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sábado, 24 de agosto de 2019

A Pretensão dos Mortos

“... Saduceus dizem que não há ressurreição, nem anjo, nem espírito; mas os Fariseus reconhecem uma e outra coisa.” Atos 23;8

Um país minúsculo, então, vassalo de Roma; com tradição religiosa peculiar, porque guardião das Escrituras do Velho Testamento; contudo, com uma divisão de credos extremamente antagônica. Por quê?

Dois erros são recorrentes desde sempre nessa saga; ora, se acrescenta fermento à massa; (opiniões humanas à Palavra de Deus) outra, se preserva a ortodoxia formal, apenas com os lábios. Aqueles se reduzem a hereges; esses a hipócritas. Ambos erram.

“Toda a Palavra de Deus é pura; escudo é para os que confiam Nele. Nada acrescentes às Suas Palavras, para que não te repreenda e sejas achado mentiroso.” Prov 30;5 e 6

Os Saduceus aristocracia de então, eram muito “racionais” para certas crendices tipo a existência de anjos e espíritos. Além de acrescentarem suas próprias opiniões negavam ao que as Escrituras trazem expresso. Incredulidade e blasfêmia no mesmo pacote; faziam do Santo, mentiroso.

Fariseus, por sua vez, tinham uma teologia mais ortodoxa, coerente com os Textos Sagrados; porém, a coisa era da boca pra fora; “Todas as coisas, pois, que vos disserem que observeis, observai-as e fazei-as; mas não procedais em conformidade com suas obras, porque dizem e não fazem;” Mt 23;3

Não poucas vezes deparo com certa frase que circula: “Suas crenças não fazem de você uma pessoa melhor; suas atitudes sim.” Atribuída a Chico Xavier. Na verdade é de Paulo apenas foi parafraseada.

A questão aos meus olhos é a intenção subjacente a isso. Se, for uma exortação à coerência, a viver do mesmo modo que professamos crer é um bom conselho que as Escrituras trazem.

Agora, se o fito for justificar crenças heréticas e blasfemas, como o espiritismo de Chico Xavier, aí a coisa muda. Nas entrelinhas a pessoa está dizendo: Grande coisa seres cristão se cometes erros. Eu creio em algo diverso e faço melhores obras, sou mais certo que você.

A incredulidade atual é blasfema como era a dos Saduceus; pois, imputa a Deus, mentiras. “Quem crê no Filho de Deus, em si mesmo tem o testemunho; quem a Deus não crê mentiroso o fez, porquanto não creu no testemunho que Deus de Seu Filho deu.” I Jo 5;10

O espiritismo apregoa salvação por boas obras; “Porque pela graça sois salvos, por meio da fé; isto não vem de vós, é dom de Deus. Não vem das obras, para que ninguém se glorie.” Ef 2;8 e 9 A Bíblia prescreve boas obras como consequência, não como meio de salvação purgando imaginários “Karmas de vidas passadas”. Além disso, contrariam à Doutrina de Cristo que prevê ressurreição jamais, reencarnação; “Aos homens está ordenado morrerem uma vez; depois o juízo.” Heb 9;27

Arrostam ensinos que vêm desde Moisés que vetava a necromancia, consulta aos mortos, coisa que Isaías ampliou; “Quando, pois, vos disserem: Consultai os que têm espíritos familiares os adivinhos, que chilreiam e murmuram: Porventura não consultará o povo ao seu Deus? A favor dos vivos consultar-se-á aos mortos?” Is 8;19 e 20

Uma boa obra não é má porque seu agente não crê na Palavra de Deus; antes, é morta. Pode ser boa ao semelhante, mas na vertical não chega a Deus, pois, como disse o Príncipe da Vida, “... ninguém vem a Pai senão por mim.” Jo 14;6 Assim, malgrado o desprezo pela fé ortodoxa dos que se acham acima dos cristãos ela é a primeira obra que conta; “... A obra de Deus é esta: Que creiais naquele que Ele enviou.”

Minhas crenças apenas não me melhoram; mas, são elas que me ensinam e estimulam a abraçar a vida em Cristo que me regenera. Cheia está a Terra de pessoas que antes eram dadas a vícios, adultério, roubos, violência; depois de apresentadas ao Amor e à Justiça Divina, expressos na Palavra mudaram radicalmente.

A crença foi o ponto de partida para uma mudança de escravos do pecado para servos do Deus Vivo.

A conversão demanda o enfrentamento do nosso maior inimigo, o ego. O negue-se prescrito não é mera adesão religiosa; antes, um auto-esvaziamento, em favor de um encher-se da Palavra de Deus. “Deixe o ímpio seu caminho, o homem maligno seus pensamentos e se converta ao Senhor, que se compadecerá dele; torne para o nosso Deus, porque grandioso é em perdoar. Porque meus pensamentos não são os vossos, nem vossos caminhos os meus, diz o Senhor.” Is 55;7 e 8

O presunçoso que se acha melhor que outros pensa que, a salvação seja uma competição entre pecadores; ele na liderança.

Quem conhece o Caminho tenta vencer a si mesmo em Submissão ao Salvador. Não quer ser o primeiro; quer estar vivo.

sexta-feira, 15 de fevereiro de 2019

Existe blasfêmia boa?

“Disse o rei de Israel a Jeosafá: Disfarçando-me entrarei na peleja; tu, porém, veste tuas roupas reais. Disfarçou-se, pois, o rei de Israel e entraram na peleja.” II Cr 18;29

Por que alguém entraria num combate disfarçado? A batalha não é lugar para identificação de quem morre; mata-se o que vier pela frente pela própria natureza da coisa. No entanto, Acabe instou que Jeosafá pelejasse em trajes reais enquanto ele, o faria como um reles soldado, mesmo sendo também, rei.

Havia uma mensagem entregue pelo profeta Micaías, de que o rei de Israel seria morto no combate. Na sua obstinação cega pensou que, talvez Deus permitisse a troca da vítima; do rei de Israel pelo de Judá.

Ele desprezava Micaías; o trancafiou a pão e água prometendo voltar vitorioso. Ademais, havia centenas de falsos profetas que apontavam nessa direção.

Se, desprezava ao mensageiro Divino a ponto de prendê-lo e, confiava nos seus mercenários por que, na hora do vamos ver, não quis ser visto?

No fundo, sabia ser uma fraude o vaticínio dos seus profetas, e real, a voz de Deus nos lábios do profeta. Porém, sendo a verdade contra ele decidiu refugiar-se na mentira. Achou que poderia evadir-se à sina disfarçando-se no campo de batalha. Cria ser possível enganar a Deus.

Como, “um abismo chama outro abismo;” a rebeldia enseja desobediência; essa dá azo à cegueira. As coisas que o homem sabe “no fundo” (no espírito “morto”, impotente) são abafadas pelas paixões superficiais da alma comandante indigna e insensata dos alienados do Eterno.

Essa ambiguidade é a matéria-prima para hipocrisia e insensatez. A virtude clamando na consciência frágil e o vício comandando as atitudes suicidas.

O disfarce de Acabe inda é mui usado em nossos dias, quando, cientes da Divina demanda damos à virtude o assento das palavras, da aparência; ao vício o trono da vontade, das ações.

Não nos enganemos; ninguém passará por inocente se pleitear no juízo que A Palavra de Deus lhe parecia demais inverossímil, estava submersa muito “no fundo;” e, o sujeito achou que “fazendo o bem” à sua maneira estaria agindo certo. O “bom” hipócrita tem capacidade de trair e enganar a si mesmo.

Deus não apenas revela-se na Palavra como o faz de modo eloquente nas Suas Obras. Deu-nos intelectos capazes de ler essas coisas; de modo que, os que as vendo ainda se dizem ateus, são indesculpáveis perante Ele. “Porque do céu se manifesta a ira de Deus sobre toda a impiedade e injustiça dos homens, que detêm a verdade em injustiça. Porquanto o que de Deus se pode conhecer neles se manifesta, porque Deus lho manifestou. Porque Suas coisas invisíveis, desde a criação do mundo, tanto Seu Eterno Poder, quanto Sua Divindade, se entendem e claramente se veem pelas coisas que estão criadas, para que eles fiquem inescusáveis;” Rom 1;18 a 20

As “boas obras” de um que não crê nem se submete não passam do “disfarce de Acabe” atualizado, remasterizado e usado por quem morre de medo de morrer; a cruz.

Claro que, como naquele contexto, são imensamente mais os “profetas” do vamo que vamo é isso aí, que algum mensageiro saudável que tenha voltado à arena dos fatos depois de assistir ao “Concilio dos Céus” como fizera Micaías.

A “esperteza” de Acabe, invés de livramento revelou-se apenas uma testemunha a mais contra ele no tocante à sua aversão pela Palavra de Deus. Sua sentença foi cumprida de modo cabal.

Diverso da sabedoria natural que é uma conquista contra a ignorância, a espiritual é um dom de Deus; Ele reserva como incentivo à retidão, ao caráter submisso, à obediência; “Ele reserva a verdadeira sabedoria para os retos. Escudo é para os que caminham na sinceridade, para que guardem as veredas do juízo. Ele preservará o caminho dos seus santos.” Prov 2;7 e 8

Que o mundo “canonize” os ateus bons; perante Deus todo o que descrê se faz blasfemo por, indiretamente chamar ao Santo de mentiroso. “Se recebemos o testemunho dos homens, o de Deus é maior; porque o testemunho de Deus é este, que de seu Filho testificou. Quem crê no Filho de Deus, em si mesmo tem o testemunho; quem a Deus não crê mentiroso o fez, porquanto não creu no testemunho que Deus de seu Filho deu.” I Jo 5;9 e 10

Boas obras do descrente não são más; apenas, espiritualmente mortas como seu agente.

A suma é simples: Deus Todo Poderoso É O Senhor; diz como as coisas devem ser na Sua Palavra; ou, “vós mesmos sabereis bem e mal”. Num caso andamos na Luz, no outro em trevas; pois, “... o deus deste século cegou os entendimentos dos incrédulos...” II Cor 4;4

domingo, 18 de novembro de 2018

Nuances do Juízo

“Um rio de fogo manava, saía de diante Dele; milhares de milhares O serviam; milhões de milhões assistiam diante Dele; assentou-se o juízo e abriram-se os livros.” Dan 7;10

O Tribunal de Deus visto por Daniel. Invés de uma plateia de curiosos, quiçá, parentes dos réus, ou, estudantes de direito, milhões de servos contemplando à Justiça do Supremo.

Não há menção de testemunhas, quer de defesa, quer de acusação. Segundo a Palavra, essas serão nossas obras, os nossos feitos.

Em cada uma das sete cartas no Apocalipse O Senhor afirma: “Conheço as tuas obras”. Então, invés de testemunhas colocando a mão sobre A Bíblia e jurando dizer tão somente a verdade, o Tribunal Eterno exporá a verdade; os nossos feitos; “... assentou-se o juízo e abriram-se os livros.”

“Vi os mortos, grandes e pequenos, que estavam diante de Deus e abriram-se os livros; abriu-se outro livro, que é o da vida. (Se, o julgamento será para mortos, o Livro da Vida será aberto apenas, como testemunho que o nome do réu não consta lá) Os mortos foram julgados pelas coisas que estavam escritas ‘nos’ livros, segundo suas obras.” Apoc 20;12

Por que julgar mortos? Já estão mortos. A Bíblia chama mortos espirituais, os alienados a Deus e Sua Vontade. Jamais confunde existência com, vida. Daí que, a pregação de Cristo é para que mortos ouçam; “Em verdade, em verdade vos digo que vem a hora, agora é, em que os mortos ouvirão a voz do Filho de Deus; os que a ouvirem viverão. Porque, como o Pai tem a vida em si mesmo, assim deu também ao Filho ter a vida em si mesmo.” Jo 5;25 e 26

Os que ouvem “nascem de novo... passam da morte para vida...” os demais seguem mortos. Isto é: Separados de Deus.

Lá essa cantilena insuportável dos julgamentos tipo; “eu não sabia disso, foi fulano (a); desconheço; não é meu...” etc. não haverá. Há um registro fidedigno de cada ato; serão apenas lidos no juízo da Verdade, depois, proferida a sentença sem apelação.

Mas, a salvação não é pela graça mediante a fé, a despeito das obras? Como então, o julgamento segundo as obras? Sim, salvação é. “Porque pela graça sois salvos, por meio da fé; isto não vem de vós, é dom de Deus. Nem das obras, para que ninguém se glorie;” Ef 2;8 e 9

Acontece que aquele tribunal não está tratando de salvação. Apenas, de justiça. Aos que recusaram a Graça só restará o devido salário. “Porque o salário do pecado é a morte, mas, o dom gratuito de Deus é a vida eterna, por Cristo Jesus nosso Senhor.” Rom 6;23 Por isso, o banimento dos ímpios é chamado de “segunda morte”.

Quando ouvimos o convite à salvação e aceitamos como veraz o testemunho que, “... todos pecaram e destituídos estão da glória de Deus;” Rom 3;23 Somos desafiados ao arrependimento; a nos identificar com Cristo; tomar nossa cruz mortificando aos desejos pecaminosos. Feito isso julgamos a nós mesmos como dignos de morte, carentes do Salvador; “... se nós julgássemos a nós mesmos, não seríamos julgados.” I Cor 11;31

Feito isso passamos a “estar em Cristo” para a salvação já não há julgamento; “Portanto, agora nenhuma condenação há para os que estão em Cristo Jesus, que não andam segundo a carne, mas, segundo o Espírito.” Rom 8;1 Finda o julgamento e começa o compromisso de não andar segundo a carne, mas, segundo O Espírito.

Identificação com Cristo na morte e na vida; “... fomos sepultados com Ele pelo batismo na morte; para que, como Cristo foi ressuscitado dentre os mortos, pela glória do Pai, assim andemos em novidade de vida.” Rom 6;4

As obras dos salvos contam; testificam da sua fé; “... mostra-me tua fé sem as obras, e te mostrarei a minha fé pelas obras.” Tg 2;18 As boas obras são o caminho natural pelo qual os servos de Deus devem trilhar; “Porque somos feitura sua, criados em Cristo Jesus para boas obras, as quais, Deus preparou para que andássemos nelas.” Ef 2;10

Cada dia somos desafiados a escolhas de consequências eternas; ou, nos rendemos a Cristo e perseveramos para ter nosso nome no Livro da Vida, ou, vivemos cada um do seu jeito, tendo os feitos arrolados nos livros para o dia do juízo final.

Lá não há jeitinho, recursos, chicanas, testemunhas dúbias, procrastinação... Ao fiel, justificação; ao ímpio, condenação. “Longe de ti que faças isso; que mates o justo com o ímpio; que o justo seja como o ímpio, longe de ti. Não faria justiça o Juiz de Toda a Terra?” Gen 18;25

Acredite no Amor de Deus, pois; mas, jamais duvide da Sua Justiça.

domingo, 24 de junho de 2018

O Trabalho e o Bendito Fruto

“Não há nada melhor para o homem que comer, beber, e fazer com que sua alma goze do bem do seu trabalho. Vi que isto vem da mão de Deus.” Ecl 2;24

Dois aspectos na relação interpessoal são aceitáveis diante de Deus; justiça e misericórdia. Essa, com algo a mais, pois, envolve o amor, de modo que, como disse Tiago, “... a misericórdia triunfa do juízo.” Cap 2;13

Por exemplo: Se, alguém falhou comigo, ou, me deve algo, invés de reparar em justiça pede misericórdia, e, eu o perdoo, já não há clamor pendente perante a justiça; a misericórdia triunfou.

Essa é a situação de todos nós ante O Criador; “Mostra-nos, Senhor, tua misericórdia; concede-nos tua salvação. Escutarei o que Deus, o Senhor, falar; porque falará de paz ao seu povo, aos santos, para que não voltem à loucura. Certamente que a salvação está perto daqueles que o temem, para que a glória habite na nossa terra. A misericórdia e a verdade se encontraram; justiça e paz se beijaram.” Sal 85;7 a 10

Se, O Eterno dispensou preciosa misericórdia no tocante a nós, enviando O Salvador, em relação à justiça que Ele ama, foi necessária a morte Dele; o preço do pecado deveria ser pago. Jamais, O Altíssimo que “não pode contemplar a iniquidade,” compactuaria com mentira, ou, encenaria uma paz falsa estando declarada guerra pela desobediência. Daí, no Calvário, “A misericórdia e a verdade se encontraram; justiça e paz se beijaram.”

Contudo, a “justiça” possível no que se relaciona com Deus é o reconhecimento sincero, e, arrependimento das nossas injustiças. Assim, Ele em Sua infinita misericórdia atua como fiador da nossa salvação, O “Senhor Justiça Nossa.” Jr 23;6

Mesmo nossas eventuais ações em misericórdia aqui, terão seu encontro com a justiça, uma vez que, sendo aquilatadas como “Tesouros no Céu”, lá encontrarão Aquele que disse: “... meu galardão está comigo, para dar a cada um segundo sua obra.” Apoc 22;12

Assim, a Graça, ou misericórdia nos dá a Salvação que não merecemos; e, a Justiça Divina, o galardão pelo que fizermos após sermos salvos. Pois, “Somos feitura sua, criados em Cristo Jesus para as boas obras, que, Deus preparou para que andássemos nelas.” Ef 2;10

O ser humano foi “programado” para funcionar mediante estímulos. E, nenhum mais impactante no que tange ao trabalho, que os frutos. Esse tem sido o erro, aliás, de tantos experimentos socialistas pelo mundo, que, pretenderam plasmar sociedades que funcionassem diversas da índole natural humana.

Esse tipo de “inversão” não nos foi facultada, pois, “... tudo que Deus faz durará eternamente; nada se lhe deve acrescentar e nada se lhe deve tirar; isto faz Deus para que haja temor diante dele.” Ecl 3;14
Não havendo a devida contrapartida, possibilidade de progresso, quiçá, de enriquecer até, o trabalho torna-se apenas um peso indesejável, a ser evitado, se, possível; ou, feito de má vontade quando compulsório. Isso ensejou a falência de muitas nações.

A misericórdia é de foro íntimo, arbitrário; Deus espera que a façamos, mas, não a impõe. É uma possibilidade; enquanto, a justiça, uma necessidade; daí, que, a vadiagem assistida pelo Estado tão acariciada pelos defensores de tal sistema nem de perto tem o aval de Deus. Como vimos acima, “Não há nada melhor para o homem que comer, beber, e, fazer com que sua alma goze do bem do seu trabalho. Também vi que isto vem da mão de Deus.” Ecl 2;24

Assistencialismo tem seu espaço apenas em casos extremos de absoluta impossibilidade de se manter, quanto aos vagabundos, porém, “... vos mandamos isto; que, se alguém não quiser trabalhar, não coma também.” II Tess 3;10

Em certo aspecto faz sentido a mensagem dos da Teologia da Prosperidade, ao encorajarem a fé, dado que, essa terá uma recompensa. É isso mesmo.

Porém, erram no método; Deus não é mercador que venda Suas bênçãos; erram no tempo; recompensas prometidas são no porvir, não nesse mundo onde somos peregrinos; por fim, erram na prioridade; invés de ensinar o caminho estreito da salvação aos que se perdem na vasta avenida do comodismo, passam de largo pela cruz, prometendo vida fácil aos, que, sequer, vida, possuem.

E, os comunistas católicos da Teologia da Libertação erram no diagnóstico e no remédio; Deus não salva sistemas, sociedades; apenas, almas, “no varejo”; socorrer ociosos voluntários com usurpação de alheios bens, não é misericórdia, tampouco, justiça; é leniência com vagabundagem, violação de propriedade, portanto, injustiça.

Devem ser maus cristãos, ou, maus socialistas; além disso, ignoram os incautos, que, o “combo” traz junto ideologia de gênero, aborto, casamento gay, descriminação das drogas... Foi pra defender isso que Cristo morreu?

A incoerência é o justo salário pelo “trabalho” dos cérebros vadios.

sexta-feira, 22 de setembro de 2017

O Noivo Rejeitado

“Eu abri ao meu amado, mas, ele já tinha se retirado, e tinha ido; a minha alma desfaleceu quando ele falou; busquei-o e não achei; chamei-o e não me respondeu.” Cant 5;6

O testemunho da noiva que, mesmo desejando a presença do noivo tardou em abrir a porta quando ele batera; depois, decidiu abrir, mas, era tarde, ele tinha se ido já.

Muitas vezes deparamos com adágios que nos desafiam a abrirmos a porta se, a felicidade, ou, a oportunidade baterem; pois, indo-se não baterão outra vez. Contudo, deixando as coisas do coração pretendo ver à luz desse incidente o aspecto espiritual de cada um de nós.

Somos Chamados por Cristo para sermos Igreja, essa é tida como a noiva; Ele, o Noivo no casamento espiritual do qual derivará o novo mundo anelado pelo Criador.

Sem forçarmos a barra em nossa ilustração, encontraremos tal Noivo batendo à porta dos corações daqueles que Ama, em busca de falar do Seu amor, persuadir, e, finalmente, ser correspondido. “Eis que estou à porta, e bato; se alguém ouvir minha voz e abrir a porta, entrarei em sua casa, com ele cearei e ele comigo.” Apoc 3;20

O grave dessa situação em que encontramos O Senhor do lado de fora é que se trata de uma carta dirigida a uma igreja, a de Laodicéia; assim, podemos formalmente parecer de Cristo, termos inclinações religiosas, freqüentarmos cultos, publicarmos porções “espirituais”, e mesmo assim, deixar o Noivo do lado de fora. O Salvador não entra por frestas; ou abrimos de um todo e O recebemos com alegria, ou, apenas encenamos para a torcida alienados da vida espiritual.

Como na noiva do poema de Salomão havia uma abiguidade; uma parte queria abrir a porta logo, o coração estremecera; outra; decidira esperar um pouco, “valorizar”, até que foi demasiado tarde.

De qualquer forma, ainda é melhor o que recusa a abrir o coração em tempo, depois, arrepende-se e parte em busca de uma segunda chance, que o hipócrita que finge abrir espiando por frestas, enquanto, no fundo, vive a vida do seu jeito alienado das diretrizes do Noivo.

Esses são visíveis de longe nas evasivas que usam para mascarar sua incredulidade e rebeldia; “todas as religiões são boas, cada um serve a Deus do seu Jeito, o importante é fazer o bem, tem muitos salafrários nas igrejas, etc.”

Conheci alguns que “serviam a Deus” em casa de um modo particular, pois as igrejas estavam problemáticas demais e eles queriam santidade. Outro que recusou abrir a porta e invés de corresponder ao amor do Noivo amava a si mesmo de forma desmedida, orgulhosa como um Fariseu.

Ora, religiões são de Fabricação humana, portanto falhas; Cristo não nos chamou a viver de religiões, mas, da Palavra. “Nem só de pão viverá o homem, mas, de toda Palavra que sai da Boca de Deus”.

Cada um serve a Deus do seu jeito? “Busca satisfazer seu próprio desejo aquele que se isola; ele se insurge contra toda sabedoria.” Prov 18;1 “Não deixando a nossa congregação, como é costume de alguns, antes, admoestando-nos uns aos outros; tanto mais, quanto vedes que se vai aproximando aquele dia.” Heb 10;25

É importante fazer o bem sim, mas, insuficiente para a salvação; “Porque pela graça sois salvos, por meio da fé; isto não vem de vós, é dom de Deus. Não vem das obras, para que ninguém se glorie; porque somos feitura sua, criados em Cristo Jesus para as boas obras, as quais Deus preparou para que andássemos nelas.” Ef 2;8 a 10

É vero que há muitos de mau testemunho nas igrejas; a Bíblia ensina que seria assim; acaso um membro deixa o corpo se outro estiver enfermo? Não. Sofre junto até que haja cura.


Aquele que se isola e fica como se, repórter de um evento “narrando” os problemas da Igreja se faz imbecil e covarde. Imbecil por presumir lavar-se com água suja; covarde por, tendo identificado o problema recusar-se a ajudar.

Ainda estamos em tempo de abrir a porta ao Noivo, Ele diz: “Atentai para minha repreensão; pois, eis que vos derramarei abundantemente do meu espírito e vos farei saber minhas palavras.” Prov 1;23

Isaías exorta-nos a aproveitarmos o tempo oportuno: “Buscai ao Senhor enquanto se pode achar, invocai-o enquanto está perto.” Is 55;6

Pois, se O ignorarmos, chegará o dia em que será tarde demais; “Porque eu clamei e recusastes; estendi a minha mão e não houve quem desse atenção... Vindo o vosso temor como a assolação, vindo a vossa perdição como uma tormenta, sobrevirá a vós aperto e angústia. Então clamarão a mim, mas, não responderei; de madrugada me buscarão, porém, não me acharão.” Prov 1;24, 27 e 28

sexta-feira, 3 de março de 2017

A Obra; as obras

...Que faremos para executar as obras de Deus? Jesus respondeu: A obra de Deus é esta: Que creiais naquele que Ele enviou.” Jo 6;28 e 29

Os interlocutores do Senhor se dispunham a um trabalho plural; “obras de Deus.” Entretanto, foi apresentado um desafio singular. “A Obra de Deus é Esta: Que creiais...” Isso deve ter facilitado as coisas, ou não?

Bem, tendemos a ser varejistas, onde O Criador é Atacadista. Digo, Ele trata primeiro coisas mais relevantes, num prisma geral; depois, as menores, no particular. Assim, quando João Batista apresentou O Messias, o fez, nesses termos: “Eis o Cordeiro de Deus que tira o pecado do mundo!” Notemos a singularidade uma vez mais; “O pecado”.

Uma série inumerável de pecados acontece a cada segundo num mundo tão autônomo, despido de valores como esse; contudo, o que estava em jogo na Cruz de Cristo, era o pecado da rebelião contra O Domínio de Deus; a independência sugerida pelo traíra. Qualquer que, ouvindo a Boa Nova se arrependa e confesse, deixa “O pecado”, da rebelião, embora, ainda cometa muitos pecados.

O convertido reconhece o Senhorio do Eterno, pois, mesmo estando inda refém, pelo hábito, dos pecados, o pecado da autonomia, já foi deixado. O abandono gradativo dos erros, o processo de santificação, é algo que, nos acompanha por toda a vida.

Do ponto de vista de Deus, a questão do pecado está resolvida; tanto que, ao vencer, O Salvador disse: “Está consumado!” Porém, no tocante a cada um de nós, toda vez que erramos o alvo, restam pendências espirituais, que mediante nosso Advogado, precisamos dirimir. “Se confessarmos os nossos pecados, ele é fiel e justo para nos perdoar e purificar de toda a injustiça.” I Jo 1;9

Dito isso, a questão da Obra e das obras segue rumo paralelo. A Bíblia não chama uma boa obra do ímpio, de má; antes, de obra morta, uma vez que, assim está espiritualmente seu protagonista. 

Outro dia deparei com uma zombaria de ateus escarnecendo do que chamaram de “lógica cristã”, onde, um de vida torta, más obras, se converteu perto da morte e foi salvo; outro, de muitas boas obras, morreu e se perdeu “apenas” por ser ateu.
A ignorância prudente até posa de sábia, à sombra do silêncio; mas, quando perde a modéstia, se faz engajada nas suas trevas, invariavelmente cai no ridículo.

Sua ênfase era tal, que pareciam ter achado nosso “Tendão de Aquiles.” Ora, obras só contam depois “da Obra”; “que, creiais naquele que Deus enviou.” Esse passo, transporta da morte para vida, e, vivendo, devemos sim, praticar boas obras, como testemunho da regeneração, não, como meio de patentear pretensa justiça própria. “Porque pela graça sois salvos, por meio da fé; isto não vem de vós, é dom de Deus. Não vem das obras, para que ninguém se glorie; porque somos feitura sua, criados em Cristo Jesus para as boas obras, as quais, Deus preparou para que andássemos nelas.” Ef 2;8 a 10

A implicação da incredulidade é blasfema, pois, equivale a chamar Deus de mentiroso. Por isso, os incrédulos são vistos em companhia de outros não muito recomendáveis, vejamos: “Mas, quanto aos tímidos, incrédulos, abomináveis, homicidas, fornicadores, feiticeiros, idólatras e a todos os mentirosos, sua parte será no lago que arde com fogo e enxofre; o que é a segunda morte.” Apoc 21;8

Em Cristo, a Obra de Deus propõe um segundo nascimento, ou, novo nascimento, “da água, (Palavra) e do Espírito;" mas, os que recusam crer preservam a atual morte espiritual, e rumam à segunda morte, a separação eterna do Criador.

Se, o prisma é a lógica, e, a sentença pelo pecado, a morte, me soa cristalinamente lógico, que, enquanto o pecado não for tratado pela “Obra de Deus”, estejam necessariamente mortas, as melhores obras humanas. Após a conversão, até dar um copo d’água terá galardão.

Enquanto incrédulos recusam O Dom de Deus, recebem compulsoriamente Sua Justiça. “Porque o salário do pecado é a morte, mas, o dom gratuito de Deus é a vida eterna, por Cristo Jesus nosso Senhor.” Rom 6;23

Cornélio, o romano, tinha muitas obras boas, entretanto, não bastaram para que fosse salvo; Pedro foi enviado a ele, para que anunciasse Jesus. Ele creu; foi salvo.

É possível que um morto bem maquiado tenha melhor aparência que um maltrapilho, sujo. Porém, esse está vivo. Assim, o que crê, por ruim que seja seu pretérito, recebe o presente da vida; o incrédulo por boas que tenham sido suas ações, rejeitando “A Obra de Deus”, trai a si mesmo. O Túmulo de mármore ainda é um túmulo.

Ninguém eleva-se do solo puxando os próprios cabelos; “sem mim, - disse O Salvador - nada podeis fazer”.

sábado, 31 de outubro de 2015

No fim da linha, o que tem?

Lembrai-vos das coisas passadas desde a antiguidade; que eu sou Deus, e não há outro Deus semelhante a mim. Que anuncio o fim desde o princípio, e desde a antiguidade as coisas que ainda não sucederam; que digo: O meu conselho será firme; farei toda a minha vontade.” Is 46; 9 e 10   

Anuncio o fim desde o princípio. Isso, mal entendido poderia dar “razão” aos fatalistas. Aos que advogam que está tudo escrito, não temos escolha, portanto, deixemos rolar.

Todavia, a coisa não é tão rasa assim. O Eterno não nos faria arbitrários se, nossas escolhas não tivessem importância. Quando anuncia o fim desde o princípio refere-se à imutabilidade de seu propósito quanto ao juízo, tanto dos justos, quanto, dos injustos. Em Seu Santo Tribunal não há juízes com indicações políticas devendo favores a eventuais réus; a justiça, tão somente ela, triunfará. 

Entretanto, cada um é livre para fazer suas escolhas; a única “imposição” necessária são as consequências, ouçamos: “Dizei aos justos que bem lhes irá; porque comerão do fruto das suas obras. Ai do ímpio! Mal lhe irá; porque se lhe fará o que as suas mãos fizeram.” Is 3; 10 e 11 

Contudo, as consequências espirituais do que fazemos mediante o corpo serão colhidas “no fim”; assim, o “durante” pode parecer melhor aos errados que aos que optam pelo caminho estreito. Salomão advertiu de tal logro. “Há um caminho que ao homem parece direito, mas, o fim dele são caminhos da morte.” Prov 14; 12 

O problema de muitos reside nisso; avaliar o fim baseado na sensação do “durante”, de como parece. Ora, se o Eterno revelou já, o fim, não precisamos depender de fajutos pareceres, basta que conheçamos o que Ele deixou. 

Muitas crenças que são blasfemas em sua essência, negam ao Feito de Cristo e Sua eficácia, fazem obras excelentes no prisma da caridade; afirmar que tais, perecerão no fim, afronta ao senso de “justiça” de alguns. Afinal, se fazem tantas coisas boas, como seriam tidos por maus no juízo? 

Aí voltamos ao problema original do drama Divino-humano. O Traíra dissera: “Vós mesmos sabereis o bem e o mal”. Noutras palavras: Vós mesmos conceituareis o bem e o mal, a despeito dos conceitos de Deus. Esse “bem”, pois, traz em seu germe o orgulho que, ciente de sua feiura, como o “Fantasma da Ópera” precisa usar máscara; aquele, um artefato de plástico, esses, pretensas boas obras simulando humildade. 

A Palavra não chama uma boa obra de má, se, feita por um mau; antes, chama de morta, quando, praticada por alguém, espiritualmente morto. “Por isso, deixando os rudimentos da doutrina de Cristo, prossigamos até à perfeição, não lançando de novo o fundamento do arrependimento de obras mortas e de fé em Deus.” Heb 6; 1 Nem entra em detalhes sobre as obras pretéritas, porém, lança-as todas na vala comum dos mortos. 

A questão crucial  é a vida. Após, passa a valer o preceito de Tiago que, a “fé sem obras é morta”. Antes, as obras sem fé e obediência não passam de máscaras de um morto querendo parecer vivo. 

Acaso é bom um criador de porcos, (  bom para seus animais ) por que os alimenta, cuida, lava a pocilga, etc. ? No final os matará, pois, sua “bondade” atina aos seus interesses meramente. Os porcos são meios, o lucro é o fim. De igual modo, os que esposam doutrinas anti-bíblicas, não obstante o “bem” que façam, não passam de tratadores de porcos, como o Pródigo em seu mal fadado destino. Afrontar ao Eterno e matar aos que Ele ama é o alvo do porqueiro mor, satanás.

Desgraçadamente somos uma geração que, salvas raras exceções, não pensa. Vê. As coisas nos “são” como parecem; verossimilhança ocupa o lugar da verdade; marketing conta mais que fatos. 

Sucesso ministerial em muitas “igrejas” da moda depende de técnicas; manipulação massiva. O “sucesso” de um profeta verdadeiro não se mede em “curtidas”, “acessos” virtuais; antes, em estar plenamente alinhado à Vontade de Deus, mesmo que acabe falando sozinho, como Ezequiel. “E os filhos são de semblante duro, obstinados de coração; eu te envio a eles e lhes dirás: Assim diz o Senhor Deus. E eles, quer ouçam quer deixem de ouvir (porque são casa rebelde), hão de saber, contudo, que esteve no meio deles um profeta.” Ez 2; 4 e 5 

Os “profetas” da moda se ocupam de “Divinizar” as cobiças dos pecadores; os de Deus, como Ele, anunciam o fim que Ele revelou, não, produzem “facilidades” circunstanciais em busca de aceitação. 

São escolhidos pelo Altíssimo; aquele que o Eterno convocou a Si, não carece do aplauso do homem. Tais febres, não terão peso nenhum, no fim.