“Digno és, Senhor, de receber glória, honra e poder; porque tu criaste todas as coisas; por tua vontade são e foram criadas.” Apoc 4;11
Anjos ao redor do Trono do Altíssimo entoando os louvores. A primeira expressão: “Digno...” Segundo o dicionário, “O que está em conformidade, conveniente, adequado, merecedor.”
Porém, a dignidade pode ser vista em dois aspectos distintos; posicional e essencial. A dignidade posicional tem a ver com a posição que alguém ocupa e as honras que a posição requer; por exemplo, um Ministro do STF, um Senador, Deputado... pela posição cabe o tratamento de Meritíssimo, Vossa Excelência, embora, o caráter do “digno” em apreço possa estar abaixo da linha de pobreza moral. Muitas vezes um indigno ocupa um lugar digno; Pois, a dignidade posicional atina ao status, não ao caráter.
Por ouro lado, a dignidade essencial tem ver com o ser de alguém; foi desse viés que os anjos viram ao Eterno: “Digno és...” tinham essa clareza atentando aos Feitos do Senhor, nenhum interesse mesquinho imiscuído; “... porque tu criaste todas as coisas; por tua vontade são e foram criadas.”
Assim sendo, se, a dignidade, o mérito, derivam dos feitos de alguém, o que o inimigo fez para postular igualdade com O Criador? “Serei como Deus.” A Bíblia o reconhece apenas como “Pai da mentira”; eis seu único feito! Porém, no último Livro está escrito: “Ficarão de fora... os que amam e cometem a mentira...” Parece que essa dama não será aceita no Reino de Deus; deve haver bons motivos para isso.
Pois bem, uma vez que todos pecaram e carecem da Glória de Deus, nenhum de nós entrará no Reino do Eterno baseado em dignidade própria; Aliás, O Santo só considera dignos de Si, aqueles que reconhecem a própria indignidade, negam a si mesmos e tomam a cruz, por dependerem exclusivamente da Dignidade de Cristo.
Estar em Cristo não é uma dignidade essencial; ainda somos pecadores. É uma dignidade posicional de filhos de Deus, reputados Santos por herdarem a graça e a Santidade de Cristo. “A todos quantos o receberam, deu-lhes poder de ser feitos filhos de Deus, aos que creem no Seu Nome; os quais não nasceram do sangue, nem da vontade da carne, nem do homem, mas, de Deus.” Jo 1;12 e 13
É isso que muitos opositores não entendem, ou, mesmo entendendo não aceitam. Que alguém de um passado muito ruim, más obras, mau testemunho, reputação, de repente seja perdoado e guindado à honrosa condição de santo, cidadão dos Céus. Acontece que, o ingresso é a fé, não são as obras; “...A obra de Deus é esta: Que creiais naquele que ele enviou.” Jo 6;29
Claro que alguém perdoado, como Zaqueu, há de rever posturas, valores, e mudar de vida; mas, isso fará porque foi salvo, não, para merecer a salvação. O reconhecimento do pretérito indigno fará a “dignidade” presente que Deus busca em Seus filhos; o trato com a verdade mesmo que essa nos denuncie, pois, o perdão Divino supre nossos lapsos desde que estejamos dispostos a mudar, doravante.
Muitas pessoas ignoram as implicações do Evangelho; acham mera questão de escolha entre religiões, credos; nem percebem que é muito mais urgente e sério que isso. É questão de vida ou morte. “Na verdade, na verdade vos digo que quem ouve minha palavra, e crê naquele que me enviou, tem a vida eterna; não entrará em condenação, mas, passou da morte para a vida.” Jo 5;24
Que difícil pregar para alguém cheio de pretensão, de justiça própria, que, acha-se merecedor do Céu; mesmo não submetendo-se a Cristo pretende ser Dele por seus próprios méritos. “Não tenho vícios, pago minhas contas, não faço mal a ninguém”, dirá.
Quem é bom para ser salvo pela própria dignidade não precisa de Salvador; ou, não blasfeme contrariando o que Ele disse e arrependa-se de sua “bondade”; pois, é muita falta de noção alguém que comete dezenas de pecados todo dia, por pensamentos, ações e omissões, achar que merece uma posição que bastaria um só pecado para desqualificar pra ela.
“Deus resiste aos soberbos e dá graça aos humildes”; Quando certo centurião solicitou que O Senhor curasse um servo seu Jesus disse: Eu irei. Porém, ele objetou: “Senhor não sou digno que entres em minha casa...” Jesus curou o enfermo e elogiou em público sua fé. Reconheceu quem era; indigno; Quem Jesus É, O Senhor, que poderia dar uma ordem a distância e ser obedecido.
Eis a receita para a salvação: Reconhecer quem somos, indignos pecadores; e Quem Jesus É; O Excelso e Santo Salvador e Senhor. E se Ele é meu Senhor, de hoje em diante minhas preferências e opiniões empalidecem e rege-me Sua Palavra.
Um espaço para exposição de ideias basicamente sobre a fé cristã, tendo os acontecimentos atuais como pano de fundo. A Bíblia, o padrão; interpretação honesta, o meio; pessoas, o fim.
Mostrando postagens com marcador centurião. Mostrar todas as postagens
Mostrando postagens com marcador centurião. Mostrar todas as postagens
quinta-feira, 21 de dezembro de 2017
sexta-feira, 21 de novembro de 2014
Cartões de Natal de Jesus
“E,
quando chegaram e reuniram a igreja, relataram quão grandes coisas Deus fizera
por eles; como abrira aos gentios a porta da fé.” Atos 14; 27
Embora parecesse
estranho num primeiro momento, para Judeus convictos, se, Deus estava abrindo a
porta da fé aos povos, eles andavam alegremente após, sem questionar os atos
Divinos.
A graça e o amor de Deus podem ser usados indevidamente tanto pelos exclusivistas
quanto pelos libertinos. Os primeiros, sentindo-se únicos alvos do amor do
Eterno; os segundos, tentando fundir amor universal com aceitação incondicional.
Que o amor Divino é supra-racial, nacional, cultural é amplamente demonstrável desde
a chamada de Abrão. “Em ti serão benditas todas as famílias da Terra”; depois: “Vinde
a mim, todos...” “Pregai o Evangelho a toda criatura”; etc.
Os Judeus eram os
exclusivistas da época; espantaram-se de O Senhor estar conversando com uma
samaritana; disseram que certo centurião era digno de ser abençoado porque
ajudara a construir uma sinagoga e amava Israel, etc. Tanto que, para romper
essa barreira, O Espírito Santo teve que mostrar uma visão a Pedro, onde se
ordenava que ele matasse e comesse animais “impuros”; ele recusou claro! Então,
veio a advertência Celeste: “Não chames comum ou impuro ao que Deus purificou”.
Uma vez mais, a porta da fé aberta aos gentios; No caso, ao centurião Cornélio e
sua casa. Se, hoje, o exclusivismo nacional arrefeceu um pouco, temos o denominacional,
ideológico, cultural.
O mau uso do amor Divino pelos amorais não é menos
complexo que o outro caso. Esses, não raro, tacham de preconceito aos que se atem ao rigor da Palavra do Eterno. Radicais, fundamentalistas, são pechas que
desfilam de mãos dadas com, preconceituosos. Deus ama a todos, não importa suas
opções, dizem. Meia verdade apenas. Deus ama a todos, ponto. As escolhas,
porém, são determinantes quanto ao que, o amor do Criador pode fazer por nós. “Os
céus e a terra tomo hoje por testemunhas contra vós, de que te tenho proposto a
vida e a morte, a bênção e a maldição; escolhe, pois, a vida, para que vivas,
tu e tua descendência, amando ao Senhor teu Deus, dando ouvidos à sua voz, achegando-te a ele; pois ele é a tua vida, o
prolongamento dos teus dias;...” Dt 30; 19 e 20 A escolha da vida, enfim, é
mesmo meio “preconceituosa” uma vez que demanda dar ouvidos à voz de Deus.
Assim,
os libertinos modernos ousam ficar longe dos preceitos, sem, contudo,
prescindirem devanear com a sombra da aceitação incondicional. Ora, se Deus não
conta para dizer como devemos andar, igualmente, não conta para nos abençoar. “Entretanto,
porque eu clamei e recusastes; estendi a minha mão e não houve quem desse
atenção, antes rejeitastes todo o meu conselho, não quisestes minha repreensão,
também de minha parte eu me rirei na vossa perdição e zombarei, em vindo vosso
temor.” Prov 1; 24 a 26 Em suma: Quem escolhe ignorar a Deus, junto, escolhe
ser ignorado. Adiante, diz: “Mas o que me der ouvidos habitará em segurança,
estará livre do temor do mal.” V 33
A bênção de Deus é maciça; digo, não se
transmite via palavras ocas, antes, via observância de Sua Palavra.
Nas épocas
natalinas, por exemplo, corruptos, adúlteros, mentirosos, fornicadores,
ladrões, etc. trocarão cartões de Natal, desejando, entre outras coisas, que “tudo
se realize, sonhos, metas, objetivos sejam alcançados. Deus ilumine caminhos
abra ricas oportunidades, etc.” Mas, ouse O Santo iluminar um pouquinho numa
mensagem carrancuda como essa, e presto darão às costas por desabituados à luz.
Ele mesmo disse: “A condenação é esta: Que a luz veio ao mundo, os homens
amaram mais as trevas do que a luz, porque as suas obras eram más.” Jo 3; 19
O
Salvador quando enviou seus “cartões” de felicitações foi seletivo, malgrado
Seu amor universal. Disse: “Felizes os pobres de espírito... os que choram... os mansos... os que têm fome e sede de
justiça... os misericordiosos... os limpos de coração... os pacificadores... os
perseguidos...”
Enfim, duas coisas
precisam ficar patentes: Deus não tem favoritos “à priori”, ainda que, os tenha
em face às escolhas destes. “Os meus olhos estarão sobre os fiéis da terra,
para que se assentem comigo; o que anda num caminho reto, esse me servirá.” Sal
101; 6 Outra: O amor universal derramado não ignora nem tolhe nossas escolhas;
antes, peleja conosco no sentido de que façamos a coisa certa.
Afinal nossa
perdição, desdita, não faz bem nenhum ao Santo. “...Vivo eu, diz o Senhor Deus,
que não tenho prazer na morte do ímpio, mas em que o ímpio se converta do seu
caminho e viva. Convertei-vos, convertei-vos dos vossos maus caminhos; pois,
por que razão morrereis...” Ez 33; 11
Assinar:
Postagens (Atom)