolha sempre será nossa, entre os que rebocam nossas inúteis paredes rachadas, ou, O que funda nossa casa na Rocha.

domingo, 30 de julho de 2017

Profeta; O Coração de Deus

“Filho do homem, profetiza contra os profetas de Israel que profetizam; dize aos que só profetizam do seu coração: Ouvi a palavra do Senhor;” Ez 13;2

Profeta é alguém que fala em nome de outrem, no caso dos verdadeiros, do Senhor; comissionados por Ele. Assim, não decide quando vai falar, tampouco, o quê; antes, depende do Espírito de Deus que move seus passos e até, suas esperas.
Ezequiel estava denunciando os imitadores, os falsos.

Interessante que, não sendo de Deus, necessariamente faziam a obra da oposição; contudo, não diz que eram inspirados pelo inimigo, antes, pelo próprio coração. Coração deve ser entendido como a essência da personalidade, conjunto dos desejos, sentimentos e mentalidade de alguém.

Assim, embora pareça meritório quando alguém afirma fazer algo de todo coração, não sendo um coração regenerado, ainda é um doente terminal. Mediante Jeremias O Senhor disse: “Enganoso é o coração, mais do que todas as coisas, perverso; quem o conhecerá? Eu, O Senhor, esquadrinho o coração, provo os rins; isto para dar a cada um segundo seus caminhos, segundo o fruto das suas ações.” Jr 17;9 e 10

Notemos que antes de galardoar às obras O Senhor pesa os motivos; sonda o coração. A coisa certa com intenção errada também é má.

O Salvador avançou mais; “Porque do coração procedem maus pensamentos, mortes, adultérios, prostituição, furtos, falsos testemunhos, blasfêmias.” Mat 15;19 Reitero, querer ou fazer, algo de todo coração não é nenhum “Selo do Inmetro” nenhuma garantia; depende do coração em questão.

Esse foi o imenso estrago da queda; o casal incauto que creu na promessa majestosa, “sereis como Deus” caiu e arrastou sua descendência a um estado tal, que não carece esforço para alinhar-se ao inimigo. Basta voarmos nas asas do nosso próprio coração caído, e, seremos como o diabo.

O Senhor em Sua Onisciência e Misericórdia prometeu tratar disso mediante o mesmo Ezequiel: “Então aspergirei água pura sobre vós e ficareis purificados; de todas as vossas imundícias e todos os vossos ídolos vos purificarei. Dar-vos-ei um coração novo, porei dentro de vós um espírito novo; tirarei da vossa carne o coração de pedra, e vos darei um coração de carne. Porei dentro de vós o meu Espírito, farei que andeis nos meus estatutos, guardeis os meus juízos e os observeis.” Ez 36;25 a 27

Notemos que antes da “cirurgia” temos a assepsia da ferida; “água pura sobre vós...” depois o transplante do novo coração, que passaria a funcionar com outros ares em comunicação com o “Pulmão” do Espírito Santo. Água pura, sabemos, figura da Doutrina de Cristo, que lava, regenera; Malaquias falando Dele disse: “Porque ele será como o fogo do ourives, como o sabão dos lavadeiros.” Mal 3;2

Só pela ação do Espírito Santo em nós, somos capacitados a ir paulatinamente trocando nosso modo de pensar e sentir pelo Divino, o Coração de Deus. “Deixe o ímpio o seu caminho, o homem maligno seus pensamentos, e se converta ao Senhor, que se compadecerá dele; torne para nosso Deus, porque grandioso é em perdoar. Porque os meus pensamentos não são os vossos, nem os vossos caminhos os meus, diz o Senhor.” Is 55;7 e 8

E, para não termos coração duplo como disse Tiago, precisamos sacrificar o velho, para que o novo tenha todo o espaço; Paulo definiu essa escolha como a razão espiritual, disse: “...apresenteis os vossos corpos em sacrifício vivo, santo e agradável a Deus, que é vosso culto racional. Não vos conformeis com este mundo, mas, transformai-vos pela renovação do vosso entendimento, para que experimenteis qual a boa, agradável, e perfeita vontade de Deus.” Rom 12; 1 e 2

O “sacrifício vivo” equivale à negação de nossa vontade natural, aquela que assemelha ao inimigo, para sermos paulatinamente impregnados da Vontade Divina. Os que ousam dar esse passo podem ser chamados, como Davi, homens segundo o Coração de Deus. Ou, como disse Paulo, têm “a Mente de Cristo”.

Tais, caso desejem falar das coisas espirituais certamente o farão como veros profetas; será o Coração de Deus, não o seu, a fonte de Suas Palavras. “...todas minhas fontes estão em ti.” Sal 87;7

Enfim, para ser falso profeta a serviço do capiroto basta “dar boca pro gateado” como dizem os gaúchos, para ser profeta do Senhor carecemos conversão, mudança de sentir e pensar, novo coração segundo Deus, e, sobretudo, o consórcio do Bendito Espírito Santo em nossos ministérios.

Distinguindo falsos dos verdadeiros o Senhor usou duas figuras interessantes; palha e trigo. Enquanto uns serviriam apenas ao fogo, outros seriam fontes de alimento espiritual. Quem tem intimidade com o “Pão Vivo que desceu dos Céus” tem paladar assaz apurado, de longe discerne as coisas geradas em corações de palha.

terça-feira, 6 de setembro de 2016

Armistício suicida

“Filho do homem, profetiza contra os profetas de Israel; dize aos que só profetizam de seu coração: Ouvi a palavra do Senhor;” Ez 13;2

Um profeta falando aos “profetas”, Ezequiel. Desses, os profetas, espera-se que sejam canais, mediante os quais, Deus fale; entretanto, falava com eles usando outro, por quê? Porque endeusavam desejos de seus próprios corações, e apresentavam como vindo do Senhor.

Pra muitos, “filósofos,” as coisas só valem vindo do fundo do coração; para Deus, é diferente. “Enganoso é o coração, mais do que todas as coisas, e perverso; quem o conhecerá? Eu, o Senhor, esquadrinho o coração, provo os rins; para dar a cada um segundo seus caminhos, segundo o fruto das suas ações.” Jr 17;9 e 10

Notemos que, embora o Senhor recompense ações, faz, depois de esquadrinhar corações, para ver os motivos que as inspiraram. Muitos fazem a coisa certa por razões erradas, o que é abjeto ante Ele.

Contudo, os modernos fazem a coisa errada, pela razão errada. Apresentam suas inclinações lisonjeiras como Vontade de Deus, para parecerem o que não são. O “Evangelho” que grassa no universo virtual, e, em muitos púlpitos, invés de começar com uma cruz, coloca os mortos espirituais em tronos, “ordenando” com um assentimento básico, um amém, o que “Deus vai fazer”, só por que eles querem. Cambada sem noção!!

Invés da enfadonha “chave da vitória” que a maioria tem “tomado posse”, tá mais que na hora de colocarmos um pouco de sal nessa ambrosia.

Que tal “tomarmos posse”, compartilharmos alguns textos mais sóbrios? Algumas sugestões: “Deus é tão puro de olhos, que não pode contemplar o mal.”Hc 1;13; “...os limpos de coração verão a Deus.”; Mat 5;8 “Porque, quanto ao Senhor, seus olhos passam por toda a terra, para mostrar-se forte com aqueles, cujo coração é perfeito, para com ele...” II Crôn 16;9; ou, “O fundamento de Deus fica firme, tendo este selo: O Senhor conhece os que são seus; qualquer que profere o nome de Cristo aparte-se da iniquidade.” II Tim 2;19

Mas, textos assim não rendem “curtidas”, e, ao vivo, não colhem as tão desejadas “palmas pra Jesus”.

Desgraçadamente, as pessoas são ciosas de coisas efêmeras, e relapsas no que tange às eternas. Avise, um sintoma, ou, um médico, dos riscos de obesidade, diabetes, etc. e, presto, mudam hábitos, balanceiam alimentação, zelosas da saúde. Entretanto, advirta-se dos riscos de uma má alimentação espiritual, e logo seremos reputados chatos, donos da verdade.

Paulo, escrevendo a Timóteo, além de prescrever certa “medicina caseira” para seus males estomacais, colocou cuidados de corpo e alma, na devida perspectiva: “Mas rejeita as fábulas profanas e de velhas, exercita a ti mesmo em piedade; porque o exercício corporal para pouco aproveita, mas, piedade para tudo é proveitosa, tendo a promessa da vida presente e da que há de vir.” I Tim 4;7 e 8

A função de um profeta assemelha-se à de médico, não, de confeiteiro. Deve preparar para o juízo, invés de convidar ímpios para uma festa. Na linguagem bíblica, “estar na brecha”. Voltemos a Ezequiel: “Os teus profetas, ó Israel, são como raposas nos desertos. Não subistes às brechas, nem reparastes o muro para a casa de Israel, para estardes firmes na peleja no dia do Senhor.” Vs 4 e 5 “Busquei dentre eles um homem que estivesse tapando o muro, estivesse na brecha perante mim por esta terra, para que eu não a destruísse; porém, a ninguém achei.” Ez 22;30

Status de profeta é honroso, seu labor, solitário, triste. Vejamos a biografia dos quatro, ditos, profetas maiores, Isaías, Jeremias, Ezequiel e Daniel, e logo temeremos desfrutar sorte semelhante.

Imaginemos, como ilustração, que os Estados Unidos quisesse destruir o “Estado Islâmico”; mandasse à batalha, enorme aparato bélico, logística, estrategistas, soldados, que, lá chegando, decidissem ser “legais” com os inimigos, se divertir junto com eles, invés de dar-lhes combate. Como agiria o “Tio Sam” sabendo disso, quando requisitassem mais suprimentos??


Igualmente, O Eterno “abençoa” aos que traem Sua Palavra, recusam a comissão que lhes foi dada, preferem viver armistício espiritual com aqueles que fazem guerra contra Deus.

Podem decretar “vitória” “abertura de portas”, livramento, o diabo. Farão isso tudo sem Deus; quando Dele precisarem, não o terão. “Entretanto, porque eu clamei e recusastes;  estendi a minha mão e não houve quem desse atenção, antes, rejeitastes todo o meu conselho, não quisestes a minha repreensão, também de minha parte eu me rirei na vossa perdição, zombarei, em vindo o vosso temor... Porque o erro dos simples os matará, e o desvario dos insensatos os destruirá. Mas, o que me der ouvidos habitará em segurança, e estará livre do temor do mal.” Prov 1;24 a 26, e 32 e 33

sexta-feira, 15 de janeiro de 2016

Quando Deus fala mal de nós

“Disse o rei de Israel a Jeosafá: Disfarçando-me entrarei na peleja; tu, porém, veste tuas roupas reais. Disfarçou-se, pois, o rei de Israel, e entraram na peleja.” II Crôn 18; 29

Temos dois Reis entrando em combate; Jeosafá, rei de Judá, e Acabe, rei de Israel. Esse disse que lutaria disfarçado, como se não fosse rei, embora, aconselhou, que seu colega ostentasse as vestes reais.

Por quê essa diferença? Porque, não obstante centenas de profetas falsos terem vaticinado vitória, Micaías, o profeta do Senhor, previra a morte do rei de Israel. Deve ter imaginado que, vestido de soldado deixaria de ser rei por um momento, ou, que, se fosse morto Jeosafá em seu lugar estaria “bom para Deus”; acontece que, sua tática não funcionou. Foi atingido mesmo disfarçado, e morreu.

Sua “providência” revela uma faceta doentia da raça humana. No fundo, sabemos a verdade, mas, preferimos o conforto espaçoso da mentira. Se, todos os falsos profetas que o cercavam disseram que seria vencedor, por quê temer? Se, Micaías era verdadeiro, como parecia saber, por quê cercava-se de inúmeros falsos, invés de dar ouvidos ao profeta genuíno? Ele mesmo dissera: Eu o detesto por que nunca fala bem de mim. Aqui está o retrato de nossa doença; não queremos a verdade, queremos a lisonja.

Mineradores chamam de “ouro de tolo” determinada pedra ordinária que, num olhar superficial parece ouro, mas, vista amiúde, não vale nada. Me ocorre uma trova de Fernando Pessoa: “Tens um anel imitado, e vais contente de o ter; que importa ser falsificado, se é verdadeiro o prazer?” Muitos da presente geração não apenas aceitam ao ouro de tolo, senão, que o buscam. A imensa maioria do que se posta nas redes sociais visa precisamente esse “minério”.

“Falso
Todo mundo admira um falso
Eu também preciso ser mais falso
A verdade gera confusão”.
Uma canção popular eternizou essa doença, onde autenticidade, verdade, acaba sendo um fator de desagregação.

Mas, quem disse que ser gregário é mais importante que ser verdadeiro? Na verdade, não importa com que roupa eu vou, pois, se vou sabidamente contra a Vontade de Deus, como foi Acabe, estarei indo de encontro à morte.

Sim, tudo o que enfeita nossas vidas como se fossem praças na época natalina, por luminoso, vistoso que o adorno seja, se, sua motivação é o falso, óbvio, não tem valor nenhum.

O falso, além de matar seus cultores, mata até quem não deveria morrer; um exemplo: Lula, possui dezenas de títulos, de “Dr. Honoris Causa” Doutor por questão de honra, em Latim. Comenda que se confere a destacados cidadãos, pelo caráter, feitos, cultura... mas, seus feitos são pífios, sua cultura, idem, seu caráter o recomenda à prisão.

Suponhamos que um proeminente qualquer receba agora, tal distinção; poderia se orgulhar com motivos, mas, dirá outrem, grande coisa, o Lula tem dezenas em casa. Então, ele não foi enobrecido ao receber honrarias falsas, antes, o título foi envilecido, perdeu valor.

De igual modo, Deus, se falasse pra nos agradar invés de corrigir, quando estamos errados, envileceria valores excelsos que ama, como Verdade, justiça, santidade... ademais, quando caminhamos pra morte, é outro valor inda maior, Amor, que o move a advertir-nos dos riscos que estamos correndo. Deus preza muito suas comendas, não coloca insígnias de santo, no que é profano.

Desse modo, quando “fala mal de nós” como Micaías de Acabe, no fundo, fala bem, pois, visa contrariar nossas escolhas suicidas.
Acontece que, diferente dos fofoqueiros que falam de nós, O Pai fala para nós. A um que foi rebelde contínuo, enquanto O Santo tolerava, prometeu uma “Retrospectiva”: “Estas coisas tens feito, eu me calei; pensavas que era tal como tu; mas, eu te arguirei, as porei por ordem diante dos teus olhos:” Sal 50; 21

Infelizmente, para a mentalidade medíocre, quem me ama me elogia, me convém; quem me corrige é um desmancha-prazeres, quero distância. Ora, é preciso coragem pra enfrentar a morte, mesmo, quando se veste de hipocrisia. Todos “filosofam” coisas profundas sobre autenticidade, verdade, denunciam ao falso, etc, sem perceber que, a imensa maioria sentir-se-ia ofendida se forçada à viver da forma que diz crer.

Quanto a mim, prefiro entrar no túnel escuro da crítica, correção, desde que, no fim desse, esteja a luz da Verdade, iluminando a vereda da Vida Eterna, que ser instigado por muitos aplausos, a saltar de um luminoso trampolim, para mergulhar garbosamente no lago de fogo da perdição.

Acabe, o mau rei disfarçou-se de soldado temendo pela vida; a nós se ordena que pelejemos “disfarçados de reis”, digo, revestidos de Cristo, O Rei dos Reis, se, invés de aplausos, nosso alvo é a vida. Senão, tanto faz; com qualquer veste, estremos nus.