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sábado, 9 de novembro de 2019

Traços da Esperança

"Aguardo ao Senhor; minha alma o aguarda; espero na Sua Palavra." Salm 130;5

Difícil dissociar fé e esperança, uma vez que ambas costumam andar de mãos dadas. Alistando todos os dons submissos ao amor Paulo anexou a ele a fé e a esperança, como coisas que permaneciam. I Cor 13;13

Há dois tipos de esperança; a natural, conforme nossas propensões, tributária de nossas noções "lógicas"; e a, espiritual, derivada da Palavra de Deus e Suas promessas.

A natural não costuma excurcionar às plagas do "impossível", como faz a espiritual firmada em determinada promessa.

Deus prometera um filho a Abraão sendo ele e sua esposa Sara avançados em idade; a esperança natural recusava aceitar; tanto que, Sara riu-se ao ouvir a promessa. Não conseguiu crer.

No seu marido, porém, houve um conflito entre duas esperanças; venceu a mais forte; a que derivava do consórcio com a fé. "O qual, em esperança, creu contra a esperança, tanto que ele tornou-se pai de muitas nações, conforme o que lhe fora dito: Assim será tua descendência." Rom 4;18

Mesmo orbitando ambientes espirituais tendemos a empinar a pipa da esperança presa ao parco fio de mentalidade natural, invés de, como o salmista, esperarmos na Palavra de Deus.

Não raro, frustramo-nos com acontecimentos quando, a causa está em nossa eperança deslocada, alienada das promessas.

Um exemplo disso vemos nos dois discípulos a caminho de Emaús; falando de Jesus, com Jesus, incógnito deixaram patente sua frustração pela morte Dele no Calvário; fim da esperança. "Nós esperávamos que fosse Ele..."

Qual a reação do Senhor após ouví-los? Decepção! "Ó néscios, e tardos de coração para crer tudo o que os profetas disseram! Porventura não convinha que o Cristo padecesse estas coisas e entrasse na sua glória? E, começando por Moisés e todos os profetas explicava-lhes o que dele se achava em todas as Escrituras." Luc 24;25 a 27

Se, as coisas tinham se dado precisamente como as Escituras vaticinaram, qual o motivo da frustração deles? A esperança natural de um reino terreno, libertação do jugo romano apenas, não de libertação do pecado ao preço de sangue, como vaticinaram os profetas. Isaías e Zacarias, sobretudo.

Além de esperarmos exata e estritamente o que foi prometido, carecemos o concurso da perseverança para que, nossa esperança se torne certeza; "Mas desejamos que cada um de vós mostre o mesmo cuidado até ao fim, para a completa certeza da esperança;" Heb 6;11

"Por isso, querendo Deus mostrar mais abundantemente a imutabilidade do Seu Conselho aos herdeiros da promessa, se interpôs com juramento; para que por duas coisas imutáveis, nas quais é impossível que Deus minta, tenhamos firme consolação, nós, que pomos nosso refúgio em reter a esperança proposta;" Heb 6;17 e 18

Se,pela Palavra imutável podemos ter a esperança de salvação, também o concurso dos dias maus que vivemos faz parte do "pacote"; só esperaremos diferente se, como os do caminho de Emaús, formos néscios, tardos de coração e entendimento no tocante às Escrituras.

Elas advertem: "Sabe, porém, isto: que nos últimos dias sobrevirão tempos trabalhosos. Porque haverá homens amantes de si mesmos, avarentos, presunçosos, soberbos, blasfemos, desobedientes a pais e mães, ingratos, profanos, sem afeto natural, irreconciliáveis, caluniadores, incontinentes, cruéis, sem amor para com os bons, traidores, obstinados, orgulhosos, mais amigos dos deleites do que amigos de Deus, tendo aparência de piedade, mas negando a eficácia dela." II Tim 3;1 a 5

Embora sejamos salvos em esperança, como disse Paulo escrevendo aos romanos, a esperança derivada das promessas não é tão abstrata assim.

Pedro disse que devemos responder com mansidão a razão da nossa esperança; ora, se alguém nos perguntaria pela razão, necessário é que nossa esperança seja, de alguma maneira, visível.

Deve sê-lo; se, não em si, nas consequências, nas mudanças que em nós opera. "Qualquer que Nele tem esta esperança purifica a si mesmo, como também Ele É Puro." I Jo 3;3

A mesma nos leva a orar pela salvação de muitos, embora, nem sempre as coisas saiam como esperamos; mas oramos, "Na esperança de que também a mesma criatura será libertada da servidão da corrupção, para liberdade da glória dos filhos de Deus." Rom 8;21

Acontece que a salvação, embora tencione atingir a todos é uma promessa condicional; depende da resposta de cada um ao Amor de Deus em Cristo.

Então, embora a apostasia queira nos desencorajar, convém perseverarmos; "Retenhamos firmes a confissão da nossa esperança; porque fiel é o que prometeu. Consideremo-nos uns aos outros, para nos estimularmos ao amor e às boas obras, não deixando a nossa congregação, como é costume de alguns, antes admoestando-nos uns aos outros; tanto mais, quanto vedes que se vai aproximando aquele dia." Heb 10;23 a 25

segunda-feira, 16 de outubro de 2017

Os Frutos do Deserto

“Não somente isto, mas, também nos gloriamos nas tribulações; sabendo que a tribulação produz paciência, a paciência, experiência; a experiência, esperança.” Rom 5;3 e 4

Bens preciosos, paciência, experiência e esperança; todos três viçando das tribulações. Infelizmente, essas vicissitudes necessárias para a maturidade cristã, na doentia e imediatista abordagem moderna são símbolos de derrota; se, alguém estiver passando por tribulações a coisa deve ser “amarrada, repreendida em Nome de Jesus.”

Ora, alguém pode estar atribulado, justo, por se ter feito adversário dos valores do mundo, e do seu príncipe; nesse caso, angústias decorrem de uma postura vitoriosa em cenário adverso, invés de serem indícios de capitulação. Quanto mais perto do Senhor estivermos mais opositores do mundo seremos; e, mais odiados pelo canhoto.

Cristo nos preveniu disso, aliás; “Bem-aventurados os que sofrem perseguição por causa da justiça, porque deles é o reino dos céus; bem-aventurados sois, quando, vos injuriarem, perseguirem, e, mentindo, disserem todo o mal contra vós por minha causa. Exultai e alegrai-vos, porque é grande vosso galardão nos céus; porque assim perseguiram os profetas que foram antes de vós.” Mat 5;10 a 12

Aqui temos uma experiência emprestada; podemos crescer observando exemplos alheios, as tribulações dos que nos precederam no Senhor, para melhor compreendermos as nossas; e, dada a promessa anexa de recompensa nos Céus, devemos ter esperança, mesmo que as circunstâncias nos queiram infundir desespero.

Tribulações produzem paciência porque delas presto sairíamos, se, estivesse isso ao nosso alcance. Entretanto, exauridas nossas possibilidades de fuga, resta nos resignarmos pacientes aguardando pelo livramento do Senhor. “Quem entre vocês teme o Senhor e obedece à palavra de seu servo? Que aquele que anda no escuro, não tem luz alguma, confie no nome do Senhor e dependa de seu Deus.” Is 50;10
Sabedor de quão preciosa essa virtude é Ele prefere passar conosco pelas angústias a nos livrar antes de herdarmos suas ricas lições; “Quando passares pelas águas estarei contigo; quando pelos rios, eles não te submergirão; quando passares pelo fogo, não te queimarás, nem a chama arderá em ti.” Is 43;2 “...estarei com ele na angústia...” Sal 91;15

Portanto, o concurso de angústias em nossa caminhada não é necessariamente indício de alienação de Deus; antes, pode ser consequência de nossa boa relação com Ele.

Eu disse, pode; pois, há muitas coisas ruins que derivam de más escolhas; são apenas colheitas de plantios impuros, de modo que essas tribulações, embora, encerrando também certa experiência, seu desastrado curso não desemboca na foz da esperança. São apenas os errados de espírito colhendo os frutos dos seus erros.

Pois, são dois tipos de tristeza; uma segundo Deus, a dos que sofrem por serem fiéis; outra, segundo o mundo, a dos que padecem mirando alvos carnais e sofrem no desejo de atingi-los; essa não produz nada de proveitoso. “Porque a tristeza segundo Deus opera arrependimento para a salvação, da qual ninguém se arrepende; mas, a tristeza do mundo opera a morte.” II Cor 7;10

Enfim, o “status quo” emocional não serve de aferidor de medida para nossa caminhada; Tanto podemos nos alegrar no desfrute enganoso e letal dos prazeres do pecado, quanto, andarmos em fidelidade, comunhão, padecendo perseguições, tribulações, tristezas...

O único aferidor confiável da nossa relação é o “visto” da consciência, a “Paz de Cristo” que diferente da do mundo, manifesta-se internamente, a despeito das guerras exteriores. “Que a paz de Cristo seja o juiz em seus corações, visto que vocês foram chamados a viver em paz, como membros de um só corpo. E sejam agradecidos.” Col 3;15

Paulo, malgrado, açoites, apedrejamentos, perseguições, descansava nessa segurança, o testemunho da consciência. “Rejeitamos as coisas que por vergonha se ocultam, não andando com astúcia nem falsificando a palavra de Deus; assim nos recomendamos à consciência de todo o homem, na presença de Deus, pela manifestação da verdade.” II Cor 4;2

Pedro colocou essas coisas, as tribulações, como necessárias na carreira dos salvos; “Porque é coisa agradável, que, alguém, por causa da consciência para com Deus sofra agravos padecendo injustamente.” I Ped 2;19

Disse mais: “Tendo uma boa consciência, para que, naquilo que falam mal de vós, como de malfeitores, fiquem confundidos os que blasfemam do vosso bom porte em Cristo. Porque melhor é que padeçais fazendo bem (se a vontade de Deus assim quer), do que fazendo mal.” Cap 3;16 e 17

Em suma: Estamos atribulados? Verifiquemos as causas; se, não forem consequências de pecados, glorifiquemos a Deus; pois, até o inimigo está ocupado em testificar de nossa fé.

Nossa caminhada tem Um Senhor, não, um corolário de humanos alvos; agradá-lo deve ser nosso objetivo.

“Ter fé é assinar uma folha em branco e deixar que Deus nela escreva o que quiser.” Santo Agostinho

domingo, 10 de setembro de 2017

O lugar da esperança

“Esforçai-vos, Ele fortalecerá vosso coração, vós todos que esperais no Senhor.” Sal 31;24

Deparamos nesse cântico com mais uma das tantas “contradições” bíblicas; Deus fortaleceria aos que se esforçam, contudo, esses são os que esperam. Ora, esforço sugere mover-se com vigor em determinada direção, objetivo, alvo; e, esperar evoca a ideia de uma confiança passiva que não faria grande coisa, exceto, isso, esperar.

Esperar é uma palavra que tanto tem conteúdo, quanto, forma; digo, tanto pode referir-se a como fazer algo, quanto, por quê, fazer, no caso, o quê, esperar. Se, a esperança em foco demanda para seu êxito que, nossos corações sejam fortalecidos por Deus, de nossa parte, esforço, não pode ser algo tão passivo assim.

Spurgeon dizia: “Uma coisa boa não é boa fora do seu lugar”. Todos hão de convir que a esperança é uma coisa boa. Entretanto, essa bendita pode errar o endereço, estar fora do lugar? Pode.

Num primeiro momento todas as esperanças são iguais; referem-se à confiança, de que teremos, veremos, desfrutaremos aquilo que esperamos num momento qualquer d’um ditoso porvir. Contudo, o quê esperamos difere de pessoa para pessoa; e, falo aos cristãos, esperarmos algo que contrarie a Vontade Divina, necessariamente coloca nossa esperança fora da casinha.

Por exemplo: Os cristãos hebreus da Igreja inicial esperavam a Volta de Jesus em seus dias; passada a empolgação inicial, sofrendo eles o concurso das lutas e perseguições começaram a enfraquecer na fé, quando não, apostatar.

A epístola a eles endereçada nos dá luz sobre isso e os exorta e retomarem o fervor inicial; “Lembrai-vos, porém, dos dias passados, em que, depois de serdes iluminados, suportastes grande combate de aflições. Em parte fostes feitos espetáculo com vitupérios e tribulações; em parte fostes participantes com os que assim foram tratados. Não rejeiteis, pois, vossa confiança, que tem grande e avultado galardão.” Cap 10;32, 33 e 35

Aqui a esperança foi equacionada com, confiança; antes, dissera: “Retenhamos firmes a confissão da nossa esperança; porque fiel é o que prometeu.” V 23

Na verdade, o autor da epístola tinha exatamente isso em mente ao diagnosticar a causa do esfriamento de fé dos hebreus; de que eles esperaram o que desejavam, não, o que fora prometido. “...é impossível que Deus minta, tenhamos a firme consolação, nós, os que pomos o nosso refúgio em reter a esperança proposta; a qual temos como âncora da alma, segura e firme, que penetra até ao interior do véu...” Cap 6; 18 e 19

Perseverar na esperança proposta é uma sutil reprimenda que implica que eles esperaram o que não lhes fora prometido. O moderno “Deus é fiel” tem sido usado a torto e a direito como patrocinador de muitas coisas que se espera. É Ele É Fiel.

Porém, Sua Fidelidade vale tanto para as promessas de bênçãos, quanto, para as advertências disciplinares, os vaticínios de perseguições, as ameaças de juízo. Tudo isso nos foi proposto na Palavra.

“Bem-aventurados sois vós, quando vos injuriarem, perseguirem e, mentindo, disserem todo o mal contra vós por minha causa. Exultai e alegrai-vos, porque é grande o vosso galardão nos céus; porque assim perseguiram os profetas que foram antes de vós.” Mat 5;11 e 12 “Não é o discípulo mais que o mestre, nem o servo mais que o seu senhor. Basta ao discípulo ser como seu mestre, e ao servo como seu senhor. Se chamaram Belzebu ao pai de família, quanto mais aos seus domésticos?” Mat 10;24 e 25 etc.

Claro que essas não são coisas que esperamos ancorados em nossos desejos; mas, devemos esperar como necessárias baseados na Palavra de Deus.

Acho que começamos a perceber, enfim, porque para esperarmos precisamos ter fortalecidos por Deus, os nossos corações. Neles, por eles, o inimigo trava seu combate com toda sorte de tentações, explorando em sua covardia, os pontos mais fracos de cada um.

Um cântico de nosso hinário traz: “Entra na batalha onde mais o fogo inflama, e peleja contra o vil tentador...” Ou seja: Onde a tentação se revela mais forte, mais desejável, inda assim, devo resistir, pelejar. Isso não nos é possível, exceto, se formos fortalecidos por Deus.

Então, não permitamos que o enganador acuse que não se cumprem promessas que nasceram de fontes espúrias, como se fossem de Deus. Digo; acusar ele fará é o seu papel; mas, não deixemos que isso enfraqueça nossa fé, debilite nossa confiança; se, por um lado é “Impossível que Deus minta”, por outro, e possível que o diabo fale algumas verdades, torcendo o tempo, modo, qualquer coisa que sirva ao seu propósito de matar.

Contudo, “Os que confiam no Senhor serão como o monte de Sião, que não se abala, mas, permanece para sempre.” Sal 125;1

domingo, 28 de fevereiro de 2016

Salvação; obra inconclusa

“Porque se nós, sendo inimigos, fomos reconciliados com Deus pela morte de seu Filho, muito mais, tendo sido já reconciliados, seremos salvos pela sua vida.” Rom 5;10

Paulo põe reconciliação e salvação como distintas, tanto no ser, quanto, no tempo. Dá a reconciliação dos cristãos como obra acabada; “fomos reconciliados”; a salvação, como uma esperança; “seremos salvos”.

Embora não haja um texto sequer que desautorize afirmar que alguém é salvo quando se arrepende e crê, parece que a ideia em relevo é que nossa salvação, enquanto nesse corpo, é instável, sujeita a riscos, algo que deve ser preservado, que se pode perder.

Assim, quando a salvação é adjetivada como uma esperança, isso deve-se à nossa inconstância, não, a eventual variação no propósito, ou, no Amor Divino. “Pelo qual também temos entrada pela fé a esta graça, na qual estamos firmes; nos gloriamos na esperança da glória de Deus.” V 2

Firmes na graça, uma linguagem “contraditória” do apóstolo. Graça independe de mim, deriva do amor do Eterno; firmeza, porém, tem a ver com minhas atitudes, constância, obediência, serviço... A Palavra ensina: “Visto que temos um grande sumo sacerdote, Jesus, Filho de Deus, que penetrou nos céus, retenhamos firmemente nossa confissão.” Heb 4;14   Constância é firmeza na graça, pois.

Desse modo, mesmo a salvação sendo algo acabado no prisma Divino, no que tange a mim é inconclusa; deve ser aperfeiçoada, mantida. Sem deixar de ser um fato, é uma esperança. Esperança não é mera abstração, pensar positivo como imaginam alguns; antes, quando se espera o plausível, o que tem fundamento, é agir, dado sermos reféns do tempo, como se já não sofrêssemos suas limitações, pudéssemos tocar o futuro.

O risco aí, é devanearmos com anseios naturais, carnais, e esperarmos que Deus os cumpra; nesse caso, espera vã. A Palavra nos ensina a esperarmos o que foi prometido, não menos, nem, mais. “Para que por duas coisas imutáveis, nas quais é impossível que Deus minta, tenhamos a firme consolação, nós, que pomos o nosso refúgio em reter a esperança proposta;” Heb 6;18

Assim, esperar estritamente o que nos foi proposto equivale a nos refugiarmos, em Deus. A Graça Divina supriu nossos lapsos passados, pelo Méritos Benditos de Cristo; mas, depois de reconciliados somos exortados a sermos cooperadores de Deus, para que, a esperança seja convertida em certeza. “Porque Deus não é injusto para se esquecer da vossa obra, do trabalho, do amor que para com seu nome mostrastes, enquanto servistes aos santos; e ainda servis. Mas, desejamos que cada um de vós mostre o mesmo cuidado até o fim, para completa certeza da esperança;” Heb 6;10 e 11

Sabemos que há certos ensinos na praça que advogam que, “uma vez salvo, sempre salvo” usando como “argumento” um texto onde O Salvador assegura que ninguém arrebatará Suas ovelhas das Suas mãos. Ora, tal afirmação tem a ver com Seu Poder, não com nossa vontade.

Se, não há no Universo força capaz de tirar Dele, há o arbítrio que nos deu. Daí, tanto podemos perseverar na graça, quanto, desistir. “Mas o justo viverá da fé; se ele recuar, minha alma não tem prazer nele. Nós não somos daqueles que se retiram para a perdição, mas, daqueles que creem para conservação da alma.” Heb 10;38 e 39

Seria argumento absurdo advogar que Deus usa hipóteses impossíveis para evidenciar Sua Doutrina. Se adverte que é possível, tanto recuar, quanto, se retirar para a perdição, assim é.

Pedro alude aos que, tendo conhecido a graça, por ela sido libertos da corrupção do mundo, recaíram; comparou-os com cães que voltam ao vômito, ou, porca lavada que volta à lama. Se, não tivessem sido reconciliados, não teriam vomitado seus pecados pretéritos, não teriam sido lavados; mas, foram, e se retiraram pra perdição. Assim, a reconciliação se deu, em certo momento, mas, a salvação não foi atingida.

A mesma epístola, aos Hebreus, adverte de uns que após os dons do Espírito Santo caíram: “Porque é impossível que os que foram iluminados, provaram o dom celestial, se tornaram participantes do Espírito Santo, da boa palavra de Deus, das virtudes do século futuro, e recaíram, sejam outra vez renovados para arrependimento; pois, eles, de novo crucificam o Filho de Deus, o expõem ao vitupério.” Heb 6;4 a 6

Da cruz, somos chamados a ser imitadores, não, feitores. “...deixemos todo o embaraço, o pecado que tão de perto nos rodeia; corramos com paciência a carreira que nos está proposta, olhando para Jesus, autor e consumador da fé, o qual, pelo gozo que lhe estava proposto, suportou a cruz...” Heb 12; 1 e 2


A reconciliação está feita com quem crê; salvação, depende de uma ação que salva: Perseverança na graça.