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segunda-feira, 28 de dezembro de 2015

Pode o diabo curar um cego?

“... Pode, porventura, um demônio abrir os olhos aos cegos?” Jo 10; 21 Uns, acusavam ao Senhor de possesso, outros, defendiam; alguém colocou a questão: Pode um demônio abrir os olhos de um cego? Uma boa pergunta.

O próprio cego que fora curado, fizera defesa de Jesus sobre o vácuo de testemunhos de cura atribuídas ao inimigo, disse: “Desde o princípio do mundo nunca se ouviu que alguém abrisse os olhos a um cego de nascença. Se este não fosse de Deus, nada poderia fazer.” Cap 9; 32 e 33

A Bíblia registra “milagres” satânicos, como a mediunidade da pitonisa ante Saul; tempestade, e “fogo do céu” destruindo bens de Jó; adivinhação em Filipos... O Mago Simão, nem demandava poder diabólico direto, mas, mero engano, ilusionismo. Os magos de faraó imitaram os três primeiros sinais de Moisés, contudo, assumiram, implicitamente, que foi obra de engano, pois, quando Moisés transformou pó em piolhos, eles disseram, “não brincamos mais”, noutras palavras: Não é magia, é Dedo de Deus.

Se, até os dias de Jesus faltava, tal cura, atribuída a satanás, depois, a ausência continua. Mas, diria alguém, omissão não é suficiente como prova. Assim sendo, olhemos para as ações do inimigo em busca de traços; de que calibre eram?

No caso dos egípcios e Simão, magia, engano; no de Jó, poder para destruição; na pitonisa de Filipos que adivinhava, engano também. Um espírito maligno, por sua natureza, sabe coisas que escapam aos humanos, mas, quando as revela atribuindo o conhecimento à pessoa, mente; diferente de um profeta que revela o oculto, e tributa a revelação a quem de direito, O Senhor.

Certo que a Palavra adverte sobre sinais e prodígios de mentira. Contudo, esses, carecem da permissão Divina. O “poder” associado ao mau caráter, mentira, é aferidor de nossa fé. “Não ouvirás as palavras daquele profeta ou sonhador de sonhos; porquanto o Senhor vosso Deus vos prova, para saber se amais o Senhor com todo o vosso coração, com toda a vossa alma.” Deut 13; 3

Essa advertência é contra um que operou um sinal genuíno, mas, a doutrina afrontava Deus. Assim, canalhas mercenários usando testemunhos de milagre pra ganhar dinheiro, invés de almas, deveriam angariar asco, repulsa, diatribe violenta, invés de seguidores, como tanto ocorre.

Os sinais falsos são juízo Divino aos que recusam a verdade; “segundo a eficácia de Satanás... poder, sinais e prodígios de mentira, ... engano da injustiça para os que perecem, porque não receberam o amor da verdade para se salvarem.” II Tess 2; 9 e 10

A condição de criatura força satã a depender da permissão Divina pra seus “milagres” como foi no caso de Jó, onde derrubou sua casa com um vendaval, ou, queimou ovelhas com “fogo do céu”.

Aliás, quando do desafio do Carmelo, cujo sinal buscado era esse, não poderia ele, ter feito descer fogo aos sacerdotes de Baal que o representavam na arte de enganar? Poderia, mas, lá, não tinha permissão.

A cura via medicina, os transplantes de córneas, por exemplo, também devemos a Deus que nos dá inteligência. A “Árvore da Ciência” que foi vetada significava independência humana em relação ao Criador; a possibilidade de decidirmos por nós mesmos a questão moral do bem, e do mal.

A vera ciência aproxima de Deus, a falsa afasta. “...guarda o depósito que te foi confiado, tendo horror aos clamores vãos, profanos, e às oposições da falsamente chamada ciência, a qual, professando-a alguns, se desviaram da fé.” I Tim 6; 20 e 21

Se, o maligno não pode curar a cegueira física, a espiritual, muito menos. Nesse prisma, até o canhoto carece luz, é cego. Não fosse, deixaria a obstinação de lutar uma batalha perdida d’antemão.

Não podendo nos curar, porém, pode fazer o contrário, e faz. “...o deus deste século cegou os entendimentos dos incrédulos, para que lhes não resplandeça a luz do evangelho da glória de Cristo, que é a imagem de Deus.” II Cor 4; 4 Vemos que a falta de luz espiritual se equaciona à falta de entendimento... essa é cegueira que mata a tantos.

E uma coisa vital que devemos entender é que Deus não lega dons com finalidades carnais, para promover, ou, enriquecer ímpios na Terra. “Mas a manifestação do Espírito é dada a cada um, para o que for útil.” I Cor 12; 7


 Se diz que o pior cego é o que não quer ver; a cegueira espiritual é dessa estripe; tem mais a ver com vontade rebelde, que, com restrição. A capa de ignorância espiritual faculta seguir pedindo esmolas pra carne. Os que são curados têm responsabilidades no Reino; isso assusta alguns, menos que a morte; acabam escolhendo o “mal menor”, infelizmente.