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quinta-feira, 1 de dezembro de 2016

Na escuridão das luzes

“Temos, mui firme, a palavra dos profetas, à qual bem fazeis em estar atentos, como uma luz que alumia em lugar escuro, até que o dia amanheça, a estrela da alva apareça em vossos corações.” II Ped 1;19

Uma tríplice relação com a luz nesse verso de Pedro. Primeiro, as profecias, como luzes num cenário escuro. Depois, o dia, a luz chegada sobre todos, no devido tempo; por fim, a Estrela da Alva aparecendo em corações.

Como os profetas abordavam o porvir, acontecimentos futuros preditos aos seus coevos, eram luzes no escuro, pois, viam o que haveria de ser, com enorme antecedência, segundo a ação do Espírito de Deus que neles atuava.

A figura do dia, evoca um tempo de uma revelação especial e geral de Deus, onde todos podem ver, caso, desejem, malgrado, não sejam videntes, tampouco, profetas. Claro que, sendo esse dia, de caráter espiritual, concorre, nosso arbítrio, nossa vontade.

De modo geral, todos sabem do Evangelho, dos valores ensinados pelo Salvador para ingresso no Reino, arrependimento, perdão, conversão, novo nascimento, a prática da justiça, santidade... Esse conhecimento genérico já basta para que, de posse dele, cada um faça suas escolhas, seja na senda da justiça, seja, no caminho amplo da impiedade. 

Quem escolhe andar na luz, tem sua visão aumentada, por outro lado, os da escolha oposta acabam andando nesse “dia”, como, se noite fosse. Salomão ensinou: “O caminho dos ímpios é como a escuridão; nem sabem em que tropeçam.” Prov 4;19 por outro lado, dos justos, dissera: “a vereda dos justos é como a luz da aurora; vai brilhando mais e mais até ser dia perfeito.” V 18

Por fim, uma Luz, com a qual temos uma relação afetiva, algo mais que utilitária, nos permitindo ver. A Estrela da Alva nascendo em nossos corações. A Bíblia ensina qual Estrela é essa: “Eu, Jesus, enviei o meu anjo, para vos testificar estas coisas nas igrejas. Eu sou a raiz e a geração de Davi, resplandecente estrela da manhã.” Apoc 22;16

Então, os profetas no escuro do pretérito foram luzeiros apontando pra pessoa do Messias; vindo Ele, Expressa Imagem de Deus, o escuro se dissipou, para quem quis ver; nesses, que viram ao Senhor na “Beleza da Santidade”, além de iluminados foram capacitados pelo Espírito Santo, a corresponderem, inda que imperfeitamente, ao Amor de Deus.

A luz espiritual é muito mais que, possibilidade de ver; é um desafio a andar em novidade de vida, segundo essa nova visão, pois, assim, e só assim, andando de acordo com o que aprendemos do Senhor, nossa Luz, a eficácia do que Ele fez na Cruz, se imputa também a nós; João ensina: “Esta é a mensagem que dele ouvimos, e vos anunciamos: que Deus é luz, não há nele trevas nenhumas. Se, dissermos que temos comunhão com ele, e andarmos em trevas, mentimos, não praticamos a verdade. Mas, se andarmos na luz, como ele na luz está, temos comunhão uns com os outros, e o sangue de Jesus Cristo, seu Filho, nos purifica de todo o pecado.” I Jo 1;5 a 7

O texto diz: “Deus é Luz...” depois, insta conosco para que, andemos na Luz, ou seja, em Deus. Esse glorioso fato vertical, andar em Deus, necessariamente tem consequências horizontais, sobre nossos semelhantes; no caso de irmãos, “comunhão uns com os outros,” em se tratando de pessoas de nosso convívio apenas, nosso modo de vida deve servir para que, os tais, ao apreciarem nosso bom porte em Cristo, inda que, de modo indireto, glorifiquem ao Pai das Luzes. Cristo disse: “Vós sois a luz do mundo; não se pode esconder uma cidade edificada sobre um monte; nem se acende a candeia e se coloca debaixo do alqueire, mas, no velador, e dá luz a todos que estão na casa. Assim resplandeça a vossa luz diante dos homens, para que vejam as vossas boas obras e glorifiquem a vosso Pai, que está nos céus.” Mat 5;14 a 16
Como, graciosamente recebemos, de graça, igualmente, comunicamos; esse feixe requer fé para que seja ampliado, pois, semear a incredulidade na escuridão, é prerrogativa do Inimigo, não dos servos de Deus. “...o deus deste século cegou os entendimentos dos incrédulos, para que lhes não resplandeça a luz do evangelho da glória de Cristo, que é a imagem de Deus.” II Cor 4;4
Nesse tempo de festejos onde luzes artificiais cobrem tudo como decoração, a vera Luz é negligenciada, Jesus é substituído por um fantoche, a necessária reflexão em Sua Palavra, tolhida pelo mercantilismo doentio, fugaz. 

Quem tem a Estrela da Alva no coração, prescinde de simulacros fúteis circunstantes; quem não A tem, mesmo que faça cascatas de luzes, segue no escuro.