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sábado, 1 de dezembro de 2018

Os Filhos de Deus

“Porque todos os que são guiados pelo Espírito de Deus, esses são filhos de Deus.” Rom 8;14

A filiação Divina não é tão elementar como devaneiam alguns. “Também sou filho de Deus; Deus é Pai não é padrasto;” dizem. Há distinção clara nas Escrituras entre filhos e criaturas.

Quando O Criador “Soprou em suas narinas o fôlego de vida...” Gên 2;7 o homem, por ter sido criado à “Imagem e Semelhança”, portanto, dotado de vida espiritual foi gerado filho de Deus.

A diferença entre filho e criatura ficou patente por ocasião da queda; “... da árvore do conhecimento do bem e do mal, dela não comerás; porque ‘no dia’ que dela comeres, certamente morrerás.” Gên 2;17

Quando da desobediência, dois fatos novos assomaram; a consciência do mal, “conheceram que estavam nus” e, o medo de Deus. Esconderam-se. Se, a sentença de morte por desobediência era imediata, “no dia”, lícito concluir, necessário, até, que, morreu o filho de Deus pela desobediência e seguiu existindo a criatura. A vida espiritual deixou de existir no recém inaugurado império da injustiça; a alma desnuda e só sentiu medo do Criador, que É Justo.

Por isso foi necessário o Advento do Filho Unigênito de Deus. Por ter pagado a dívida de sangue Ele regenera aos que se lhe submetem; “A todos quantos o receberam, deu-lhes poder de serem feitos filhos de Deus, aos que creem no Seu Nome; os quais não nasceram do sangue, da carne, nem do homem, mas, de Deus.” Jo 1;12 e 13

Assim, se, os filhos de Deus são guiados pelo Espírito, Esse, os guia em obediência a Cristo e Seus mandamentos.

Embora isso fira o orgulho das criaturas que se presumem filhos, O Salvador não disse ter vindo para falar a filhos distantes; antes, desafiar mortos a reviver. “Na verdade, na verdade vos digo que quem ouve minha palavra e crê naquele que me enviou, tem vida eterna; não entrará em condenação, mas, passou da morte para a vida... vem a hora, e agora é em que os mortos ouvirão a voz do Filho de Deus; os que ouvirem viverão.” Jo 5;24 e 25

Noutra parte patenteou a impossibilidade, tanto de compreensão, quanto, ingresso no Reino sem nascer de novo; “... Na verdade, na verdade te digo que aquele que não nascer de novo, não pode ver o Reino de Deus... aquele que não nascer da água e do Espírito, não pode entrar...” Jo 3;3 e 5

Assim como o homem antes da queda tinha prazer na comunhão com Deus, igualmente os filhos regenerados. Não que não falhem mais; porém, quando falham apressam-se em assumir buscar perdão; pois, suas consciências no Espírito sabem que é impossível se esconder de Deus; se fosse, não desejariam depois de Conhecê-lo. Em que direção O Espírito Santo os guiaria, senão, de volta à casa paterna, como o Filho Pródigo?

Isaías denunciou um tempo de apostasia; anteviu outro de misericórdia, onde, enfim, o povo escutaria ao Santo; “Bem vos dará o Senhor pão de angústia e água de aperto, mas, teus mestres nunca mais fugirão de ti, como voando com asas; antes teus olhos verão todos os teus mestres. Os teus ouvidos ouvirão a palavra do que está por detrás de ti, dizendo: Este é o caminho, andai nele, sem vos desviardes para a direita nem, para a esquerda.” Is 30;20 e 21

Interessante que essa voz guia estaria “por detrás”, como um lavrador conduzindo bois a arar, por exemplo; isso é uma nuance de criaturas forçadas em determinada direção; os filhos podem mais; “Porque a ardente expectação da criatura espera a manifestação dos filhos de Deus.” Rom 8;19 Pois, “... a criatura será libertada da servidão da corrupção, para liberdade da glória dos filhos de Deus.” V 21

Essa liberdade pressupõe arbítrio, escolha. Ser guiados pelo Espírito é ser capacitado a entender e seguir ao Senhor.

O Salvador figurou filhos como ovelhas, das quais É O Bom Pastor; para tais, a Palavra já não está atrás como tangendo à força; “Quando tira para fora suas ovelhas, vai adiante delas; as ovelhas o seguem, porque conhecem a sua voz... As minhas ovelhas ouvem minha voz; Eu conheço-as e elas me seguem.” Jo 10;4 e 27

Ser filho de Deus é mais que ouvir; é estar No Espírito; “Vós, porém, não estais na carne, mas, no Espírito, se é que o Espírito de Deus habita em vós. Mas, se alguém não tem o Espírito de Cristo, esse não é Dele.” Rom 8;9

Os filhos deixam patente sua filiação com atos, não palavras; “... O Senhor conhece os que são Seus; qualquer que profere o nome de Cristo aparte-se da iniquidade.” II Tim 2;19

domingo, 4 de novembro de 2018

A Fraqueza Forte

“Para que, segundo as riquezas da Sua Glória, vos conceda que sejais corroborados com poder pelo Seu Espírito no homem interior.” Ef 3;16

Paulo orando pelos efésios pedindo que eles recebessem poder, fortalecimento interior.

Vulgarmente a ideia de poder é a ascendência sobre o semelhante; embora, não seja a coisa mais aconselhável é o que o mundo busca; “Tudo isto vi quando apliquei meu coração a toda obra que se faz debaixo do sol; tempo há em que um homem tem domínio sobre outro, para desgraça sua.” Ecl 8;9

O escopo de um homem moral e espiritualmente sadio, em eventual investidura de autoridade sempre será de dever, não, poder. Mas, vimos na recente campanha eleitoral o quão subterrâneos certos entes podem ser em seu afã pelo poder.

Entretanto, em se tratando do homem interior, o poder empresta-se ao domínio próprio, não, ao domínio sobre terceiros. 

Embora o vulgo jacte-se de ser livre, fazer o que quiser, amiúde, é escravo dos vícios, e o melhor que consegue sem auxílio Divino é um tênue desejo por justiça, refém de uma vontade ímpia que o subjuga; “Porque sei que em mim, isto é, na minha carne, não habita bem algum; o querer está em mim, mas, não consigo realizar o bem. Porque não faço o bem que quero, mas, o mal que não quero.” Rom 7;18 e 19

Assim, o íntimo de muitos pecadores traz nuances nostálgicas da “Casa Paterna”, como o Filho Pródigo na amargura do auto-exílio. Um frágil desejo pela prática da justiça, por comportar-se como filho de Deus, que, sucumbe aos hábitos pecaminosos latentes na rebeldia carnal.

Sabedor disso, junto com a dádiva da salvação O Eterno anexou o “poder no homem interior”, no dito de Paulo; “A todos quantos o receberam, (a Cristo) deu-lhes poder de serem feitos filhos de Deus, aos que creem no seu nome; Os quais não nasceram do sangue, nem da vontade da carne, nem do homem, mas, de Deus.” Jo 1;12 e 13

Muitos dizem: “Deus é Pai, não é Padrasto; também sou filho de Deus”. Será. A queda derivada do pecado foi da condição de filho, para a de criatura; de servo de Deus para escravo da corrupção; vejamos: “A ardente expectação da criatura espera a manifestação dos filhos de Deus. Porque a criação ficou sujeita à vaidade, não por sua vontade, mas, por causa do que a sujeitou, na esperança de que a criatura será libertada da servidão da corrupção, para liberdade da glória dos filhos de Deus.” Rom 8;19 a 21

Preso à corrupção, criatura; na regeneração de filhos por Cristo, liberdade, glória.

A filiação Divina demanda algumas coisas mais que palavras; “O filho honra ao pai, o servo ao seu senhor; se, Eu Sou Pai, onde está Minha honra? Se, Eu Sou Senhor, onde está Meu temor?...” Mal 16

O surgimento do homem interior capacitado a atuar como filho de Deus é imediato à conversão.

Porém, há um processo decorrente com humana participação, a santificação gradativa pelo abandono das práticas mundanas e aprendizado dos “pensamentos de Deus.” Essa prática nos fortalece para que, cada dia, mais próximos do Santo possamos pecar menos, andar em espírito mortificando aos apelos naturais.

Sócrates alegorizou o ser humano como sendo um “invólucro de pele contendo uma besta policéfala (de várias cabeças) e no alto um homenzinho”. Cada desejo malsão da humana natureza equivalia a uma cabeça do monstro; o homenzinho minúsculo tipificava a razão; normalmente impotente diante da voracidade da besta das paixões.

Pois bem, cambiemos a razão pelo homem espiritual após a conversão, e aquele homenzinho que, segundo Paulo até podia desejar as coisas certas, embora, não as pudesse praticar, agora, na “academia do Espírito” virou um “sarado”; foi capacitado a enfrentar o monstro das paixões perversas, pois, foi graciosamente fortalecido no homem interior.

Ironicamente ele não é fortalecido “puxando ferros”, antes, negando-se, enfraquecendo aos apelos naturais para ser potencializado nos predicados espirituais; “Por isso sinto prazer nas fraquezas, injúrias, necessidades, perseguições, nas angústias por amor de Cristo. Porque quando estou fraco, então, sou forte.” II Cor 12;10

Essa “fraqueza” que faz aos “boinas verdes” espirituais. “Melhor é o que tarda em irar-se do que o poderoso, o que controla o seu ânimo do que aquele que toma uma cidade.” Prov 16;32

Assim, o fortalecimento espiritual faz ao agraciado dominador sobre os próprios desejos, capaz de viver segundo Deus. Quanto aos “poderosos” naturais, podem reger um império, enquanto são escravizados pelos vícios e vontades perversas.

O mais terrível dos feitores é o ego; não há homens livres onde ele habita. “Se alguém quiser vir após mim, negue a si mesmo; tome cada dia a sua cruz, e siga-me.” Luc 9;23