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terça-feira, 20 de dezembro de 2016

Orçamento espiritual

“Pois qual de vós, querendo edificar uma torre, não se assenta primeiro fazendo as contas dos gastos, para ver se tem com que acabar? Para que não aconteça que, depois de haver posto os alicerces, não podendo acabar, todos os que virem comecem escarnecer dele, dizendo: Este homem começou edificar e não pôde acabar.” Luc 14;28 a 30

O contexto é a rejeição, ou, oposição, que os convertidos sofreriam dos próprios familiares; antes de alguém tencionar segui-lo, O Salvador ensinou que deveria calcular os custos da empresa, para não abandoná-la inconclusa, e servir de escárnio aos que vissem.

Apesar de, chamados, em Cristo, à vida eterna, muitos se comportam como se tivessem pouco tempo, com pleitos imediatistas; de modo que, se Deus os não abençoar no tempo que esperam, se afastam, pois, não tinham verdadeira fé, apenas, esperanças em seus próprios devaneios.

Óbvio que, quem busca Deus deve esperar ser abençoado; entretanto, o será no tempo, e, do modo de Deus; por tê-lo buscado, não, por ter buscado bênçãos. “Ora, sem fé é impossível agradar-lhe; porque é necessário que aquele que se aproxima de Deus creia que ele existe, e é galardoador dos que o buscam.” Heb 11;6

Algo que, podemos buscar seguros que é Vontade do Senhor, é edificação. Como a “Torre” da alegoria supra tem seus custos, nossa edificação, também. O conhecimento espiritual não se experimenta no âmbito intelectual; antes, é prático, requer que “encenemos” no teatro da vida segundo o “Script” do Salvador. 

Ele disse que, conhecendo a verdade, ela nos libertaria, mas, também, que isso só seria possível à medida que permanecêssemos em Sua Palavra; outra coisa não é, senão, obediência. “...Se vós permanecerdes na minha palavra, verdadeiramente sereis meus discípulos;” Jo 8;31

Assim, a primeira coisa que devo estar disposto a “investir” é minha vontade, pois, ao negar a mim mesmo, indispensável para salvação, devo passar a ter como diretriz, a Vontade Divina.

Não temos mais, como os discípulos de Jesus, oportunidade de aprendermos diretamente do Senhor; antes, devemos fruir a luz espiritual mediante obreiros que foram, por Ele, comissionados. Como, nem tudo o que reluz é ouro, digo, nem todo que empunha a Bíblia é idôneo, um pouco, devemos buscar por nós mesmos, lendo a Palavra; esse pouco permitirá discernirmos se, nossos mestres são bíblicos em seus ensinos, ou, bebem de fonte espúria.

A consequência esperada da edificação é a ortodoxia doutrinária, a firmeza que nos faz rejeitarmos simulacros, por, conhecermos à verdade. “Até que todos cheguemos à unidade da fé, ao conhecimento do Filho de Deus, homem perfeito, à medida da estatura completa de Cristo, para que não sejamos mais meninos inconstantes, levados em roda por todo o vento de doutrina, pelo engano dos homens que com astúcia enganam fraudulosamente.” Ef 4;13 e 14

Além de ortodoxos, dos maduros se espera postura sóbria quanto aos dons, e comprometida no que tange ao amor. Alguns acham que o ápice do crescimento é exercitarem-se nos dons espirituais, mais, num exibicionismo pessoal, que, eventual edificação do Corpo de Cristo.

Ora, em I Coríntios 13, Paulo colocou como inúteis todos os dons, se, desprovidos do amor. Depois, no mesmo contexto, evocou sua meninice pretérita, para denunciar a presente, de muitos, na igreja de então. “Quando eu era menino, falava como menino, sentia como menino, discorria como menino, mas, logo que cheguei a ser homem, acabei com as coisas de menino.” V 11

Assim, os meninos que anseiam crescer, antes de aprender, devem buscar obedecer ao que sabem; pois, sabedoria espiritual, antes de burilar ao intelecto, traz brilho ao caráter de quem possui, deveras. “Ele reserva a verdadeira sabedoria para os retos. Escudo é para os que caminham na sinceridade, para que guardem as veredas do juízo. Ele preservará o caminho dos seus santos.” Prov 2;7 e 8

Como uma planta em fase de crescimento que a cada dia renova seu viço, devemos ser, tanto no aprendizado do que falta-nos, quanto, na prática do que já sabemos ser Vontade de Deus. “...para que, como Cristo foi ressuscitado dentre os mortos, pela glória do Pai, assim, andemos nós também em novidade de vida.” Rom 6;4

Se, nosso crescimento estagnou em determinada estatura deve-se unicamente à nossa postura relapsa, pois, a Vontade do Edificador não cambia. “Tendo por certo isto, que aquele que em vós começou a boa obra, aperfeiçoará até ao dia de Jesus Cristo;” Fp 1;6

Quantos personagens bíblicos fizeram as coisas parcialmente! Judas se arrependeu, mas, suicidou-se; Saul confessou sua culpa no tocante a Davi, mas, não se arrependeu; Pilatos testificou da inocência de Jesus, mas, não o livrou... enfim muitos começaram bem, e não concluíram. Mas, “quem perseverar até o fim, será salvo.”