Mostrando postagens com marcador espiritismo. Mostrar todas as postagens
Mostrando postagens com marcador espiritismo. Mostrar todas as postagens

quinta-feira, 3 de outubro de 2019

Jesus, Politicamente Incorreto

“Vim lançar fogo na terra... Cuidais vós que vim trazer paz à terra? Não vos digo; antes, dissensão”Luc 12 49 e 51
Como seria recebido alguém que viesse com um discurso sobre lançar fogo e dissensão? Não seria; possivelmente acabaria preso. Talvez, sorte assim aguarde aos que seguem fiéis a Ele.

A humanidade com pretensa autonomia em relação a Deus decidiu por conta o que é bem e o que é mal; sabe o que quer; importa a paz, ainda que hipócrita, meramente aparente mascarando as guerras internas de cada um.

Quem em sã consciência se oporia a um discurso de paz e segurança global? O canhoto não se importa que erijamos uma paz humana falsa desde que, sigamos em guerra contra Deus.

A diferença diametral de abordagem entre Cristo e o Anticristo é lógica no prisma espiritual; embora, aos olhos naturais o “pacifista” assassino soará como mais desejável.

Sendo Cristo A Luz, não pode sonegar nossa real situação para que, vendo, sigamos após Ele que nos reconcilia com Deus; ao inimigo trevoso basta maquiar as coisas, envernizar nossas mortes com o brilho da falsa paz, para sermos cegados e iludidos.

Quem há de negar que a paz é uma coisa boa? O Salvador, entre outros títulos ostenta o de Príncipe da Paz.

Acontece que, não sendo Seu Reino desse mundo, tampouco, Sua paz assemelha-se aos anelos e arranjos mundanos. “Deixo-vos a paz, minha paz vos dou; não vo-la dou como o mundo dá. Não se turbe vosso coração, nem se atemorize.” Jo 14;27

A paz indispensável é com Deus; “De sorte que somos embaixadores da parte de Cristo, como se Deus por nós rogasse. Rogamo-vos, pois, da parte de Cristo, que vos reconcilieis com Deus.” II Cor 5;20

Paz horizontal entre iguais nem sempre é possível; “Se for possível, quanto estiver em vós, tende paz com todos os homens.” Rom 12;18 No que depender de nossa vontade reine a paz. Porém, nem tudo depende.

O ecumenismo caminha a passos largos; embora, grosso modo seja um tratado que buscará a paz inter-religiosa, violenta aos que creem em Deus demandando uma renúncia que não podemos fazer. Fomos desafiados a negar a nós mesmos, trocar nossos pensamentos pelos Divinos para receber a reconciliação com O Criador.

A bem de uma paz mundial que sabemos falsa, teríamos que negar a Deus, para não sermos radicais, fundamentalistas, feitores de discursos de ódio, etc.

Islâmicos creem que Alá é Deus e que “infiéis” devem morrer; espíritas que não há inferno, nem salvação por Cristo, mas, reencarnações sucessivas, aperfeiçoamento; animistas creem que Deus está na natureza, plantas e animais; outros cultuam ao órgão sexual; etc.

Nós não cremos que a salvação seja outra coisa senão, salvação mesmo; que há um juízo iminente que vai punir quem segue em rebeldia contra Deus e Sua Vontade Expressa. Em nome da paz global teríamos que fingir não saber e concordar com descaminhos que rumam à perdição?

Aquele fogo que O Senhor veio acender na Terra arde em nós e costuma incinerar todos os arranjos da mentira.

O capeta desfralda a bandeira ecológica, usa pequenos fantoches como Greta Thunberg, ou grandes, como o Papa Francisco; mas, nós sabemos que isso é mero pretexto para seu camuflado fim; primeiro o terrorismo ecológico que cria o problema, depois a unidade global oferecendo a pretendida solução. O Pai da Mentira usando sua filha para reinar.

Nenhuma paz que sacrifique à Verdade é paz! Concordar exteriormente em não discordar com o que afronta nossas consciências pode ensejar certa calmaria; mas, é a pior forma de traição; a de si mesmo. Quem não ama a si mesmo não pode amar ao próximo, tampouco, a Deus.

Será que nunca se perguntaram por que os cristãos fiéis preferem o martírio a negarem a fé? Quantos são decapitados em nossos dias pelos servos de Alá? Quem abraçou à fé genuína vê coisas que o homem comum não enxerga.

O que a Terra dos incautos cegos chama de paz mundial a Bíblia chama de arregimentação de exércitos para guerra contra Deus.

A Salvação é radical, precisa, nada ecumênica; “Não vos prendais a um jugo desigual com os infiéis; que sociedade tem justiça com injustiça? Que comunhão tem a luz com as trevas? Que concórdia há entre Cristo e Belial? Ou que parte tem o fiel com o infiel? Que consenso tem o templo de Deus com ídolos? Porque vós sois o templo do Deus vivente, como Deus disse: Neles habitarei, entre eles andarei; Eu serei seu Deus e eles serão meu povo. Por isso saí do meio deles, e apartai-vos, diz o Senhor; não toqueis nada imundo e Eu vos receberei” II Cor 6;14 a 17

sábado, 24 de agosto de 2019

A Pretensão dos Mortos

“... Saduceus dizem que não há ressurreição, nem anjo, nem espírito; mas os Fariseus reconhecem uma e outra coisa.” Atos 23;8

Um país minúsculo, então, vassalo de Roma; com tradição religiosa peculiar, porque guardião das Escrituras do Velho Testamento; contudo, com uma divisão de credos extremamente antagônica. Por quê?

Dois erros são recorrentes desde sempre nessa saga; ora, se acrescenta fermento à massa; (opiniões humanas à Palavra de Deus) outra, se preserva a ortodoxia formal, apenas com os lábios. Aqueles se reduzem a hereges; esses a hipócritas. Ambos erram.

“Toda a Palavra de Deus é pura; escudo é para os que confiam Nele. Nada acrescentes às Suas Palavras, para que não te repreenda e sejas achado mentiroso.” Prov 30;5 e 6

Os Saduceus aristocracia de então, eram muito “racionais” para certas crendices tipo a existência de anjos e espíritos. Além de acrescentarem suas próprias opiniões negavam ao que as Escrituras trazem expresso. Incredulidade e blasfêmia no mesmo pacote; faziam do Santo, mentiroso.

Fariseus, por sua vez, tinham uma teologia mais ortodoxa, coerente com os Textos Sagrados; porém, a coisa era da boca pra fora; “Todas as coisas, pois, que vos disserem que observeis, observai-as e fazei-as; mas não procedais em conformidade com suas obras, porque dizem e não fazem;” Mt 23;3

Não poucas vezes deparo com certa frase que circula: “Suas crenças não fazem de você uma pessoa melhor; suas atitudes sim.” Atribuída a Chico Xavier. Na verdade é de Paulo apenas foi parafraseada.

A questão aos meus olhos é a intenção subjacente a isso. Se, for uma exortação à coerência, a viver do mesmo modo que professamos crer é um bom conselho que as Escrituras trazem.

Agora, se o fito for justificar crenças heréticas e blasfemas, como o espiritismo de Chico Xavier, aí a coisa muda. Nas entrelinhas a pessoa está dizendo: Grande coisa seres cristão se cometes erros. Eu creio em algo diverso e faço melhores obras, sou mais certo que você.

A incredulidade atual é blasfema como era a dos Saduceus; pois, imputa a Deus, mentiras. “Quem crê no Filho de Deus, em si mesmo tem o testemunho; quem a Deus não crê mentiroso o fez, porquanto não creu no testemunho que Deus de Seu Filho deu.” I Jo 5;10

O espiritismo apregoa salvação por boas obras; “Porque pela graça sois salvos, por meio da fé; isto não vem de vós, é dom de Deus. Não vem das obras, para que ninguém se glorie.” Ef 2;8 e 9 A Bíblia prescreve boas obras como consequência, não como meio de salvação purgando imaginários “Karmas de vidas passadas”. Além disso, contrariam à Doutrina de Cristo que prevê ressurreição jamais, reencarnação; “Aos homens está ordenado morrerem uma vez; depois o juízo.” Heb 9;27

Arrostam ensinos que vêm desde Moisés que vetava a necromancia, consulta aos mortos, coisa que Isaías ampliou; “Quando, pois, vos disserem: Consultai os que têm espíritos familiares os adivinhos, que chilreiam e murmuram: Porventura não consultará o povo ao seu Deus? A favor dos vivos consultar-se-á aos mortos?” Is 8;19 e 20

Uma boa obra não é má porque seu agente não crê na Palavra de Deus; antes, é morta. Pode ser boa ao semelhante, mas na vertical não chega a Deus, pois, como disse o Príncipe da Vida, “... ninguém vem a Pai senão por mim.” Jo 14;6 Assim, malgrado o desprezo pela fé ortodoxa dos que se acham acima dos cristãos ela é a primeira obra que conta; “... A obra de Deus é esta: Que creiais naquele que Ele enviou.”

Minhas crenças apenas não me melhoram; mas, são elas que me ensinam e estimulam a abraçar a vida em Cristo que me regenera. Cheia está a Terra de pessoas que antes eram dadas a vícios, adultério, roubos, violência; depois de apresentadas ao Amor e à Justiça Divina, expressos na Palavra mudaram radicalmente.

A crença foi o ponto de partida para uma mudança de escravos do pecado para servos do Deus Vivo.

A conversão demanda o enfrentamento do nosso maior inimigo, o ego. O negue-se prescrito não é mera adesão religiosa; antes, um auto-esvaziamento, em favor de um encher-se da Palavra de Deus. “Deixe o ímpio seu caminho, o homem maligno seus pensamentos e se converta ao Senhor, que se compadecerá dele; torne para o nosso Deus, porque grandioso é em perdoar. Porque meus pensamentos não são os vossos, nem vossos caminhos os meus, diz o Senhor.” Is 55;7 e 8

O presunçoso que se acha melhor que outros pensa que, a salvação seja uma competição entre pecadores; ele na liderança.

Quem conhece o Caminho tenta vencer a si mesmo em Submissão ao Salvador. Não quer ser o primeiro; quer estar vivo.

domingo, 16 de junho de 2019

As Sutilezas Mortais

Há uns nãos que são naturais, outros, não. Facilmente nos livramos daquilo que soa desprezível. Ao estímulo de um saber que nos estimula a isso, mais fácil ainda.

Todavia, se algo nos parece aprazível, mesmo que o senso comum o ache indigno, vicioso, rompermos essa relação equivale a romper consigo mesmo; adequar-se com valores que residem fora de nós.

Num ônibus, trem urbano, alguém se levantar e dar lugar a outrem é um gesto belo, polido e encontrável; embora, cada vez menos. Contudo, descer do trono da minha presunção e colocar nele O Criador, já não é tão pacífico assim.

A tirania do ego é uma fortaleza, contra os portões da qual não pensamos usar nossos aríetes. A culpa pelas dores, desajustes, pela infelicidade tem que estar no outro, “eu sou do bem”, pensamos.

Ao assumirmos essa linha de raciocínio descemos ao inferno e beijamos a mão do Capeta chamando-o de mestre. Pois, segundo ele, medirmos as coisas ao sabor dos nossos próprios olhos nos faz “como Deus”.

Entretanto, segundo A Palavra de Deus isso nos faz sub-tolos. “Tens visto o homem que é sábio aos próprios olhos? Pode-se esperar mais do tolo do que dele.” Prov 26;12

Romper com a tirania do si mesmo, a endeusada e insana pretensão do humano saber, e abrir-se a uma Fonte Externa, Deus, é precisamente a ideia da conversão.

A cruz me mata. O Espírito Santo e a Palavra me fazem nascer de novo, removem minhas errôneas concepções e paulatinamente regeneram segundo Deus. “Deixe o ímpio o seu caminho, o homem maligno os seus pensamentos, e se converta ao Senhor, que se compadecerá dele; torne para nosso Deus, porque grandioso é em perdoar.” Is 55;7

Pois, não há meio termo como devaneiam alguns humanistas achando demasiado ácido esse negócio de estar em Deus ou, contra Ele. Claro que há desvios rústicos, toscos que qualquer simplório presto identifica a origem corrupta dos mesmos.

Entretanto, há sutilezas satânicas disfarçadas de doutrinas, socorros, caridade, lições de moral, etc. tudo no escopo de ensinos que excluem a Palavra de Deus, Única Fonte de vida eterna; cambiam-na por “verdades” que, se aprazíveis aos paladares desavisados, aos Olhos Divinos não passam de abjetas blasfêmias. Mais do mesmo, do homem “sendo Deus”, doutrinado pelo Diabo.

Mas, objetaria o “Simplício”: O que pode ter de mal num ensino que ajuda os pobres, alimenta-os, manda amar ao próximo, não julgar e cada um fazer o que lhe agrada? Qualquer coisa colocada em lugar de Deus, por palatável que pareça é blasfema. Dos ídolos diz: “Eu sou o Senhor; este é Meu Nome; Minha Glória, pois, a outrem não darei, nem meu louvor às imagens de escultura.” Is 42;8

Ao humanismo também traz sua diatribe. “... Maldito o homem que confia no homem, faz da carne o seu braço, e aparta seu coração do Senhor!” Jr 17;5

Dos que “consultam mortos” a Palavra também versa: “Quando, pois, vos disserem: Consultai os que têm espíritos familiares, os adivinhos, que chilreiam e murmuram: Porventura não consultará o povo a seu Deus? A favor dos vivos consultar-se-á aos mortos? À lei e ao testemunho! Se eles não falarem segundo esta palavra, é porque não há luz neles.” Is 8.19 e 20

Diz certo adágio que o uso do cachimbo entorta a boca. A perseverança na impiedade faz algo parecido. De tanto vermos, convivermos, fruirmos certas coisas pecaminosas aos poucos acostumamos, a “não ver mal nenhum” como se, a nossa cegueira fosse uma aferidora moral, espiritual.

Nessa linha, muitas posturas indignas, imorais, insanas em dias pretéritos hoje são defendidas, cantadas em prosa e verso, aplaudidas nas pessoas que “têm coragem de se assumirem como são”. desse modo, não foi a vergonha que se perdeu, antes, coragem que se ganhou. Vejo o canhoto rindo.

Coragem tem aquele que ousa se apresentar nu diante de Deus, assumindo culpas e buscando perdão, reconciliação mediante Cristo. Os que preferem habitar nas sombras da maldade são fugitivos. “Porque todo aquele que faz o mal odeia a luz; não vem para a luz, para que suas obras não sejam reprovadas.” Jo 3;20

Se, na Luz, o tal sabe que seria reprovado, em si mesmo já tem o julgamento correto sobre seus descaminhos; o simples manter distância da Luz é já sua implícita confissão.

A hipocrisia faz dourar pílulas, gerar eufemismos, criar paliativos de boas obras com se Deus vendo essa artimanha mudasse Seus Caminhos para acomodar também aos rebeldes insubmissos.

Boas obras são importantes, mas só importam mesmo se forem consequências da salvação, não, pretenso meio. Para essa, invés das mãos se requer ouvidos. “O que me der ouvidos habitará em segurança; estará livre do temor do mal.” Prov 1;33

quarta-feira, 20 de dezembro de 2017

A Salvação ou, a droga religiosa?

“Ou qual rei que, indo à guerra pelejar contra outro, não se assenta primeiro a tomar conselho sobre se com dez mil pode sair ao encontro do que vem contra ele com vinte mil? D’outra maneira... manda embaixadores, pede condições de paz. Assim, pois, qualquer de vós, que não renuncia a tudo quanto tem, não pode ser meu discípulo. Luc 14;31 a 33

A figura do Senhor sobre Seu desafio ao discipulado é bastante didática; ou, posso lutar contra, ou, me submeto e peço condições de paz. Embora a essência do Evangelho seja uma declaração de amor, sua mera existência enseja a guerra, dado, o que está em jogo e a índole da oposição.

Não me refiro a Satanás quando penso em opositores da mensagem, ainda que seja aquele o opositor mor; mas, a própria natureza caída do pecador acaba lutando em sua suicida inclinação contra quem a deseja salvar. “Porquanto a inclinação da carne é inimizade contra Deus; não é sujeita à lei de Deus, nem, em verdade, pode ser.” Rom 8;7

Falemos aos que vivem no “paraíso” da carne, das paixões insubmissas e desenfreadas, para que refaçam seus pensamentos segundo Deus e Sua Palavra; após isso, mudem seu modo de agir balizados nos mesmos parâmetros; como os gatos que pareciam inofensivos, sem mais nem menos suas garras saltam pra fora num instinto selvagem passam agredir quem os “ameaça”.

“Todas as religiões são boas, todos estão certos, eu tenho a minha tu tens a tua, Deus é um só...” Não se trata com esse discurso fajuto de propor verdades filosóficas, mas, de silenciar a voz que os incomoda, pois, tais “religiosos” viciados em seus pecados preferem enfrentar a outrem que a si mesmos, dada sua subserviência contumaz aos instintos naturais.

Todas as religiões são boas? Uma ova! Tem Falicismo que cultua ao pênis; o Animismo que adora árvores e bichos; o Islamismo que mata desafetos em nome de Alá, o espiritismo que nega a eficácia de Cristo e prega a necessidade de reencarnação, invés ressurreição; sincretismo que mistura a Doutrina cristã com o abjeto culto de imagens que Deus odeia; etc. As religiões são criações humanas; mesmo entre os que têm a sã Doutrina em mãos há muitos hipócritas que dizem uma coisa e fazem outra estando perdidos também.

Todos estão certos? Não! “...Eu sou o caminho, a verdade e a vida; ninguém vem ao Pai, senão por mim.” Jo 14;6 “há um só Deus; um só Mediador entre Deus e os homens, Jesus Cristo homem.” I Tim 2;5 “Em nenhum outro há salvação, porque também debaixo do céu nenhum outro nome há, dado entre os homens, pelo qual devamos ser salvos.” Atos 4;12 etc.

Deus É Um, como vimos acima. Quando se defendem dessa forma não pretendem dizer que estamos apresentando outro; mas, que também pertencem ao Verdadeiro Deus; será? Então, por que a simples menção de uma porção da Sua Palavra que eventualmente os contraria incomoda tanto? Como vimos a princípio, ou, lutamos contra se podemos vencer, ou, pedimos condições de Paz.

Quando O Senhor dos Exércitos enviou Seu Campeão ao mundo os anjos bradaram Seus termos: “Glória a Deus nas alturas, Paz na terra, boa vontade para com os homens.” Luc 2;14 Como glorificamos ao Todo Poderoso, se, ousamos contrariar Seus termos de paz, Sua Palavra?

Quem faz isso, por religioso que seja, piedoso que pareça, luta contra Deus. Essa é uma luta inglória. “...Quem poria sarças e espinheiros diante de mim na guerra? Eu iria contra eles e juntamente os queimaria. Que se apodere da minha força, faça paz comigo; sim, que faça paz comigo.” Is 27;4 e 5

Incautos tratam as coisas atinentes à salvação na arena empoeirada das humanas opiniões, como se, a coisa estivesse ao nível humano. Não está.

Nas coisas espirituais, não há espaço para nossos pendores, carecemos nos submeter aos Divinos preceitos, senão, nada feito; “Deixe o ímpio seu caminho, o homem maligno seus pensamentos; converta-se ao Senhor, que se compadecerá dele; torne para o nosso Deus, porque grandioso é em perdoar. Porque meus pensamentos não são os vossos, nem, vossos caminhos os meus, diz o Senhor.” Is 55;7 e 8

Eis a diferença entre um carnal resiliente e um convertido! Para esse, a Palavra de Deus é Autoridade cabal; dela deriva suas posições; aquele, inda escuda-se em suas opiniões, mesmo afrontando aos preceitos, pois, passou longe do “negue a si mesmo” requerido para salvação.

Lendo algo assim, invés de se entristecer por descobrir que trai a si mesmo tende a ficar bravo, reagir contra quem tenta despertá-lo do sono da morte. “... Desperta, tu que dormes; levanta-te dentre os mortos e Cristo te esclarecerá.” Ef 5;14

domingo, 20 de agosto de 2017

As Obras da Fé; Os Bastardos

“Assim a fé, se não tiver obras é morta em si mesma.” Tg 2;17

Tiago refere-se ao cuidado em socorrer o necessitado que chegar a nós, pois, se minha fé crê que devo amar o próximo requer demonstrações práticas desse amor.

Entretanto, as obras da fé vão muito além de caridade. Isso até islâmicos que toleram a violência no exercício de sua fé praticam. Ou, o blasfemo espiritismo que nega a suficiência do Sacrifício de Cristo; ensina a necessidade de múltiplas reencarnações para aperfeiçoamento, invés da regeneração pela Cruz, e santificação paulatina pela ajuda do Espírito Santo. Eles fazem muita caridade para purgar seus “Karmas”.
Desse modo sua “fé” faz obras não porque crê na suficiência de Cristo, mas, porque duvida; confia na justiça própria.

Paulo ensina: “Porque pela graça sois salvos, por meio da fé; isto não vem de vós, é dom de Deus. Não vem das obras, para que ninguém se glorie; porque somos feitura sua, criados em Cristo Jesus para boas obras, as quais Deus preparou para que andássemos nelas.” Ef 2;8 a 10


As boas obras ensinadas pela Palavra, pois, devem ser consequência da salvação, nunca, causa.

Então, embora as obras de caridade sejam necessárias e boas, estão longe de ser o aferidor de medida, da fé salvífica, segundo a Bíblia.

Muitas vezes as obras de uma fé saudável demandam a renúncia de grandes coisas terrenas, em prol de algo, “menor” no qual se crê. “Pela fé Moisés, sendo já grande, recusou ser chamado filho da filha de Faraó, escolhendo antes, ser maltratado com o povo de Deus, que, por um pouco de tempo ter o gozo do pecado; tendo por maiores riquezas o vitupério de Cristo que os tesouros do Egito; porque tinha em vista a recompensa. Pela fé deixou o Egito, não temendo a ira do rei; porque ficou firme, como vendo o invisível.” Heb 11;24 a 27

Isso é uma obra de fé maiúscula! Renunciar tesouros e um palácio, encetando uma peregrinação no deserto, por acreditar que era essa a Vontade Divina. E pensar que os pregoeiros da “fé” moderna pescam errantes no deserto da vida com promessas de tesouros terrenos e rotulam de “fé inteligente”. Jesus deparou com nuances dessa fé em Seus dias; após ter multiplicado o pão para uma multidão, no dia seguinte foram em busca do Mestre, pela “inteligência” de receber mais pão sem trabalho.

O Senhor colocou o dedo na ferida: “...Na verdade, na verdade vos digo que me buscais, não pelos sinais que vistes, mas, porque comestes do pão e vos saciastes.” Jo 6;26
“...A obra de Deus é esta: Que creiais naquele que ele enviou.” 29
Se, O Senhor ainda os estava desafiando a crer, foi por não ter divisado em meios aos momentosos interesses do ventre, traços da verdadeira fé.

Temos ainda os devaneios pueris, esperanças fora da casinha tão pipocantes nas redes sociais, que os sonolentos convencidos chamam de fé. Não senhores, a fé saudável é moldada noutra forma.

Se, enseja “loucuras insensatas” como a de Moisés que “ficou firme como vendo o invisível”, também patrocina entregas maiores, como a dos três jovens da fornalha em Babilônia que preferiram morrer queimados a negar sua fé. A “fé” de uma geração que capitula ao brilho do vidro resistiria uma prova que lhe demandasse a vida? Contudo, nunca se falou tanto de fé.

Muitas vezes nos enganamos com nossa própria hipocrisia e tentamos suprir com encenações baratas os lapsos de substância que recusamos admitir.

Maus mestres, pregadores mercenários treinaram uma geração para crer nas promessas e ignorar os ensinos, as condições, advertências Divinas. Isso enseja uma fé “positiva” que tolhe O Santo do Seu Direito Soberano de corrigir seus filhos.

O abastardamento da fé só poderia gerar bastardos espirituais. “Porque o Senhor corrige quem ama, açoita a qualquer que recebe por filho. Se, suportais a correção, Deus vos trata como filhos; porque, que filho há que o pai não corrija? Mas, se estais sem disciplina, da qual todos são feitos participantes, sois então bastardos, não, filhos.” Heb 12;6 a 8

Sendo a correção Divina derivada do amor, Deus nos abençoa tanto quando nos dá coisas, quanto, quando nos tira, em prol de nossa têmpera, edificação. Assim, a fé que vê o invisível descansa na Sabedoria e Integridade de Quem conhece o que ainda nos é intangível, o porvir.

A fé saudável, pois, abstrai coisas; crê em pessoas a despeito das circunstâncias. “Crede em Deus crede também em mim.” O fato de que creio não significa que terei o que quero; antes, que me esforçarei para ser o que Deus quer que seja. Recompensas? Eu creio em Deus; Ele é meu Escudo e Galardão.

domingo, 11 de junho de 2017

Perdão ou reencarnação?

“Como aos homens está ordenado morrerem uma vez, vindo depois disso o juízo, assim também Cristo, oferecendo-se uma vez para tirar os pecados de muitos, aparecerá segunda vez, sem pecado, aos que o esperam para salvação.” Heb 9;27 e 28

Uma semelhança e uma distinção, entre a sina Do Salvador e os demais humanos. Como nós, morrer uma vez; diferente; invés de enfrentar um julgamento, aparecerá “julgado”, sem pecados. Não que da Sua primeira aparição tenha resultado algum pecado; mas, daquela vez tomou sobre Si os nossos; reaparecer sem, é o Seu juízo, o testemunho do Próprio Deus, da Sua pureza e Santidade.

Pois, quanto à Sua vida na semelhança humana não poderia ser justificado, uma vez que se identificou com nossas falhas, assim, teria que ser condenado pelos reclames da Justiça Divina. “...Deus se manifestou em carne, foi justificado no Espírito, visto dos anjos, pregado aos gentios, crido no mundo, recebido acima na glória.” I Tim 3;16

Aqui entra no que se refere a nós, a cruz. Uma vez que só seremos justificados em espírito mediante novo nascimento devemos nela, mortificar nossas naturais inclinações, para que, quando Cristo Juiz dos vivos e dos mortos se manifestar, tenhamos confiança.

A própria conversão é aplicação do Juízo de Deus sobre nossos pecados. Ele nos declara, pela Lei, dignos de morte; contudo, prepara uma “cidade de refúgio”, Jesus Cristo. Os que arrependidos, nele se abrigam, concordam com O Juízo Divino, e são absolvidos pela justiça de Cristo.

Se, a tomada da cruz sobre si assusta muitos, a ideia de passarem pelo Juízo também soa desconfortável aos que vivem alienados de Deus. Algumas doutrinas como o espiritismo, por exemplo, chegam a negar a existência do juízo onde cada um deverá prestar contas. Preferem, antes, ensinar a teoria das reencarnações sucessivas, até que as pessoas sejam aperfeiçoadas.

Embora tal ensino possa soar mais confortável a quem ouve, é blasfemo, incoerente. Blasfemo porque supõe uma salvação futura, mediante pagamento dos “Karmas”, o que torna inócuo, irrelevante o Sacrifício de Cristo; e, mentirosos Seus ensinos sobre justificação. Incoerente porque anemiza o sentido de duas palavras basilares: Amor e perdão.

Falam bem do amor, sua excelência, necessidade; porém, sua doutrina contraditória o enfraquece. Devo amar meu semelhante fazer-lhe o bem; porém, também, cada dor do sofredor, no fundo, lhe é um bem, um karma que está sendo purgado, um aperfeiçoamento levado a efeito. 

Aí, se, por amor eu ajudar alguém aliviando seu sofrimento estarei lhe fazendo um bem, ou, mal? Afinal, estava pagando sua “dívida”; eu enxerido atrapalhei.
O Amor ensinado na Bíblia posso praticar sem medo que faça dano algum. “O amor não faz mal ao próximo. De sorte que o cumprimento da lei é o amor.” Rom 13;10

Sobre o perdão, contudo, seu estrago é ainda maior. O Senhor na oração do Pai Nosso ensinou rogarmos perdão, na justa medida com que perdoamos nossos devedores; disse mais, que se os não perdoarmos, não seremos perdoados. Agora, se minhas faltas demandam outras vidas para serem pagas, qual a eficácia do perdão Divino sobre os pecadores arrependidos?

A Palavra perdão em sua origem traz a ideia de perda de direito; renúncia em favor de outrem. Assim, se Deus nos perdoa em Cristo, porque seria necessária nova vida, para remover minhas culpas, meus karmas? Afinal, fui perdoado ou não?

Quem quiser crer na doutrina espírita, creia, é um direito seu; agora, ninguém moral e intelectualmente honesto tem direito de dizer que o ensino é bíblico, que é uma doutrina cristã.

Eles fazem boas obras, sei; e nada de errado há nisso. É sempre bom socorrermos a quem sofre. O risco, porém, é que seu bem seja tornado mal. Como assim? Uma coisa é fazermos boas obras em gratidão a Deus por termos sido salvos por tão grande amor e sacrifício. Daí, passar a andar como Ele espera. “Porque somos feitura sua, criados em Cristo Jesus para as boas obras, as quais Deus preparou para que andássemos nelas.” Ef 2;10

Outra; seria praticar as mesmas obras, esperando ser justificado por fazê-las, não, pela Graça de Cristo. Olhemos os versos anteriores: “Porque pela graça sois salvos, por meio da fé; isto não vem de vós, é dom de Deus. Não vem das obras, para que ninguém se glorie;” Ef 2;8 e 9

Não adianta, como os ouço, chamarem a Jesus de Divino Mestre, enquanto apregoam doutrinas falsas que O Contradizem. Paulo falou de alguns semelhantes em seus dias: “Confessam que conhecem a Deus, mas, negam-no com as obras, sendo abomináveis, desobedientes, reprovados para toda a boa obra.” Tt 1;16

Nascer de novo, sim, mas, inda nessa vida, por arrependimento e conversão; depois, nada feito, apenas o juízo.

sábado, 10 de junho de 2017

O bezerro de carne

“Mas, vendo o povo que Moisés tardava em descer do monte, acercou-se de Arão, e disse-lhe: Levanta-te, faze-nos deuses, que vão adiante de nós; porque quanto a Moisés, homem que nos tirou da terra do Egito, não sabemos o que lhe sucedeu.” Ex 32;1

Alguns aspectos da natureza humana evidentes.

Primeiro: Pressa. Quarenta dias se revelaram um tempo demasiado longo para esperarem, aqueles, que esperaram livramento após centenas de anos. Tendemos a achar que, pelo fato de que Ele pode Deus “deve” atender nossos pleitos no tempo que desejamos. Ele podia ter abreviado o cativeiro também, se desejasse, mas, não fez; O Senhor É Soberano.

Segundo: A presunção. Dada a “demora” de Moisés quem disse que a solução seria confeccionar uma imagem semelhante às que viram no Egito? Justo, do domínio de tais deuses, O Senhor os resgatara com forte mão, como fariam algo frágil, derrotado para sua adoração? Preocuparam-se com suas comichões em ver “Deus”; não se deram ao trabalho de meditar, como isso pareceria ante O Eterno. Uma filha da presunção é a cegueira. “Façamos deuses que vão adiante de nós.” Ora, se, seria produção deles, tais deuses, óbvio que seriam inanimados, seriam carregados, invés de ir “adiante de nós” como disseram.

Terceiro: Cinismo. Depois de decidirem presunçosamente o que deveria ser feito, cinicamente atribuíram a Moisés o livramento, para fingirem-se descompromissados com Deus. “Moisés, homem que nos tirou da Terra do Egito...” Até hoje, pessoas de corações duros, insubmissas, invés de assumirem que se portam assim perante O Senhor fazem parecer que A Palavra de Deus é uma ideia do pregador; que desobedecendo-a, afrontam um homem, não, Deus.

Quarto: Loucura. Sim, apenas loucos tomariam decisões que podem custar vidas, baseados na ignorância, no que não sabem. “Não sabemos o que lhe sucedeu.” Não sabiam, sequer, de Moisés, mas, tencionavam agir como deuses.

Esses mesmos traços manifestos, então, vicejam, em nosso tempo; alguns, com maior pujança ainda. A pressa é notória nas “campanhas” de sete sextas-feiras disso, sete domingos daquilo, onde, “fiéis” estabelecem prazo para serem abençoados. Ensinos tipo, “Tomar posse da bênção,” oração atrevidas que dão ordens a Deus são rebentos da arrogância e da pressa gestados em ímpios ventres. Todavia, O Senhor tem um tempo pelo qual, Ele mesmo espera; e requer igual postura dos Seus: “Por isso, o Senhor esperará, para ter misericórdia de vós; por isso se levantará, para se compadecer de vós, porque o Senhor é um Deus de equidade; bem-aventurados todos que nele esperam.” Is 30;18

A presunção permite que crenças que afrontam Às Escrituras Sagradas sejam a ela equiparadas. O Advento do Espírito Santo que ensinaria a Lembrar os ensinos do Mestre é equacionado com espiritismo, doutrina espúria que prega reencarnação invés de ressurreição; salvação por obras, invés do Sangue de Cristo. Pior: Se dizem cristãos. Outros nivelam tudo tendo por base suas paixões; dizem, todas as religiões são boas, como se, Cristo fosse uma; mascaram sua obstinação com drogas psíquicas com as quais traem a si mesmos, e a quem lhes escuta. Paulo foi categórico a respeito das heresias: “Mas, ainda que nós mesmos ou um anjo do céu vos anuncie outro evangelho além do que já vos tenho anunciado, seja anátema.” Gál 1;8

Os cínicos que recusam negarem a si mesmos, tomarem a cruz, invés de assumirem abertamente sua rebelião armam-se de maus exemplos, de obreiros mercenários, ( há tantos ) pra se justificarem dizendo que não se convertem por causa do testemunho de fulano, beltrano; contudo, os de bom testemunho ( também há ) são ignorados, pois, a postura desses não patrocina os falazes discursos dos cínicos.

Razões para conversão, ou, obstinação são internas, derivam do íntimo. “Porque do coração procedem os maus pensamentos, mortes, adultérios, prostituição, furtos, falsos testemunhos e blasfêmias.” Mat 15;19
Por fim, os loucos. Tomam decisões vitais baseados no que não sabem. Afirmam algumas porções fora do contexto, como se partes da Palavra fossem boas, outras, ruins. A loucura espiritual não é igual à demência que conhecemos; é a obstinação que recusa a ser instruído. “O temor do Senhor é o princípio do conhecimento; os loucos desprezam a sabedoria e a instrução.” Prov 1;7 

Quando Paulo diz que, quem quiser ser sábio faça-se louco, está cotejando ironicamente as visões do mundo e a espiritual; não preceituando a loucura, estritamente.

Assim, apressados, presunçosos, cínicos, loucos modernos, também fazem seu bezerro particular, que invés de trazer Deus mais pra perto, apenas desperdiçam seu tempo, seu ouro. 

Agora, é o retorno de Cristo que se espera, não de Moisés; os que partem para “alternativas” deixam patente sua descrença. Tais, quando O Senhor voltar, terão ira, juízo, invés de refrigério. Esperemos no Senhor sem inventar.

quinta-feira, 20 de outubro de 2016

O tempo das asas

“Tudo tem o seu tempo determinado, há tempo para todo o propósito debaixo do céu.” Ecles 3;1

Não significa, tal afirmação, um fatalismo cronológico dentro do qual, o homem deixaria de ser arbitrário, antes, uma dimensão espaço-temporal, finita, na qual, deve exercer suas escolhas. Escolhas, essas, que podem abreviar, quando não, dar fim, a esse mesmo espaço.

A “condenação à liberdade” traz como penas as consequências, e, das tais, não podemos nos evadir. Muitos conflitos, dores, derivam de uma má compreensão de nossa situação ante o tempo. Para Sara, esposa de Abraão, por exemplo, passara o tempo para ter um filho; como Deus “falhara” em cumprir Sua promessa, planejou um arranjo periférico tomando sua escrava como “barriga de aluguel.” Ora, é certo que, no prisma da lógica humana, suas “credenciais” maternais não ajudavam, entretanto, quem prometera fora O Eterno, que tem outra relação com o tempo, diverso das coisas criadas, “debaixo do céu”. Onde a lógica fraqueja, a fé tem ocasião de se mostrar mais robusta.

Assim sendo, o “homem natural não compreende as coisas do Espírito de Deus...” devemos “comparar as coisas espirituais com as espirituais.” Nossa relação com o tempo natural está ao alcance de todos. “Sabeis discernir os sinais dos céus...” Contudo, os tempos espirituais, demandam certa relação mais apurada com Aquele que É “Pai da Eternidade.” “Quem guardar o mandamento não experimentará nenhum mal; o coração do sábio discernirá o tempo e o juízo.” Ecl 8;5 Ou, “Muitos serão purificados, embranquecidos, provados; os ímpios procederão impiamente, nenhum dos ímpios entenderá, mas, os sábios entenderão.” D 12;10

Deus privou-nos da data exata do nascimento do Salvador, bem como, Sua volta, pois, a primeira não parece relevante para nossa salvação, a segunda, seja quando for, não irá surpreender aos “sábios”, tampouco, alimentar excitação hipócrita de oportunistas. Dos Seus, Ele espera um relacionamento sadio “full time”, não ao açodo de imediatismos egoístas. “Em todo o tempo sejam alvas as tuas roupas, nunca falte o óleo sobre tua cabeça.” Ecl 9;8

“O tempo fez muito bem a você”, usamos dizer a alguém, cujo decurso dos dias não marcou tanto. Porém, mais, ou menos formosas, as coisas finitas rumam à decrepitude, ao fim. Embora possa ter sua vantagem eventual tecermos um belo casulo, no fim das contas, valerá, com quais asas dele sairemos, o demais, é biodegradável.

Como nossa tênue relação com o tempo oscila frágil pingente pelo fio da vida, é presunçoso deixarmos para amanhã, ou, um futuro indefinido decisões vitais, que respeitam ao “resto” de nosso tempo, a eternidade. Tiago pincelou essa fragilidade: “Digo-vos que não sabeis o que acontecerá amanhã. Que é a vossa vida? Um vapor que aparece por um pouco, depois, desvanece.” Tg 4;14

Em face disso, A Palavra sempre é apresentada com senso de urgência, para ser abraçada imediatamente, e, eventual ouvinte descuidado não ser precipitado no abismo tendo estado na Porta do Céu. “Enquanto se diz: Hoje, se ouvirdes sua voz, Não endureçais vossos corações...” Heb 3;15

É comum as pessoas dizerem a coisa certa pela razão errada. “Viva cada dia como se não houvesse amanhã, como se fosse o último”. Quando atentamos, amiúde, para a intenção das palavras, vemos que, não raro, a ideia é “curtir a vida” dar-se aos prazeres; não, estar espiritualmente preparado para iminente encontro com O Senhor. Invés, de, aproveite hoje como se, tua última oportunidade de salvação, dizem: Peque até à última gota, justifique bem tua perdição.

Muitos são levados por fontes espúrias a crer que, haverá sempre novas oportunidades, reencarnações. Quem não for salvo nesse tempo será noutro. Pode ser mais fácil crer assim, contudo, não é certo. Sem essa que Espiritismo é Bíblico, tampouco, cristão. Dizem que O Prometido Espírito Santo seria a revelação da doutrina espírita prometida por Cristo, mentira!

O Salvador, aludindo ao Espírito Santo disse que, vindo, “Convenceria o mundo do pecado, da justiça, do juízo”, ensinos ausentes no espiritismo; mais: “Vos fará lembrar minhas Palavras”, disse. Nada fora escrito, até então, do Novo Testamento, O Espírito escolheu vasos para isso, e capacitou após.

A salvação depende de “Novo nascimento” sim, mas, nesse mesmo corpo pecaminoso, arrepender-se dos erros, confessar, receber Jesus como Senhor, obedecer. Não se trata de novo corpo para esse espírito, antes, um novo espírito para esse corpo, potencializado pelo Espírito Santo. “O que é nascido da carne é carne, o que é nascido do Espírito é espírito.” Jo 3;6

Mediante Jeremias, Deus dera tempo e ensinos que teriam salvado seu povo de cativeiro iminente. Não deram ouvidos, nem aproveitaram seu tempo. Não aconteça o mesmo conosco, para não termos que falar como aqueles: “Passou a sega, findou o verão, e nós não estamos salvos.” Jr 8;20

quarta-feira, 27 de janeiro de 2016

Falsidade, heresias, hipocrisia; "necessidades" da Igreja.

“Porque tais falsos apóstolos são obreiros fraudulentos, transfigurando-se em apóstolos de Cristo. Não é maravilha, porque o próprio Satanás se transfigura em anjo de luz. Natural que os seus ministros se transfigurem em ministros da justiça...” II Cor 11; 13 a 15 Temos duplo disfarce, satânico e humano; duplas vestes: Luz e justiça.

Por que não se disfarçam, de ladrões, mentirosos, profanos, assassinos??? Ou, por que meninos que brincam com bola fantasiam, eventualmente, com nomes de grandes craques, invés de cabeças de bagre? Pela razão simples, óbvia, que não se falsifica bijuterias, já são falsas, antes, se costuma imitar o que é precioso, de valor.

É que deparei com um comentário em defesa do espiritismo onde, a pessoa se disse egressa evangélica, pois, frequentou várias igrejas, nelas conviveu com disputas, divisões, coisas que a magoaram; não mais acontece no arraial onde, convive.

Certamente, nunca se converteu, tampouco, entendeu em quê, consiste o Evangelho. Primeiro: Saí porque não me sentia bem; ora, o vero convertido abdica do “eu”; idiossincrasias, preferencias, na cruz, no “negue a si mesmo”. Segundo: Entende que a igreja está em pleno combate, cheia de infiltrações inimigas. Mesmo assim, no meio disso deve triunfar, se, deveras, ama a Cristo. Mente quem diz que entrou pra igreja por causa de Cristo e saiu por causa dos homens. Cristo trabalha com “material de construção” ruim, pecadores.

Num cemitério não há disputas, barulho, contendas; antes, silêncio, paz, calmaria, e, mortos. Eventuais divisões no seio de doutrinas totalmente anti-bíblicas podem ocorrer, mas, serão de origem carnal, humana, o inimigo não costuma trabalhar onde não precisa.

Contudo, na igreja, infiltra-se, infiltra ministros, cria ministérios com rótulo certo e produto errado, etc. é o seu trabalho. “Porque eu sei isto, que, depois da minha partida, entrarão no meio de vós lobos cruéis, que não pouparão ao rebanho;” Atos 20; 29

Como lidar com isso? Paulo viu nessas contradições a pedra de toque onde assomaria o caráter dos verdadeiros servos de Deus. “Até importa que haja heresias, para que os que são sinceros se manifestem entre vós.” I Cor 11; 19

Sim, ao menor sinal de desvio da sã doutrina são chamados à peleja os sinceros, os defensores da verdade, pois, diverso do que devaneiam alguns sonsos, a igreja não é um aglomerado de perfeitos, ambiente dedetizado livre de insetos, antes, “... é a igreja do Deus vivo, coluna e firmeza da verdade.” I Tim 3; 15 Vemos, pois, que a harmonia, paz, não são os primeiros valores no seio da igreja, antes, A Verdade.

Quando, os que olham de fora identificam divisões, obreiros mercenários, hipocrisia, e decidem, em vista disso, fazer uma terra arrasada, afastando-se de onde se anuncia à Palavra de Deus, em parte se fazem suicidas espirituais, coautores do sucesso parcial do inimigo.

Claro que têm os espíritas direito de crer no que lhes aprouver, indiscutível. Agora, usar partes da Bíblia que lhes convém, e descartar as demais como se fossem indignas de crédito, isso não! O mesmo Senhor ensina: “Não só de pão viverá o homem, mas, de TODA a Palavra que procede da Boca de Deus”. E, Jesus autenticou as Escrituras então existentes, depois, selou a revelação no Apocalipse, vetando acréscimos ou, omissões. Assim, ou tomamos a Bíblia na íntegra, ou, podemos descartá-la totalmente, pois, não é fracionável.

Sabemos que, há regras de interpretação, hermenêutica, exegese, variáveis culturais, contextuais, que um intérprete honesto considerará, antes de apontar “contradições”. Ademais, nada mais contraditório que comer porções de um bolo inteiro, e evitar outras, pois estariam “envenenadas”.

Por fim, uma coisinha elementar, que até meu cavalinho sabe: Quem acredita em Deus, de fato, deve dar credito à Sua Palavra; lá, adverte da existência e dos ardis do diabo. Na doutrina espírita não há Salvador, Cristo vira apenas Mestre; as pessoas se salvam purgando karmas com boas obras, tampouco se aponta para ações traiçoeiras do inimigo, e pecado; no máximo, ignorância, primitivismo espiritual. Então, são livres pra crer nisso, reitero, mas, nem de longe são cristãos, tampouco, bíblicos.

A igreja é uma mistura disforme de adúlteros, hipócritas, ladrões, mercenários, com pecadores arrependidos, outros dúbios ainda, e alguns íntegros, sinceros, verazes. No meio disso tudo, O Mestre, Senhor e Salvador, que não veio para os sãos, mas, para os doentes, executa Sua Obra.

Os que saem, preferindo calmaria ao bom combate, não passam de covardes, e por suave que pareça, o ”Anjo de Luz” que os guia, no devido tempo se revelará um assassino.

Num campo de batalha não se aponta armas para mortos, quem, nesse mundo tenebroso se sente seguro, livre de ameaças, deveria, no mínimo, cogitar que está no lugar errado. Pois, O Mestre afirmou: “No mundo, tereis aflições...”

terça-feira, 16 de setembro de 2014

Desgraçando a graça

“Está escrito: Nem só de pão viverá o homem, mas de toda a palavra que sai da boca de Deus…Também está escrito: Não tentarás o Senhor teu Deus.” Mat 4; 4 e 7
 
É comum depararmos com  coxos espirituais; digo, os que têm a perna da graça “sarada” e a da sã doutrina, atrofiada. Chegam a opor Jesus à Bíblia, quase, como se fossem excludentes. Essa seria legalista, fria; enquanto Ele é amor, graça, salvação. 

Afirmam a irrelevância da vida pregressa dos candidatos a salvos como se fosse uma revelação ao invés do “óbvio ululante”. Qualquer pecador, por mais sujo que esteja traz em si os “méritos” necessários para ser salvo; está morto e precisa reviver, como o pródigo.

Entretanto, quando essa obviedade pacífica passa a ser argumento contra a disciplina dos salvos, surgem as primeiras digitais da vigarice espiritual e intelectual. 

Como as instruções normativas aos salvos derivam basicamente das epístolas, não diretamente de Jesus seriam irrelevantes, de menos valia; quando não, contaminadas pelo farisaísmo; de Paulo, sobretudo.

Ora, nos textos supra, o Senhor derrota satanás com palavras “de Moisés”, ao invés de criar algo novo, mesmo podendo. Mais que isso; quando o Allan Kardec da vez tentou criar o espiritismo, o Senhor remeteu a Moisés e aos profetas como melhor alternativa: “…Têm Moisés e os profetas; ouçam-nos.” Luc 16; 29  

Embora, aqueles seriam do Velho Testamento, não estavam obsoletos a ponto de ser desconsiderados.

Suspeito que essas ênfases na graça não visam colocar em relevo o óbvio; mas, pacificar sem mediador ao pecador contumaz. Claro que renovamos todos os dias nossos erros, e, paralelamente  a misericórdia se “renova a cada manhã”; como enfatizou Jeremias. 

Isso não basta para que pretendamos andar sem disciplina, como adverte a epístola aos Hebreus; “Porque o Senhor corrige o que ama, e açoita a qualquer que recebe por filho. Se suportais a correção, Deus vos trata como filhos; porque, que filho há a quem o pai não corrija? Mas, se estais sem disciplina, da qual todos são feitos participantes, sois então bastardos, e não filhos.” Heb 12; 6 a 8

Na verdade Cristo tornou a Lei mais rigorosa em Sua releitura; ensinou a ir além das expressões visíveis buscando as sementes, no coração. A diferença em relação ao Antigo Testamento é que Seu sacrifício basta, não carece ser renovado; nosso arrependimento, sim. O Advogado não cria processo sem petição do cliente.

O legalismo não consiste em observar a Lei; antes, em descansar na aparente observância ignorando a intenção espiritual no preceito da mesma. Por isso o Senhor advertiu: “Porque vos digo que, se a vossa justiça não exceder a dos escribas e fariseus, de modo nenhum entrareis no reino dos céus.” Mat 5; 20
 
Não se trata de pleitear salvação pelas obras; mas, de evitar que a graça seja barateada a tal ponto, que venha a prescindir dos devidos frutos que testificam o que  ela fez. “Porque somos feitura sua, criados em Cristo Jesus para as boas obras, as quais Deus preparou para que andássemos nelas.” Ef 3; 10
 
O Renovo da “raiz de Jessé” não brotou para fazer sombra nas árvores adoecidas ; antes, para mudar suas naturezas. Onde isso não ocorreu, resta trabalho a ser feito. “… todas as árvores do campo baterão palmas. Em lugar do espinheiro crescerá a faia, e em lugar da sarça crescerá a murta; o que será para o Senhor por nome, e por sinal eterno, que nunca se apagará.” Is 55; 12 e 13

Embora seja muito mais confortável parecermos “legais”, por incrível que pareça, somo desafiados a ser santos. Não, “canonizados” após a morte dado o reconhecimento de dois milagres, como faz o catolicismo; antes, demonstrando em vida a eficácia de dois milagres: A salvação, e a santificação mediante o Espírito. 

Isso deve ser tão visível, quanto uma cidade edificada sobre um monte; radiante como a luz, relevante como o sal. “Assim resplandeça a vossa luz diante dos homens, para que vejam as vossas boas obras e glorifiquem a vosso Pai, que está nos céus.” Mat 5; 17

Enfim, não há dificuldade com o passado de nenhum pecador; antes, com o presente de ministros que se esforçam mais em agradar aos homens que a Deus. A Palavra de Deus foi rejeitada em Moisés, em Josué, em Samuel, em Jesus, sobretudo; em Paulo… por que não o seria em nós?

Ainda assim, nosso papel é anunciar retamente a mensagem da graça que desafia o agraciado com um sonoro, “não peques mais”! 

Se gastarmos nosso tempo martelando a penha da doutrina para alargar o caminho estreito seremos inúteis a Deus e aos homens. Esperar da graça mais do ela dá, acabará em desgraça.