Mostrando postagens com marcador falso testemunho. Mostrar todas as postagens
Mostrando postagens com marcador falso testemunho. Mostrar todas as postagens

sábado, 13 de outubro de 2018

O Império da Mentira

“Não admitirás boato; não porás tua mão com o ímpio para seres testemunha falsa.” Êx 23;1

Nono mandamento que veta falso testemunho. Isso é algo extremamente grave, pois, a língua, esse pequeno músculo pode ferir como espada.

“A morte e a vida estão no poder da língua; aquele que a ama comerá do seu fruto.” Prov 18;21
Esse texto tem sido distorcido, como se, a palavra humana tivesse poder de criar o que fala como Deus. Não. Quando diz que nossa língua tem poder para vida e morte, atina às consequências do testemunho que, tanto poderia acusar para a morte, quanto, inocentar a outrem.

“Há alguns que falam como que espada penetrante, mas, a língua dos sábios é saúde.” Prov 12;18 As línguas más em oposição aos sábios. Implicitamente aquilata ao mentiroso como parvo, tolo.

“O ímpio atenta para o lábio iníquo, o mentiroso inclina os ouvidos à língua maligna.” Prov 17;4 Nessa outra sentença, a simbiose entre os que contam mentiras; um parece desejar a “criatividade” do outro para levar adiante a falsidade.

Nesse tempo de “fake news,” corremos risco de sermos mentirosos passivos, quando, por imprudência, precipitação, ou, outro vício qualquer, compartilhamos coisas alheias de origem duvidosa.

Fazendo isso acabamos incorrendo em falso testemunho. Já cometi esse erro; espero não repeti-lo. Se, para alguns, em época de campanha eleitoral acirrada como agora vale tudo no afã pelo poder, para quem teme a Deus, nada mais que a verdade deve ser sua “ferramenta”.

Sabemos que, falsos testemunhos patrocinaram a morte de Nabote, de Jesus Cristo, Estevão...

Nem sempre é fácil controlar o afã de falar; mais difícil ainda filtrar o conteúdo da fala, sobretudo, em momentos de excitação.

Ocorre-me a sina do mancebo Eliú, o último que falou por ser o mais jovem entre os amigos de Jó. Esperar a “fila andar” foi-lhe doloroso; “Sou de menos idade, vós sois idosos; receei-me; temi de vos declarar a minha opinião...” Jó 32;6 Depois confessou: “Porque estou cheio de palavras; o meu espírito me constrange. Eis que dentro de mim sou como o mosto, sem respiradouro, prestes a arrebentar, como odres novos. Falarei, para que ache alívio...” Vs 18 a 20

Esse anseio todo derivava dele presumir ter algo sábio a dizer, num contexto em que as palavras erravam.

Quando o fogo dos nossos cérebros ensejar mais luz que calor, compreensão que defesas apaixonadas, digo, convém nossa intervenção. De outra forma, me socorre um provérbio hindu: “Quando falares cuida para que tuas palavras sejam melhores que teu silêncio”.

Não pretendo afirmar que exerço esse controle todo; na verdade falho muito nisso, não por ser falso, mas, por excitação, convicções; portanto, estou entre os que devem aprender com essa mensagem.

Tiago contrapõe o poder de um homem controlar um navio a ser impotente para conter a língua; “Vede também as naus que, sendo tão grandes, levadas de impetuosos ventos, se viram com um bem pequeno leme para onde quer a vontade daquele que as governa... Mas, nenhum homem pode domar a língua. É um mal que não se pode refrear; está cheia de peçonha mortal.” Cap 3;4 e 8

Para finalizar transcrevo as “Três Peneiras” de Sócrates.

“Um rapaz procurou Sócrates e disse-lhe que precisava contar-lhe algo sobre alguém.

Sócrates perguntou:

- O que você vai me contar já passou pelas três peneiras?

- Três peneiras? - indagou o rapaz.

- Sim! A primeira peneira é a VERDADE. O que você quer me contar dos outros é fato? Caso tenha ouvido falar, a coisa deve morrer aqui mesmo.

Suponhamos que seja verdade. Deve, então, passar pela segunda peneira: a BONDADE. O que você vai contar é uma coisa boa? Ajuda construir ou destruir o caminho, a fama do próximo?

Se o que você quer contar é verdade e é coisa boa, deverá passar ainda pela terceira peneira: a NECESSIDADE. Convém contar? Resolve alguma coisa? Ajuda a comunidade? Melhora a vida?

- Se passou pelas três peneiras, conte! Tanto eu, quanto você e seu irmão iremos nos beneficiar.
Caso contrário, esqueça; enterre tudo.
Será uma fofoca a menos para envenenar o ambiente e fomentar a discórdia entre irmãos, colegas do planeta.”


Se, essas três peneiras dessem uma passada na “nuvem” onde flutua o mundo virtual, haveria tanto lixo a ser consumido, seria uma clareada tal, qual, quando uma tempestade se vai e permite que o céu exiba sua colorida “Clave de Sol” o arco íris.

Melhor deixarmos de compartilhar uma verdade, que, ousarmos fazê-lo, ao risco de ser mentira. Pois, “Ficarão de fora ... e qualquer que ama e comete a mentira.” Apoc 22;15

“As pessoas que falam muito mentem sempre, porque acabam esgotando seu estoque de verdades.” Millôr Fernandes

domingo, 5 de novembro de 2017

Inveja; Razão da Fome e da Sede

“Estevão, cheio de fé e poder, fazia prodígios e grandes sinais entre o povo. Levantaram-se alguns que eram da sinagoga chamada dos libertinos, cireneus, alexandrinos, dos que eram da Cilícia e da Ásia, e disputavam com Ele. Não podiam resistir à sabedoria e ao Espírito com que falava. Então subornaram uns homens para que dissessem: Ouvimos-lhe proferir palavras blasfemas contra Moisés e contra Deus.” Atos 6;8 a 11

Esse incidente realça algumas nuances humanas que faz sentir vergonha de pertencer à espécie; isso, após sermos regenerados por Cristo, pois, antes éramos do mesmo calibre.

Algum tempinho atrás Estevão era nada, não incomodava ninguém; mais um na multidão. Promovido pela igreja à humilde posição de diácono, mero garçom, mas, capacitado por Deus a operar prodígios e sinais, passou de irrelevante, a alvo de disputas, de inveja.

Essa, do latim Invídia, significa uma recusa em ver as coisas como são, ou, aceitá-las. Sempre o invejoso estará olhando assim para alguém que supõe numa condição superior à sua. Ninguém olha para baixo e recusa ver algo que o coloca em superioridade.

Salomão ensina: “Também vi eu que todo o trabalho, toda a destreza em obras traz ao homem a inveja do seu próximo...” Ecl 4;4

Aliás, não foi, justo, essa vetusta, atuante desde o Éden que patrocinou a crucificação do Salvador? Ele Era a junção da pureza com autoridade, carisma, sabedoria e poder; tudo o que os religiosos queriam ser quando crescessem; mas, seu nanismo moral e espiritual impedia; então, restou a violência motivada pela inveja. “Porque ele (Pilatos) bem sabia que por inveja os principais dos sacerdotes o tinham entregado.” Mc 15;10

Desde que o primeiro casal aceitou a sugestão de autonomia humana em relação a Deus, de decidirmos o bem e o mal sem interferência “externa”, o bem, passou a ser visto pela perspectiva diabólica. Esse, além de “Pai da Mentira” é genitor da inveja; dele se diz: “Tu dizias no teu coração: Eu subirei ao céu, acima das estrelas de Deus exaltarei meu trono; no monte da congregação me assentarei, aos lados do norte. Subirei sobre as alturas das nuvens; serei semelhante ao Altíssimo.” Is 14;13 e 14

Assim como o canhoto lida mal com a submissão hierárquica, seu “legado” à espécie caída inoculou no homem o mesmo vírus. Afinal, de onde brota a inveja, senão, de se constatar eventualmente que outrem desfruta uma posição “superior” à nossa? Seja, na posse de bens, dotes, circunstâncias, talento...? Ao vermos algo assim, não que o ditoso visto seja nosso superior hierárquico, estritamente, mas, por usufruir de algo que desejaríamos para nós soa como tal.

Desse modo, nossa perversão do bem enseja também a perversão da justiça; pois, de certo modo passamos a achar injusto algo que aconteceu alheio a nós, sem nos fazer dano algum, muitas vezes, nos beneficiando, até.

Como um abismo chama outro, depois de suplantados o bem e a justiça, afundamos também a verdade. Voltemos aos invejosos de Estevão. Se, “não podiam resistir ao Espírito com que falava” partiram para o plano B. Subornaram falsas testemunhas em “defesa da virtude” para acusarem Estevão de vício.

Onde está o limite da maldade? Até onde o ser humano pode afundar na lama sem se incomodar, sem ter um estalo e pensar: Puxa, preciso parar com isso?

Naquele caso, esse limite não foi encontrado. Pois, malgrado a brilhante defesa do diácono, num resumo correto e sábio de todas as Escrituras, então, existentes, mesmo assim, sua defesa de nada valeu; foi apedrejado à morte.

O fogo do capeta produz calor sem gerar luz; açoda paixões e cega entendimentos; seus títeres são levados a defender interesses dele presumindo ser os seus. “O caminho dos ímpios é como a escuridão; nem sabem em que tropeçam.” Prov 4;19

Por isso temos mães expondo os próprios filhos à ambientes geradores de pedofilia, prostituição, em nome de um pretenso bem; liberdade. Será que é mesmo isso? Não. São apenas fantoches do Satã usados para afrontar ao que ele inveja; a Santidade de Cristo, representada, inda que timidamente pela igreja e a família.

Em seus domínios nossa defesa resulta inútil como foi a de Estevão, posto que, perfeita. Por quê? Porque, como nosso malfadado STF, seu tribunal também está abaixo da linha de pobreza moral; não julga segundo fatos, evidências, provas, em busca da justiça. Antes, segundo suas más inclinações; sua inveja. Seu senso de “justiça” resume-se a condenar desafetos.

Por isso, pois, somos desafiados a sofrer fome e sede de justiça por amor a Cristo. Porém, no seu tempo seremos fartos. “Porque Deus há de trazer a juízo toda a obra, mesmo, tudo o que está encoberto, quer seja bom, quer seja mau.” Ecl 12;14

quinta-feira, 1 de junho de 2017

O Falso testemunho, "de Deus"

“Quase todas as coisas, segundo a lei, se purificam com sangue; sem derramamento de sangue não há remissão.” Heb 9;22

Deparei com um vídeo onde a petista “evangélica”, Benedita da Silva fala a uma platéia “vermelha”, incitando-os a “fazer a hora”, não mais esperar, pois, disse, “ na minha Bíblia está escrito: Sem derramamento de sangue, não há remissão”. Foi aplaudida de pé.

O texto não é cabal sobre purificação, pois, diz: “Quase todas as coisas...” Despojos de guerra, por exemplo, seriam purificados com fogo, água, conforme a tipo de material. “Toda a coisa que pode resistir ao fogo, fareis passar pelo fogo, para que fique limpa, todavia, se purificará com água da purificação; mas, o que não pode resistir ao fogo, fareis passar pela água.” Números 31;23

Entretanto, sangue de animais substitutos era oferecido pelos pecadores arrependidos para purificação das almas. A oferenda preferencial era um cordeiro, ou, bezerro; caso fosse pobre, dois pombos, ou, extremamente pobre, menos que isso, sem sangue, até. “Porém, se em sua mão não houver recurso para duas rolas, ou dois pombinhos, então, aquele que pecou trará como oferta a décima parte de um efa de flor de farinha, para expiação do pecado; não deitará sobre ela azeite nem lhe porá em cima o incenso, porquanto é expiação do pecado.” Lev 5;11

De qualquer forma, a redenção, ou, remissão, abordada na Bíblia, sempre, referia-se à reconciliação com Deus, por parte de alguém que pecou. Deveria patentear esse sentimento mediante o ritual prescrito e estaria redimido.

Teria a oradora, em mente, esse tipo de remissão, e de sangue quando citou A Palavra de Deus? Na verdade, após O Calvário, nem mais aquele sangue, de animais, que era um tipo profético da Remissão por Cristo, se requer, pois, tal sangue, não removia pecados, embora, justificasse temporariamente. “Vindo Cristo, o sumo sacerdote dos bens futuros, por um maior, e mais perfeito tabernáculo, não feito por mãos, isto é, não desta criação, nem por sangue de bodes, bezerros, mas, por seu próprio sangue, entrou uma vez no santuário, havendo efetuado eterna redenção.” Heb 9;11 e 12

Assim, não se aponta mais, legitimamente, para derramamento de sangue remidor, antes, para o Feito Maravilhoso de Jesus Cristo, Suas Virtudes, Seus Méritos; a Eficácia plena e Eterna de Seu Sacrifício, que Pedro chamou de, “Aspersão.” Disse que os crentes são, “Eleitos segundo a presciência de Deus Pai, em santificação do Espírito, para obediência e aspersão do sangue de Jesus Cristo”. I Ped 1;2

Como a citada parlamentar se diz evangélica, deveria fazer isso, quando cita a Bíblia e tão nobre tema, a redenção. Todavia, bem sabemos que a “redenção” que eles têm em mente, traz dois aspectos distintos; primeiro: Retomar o poder nem que seja na marra, quebrando tudo, como fizeram e Brasília, das mãos dos “golpistas”. Segundo: A volta do assistencialismo demagógico, populista, desregrado, que chamam, “inclusão social” redenção dos pobres. Claro que desejo que os pobres desfrutem melhores condições, só, discordo dos métodos que a esquerda propõe.

Notemos que a “inclusão” Divina facilitou as coisas para os pobres; não possuíam um cordeiro, dois pombos, bastaria; se, nem isso, uma porção de farinha. O indispensável é que estivessem arrependidos dos pecados; os meios pra demonstrar isso lhes eram facilitados. Entretanto, apesar desse cuidado com os pobres, A Palavra de Deus jamais patrocinou algo, tipo, um sistema político que tire de uns e dê a outros, a despeito de méritos, como se, a pobreza fosse mérito. Antes, avisou: “Sempre tereis pobres convosco”.

Afinal, salvos casos de indigência, condições adversas, que demandam ajuda, mesmo, muito da pobreza é conseqüência de vadiagem, aversão ao trabalho. Nesses casos a “redenção” se dá com o “sacrifício” do próprio sangue, músculo. Paulo foi taxativo: “Quem não quiser trabalhar, que também, não coma”. Simples assim.

Não sou adepto da idéia que evangélico não pode ser político; não deve escandalizar, corromper-se, dar mau testemunho. Agora, evocar a Santa Palavra do Eterno, como se Ele patrocinasse suas paixões político-partidárias, é um colossal falso testemunho, pois, faz parecer que O Altíssimo está ao rés do chão; rasteiro, como rasteira e suja é, a política, sobretudo, em nosso País. Mais que falso testemunho; é profano.

Sobre derramamento de sangue humano, A Bíblia tem um apreço diferente do pretendido por Benedita: “Se alguém leva em cativeiro, em cativeiro irá; se, alguém matar à espada, necessário é que à espada seja morto. Aqui está a paciência e fé dos santos.” Apoc 13;10

Em suma, sejam políticos os evangélicos que quiserem, abracem bandeiras que lhes aprouver, malgrado, as discrepâncias com sua fé; Deus julgará a cada um. Contudo, quando tratarem das coisas “de César” não as misturem, com as de Deus.

domingo, 29 de janeiro de 2017

Contrapartida da Graça

“Sucedeu, pois, que no dia seguinte Moisés entrou na tenda do testemunho, a vara de Arão, pela casa de Levi, florescia; produzira flores, brotara renovos, dera amêndoas.” Num 17;8

Alguns hebreus tinham posto em dúvida a escolha da tribo de Levi para o sacerdócio. Acusaram Moisés de nepotismo, de favorecer seus parentes, sendo, a escolha de Aarão para sumo sacerdote, de origem humana, não, Divina.

Ele colocou o problema para Deus, que os escolhera. O Eterno ordenou que cada tribo pusesse um bordão junto à Arca da Aliança, o que florescesse durante a noite, seria escolhido. E, fez melhor que isso; digo, além de flores, na vara de Aarão surgiram frutos, amêndoas.

Esse incidente enseja algumas reflexões sobre o testemunho. De nós para nós, no âmbito humano, digo, pela boca de duas, três testemunhas todo juízo se estabelecerá; se, alguns derem falso testemunho, como, muitas vezes acontece, dessa condição, migrarão para a de réus, quando, O Supremo julgar, finalmente.

Mas, eu tinha em mente o testemunho a favor de Deus, quem dará? Nesse caso específico, as duas testemunhas foram vida, e tempo. Sabemos que um bordão é de madeira seca, portanto, sem vida; uma “árvore” assim, brotar, florescer, é totalmente impensável, impossível, sem intervenção do Autor da Vida; além disso, florescer e frutificar numa noite, igualmente, pois, tais eventos demandariam o curso de certo tempo, ou, a intervenção do “Pai da Eternidade”.

Desse modo, quando a doutrina da Trindade era ainda oculta, O Criador servia-se de elementos da natureza como testemunhas. “Os céus e a terra tomo hoje por testemunhas contra vós, que tenho proposto a vida e morte, bênção e maldição; escolhe, pois, a vida, para que vivas, tu e tua descendência.” Deut 30;19 Quando do, pós dilúvio colocou Seu Arco no céu, disse a Noé que seria uma aliança de que não haveria um novo; sempre que enviasse chuva traria junto Seu arco, o qual, vendo, se “lembraria” de Sua promessa.

Teria O Altíssimo, problemas de memória? Óbvio que não. Não era para Ele se lembrar, mas, para o patriarca não ser acossado por temores sempre que chovesse novamente. Uma amorosa proteção emocional; também, uma testemunha da fidelidade do Eterno.

Entretanto, no Novo Testamento a revelação foi ampliada; tivemos Joao Batista testemunhando da Luz; Jesus Cristo; Esse, testemunhando do Pai, mediante ensinos, obras; depois de Sua Ascenção, O Espírito Santo testemunhando Dele, fazendo lembrar cabalmente, Seus Feitos, Sua Doutrina.

Quanto a nós, após o perdão das faltas, o novo nascimento, adoção na família da fé, nosso papel funcional é justo, esse: Testemunhas. “Recebereis virtude do Espírito Santo, que há de vir sobre vós; e ser-me-eis testemunhas, tanto em Jerusalém como em toda a Judéia, Samaria, e, até aos confins da terra.” Atos 1;8

Éramos como o bordão de Aarão, secos, mortos; mas, milagrosamente fomos galardoados com vida, feitos capazes de florescer, frutificar. Como o testemunho, aquele, moveu tempo e vida, igualmente, o nosso. Devemos antes de mais nada, rever nossa relação com esses dois. Diferente dos mortos que dizem: “Curta a vida, porque a vida é curta”, o fato de termos recebido vida eterna, nos permite “perdermos” essa, breve, dura, pela que ganharemos.

As agruras do combate fazem a vida dos salvos mais penosa que a dos ímpios, daí, Paulo dizer que, se tudo acabasse mesmo, aqui, seria uma perda insana: “Se esperamos em Cristo só nesta vida, somos os mais miseráveis de todos os homens.” I Cor 15;19

Dos salvos, pois, se requer uma relação mais tranquila com o tempo, paciência, como a do lavrador que espera o fruto da Terra. Além disso, a vida eterna começa aqui, não é só uma reserva para o porvir: “Milita a boa milícia da fé, toma posse da vida eterna, para a qual também foste chamado, tendo já feito boa confissão diante de muitas testemunhas.” I Tim 6;12

Começando já, sua expressão tem mais a ver com qualidade de vida espiritual, testemunho, que, com tempo, pois, do nosso ponto de vista não é mais fator de preocupação. “De sorte que fomos sepultados com ele pelo batismo na morte; para que, como Cristo foi ressuscitado dentre os mortos, pela glória do Pai, assim, andemos também, em novidade de vida.” Rom 6;4

Os que almejaram o lugar de Aarão, não miraram nas responsabilidades pertinentes, antes, nos imaginados privilégios; Se, alguém tenciona aproximar-se do Cordeiro de Deus, por facilidades, melhor ficar onde está, na sua sina de vara morta. Todo tempo e vida Ele disponibiliza aos Seus, porém, o ingresso é uma cruz, o custo da permanência, obedecer.

A Salvação é de graça porque a não merecemos, mas, custa esforço, renúncia, porque O Santíssimo não merece que sujemos Sua Casa.