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sábado, 23 de maio de 2020

A Cidade Ameaçada


“Dai-nos agora aqueles homens, filhos de Belial, que estão em Gibeá, para que os matemos e tiremos de Israel o mal. Porém os filhos de Benjamim não quiseram ouvir a voz de seus irmãos, filhos de Israel.” Jz 20;13

Toda nação congregada pedindo aos de Benjamim que lhes entregassem para a justiça uma quadrilha de estupradores que abusaram até à morte, da concubina de um levita que passava a noite na cidade.

Invés de extirparem exemplarmente tamanha maldade, preferiram se identificar com os malfeitores e fazer guerra contra as demais tribos dos seus irmãos. “O sábio teme, e desvia-se do mal, mas o tolo se encoleriza e dá-se por seguro.” Prov 14;16

Benjamim, embora tenha feito estragos na batalha foi praticamente destruído por essa insanidade de se identificar com a canalhice e defender o indefensável.

Quantos cristãos nos ofenderam durante a campanha política, vergonhosamente se identificando com ladrões e ofendendo a quem os rejeitava... há algo errado no cristianismo de alguns. Não se trata de pessoas com suas qualidades e defeitos, mas de representatividade, valores defendidos por esse ou aquele.

Um ditado veraz diz que ouro na mão do bandido também é ouro; por outro lado, também é vero que, patifaria cometida por alguém de meu sangue, partido, agremiação, também é patifaria.

Identificar-me com o mal a ponto de defendê-lo me torna tão ou mais culpado que aquele a quem defendo. Ele fez a coisa que fez, no calor do momento; tenho as consequências como advertência, e o tempo para pesar minha decisão; se ainda assim me coloco ao seu lado sou pior que o malfeitor.

Do “cidadão dos Céus” entre outras coisas se diz que, aos “seus olhos o réprobo é desprezado.” Não há menção de laços, sanguíneos ou não; apenas, de postura réproba que, no reino do Espírito está acima das coisas atinentes ao pó.

Situação semelhante tivemos numa cidade chamada Abel, onde Seba, um sedicioso fugitivo se abrigou perseguido pelo Exército de Davi, sob comando de Joabe. Invés da cidade inteira se aliar ao malfeitor, liderada por uma mulher sábia, entregou esse apenas e foi poupada. “A mulher, na sua sabedoria, foi a todo o povo, e cortaram a cabeça de Seba, filho de Bicri, e lançaram a Joabe; então este tocou a buzina, e se retiraram da cidade, cada um para sua tenda; Joabe voltou a Jerusalém, ao rei.” II Sam 20;22

Salomão em suas reflexões mencionou um homem sábio e pobre que livrara uma cidade; “Houve uma pequena cidade em que havia poucos homens; veio contra ela um grande rei, cercou-a e levantou contra ela grandes baluartes; encontrou-se nela um sábio pobre, que livrou aquela cidade pela sua sabedoria; ninguém se lembrava daquele pobre homem. Então disse eu: Melhor é a sabedoria que a força...” Ecl 9;14 a 16

Eliseu fizera algo assim, livrando Dotã, ferindo de cegueira aos exércitos que a ameaçavam. Então, temos pelo menos dois exemplos; um homem e uma mulher sábios a salvar cidades, pela sabedoria em consórcio com a justiça; diverso dos que, pela cegueira cúmplice puseram a perder a tribo de benjamim.

Embora esses atos nos soem heroicos, lidamos com coisas “maiores” que cidades, na perspectiva espiritual. “Melhor é o que tarda em irar-se que o poderoso; o que controla o seu espírito que aquele que toma uma cidade.” Prov 16;32

Cada alma administra sua “cidade” dentro da qual moram atitudes, hábitos, desejos, carências, dúvidas, resoluções, e claro! pecados.

É contra esses apenas a bronca dos “Exércitos do Rei”. Nossa escolha é dual e mera; podemos cortar suas cabeças pelo arrependimento e jogar pelo muro para reconciliar com o Rei; ou, como os insensatos de Benjamim, ir à guerra suicida em defesa do mal.

O Salvador ensina que, em caso iminente de derrota, melhor ouvir proposta de paz. “... estando o outro ainda longe, manda embaixadores, e pede condições de paz.” Luc 14;32
Dada a impossibilidade de vencermos ao Invencível, O Eterno já propusera a paz desde dias idos; “Quem poria sarças e espinheiros diante de mim na guerra? Eu iria contra eles e juntamente os queimaria. Que se apodere da minha força e faça paz comigo...” Is 27;4 e 5

As condições de paz foram cantadas no nascimento do Salvador; “Glória a Deus nas alturas, Paz na terra, boa vontade para com os homens.” Luc 2;14

Tomar uma cidade é fácil! Políticos tomam-nas mentindo; depois subjugam decretando isso e aquilo ao sabor dos interesses escusos. Purificar-se desses interesses livrando-se de tais algozes, encomendando a alma à salvação de Deus, só para corajosos capazes do enfrentamento de si mesmos, tomando a cruz de Cristo.

Ele ensina: “Tomai sobre vós o Meu Jugo e aprendei de mim...”

quinta-feira, 1 de março de 2018

A sapiência dos loucos

“Minha alma tem tédio da minha vida; darei livre curso à minha queixa, falarei na amargura...” Jó 10;1

Falar em momentos amargos nem sempre é o melhor a fazer; afinal, temperada pelo absinto nossa alma corre risco de extrapolar a fronteira da prudência; versar o que não convém. Paulo propôs silêncio até em momentos de ira, que, não tem necessariamente, vínculo com amargura. “Irai-vos, mas, não pequeis”, disse.

Amargura por sua natureza é fruto de um acúmulo lento de frustrações; espera que não se realiza, como no caso de Jó que ficara sete dias em silêncio remoendo sua dor; por certo, orando; sem o resultado almejado, amargurava-se; enquanto, ira é um arroubo instantâneo, imediata reação ao que nos exaspera.

Diante de Deus nada vale encenação; sentirmos uma coisa e falarmos outra; “Bem sei, Deus meu, que tu provas os corações e da sinceridade te agradas...” I Crôn 29;17

Mesmo sabedores disso tendemos a cometer a mesma estupidez de Adão; “Ouvi Tua Voz e me escondi, pois, estava nu.” Sendo Deus, Onisciente, nos esconderíamos como? Onde? Então, por que Deus requer sinceridade se Ele já sabe de nossos passos todos? Porque pecarmos em nossa carne corrupta é uma fraqueza que Ele tolera, perdoa aos arrependidos; mas, revestirmos nossa nudez com folhas como fizera Adão, revela uma rebeldia mais profunda, um desejo profano de enganarmos Quem tudo sabe. Acrescentamos pecado ao pecado, invés de buscar perdão; lavamo-nos com água suja fazendo assim.

Essa maligna tendência é a “pedra no caminho” como diria o poeta, que impede nossa alma de trilhar livre pela senda da verdade.

Para Jó, íntimo do Senhor, que sacrificava e pedia perdão, por eventuais maus pensamentos dos filhos, não seria difícil assumir um pecado quando cometesse; o que lhe parecia estranho era queixar-se contra Deus. Entretanto, chagara a estágio tal, de desalento, tédio, que, resolvera chutar o balde: “Darei livre curso à minha queixa...”

Quem conhece a história sabe que ele era justo; sua fidelidade invejada por Satanás é que ensejava seu sofrimento, não, eventual culpa. Mas, como em sua amargura resolvera queixar-se, mesmo tendo razões para isso, falara do que era mais alto que seu entender; essa foi a repreensão que recebeu, quando O Eterno lhe resolveu falar. “Quem é este que escurece o conselho com palavras sem conhecimento?” Cap 38;2

Dizem que ansiedade é excesso de futuro; depressão, de passado; não sei se procede, mas, falarmos com alguém idôneo, sobretudo, com Deus, quando estamos amargurados, ou, ansiosos ajuda manter nossa saúde psíquica e espiritual.

A Palavra aconselha: “Lancem sobre ele toda a vossa ansiedade, porque Ele tem cuidado de vós.” I Ped 5;7 E, “Quando a ansiedade já me dominava no íntimo, Teu consolo trouxe alívio à minha alma.” Sal 94;19

Não temos controle sobre os sentimentos, embora, tenhamos certa medida no que tange ao que faremos mercê deles. Assim, sejam culpas a confessar, ou mesmo, queixas de nossa sina, tudo o que sentimos está patente diante de Deus.

Sermos transparentes nisso não ajuda O Santo a ver o que Ele já vê; mas, permite vislumbrar entre os ciscos de nossas culpas uma nesga de honestidade, sinceridade, e esse é um traço que demanda dos cidadãos do Céus, Seus Filhos; “Senhor, quem habitará no teu tabernáculo? Quem morará no teu santo monte? Aquele que anda sinceramente, pratica a justiça e fala a verdade no seu coração.” Sal 15;1 e 2

Embora em nossos dias a verdade gere confusão como nunca, pois, em nome de uma política escravagista travestida de libertária, vende-se como lícito um vitimismo barato, instrumento ideológico de divisões sociais; e, as pessoas são encorajadas ao “politicamente correto” que, de correto nada tem, apenas, é uma pressão de mentecaptos cooptados; embora, ser falso esteja na moda, digo, perante Deus nada mudou.

Ele trata com cada um; o indivíduo, não a sociedade. Os sistemas alienantes ensinam a ver os erros, a culpa, sempre no outro; Deus adverte que cada um de nós dará conta de si mesmo. Não é a sociedade, tampouco, um sistema que são responsáveis pela mordomia de minha alma; sou eu.

E, gente “fora da casinha” que fala na lata o que pensa, como Donald Trump e Jair Bolsonaro são odiados, no império da falsidade. No prisma espiritual há certa semelhança com o político, pois, em parte, esse é reflexo daquele.

Enfim, uma banana aos discursos escolhidos, ensaiados, com palavras edulcoradas na calda da hipocrisia! Livre curso à verdade, seja, confessando, seja, queixando-se. Salve os loucos!

“Ninguém engane a si mesmo. Se, alguém dentre vós se tem por sábio neste mundo, faça-se louco para ser sábio. Porque a sabedoria deste mundo é loucura diante de Deus...” I Cor 3;18 e 19

quinta-feira, 21 de dezembro de 2017

Os indignos salvos

“Digno és, Senhor, de receber glória, honra e poder; porque tu criaste todas as coisas; por tua vontade são e foram criadas.” Apoc 4;11

Anjos ao redor do Trono do Altíssimo entoando os louvores. A primeira expressão: “Digno...” Segundo o dicionário, “O que está em conformidade, conveniente, adequado, merecedor.”

Porém, a dignidade pode ser vista em dois aspectos distintos; posicional e essencial. A dignidade posicional tem a ver com a posição que alguém ocupa e as honras que a posição requer; por exemplo, um Ministro do STF, um Senador, Deputado... pela posição cabe o tratamento de Meritíssimo, Vossa Excelência, embora, o caráter do “digno” em apreço possa estar abaixo da linha de pobreza moral. Muitas vezes um indigno ocupa um lugar digno; Pois, a dignidade posicional atina ao status, não ao caráter.

Por ouro lado, a dignidade essencial tem ver com o ser de alguém; foi desse viés que os anjos viram ao Eterno: “Digno és...” tinham essa clareza atentando aos Feitos do Senhor, nenhum interesse mesquinho imiscuído; “... porque tu criaste todas as coisas; por tua vontade são e foram criadas.”

Assim sendo, se, a dignidade, o mérito, derivam dos feitos de alguém, o que o inimigo fez para postular igualdade com O Criador? “Serei como Deus.” A Bíblia o reconhece apenas como “Pai da mentira”; eis seu único feito! Porém, no último Livro está escrito: “Ficarão de fora... os que amam e cometem a mentira...” Parece que essa dama não será aceita no Reino de Deus; deve haver bons motivos para isso.

Pois bem, uma vez que todos pecaram e carecem da Glória de Deus, nenhum de nós entrará no Reino do Eterno baseado em dignidade própria; Aliás, O Santo só considera dignos de Si, aqueles que reconhecem a própria indignidade, negam a si mesmos e tomam a cruz, por dependerem exclusivamente da Dignidade de Cristo.

Estar em Cristo não é uma dignidade essencial; ainda somos pecadores. É uma dignidade posicional de filhos de Deus, reputados Santos por herdarem a graça e a Santidade de Cristo. “A todos quantos o receberam, deu-lhes poder de ser feitos filhos de Deus, aos que creem no Seu Nome; os quais não nasceram do sangue, nem da vontade da carne, nem do homem, mas, de Deus.” Jo 1;12 e 13

É isso que muitos opositores não entendem, ou, mesmo entendendo não aceitam. Que alguém de um passado muito ruim, más obras, mau testemunho, reputação, de repente seja perdoado e guindado à honrosa condição de santo, cidadão dos Céus. Acontece que, o ingresso é a fé, não são as obras; “...A obra de Deus é esta: Que creiais naquele que ele enviou.” Jo 6;29

Claro que alguém perdoado, como Zaqueu, há de rever posturas, valores, e mudar de vida; mas, isso fará porque foi salvo, não, para merecer a salvação. O reconhecimento do pretérito indigno fará a “dignidade” presente que Deus busca em Seus filhos; o trato com a verdade mesmo que essa nos denuncie, pois, o perdão Divino supre nossos lapsos desde que estejamos dispostos a mudar, doravante.

Muitas pessoas ignoram as implicações do Evangelho; acham mera questão de escolha entre religiões, credos; nem percebem que é muito mais urgente e sério que isso. É questão de vida ou morte. “Na verdade, na verdade vos digo que quem ouve minha palavra, e crê naquele que me enviou, tem a vida eterna; não entrará em condenação, mas, passou da morte para a vida.” Jo 5;24

Que difícil pregar para alguém cheio de pretensão, de justiça própria, que, acha-se merecedor do Céu; mesmo não submetendo-se a Cristo pretende ser Dele por seus próprios méritos. “Não tenho vícios, pago minhas contas, não faço mal a ninguém”, dirá.

Quem é bom para ser salvo pela própria dignidade não precisa de Salvador; ou, não blasfeme contrariando o que Ele disse e arrependa-se de sua “bondade”; pois, é muita falta de noção alguém que comete dezenas de pecados todo dia, por pensamentos, ações e omissões, achar que merece uma posição que bastaria um só pecado para desqualificar pra ela.

“Deus resiste aos soberbos e dá graça aos humildes”; Quando certo centurião solicitou que O Senhor curasse um servo seu Jesus disse: Eu irei. Porém, ele objetou: “Senhor não sou digno que entres em minha casa...” Jesus curou o enfermo e elogiou em público sua fé. Reconheceu quem era; indigno; Quem Jesus É, O Senhor, que poderia dar uma ordem a distância e ser obedecido.

Eis a receita para a salvação: Reconhecer quem somos, indignos pecadores; e Quem Jesus É; O Excelso e Santo Salvador e Senhor. E se Ele é meu Senhor, de hoje em diante minhas preferências e opiniões empalidecem e rege-me Sua Palavra.

sexta-feira, 10 de novembro de 2017

MST; Bois e Jumentos

“Com boi e com jumento não lavrarás juntamente.” Deut 22;10

Não havia restrição para ambos os animais em serviço, apenas, que se não fizesse uma junta “híbrida”, dada a desproporcionalidade de força dos mesmos. Não requerer de um animal nada além das suas forças, nem expô-lo a uma parceria desproporcional nos soa coerente, natural, lógico, justo.

Entretanto, não pretendo, por ora, analisar a formação de juntas de animais; antes, um aspecto do comportamento humano que, faz “juntas” extremamente díspares, insanas até. Palavras e ações.

O que são os hipócritas, tão desprezados pelo Senhor, senão, os que dizem, aparentam, uma coisa e fazem outra? Suas pretensiosas palavras ostentam a força de um mamute, mas, pelos maus caracteres, nas ações não chegam a um pônei.

Ensinando que tanto as palavras quanto, os atos devem ter a mesma força O Salvador prescreveu: “Seja o vosso falar: Sim, sim; Não, não; porque o que passa disto é de procedência maligna.” Mat 5;37

O Salmista dissera algo semelhante descrevendo o “Cidadão dos Céus”: “... aquele que jura com dano seu, contudo, não muda.” Salm 15;4

Na política, sobretudo, vemos a incoerência no superlativo. Candidato em campanha é acessível, cordato, popular, pródigo... depois de eleito, enclausurado, hermético, distante, olvidado do que prometeu.

Piores ainda em coerência, os ditos socialistas que vociferam contra o capitalismo liberal defendendo utópica igualdade; pois, usufruem as benesses todas que o dinheiro pode comprar. Roupas e eletrônicos de griffe, viagens aos States, carros de luxo, etc.

Sua ideologia “igualitária” e seu modo de vida destoam tanto que teríamos que formar uma junta de elefante com pulga para figurar devidamente; e há quem abrace suas baboseiras sentindo-se superior, politizado.

Ora, deveriam começar validando o que dizem acreditar dando o exemplo; demonstrando em atos a veracidade das teorias; aí, concordando ou não teríamos que os respeitar, dada sua justiça, coerência.

Cristo propôs exatamente isso, aliás; que nosso agir seja nossa mensagem; primeiro por questão de iluminar, convencer pelo exemplo ao próximo, e, amor a Deus: “Assim resplandeça a vossa luz diante dos homens, para que vejam vossas boas obras e glorifiquem ao vosso Pai, que está nos céus.” Mat 5;16 Depois, pelo necessário vínculo com a justiça que Deus tanto ama; “Portanto, tudo o que vós quereis que os homens vos façam, fazei-lho também, porque esta é a lei e os profetas.”

Recentemente, os “Socialistas” do MST destruíram plantações de mamão, laranja, milho e uma estação de energia elétrica. São os “libertários” de um “sistema opressor” que insiste em plantar alimentos e comercializar pelo devido preço, ou, gerar energia em suprimento a certas demandas. Qual alternativa propõem?

Ah, querem reforma agrária com terra para todos? Estiveram com o poder e a caneta durante quatro mandatos, não fizeram isso por quê? Conheci em Candiota RS um “assentamento” fantasma. Cada “agricultor” ganhou 25 hectares de terra para trabalhar; um apenas ficou e estava próspero, produzindo frutas, legumes, mel, galináceos...

Aquele “infeliz” desafinou da causa e pensou que era para trabalhar mesmo; não o vi mais, mas, por certo tornou-se um péssimo exemplo do que essa doentia mania de trabalhar costuma produzir. O negócio é apenas quebrar, incendiar, destruir. 

Gerar pão, energia, riquezas é um tremendo desserviço à causa, pois, acaba fortalecendo os postulados dos “inimigos”; sim, socialistas não têm adversários políticos; têm inimigos. Se discordarmos deles não temos uma opinião diferente, apenas; antes, somos a escória política, social, moral, da humanidade. Presto nos rotulam: “Elitista, fascista, nazista...

Ora, usamos apenas argumentos e exemplos em defesa do que acreditamos, essa é nossa força. Concordem com nossa posição, ou não, quaisquer que, forem intelectualmente honestos terão de convir que a junta é de bois; digo; coerente. Trabalho mais méritos igual a frutos a quem de direito. Há discrepâncias, injustiças? Há. Devem ser minimizadas, corrigidas; mas, não solver injustiças pontuais com um sistema inteiro injusto no lugar.

Na verdade, o Estado democrático de direito tem monopólio no uso da força; o faz, pelo menos deveria, pela preservação da ordem, do direito; contudo, tem sido escandalosamente omisso em coibir, restringir, ou mesmo, punir os crimes desses marginais que, não vivem de brisa; alguém com dinheiro grosso os financia, usam caravanas de ônibus, tratores, carros de luxo; basta seguir o curso para se chegar à fonte.

Para alguma coisa deve servir tanto dinheiro que tem sido roubado e segue sendo “diuturna e noturnamente” como diria a “Mulher Sapiens” Dilma Roussef.

Logo ali, eleições; cabe-nos formar um Governo que seja uma junção equilibrada entre impostos e serviços; melhorando esses e minorando aqueles com melhor administração; fim da corrupção. Senão, será nossa ainda a dura e longa sina de sermos bois na hora de trabalhar, e jumentos na de usufruir.

quarta-feira, 4 de janeiro de 2017

O cidadão dos Céus

“Mas eu te oferecerei sacrifício com a voz do agradecimento; o que votei pagarei. Do Senhor vem a salvação.” Jn 2;9

Um fragmento da oração de Jonas, feita após três dias, desde o ventre do peixe. Uma pessoa a ser estudada o profeta fujão, pois, num primeiro momento aceitou morrer, quando disse que era o culpado pela tempestade, e, sugeriu que o jogassem ao mar. Depois, engolido pela criatura, só orou após três dias, parece que, estava esperando pela digestão, para ser consumido, como não foi digerido, cansado de tanto, não morrer, decidiu rogar por sua vida.

Interessante que, não há registro de quem tenha pedido isso diretamente, tipo, se deres nova chance, Senhor, obedecerei; antes, se dispôs a cumprir algo que já tinha proposto; “O que votei, pagarei,” disse. Só então, manifestou confiança na misericórdia Divina; “Do Senhor vem a salvação.” Não precisamos muito esforço para concluir que ele prometera obediência incondicional, e, decidira desobedecer, ao discordar da ordem recebida.

Não poucas vezes somos “engolidos” por aflições, por assumirmos algo diante de Deus, e negligenciarmos, depois. Salomão aconselhou certa parcimônia coma as palavras, e, seriedade com os compromissos. “Não te precipites com tua boca, nem, teu coração se apresse a pronunciar palavra alguma diante de Deus; porque Deus está nos céus, tu estás sobre a terra; assim, sejam poucas as tuas palavras. Porque, da muita ocupação vêm os sonhos, e a voz do tolo das muitas palavras. Quando a Deus fizeres algum voto, não tardes em cumpri-lo; não se agrada de tolos; o que votares, paga-o. Melhor é que não votes, que votes e não cumpras.” Ecl 5;2 a 5

Vivemos tempos difíceis, as palavras, pouco, ou, nada valem; daí a necessidade dos contratos; registros escritos de nossos compromissos assumidos mediante palavras. E, mesmo sendo registrado, documentado, muitos não honram os ajustes pactuados. Uma das características alistadas por Paulo, dos homens que viveriam nos “tempos difíceis”, seria: “...infiéis nos contratos...”

Se, devemos ser econômicos em nossas palavras diante de Deus, isso se dá porque Ele as valoriza. O Salvador ensinou: “Por tuas palavras serás justificado, ou, condenado.” Cada palavra proferida, seja em oração ou não, passa a fazer parte dos registros eternos. “Então aqueles que temem ao Senhor falam frequentemente um ao outro; o Senhor atenta e ouve; um memorial é escrito diante dele, para os que temem o Senhor, para os que se lembraram do seu nome.” Mal 3;16

Se, as palavras dos fiéis são registradas, as dos infiéis também, eles diziam ser inútil servir a Deus, e, que certos estariam os soberbos; suas palavras, mais que registradas no céu, foram também na Bíblia, para que todos conhecessem. Contra eles, O Todo Poderoso, imaginem, queixou-se da dureza das suas ímpias falas. “...As vossas palavras foram agressivas para mim, diz o Senhor;” v 13

Deus não tenciona tratar conosco nos domínios da força, onde, Ele É Incomparável, antes, anela uma relação no âmbito do amor, e, mesmo desejando ser correspondido, poder ser rejeitado, até, ouvir “palavras duras”.

Quando Simeão falou profeticamente a Maria sobre as agruras reservadas ao, então, menino Jesus, disse: “Uma espada traspassará também a tua própria alma; para que se manifestem os pensamentos de muitos corações.” Luc 2;35 Nossa liberdade de expressão, sentimentos, levada às últimas consequências. Contudo, se somos totalmente livres para fazermos escolhas, as consequências nos advêm, mesmo que, contra a nossa vontade.

Nada poderia ser mais justo que isso. Deus propõe dois caminhos, ensina onde cada um leva, e, Ele não é infiel nos contratos, antes, cumpre o prometido, portanto, as escolhas são arbitrárias, as consequências, necessárias.

A um olhar superficial pode ter um quê de heroico, alguém abrir mão da própria vida, como fez, num primeiro momento, Jonas; e, fazem tantos suicidas. Entretanto, isso que pode soar a um gesto de coragem, a rigor, não passa de desesperada fuga. Os valentes que Deus busca não são os que morrem por uma causa, antes, os que mortificam as más inclinações, sacrificam anseios da natureza caída, para seguirem fiéis ao “contrato” assumido em Cristo, de serem Servos Seus, a qualquer custo.

Sacrifício, sim, pois, O de Cristo nos redime para salvação, mas, se requer o nosso a cada dia, se, pretendemos ser tidos por fiéis junto ao Senhor. “Rogo-vos, pois, irmãos, pela compaixão de Deus, que apresenteis vossos corpos em sacrifício vivo, santo e agradável a Deus, que é o vosso culto racional.” Rom 12;1

Se, não temos, como Jonas, a missão de anunciar o juízo em Nínive, temos, como ele, o dever de permanecermos nas coisas que pactuamos com Deus. Pois, o cidadão dos Céus é de caráter tal, que, “ainda que jure com dano seu, não muda”. Salmo 15

sábado, 8 de agosto de 2015

Castelo de cartas

“Retendo firme a fiel palavra, que é conforme a doutrina, para que seja poderoso, tanto para admoestar com a sã doutrina, quanto para convencer aos contradizentes.” Tt 1; 9

Escrevendo a Tito Paulo enumerou algumas qualidades desejáveis dos futuros presbíteros, e, em dado momento chegou ao preceito supra. “Retendo firme a fiel palavra...” 

Firmeza, eis uma qualidade nem sempre presente nas almas humanas. Grosso modo, a maioria é volúvel, volátil, fugidia ao sabor das circunstâncias. Não por acaso, uma das qualidades do cidadão dos céus é constância, mesmo às circunstâncias adversas. “... aquele que jura com dano seu, contudo, não muda...” Sal 15; 4 

O Eterno queixa-se contra Judá e Efraim, que, em certos momentos juravam amor, mas, ante a menor contrariedade esqueciam. Usa uma bela figura poética; diz: “Que te farei, ó Efraim? Que te farei, ó Judá? Porque a vossa benignidade é como a nuvem da manhã e como o orvalho da madrugada, que cedo passa.” Os 6; 4 Sim, o orvalho se desfaz aos primeiros raios do sol; de igual modo, declarações de fé superficiais aos primeiros ventos de contrariedades. 

Se é vero que o surgimento de João Batista causou frisson em Israel, dado o deserto profético de 400 anos onde surgiu, também o é que, passada a empolgação inicial, muitos começaram a duvidar de seu testemunho. 

Não houve mudança nele, tampouco, em sua mensagem; antes, expectativas humanas errôneas não se cumpriram, enquanto, as Divinas estavam em pleno curso. Jesus se ocupou de reiterar a firmeza espiritual do maior dos profetas. “ partindo eles, começou Jesus a dizer às turbas, a respeito de João: Que fostes ver no deserto? uma cana agitada pelo vento?... Em verdade vos digo que, entre os que de mulher têm nascido, não apareceu alguém maior do que João o Batista; mas, aquele que é o menor no reino dos céus é maior do que ele.” Mat 11; 7 e 11 

A mesma figura do “mutante” espiritual ser um agitado pelo vento é usada por Paulo quando escreve aos cristãos de Éfeso. Depois de alistar dons ministeriais, e preceituar a necessária edificação expõe o motivo: “Até que todos cheguemos à unidade da fé, ao conhecimento do Filho de Deus, a homem perfeito, à medida da estatura completa de Cristo, para que não sejamos mais meninos inconstantes, levados em redor por todo o vento de doutrina, pelo engano dos homens que com astúcia enganam fraudulosamente.” F 4; 13 e 14 

A consequência da firmeza receitada não é nada desprezível, pois, disse: “para que seja poderoso, tanto para admoestar com a sã doutrina, como para convencer contradizentes.” Firmeza na verdade conduzindo ao poder. 

A ideia vulgar de poder, entretanto, não é essa. No prisma espiritual muitos associam à operação de sinais; no secular, galgar níveis de autoridade. Mas, o foco aqui é poder na dimensão espiritual. Nessa peleja, todos os projéteis da mentira fracassam ante a blindagem da verdade. 

Embora a verdade às vezes nos constranja, envergonhe, é a arma favorita do Todo Poderoso, que a fez poderosa também: Porque nada podemos contra a verdade, senão, pela verdade.” II Cor 13; 8 

A eficácia da mentira é biodegradável; seu prazo de decomposição se altera ao alvitre de algumas variáveis, mas, amiúde, sempre apodrece; as que o PT vem contando à nação a treze anos, por exemplo, perderam totalmente sua capacidade de seduzir; os fatos, a verdade, trituram as falácias como o moinho faz com o trigo. 

Assim, embora o engano, a mentira até logrem certo poder, vale apenas no reino das aparências; dizem que a mentira tem pernas curtas, embora, suspeito que sequer pernas tem; antes, é levada por seus seguidores no opaco andor das paixões cantando o hino das perversas conveniências. 

Mas, voltando à verdade, ela é útil para admoestar segundo a doutrina, antes de convencer aos contradizentes. Ou seja: Exerce internamente seu poder na purificação do rebanho pra depois explorar limites externos buscando crescer. Pureza primeiro, após, grandeza; qualidade antes que quantidade.

Pois, convencer a outrem é fácil, basta ludibriar suas defesas com o invólucro de argumentos persuasivos; contudo, convencer a si mesmo de modo a silenciar aos reclames da consciência, apenas a verdade consegue. E fugir disso equivale ao naufrágio espiritual. “Conservando a fé, e a boa consciência, a qual alguns, rejeitando, fizeram naufrágio na fé.” I Tm 1; 19 

É possível cauterizar à consciência por não querer ouvir; uma espécie de suicídio espiritual. Contudo, sua voz sempre denunciará nossos erros, bem como, fará patente a Justiça de Deus. 

Enfim, quem teme ao convívio com a verdade, mesmo que domine um império, apenas galga alturas imensas que farão mais dura a queda, quando ruir seu castelo de cartas...