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quarta-feira, 9 de setembro de 2015

A tragédia de Aylan e a lógica de Tarso

A imagem da criança síria de nome Aylan morta numa praia turca por ocasião da crise migratória que partes da África e Oriente Médio sofrem, impactou o mundo. 

Medidas mais condescendentes por parte de líderes europeus começam a ser anunciadas em face à mesma. Não dá para negar que é uma cena triste, comovente, estarrecedora.

Entretanto, se, serviu para evocar sentimentos de misericórdia em relação aos refugiados, tem dado azo à manifestações de hipócritas oportunistas que são de causar vero asco, nojo, mesmo, no popular. 

Deparei com um vasto texto assinado por Tarso Genro, acusando ao “colonialismo europeu” como o grande culpado por essa tragédia. Outro dia ironizei num poema que intelectual de esquerda é lógico e possível como um esquadro redondo; ou seja, impossível. 

Intelectual pressupõe alguém que lança mão da inteligência, do pensamento filosófico para interpretar a vida. Entretanto, tais, usam oportunidades pontuais, como essa, para pintarem mais forte sua vermelha bandeira ideológica com sangue de inocentes. 

Ora, o famigerado Programa Nacional de Direitos Humanos que o PT do seu Tarso tentou implantar no país e não conseguiu ainda, prevê a descriminação do aborto. Assim, milhares de crianças mais tenras e indefesas que o infeliz Aylan seriam assassinadas todos os anos com o beneplácito do Estado. 

Alguém ironizou dizendo: “uma morte é uma tragédia; milhares de mortes, apenas um número, uma estatística.” Essa parece ser a lógica do “intelectual” Tarso. Aliás, está na moda agora, um tal de “dane-se a lógica”, ou coisa assim, onde alguém posta no Faceboock a foto de um corpo humano com cabeça de animal.  Poderíamos inverter, colocando a cabeça do “Pensador” num corpo de jumento, sem querer ofender o bichinho, claro. 

Os que fogem da Síria, como a família de Aylan, o fazem em face às guerras fomentadas pelo Estado Islâmico, os cortadores de cabeças, que explodem monumentos milenares e sacrificam em série gente que não comunga de sua visão religiosa.  

Entretanto, em seu discurso na ONU, ano passado, a presidente Dilma disse que não se deve usar a força contra ao tais; antes, “dialogar”.  A mente esquerdopata tem sua lógica muito peculiar. É inimigo dos Estados Unidos, então, é nosso amigo. Assim, apoiam ditaduras como a de Cuba, Venezuela, narcotraficantes como Evo Morales, etc. 

Onde o comunismo passou derramou veros rios de sangue; a história mostra o que se fez na União Soviética e todo leste europeu. Agora esses puritanos estão escandalizados com a morte de uma criança? Vergonha na cara, decência, não? 

Nós mesmo começamos a sentir na pele os efeitos da gastança irresponsável e populista desses bravos libertários. Sartori herdou dele próprio, um Estado falido, incapaz até de pagar o funcionalismo que dirá investir. Deve ser culpa dos europeus também. 

A País está à beira da bancarrota e Dilma em sua “autocrítica” diz que “é possível que tenham sido cometidos erros”, mas, a cantilena segue dizendo que a verdadeira culpada é a crise internacional. Ora, o Pixulecão não dissera no alto de sua sapiência que o Tsunami internacional, para nós era só uma marolinha? Mais um intelectual de esquerda, acho. 

Mas, presto apareceria alguém mostrando-me injustiças “de direita” para provar que estou errado. Porra!! Intelectual não é de direita nem de esquerda, é do intelecto. Analisa os fatos sem uma inclinação “à priori”. Se um crime for cometido nos Estados Unidos é tão crime que se fosse cometido em Cuba e vice-versa, simples assim. 

Quem fracionou o mundo em dois meios, esquerda ou direita? Pra mim, existe uma dualidade sim, mas, “dialoga” com outras falas; Verdade, ou, mentira; fato, ou, boato; justo, ou, injusto. Essa coisa bipolar, doentia, de que “os nossos” estão certos, sempre, e “eles” errados não provém da inteligência, antes, da doentia paixão ideológica. 

Gente que admirei, como Chico Buarque e Luís Fernando Veríssimo, perderem meu respeito, justo por isso. Malgrado seus inegáveis talentos no que fazem, defendem o indefensável no prisma político... mentes privilegiadas para a arte, de repente se tornam comuns, ordinárias, dado esse lapso.

Agora vem Tarso dando moral de cuecas? O que o PT faz com a grana da Petrobrás, e outras estatais mostra bem como esses “socialistas” promovem a “inclusão social”. Incluem em obscuras contas nos paraísos fiscais o dinheiro que custou o suor de toda uma nação. Se isso não é colonialismo, exploração safada é o quê? 

Estaria ele indignado com a morte de um inocente? Para cima de mim, não! Não passa de um oportunista barato e safado, querendo tirar proveito ideológico de uma tragédia.

Claro que a dor alheia me comove, sobretudo, vitimando inocentes; mas, a hipocrisia me irrita mais; deprimente ver o maltrapilho moral desfilar no carnaval da justiça disfarçado com a alegoria da virtude...