“Estes buscaram o seu registro nos livros genealógicos, porém não se achou... o governador lhes disse que não comessem das coisas sagradas, até que se apresentasse o sacerdote com Urim e Tumim.” Ne 7;64 e 65
Diferente das leis humanas onde todos são “inocentes” até que se prove a culpa, os postulantes à família sacerdotal eram vistos como indignos, até que se provasse o mérito.
Urim e Tumim, ou, luzes e perfeições eram pequenas pedras dadas ao Sumo Sacerdote pelas quais consultava a Deus quando havia uma dúvida. O Senhor se encarregava por mostrar as coisas como eram aos Seus olhos.
Para a superficial aprovação humana basta uma encenação, uma montagem calculada do verossímil; aquele que é indigno, facilmente se fará parecer meritório. É essa restrição do homem, que vê apenas o que está diante dos olhos, que “patrocina” a hipocrisia daqueles que buscam o aplauso terreno e desconsideram a justiça Divina.
Porém, a exaltação dos ímpios não encontra eco nos domínios santos. “... Vós sois os que vos justificais diante dos homens, mas, Deus conhece vossos corações, porque o que entre os homens é elevado, perante Deus é abominação.” Luc 16;15
Desgraçadamente o aplauso humano é pródigo para coisas que O Santo abomina; Ele conhece os corações. Entretanto, após O Calvário, onde O Sumo Sacerdote Eterno sacrificou-se por todos, já não há Urim e Tumim, as pedrinhas brancas pelas quais, Deus revela Sua Vontade.
Ainda são duas testemunhas mas, as “Pedrinhas” são outras. “... aquele que não nascer da água e do Espírito, não pode entrar no reino de Deus.” Jo 3;5
Nada vale a tradição, supostos méritos habitantes nos ancestrais, nada disso. Nascer de novo; recomeço, intransferível, pessoal, de cada um, mediante a Água, (Palavra) e O Espírito, (Santo).
Como agora estamos ante Aquele que sonda corações, nada vale a hipocrisia. O que verter dos lábios deve ter como fonte o coração; “Se, com tua boca confessares ao Senhor Jesus; em teu coração creres que Deus o ressuscitou dentre os mortos, serás salvo.” Rom 10;9
Fica, desse modo, difícil de entender os hipócritas nas igrejas; a maioria dos homens se mantém fora delas; se, querem agradar homens, basta que fiquem também, de fora. Entretanto, esses abutres querem a reputação de santos, com corações de ímpios. Assim, invés de alimentarem suas inclinações ao pecado do lado de fora, “acrescentam pecado a pecado”, profanando as coisas santas das quais são indignos.
O homem espiritual tem uma consciência vivificada no Espírito, sabe que está perante O Senhor; “Procura apresentar-te a Deus aprovado...” I Tim 2;15
Seu “Urim e Tumim” conhecimento e prática da Palavra, e a consciência no Espírito, sempre se manifestam quer aprovando, quer, reprovando seus passos. Em caso de dúvida espera pela resposta, como vimos no incidente de Neemias.
As diretrizes da Palavra são Luzes; o devido cumprimento, a perfeição demandada. Nesse caso, e só nesse caso, o feito de Cristo se cumpre a nosso respeito; “se andarmos na luz, como ele na luz está, temos comunhão uns com os outros, e o sangue de Jesus Cristo, seu Filho, nos purifica de todo pecado.” I Jo 1;7
Não se trata de andar sem pecados; ninguém consegue; mas, de andar na Luz, não tentar dissimular o mal feito. “O que encobre suas transgressões nunca prosperará, mas, o que confessa e deixa, alcançará misericórdia.” Prov 28;13
Por um lado é impossível escondermos, uma vez que O Senhor é Onisciente; por outro, é possível sim, dada Sua longanimidade. Ele espera até que nos arrependamos; senão, em dado momento rasga nossa máscara; “Estas coisas tens feito, e me calei; pensavas que era assim como tu, mas, eu te argüirei, e as porei por ordem diante dos teus olhos.” Sal 50;21
O que tenta ocultar seus pecados é um enfermo que conhece a própria enfermidade, sabe onde pode encontrar a cura, mas, prefere seguir doente, pois, acha amargo o remédio. Ora, devemos aquilatar o valor de um remédio pela eficácia, não pelo sabor.
Afinal, quando nossa saúde for testada o será diante do Médico dos Médicos, não da doentia paixão humana; o próprio bom porte em Cristo de quem decide consagrar-se há de ser testemunha que ele está “vendendo saúde”; “... o fundamento de Deus fica firme, tendo este selo: O Senhor conhece os que são seus; qualquer que profere o nome de Cristo aparte-se da iniquidade.” II Tim 2;19
Todos somos culpados (pecadores); mediante arrependimento e confissão, a Luz e Perfeição de Cristo nos “sorteiam” ao convívio dos santos. Cada Ceia do Senhor é um teste onde julgamos nós mesmos para não comermos indignamente das coisas santas. Que o mundo coma seus chocolates; porém, nós beberemos da Água da Vida.
Um espaço para exposição de ideias basicamente sobre a fé cristã, tendo os acontecimentos atuais como pano de fundo. A Bíblia, o padrão; interpretação honesta, o meio; pessoas, o fim.
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sábado, 31 de março de 2018
Urim e Tumim
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sábado, 22 de outubro de 2016
David Owuor, verdadeiro, ou, falso profeta?
“És tu aquele que havia de vir, ou esperamos outro?” Mat 11;3
A essa pergunta de João Batista, Jesus fez muitos sinais, ordenou que se dissesse a ele. Depois, falou sobre a envergadura de João, o maior dos profetas. Ambos, foram preditos por Malaquias; Um, o Anjo do Concerto, outro, Elias. De modo que, seu aparecimento em cena era cumprimento profético cabal.
Antes do Messias vieram “ladrões e salteadores”, atos relembra: “Porque antes destes dias levantou-se Teudas, dizendo ser alguém; a este se ajuntou-se uns quatrocentos homens... foi morto, todos os que lhe deram ouvidos foram dispersos... Depois, Judas, o galileu... levou muito povo após si; mas, também este pereceu, todos os que lhe deram ouvidos foram dispersos.” Atos 5;36 e 37
Enfim, o concurso de falsos profetas, mestres, até “Messias” alternativos, sempre houve. Quando hereges de pequena monta vicejam, após denunciarmos seus erros a quem nos ouve, batemos umas panelinhas na sacada quando falam, e, está resolvido.
Porém, quando surge alguém com reivindicações globais, e a envergadura pretendida por David Owuor, o keniano, aí, precisamos uma análise mais profunda.
Sua mensagem, tanto quanto conheço, baseia-se em três pilares bíblicos: Arrependimento, santidade, e, volta de Jesus. Entretanto, ao redor desses pilares crescem algumas ervas um tanto estranhas ao cenário.
Assisti uma entrevista dele a certo pastor, Alan, que deu em sua casa, onde relata seu chamado. Doutor de alto nível, pesquisando cura do câncer, aids, moléstias dessa ordem, foi instado a deixar tudo, para profetizar, segundo ele, não ao mundo, mas, à igreja.
O Senhor o teria levado a uma reunião com Moisés, Daniel, e Elias, e dissera que ele seria o quarto profeta na Terra, daquela envergadura.
Começamos a ter problemas. Primeiro, os grandes profetas eram chamados de baixo, o Moisés que não sabia falar, o pecador Isaías, a criança Jeremias, o humilhado Ezequiel cozinhando com esterco, o cativo Daniel, o errante Elias sustentado por corvos, depois, uma viúva... Nenhum começou seu ministério de cima para baixo. Ademais, O Senhor disse que o maior de todos é João Batista, mas, na “visão” de David, ele ficou fora do G4.
Paulo, malgrado suas credenciais, era da oposição, depois de cair do cavalo careceu três anos de ostracismo, um recall espiritual, para, enfim, entrar em cena, de vez; foi ele que ensinou: “Deus escolheu as coisas vis deste mundo, as desprezíveis, as que não são, para aniquilar as que são; para que nenhuma carne se glorie perante ele.” I Cor 1;28 e 29
Outra coisa que chamou-me atenção foi que “Deus” lhe teria apontado uma revelação qualquer com a mão esquerda; orando pela adesão do Primeiro ministro de seu país o instou a erguer a esquerda aos Céus para firmar compromisso, e noutro contexto que esqueço agora, a mão esquerda aparece uma vez mais. Inevitável a evocação do ensino de Cristo que as ovelhas ficariam à destra, os bodes à esquerda, ou, o fragmento de Isaías: “...te sustento com a destra da minha justiça.” Is 41;10
Acontece que, se João Batista e Jesus foram previstos, e, ainda estão, as “duas testemunhas vestidas de saco”, ele aparece num lapso bíblico que destoa da forma Divina de agir. Faz chover, prevê terremotos, tsunamis, etc. mas, isso encaixa também nos artifícios da falsidade preditos, vejamos: “Porque surgirão falsos cristos e falsos profetas, farão tão grandes sinais e prodígios que, se possível fosse, enganariam até os escolhidos.” Mat 24;24
Um profeta deve ser conhecido pelos frutos, não, pelos sinais. Não tenho conhecimento que sua mensagem seca, ameaçadora, tenha avivado igrejas por onde passa. O que tem frutificado é idolatria, tapete vermelho ao redor do Dr. Como é chamado, e fanatismo cego de seus seguidores. Nada cobra por suas visitas, e jacta-se disso, mas, isso não é credencial espiritual, necessariamente.
O aperfeiçoamento dos Salvos é obra do Espírito Santo, sem nenhum novo “Grande Profeta”; “...aquele que em vós começou a boa obra a aperfeiçoará até ao dia de Jesus Cristo;” Fp 1;6 Faz isso, “Para que não sejamos mais meninos inconstantes, levados em roda por todo o vento de doutrina, pelo engano dos homens que com astúcia enganam fraudulosamente.” Fp 4;14
Mais; disse que já lhe foi mostrado o anticristo, mas, não pode revelar. Deus não faz joguinhos com seus profetas, tipo, eu sei, você não sabe. Como pretende ser uma voz à Igreja, deve estar preparando o “pulo do gato” sobre incautos.
Já temos na Palavra “tudo o que diz respeito à vida, piedade”. Se eu quisesse caçar determinado animal usaria como isca algo que ele gosta, óbvio. Então, berrar algumas coisas que parecem bíblicas, não me convence, quando outras tantas, destoam. Minhoca parece alimento aos peixes, contudo, é disfarce da morte.
Paulo, malgrado suas credenciais, era da oposição, depois de cair do cavalo careceu três anos de ostracismo, um recall espiritual, para, enfim, entrar em cena, de vez; foi ele que ensinou: “Deus escolheu as coisas vis deste mundo, as desprezíveis, as que não são, para aniquilar as que são; para que nenhuma carne se glorie perante ele.” I Cor 1;28 e 29
Outra coisa que chamou-me atenção foi que “Deus” lhe teria apontado uma revelação qualquer com a mão esquerda; orando pela adesão do Primeiro ministro de seu país o instou a erguer a esquerda aos Céus para firmar compromisso, e noutro contexto que esqueço agora, a mão esquerda aparece uma vez mais. Inevitável a evocação do ensino de Cristo que as ovelhas ficariam à destra, os bodes à esquerda, ou, o fragmento de Isaías: “...te sustento com a destra da minha justiça.” Is 41;10
Acontece que, se João Batista e Jesus foram previstos, e, ainda estão, as “duas testemunhas vestidas de saco”, ele aparece num lapso bíblico que destoa da forma Divina de agir. Faz chover, prevê terremotos, tsunamis, etc. mas, isso encaixa também nos artifícios da falsidade preditos, vejamos: “Porque surgirão falsos cristos e falsos profetas, farão tão grandes sinais e prodígios que, se possível fosse, enganariam até os escolhidos.” Mat 24;24
Um profeta deve ser conhecido pelos frutos, não, pelos sinais. Não tenho conhecimento que sua mensagem seca, ameaçadora, tenha avivado igrejas por onde passa. O que tem frutificado é idolatria, tapete vermelho ao redor do Dr. Como é chamado, e fanatismo cego de seus seguidores. Nada cobra por suas visitas, e jacta-se disso, mas, isso não é credencial espiritual, necessariamente.
O aperfeiçoamento dos Salvos é obra do Espírito Santo, sem nenhum novo “Grande Profeta”; “...aquele que em vós começou a boa obra a aperfeiçoará até ao dia de Jesus Cristo;” Fp 1;6 Faz isso, “Para que não sejamos mais meninos inconstantes, levados em roda por todo o vento de doutrina, pelo engano dos homens que com astúcia enganam fraudulosamente.” Fp 4;14
Mais; disse que já lhe foi mostrado o anticristo, mas, não pode revelar. Deus não faz joguinhos com seus profetas, tipo, eu sei, você não sabe. Como pretende ser uma voz à Igreja, deve estar preparando o “pulo do gato” sobre incautos.
Já temos na Palavra “tudo o que diz respeito à vida, piedade”. Se eu quisesse caçar determinado animal usaria como isca algo que ele gosta, óbvio. Então, berrar algumas coisas que parecem bíblicas, não me convence, quando outras tantas, destoam. Minhoca parece alimento aos peixes, contudo, é disfarce da morte.
segunda-feira, 6 de outubro de 2014
Duas testemunhas
“Todo
aquele que matar alguma pessoa, conforme depoimento de testemunhas será morto;
mas uma só testemunha não testemunhará contra alguém, para que morra.” Núm 35;
30
Se ao homicida eventual era facultado
o recurso da cidade de refúgio, ao homicida doloso se aplicava a pena de morte;
desde que, seu crime fosse atestado por duas testemunhas. Acusação feita por só não tinha valor. Isso
tolhia que o ódio de alguém usasse a justiça como pretexto para matar.
Nada
impedia que dois biltres, porém, se associassem e tornassem lícito seu
testemunho falso, como fizeram, aliás, os que acusaram a Nabote. Em casos
assim, essa cumplicidade deveria prevalecer indefinidamente, para que a trama
prevalecesse. Poderiam, desse modo,
ludibriar à justiça dos homens.
Como seria se, invés de aceitar a sugestão do
inimigo e comer da Árvore proibida, Eva solicitasse antes o parecer de Adão? Salomão
disse algo interessante: “Melhor é serem dois que um, porque têm melhor paga do
seu trabalho. Porque se um cair, o outro levanta o seu companheiro; mas ai do
que estiver só; caindo, não haverá outro que o levante. Também, se dois
dormirem juntos, se aquentarão; mas um só, como se aquentará? E, se alguém
prevalecer contra um, os dois lhe resistirão; o cordão de três dobras não se quebra tão
depressa.” Ecl 4; 9 a 12
É de se supor,
baseado nessas premissas que, uma vez que a decisão seria de Adão que recebera
a Lei diretamente do Criador, provavelmente
teria recusado, ou, ao menos desafiado a esposa a pensar melhor nas consequências.
Mas, invés de quebrar o cordão de “três
dobras”, o inimigo rompeu uma a uma. Eva
sucumbiu ao que viu e ouviu; Adão, talvez, para ficar ao lado da esposa, mesmo
caído; Deus, a simples presença do pecado O afastou naturalmente.
Quando imbuído de Sua Obra, o Salvador foi
acusado de testemunhar de si mesmo, não sendo digno de crédito. “Disseram-lhe, pois, os
fariseus: Tu testificas de ti mesmo; o teu testemunho não é verdadeiro.” Jo 8;
13 “Eu sou o que testifico de mim mesmo
e de mim testifica também o Pai que me enviou.” V 18
Sim, além das obras
grandiosas que fazia em nome Do Pai, quando de Seu Batismo, o mesmo Pai disse
desde os céus; “ Esse é o meu filho amado no qual me comprazo.” Se a Lei requeria o testemunho de dois, Deus
proveu acerca de Seu Enviado.
Sem falar
em João Batista que dissera ser precursor do Messias. Assim, Dois testificaram
do Senhor mesmo excluindo Seu próprio testemunho. Todavia, se João apontou para o Salvador,
Esse, o fez em direção ao Pai. Quando falou de Si, só foi como meio de chegar a
Ele. “Eu sou o Caminho, a verdade e a vida; ninguém vem ao Pai senão, por mim.”
Jo 14; 6
Contudo, os religiosos rejeitaram um de cada vez, seguindo o método da
serpente; João, era asceta, sério demais; Jesus, festeiro, dado demais, nenhum
servia. “Mas, a quem assemelharei esta geração? É semelhante aos meninos que se
assentam nas praças; clamam aos seus companheiros e dizem: Tocamos flauta e não dançastes; cantamos lamentações e
não chorastes. Porquanto veio João, não comendo nem bebendo, e dizem: Tem
demônio. Veio o Filho do homem, comendo e bebendo, e dizem: Eis aí um homem
comilão e beberrão, amigo dos publicanos e pecadores. Mas a sabedoria é
justificada por seus filhos.” Mat 11; 16 a 19
Aqui estava a questão: Não eram filhos da sabedoria, antes, ciosos da
religião e orgulhosos das tradições. Embora haja um “cordão de três dobras”
testificando nos Céus e na Terra, muitos não creem. “Porque três são os que
testificam no céu: o Pai, a Palavra, e o Espírito Santo; estes três são um. E três são os que
testificam na terra: o Espírito, a água e o sangue; estes três concordam num.”
I Jo 5; 7 e 8
Contudo, esse tríplice testemunho é um chamado à vida, não para
levar alguém à morte. Todos nossos pecados são imputados como não
intencionais; somos chamados à “Cidade de Refúgio”, Jesus Cristo. Afinal, quanto à morte espiritual, essa pena
foi aplicada desde o Éden; O Salvador
deu Sua vida para regenerar a nossa.
Do
que fez em nosso favor, quatro, Mateus, Marcos, Lucas e João depuseram em juízo
e assinaram. Assim temos o dobro de
testemunhas do que é necessário, embora, nas coisas de Deus, à vezes recusamos
a dançar ou chorar como os meninos birrentos citados.
A morte que incide sobre nós pode ser
evitada. “Porque o salário do pecado é a morte, mas o dom gratuito de Deus, a
vida eterna, por Cristo Jesus nosso Senhor.” Rom 6; 23
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