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sexta-feira, 8 de dezembro de 2017

O Jeito Divino de Abençoar

“Os (membros) que reputamos serem menos honrosos no corpo, a esses honramos muito mais; os que em nós são menos decorosos damos muito mais honra. Porque os que em nós são mais nobres não têm necessidade disso, mas, Deus assim formou o corpo, dando muito mais honra ao que tinha falta dela;” I Cor 12;23 e 24

Eis a Divina justiça e Sua parcimônia em abençoar conforme as carências, não, os desejos! Totalmente na contramão do mundo que costuma cobrir de ouro que já possui mais que o necessário e deixar padecer na miséria os desvalidos.

Certa vez lembro-me de ter ouvido uma conversa de passagem diante de um bar; “-Fulano acertou no bicho; na cabeça. – Eita, o diabo caga sempre no monte maior!” Tive que rir. Isso, porque o sujeito que acertara era um endinheirado, não precisava. Pois, que o Capiroto faça o que quiser do seu estrume, mas, estamos meditando na Bondade Sábia de Deus.

Antes que algum canhoto pense que estou falando de sistemas políticos lembro: Os “socialistas” onde dominaram, apenas mudaram a opressão e a riqueza, dos capitalistas para os próceres do partido e os miseráveis seguiram como eram, e com menos direitos, liberdades; portanto, desprezo-os por sua injustiça e hipocrisia; estou falando é do egoísmo mesmo.

Os que ganham pouco mais de um salário mínimo pagam por uma casa financiada durante mais de 20 anos; os que ganham salários acima de 30 mil por mês recebem “auxílio moradia” superior a quatro mil reais mensais, por exemplo. Um cidadão comum se quiser comparecer a determinado evento arcará com transporte, estadia, ingresso; um famoso e endinheirado receberá “cachê” para comparecer, pois, sua presença “promove” ao dito evento. Isso do jeito de “abençoar” do mundo, em oposição ao modo Divino que supre onde falta, invés de desperdiçar onde sobra.

Ninguém maior em honra na Igreja primitiva que os apóstolos; entretanto, “... Deus a nós, apóstolos pôs por últimos, como condenados à morte; pois, somos feitos espetáculo ao mundo, aos anjos e homens. Nós somos loucos por amor de Cristo, vós, sábios em Cristo; nós fracos, vós, fortes; vós, ilustres, nós, vis.” I Cor 4;9 e 10

Os “apóstolos” do ar condicionado atuais e muitas “estrelas” góspeis deveriam refletir sobre isso antes de fazer suas listas de exigências de super stars do mundo para darem seus “Shows”.

Paulo aprendeu que o Poder Divino se aperfeiçoa na fraqueza; mesmo seu incômodo “espinho na carne” não foi removido. Disse mais: “Deus escolheu as coisas loucas deste mundo para confundir as sábias; Deus escolheu as coisas fracas deste mundo para confundir as fortes; Deus escolheu as coisas vis deste mundo, as desprezíveis, as que não são, para aniquilar as que são; para que nenhuma carne se glorie perante ele.” I Cor 1;27 a 29

A Bíblia ensina que não sabemos orar como convém. Quando Deus “apareceu” em sonho a Salomão e franqueou: “Pede-me o que queres”. O Rei invés de pedir vingança contra inimigos, ou, tesouros terrenos pediu sabedoria para reinar; noutras palavras: invés de pedir facilidades na vida pediu ferramentas para trabalhar.

Isso agradou tanto ao Eterno que fez mui além do pedido. “Porquanto pediste isso, não pediste para ti muitos dias, nem pediste para ti riquezas, nem pediste a vida de teus inimigos; mas, pediste para ti entendimento, para discernires o que é justo; eis que fiz segundo tuas palavras; eis que te dei um coração tão sábio e entendido, que antes de ti igual não houve e depois de ti igual não se levantará. Também até o que não pediste te dei, assim riquezas como glória; de modo que não haverá um igual entre os reis, por todos os teus dias.” I Re 2;11 a 13

A maioria da geração atual, não apenas não sabe o quê, pedir, como, sequer, pede; ela faz “melhor”; “Ordena, determina, decreta” a “Bênção de Deus”.

Natural que nos inquietemos por coisas que supomos necessitar; porém, se Deus demora em nos dá-las, certamente está cuidando de outras que, aos Seus Olhos necessitamos mais, ou, primeiro. Daí, “Entrega teu caminho ao Senhor, confia Nele e tudo Ele fará.” O “tudo” que interessa no tocante aos Seus não inclui fama, riquezas terrenas, antes, atina, sobretudo, à justiça; “Ele fará sobressair tua justiça como a luz, e teu juízo como o meio-dia.” Sal 37 5 e 6

Desse modo, quando insto, oro, peço e não recebo o que pedi convém atentar bem para o que recebi oculto atrás desse, não. Como dizia Spurgeon, “Deus nos abençoa muitas vezes cada vez que nos abençoa.”

Minhas petições desnudam apenas meus desejos; a Divina Onisciência conhece minhas necessidades. Obrigado Pai por tantos nãos! Perdoa minhas orações.

quinta-feira, 2 de novembro de 2017

Passado passado, ou, presente?

“... Senhor, eles sabem que eu lançava na prisão e açoitava nas sinagogas os que criam em ti. Quando o sangue de Estevão, tua testemunha, se derramava, também eu estava presente, consentia na sua morte e guardava as capas dos que o matavam. Disse-me: Vai, porque hei de enviar-te aos gentios de longe.” Atos 22;19 a 21

Paulo meio que duvidando da bondade Divina repisava o passado, remorsos, culpas; O Senhor mirava o novo, o devir que pretendia patrocinar mediante o ministério dele. O apóstolo dizendo: Eu não presto; O Senhor: Vai!

O que Paulo falou sobre seu passado ruim era vero; porém, O Salvador o perdoara e purificara; assunto encerrado. Mui diferente de certas nuances do “perdão” humano, que, malograda certa expectativa presto rebusca assuntos que deveriam estar esquecidos de vez.

Miquéias falou sobre a eficácia cabal do perdão Divino: “De novo terás compaixão de nós; pisarás nossas maldades e atirarás os nossos pecados nas profundezas do mar.” Miq 7;19

Muitas vezes nos pegamos relembrando coisas más que fizemos; não obstante, terem sido perdoadas pelo Senhor, ficamos sonhando com uma “volta no tempo”; nova chance de agir naquelas circunstâncias, para, dessa vez, fazermos diferente, melhor.

Embora possa parecer uma postura humilde, no fundo, é ainda um resquício de orgulho; nossa grotesca e superficial escala de valores que considera más apenas posturas bem toscas, violentas, ou, injustas; só essas nos incomodam. 


Somos indulgentes com milhares de outros erros que também trazem em si veneno bastante para ensejar nossa morte espiritual, e, desconsideramos isso; se aqueles erros crassos que mais nos incomodam fossem removidos passaríamos por alto a esses tantos outros, e, nos sentiríamos bons, merecedores de salvação.

Nesse aspecto Paulo não era diferente de nós; invés de olhar estritamente para onde O Senhor apontava, olhava para trás às voltas com “espinhos na carne”; coisas que, talvez, preferisse ter feito de outro modo.

Os que não cometeram erros mais grosseiros podem sucumbir ao orgulho de se julgarem bons, meritórios pro Céu; isso, por si só já os faz candidatos à perdição; nossas ruindades mais grosseiras acabam sendo “boas”, não em si mesmas, mas, no efeito colateral de tolher uma glória vã que poderia ser letal.

Os presumidos bons numa sociedade má acabam sendo os piores, pois, seguros de sua “bondade” se fazem refratários à medicina celeste que, recusa gastar insumos com os “sãos”; busca, apenas, os doentes.

Acaso não foram os “justos”, Fariseus e Saduceus que incitaram à crucificação do Salvador? A acusação de que eram hipócritas feriu seu “orgulho santo”; a imundícia que se escondia em “sepulcros caiados” acabou externando seu mau cheiro. Do mesmo calibre são todos os “bons” atuais que se alienam do Senhor na presunção de estarem vendendo saúde espiritual.

O Senhor veio em busca dos, reconhecidamente enfermos; esses receberiam aliviados, Sua cura, e seriam gratos ao Médico dos Médicos, invés de se presumirem meritórios. “Deus escolheu as coisas loucas deste mundo para confundir as sábias; escolheu as coisas fracas deste mundo para confundir as fortes; escolheu as coisas vis deste mundo, as desprezíveis, as que não são para aniquilar as que são; para que nenhuma carne se glorie perante ele.” I Cor 1;27 a 29

Desse modo, é até bom que relembremos eventualmente as fraturas expostas do nosso arcabouço moral, pretérito; não para que nos deprimamos por isso, tampouco, duvidemos do perdão Divino; mas, para que sejamos mais gratos ao Salvador que ao custo de Sua Vida Santa, nos resgatou de tamanha perdição.

Então, se O Senhor nos impulsiona ao novo, como fez com Paulo, não é hora de colocarmos nossas velharias sobre a mesa como pretexto para desobedecer; Ele sabe do nosso passado; se, chama mesmo assim é porque, para Ele, aquilo está resolvido já.

Entretanto, se, temos nossos “esqueletos no armário” e Deus está em silêncio, nesse caso, espera que exponhamos a sujeira mesmo, e, arrependidos busquemos Seu perdão. O silêncio Divino aí, não é aprovação, apenas, longanimidade. “Estas coisas tens feito, (pecados) e eu me calei; pensavas que era como tu, mas, eu te arguirei, as porei por ordem diante dos teus olhos.” Sal 50;21

Em suma, nosso passado pecaminoso só é passado deveras, após o “tratamento” da Cruz; senão, ainda está mui presente patrocinando uma morte espiritual disfarçada de vida.

Os que foram sarados ainda olham para trás, eventualmente; a profilaxia do orgulho; os que não, mesmo que devaneiem adiante, carecem voltar na “Máquina do Tempo” do arrependimento e confissão.

Só depois da correspondência ao “vinde a Mim” do Salvador, candidatar-se-ão a ouvir um, Vai!

“O remorso é uma impotência, ele voltará a cometer o mesmo pecado. Apenas o arrependimento é uma força que põe termo a tudo.” Balzac