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domingo, 15 de dezembro de 2019

Fracos Professores


“Para que agora, pela igreja, a multiforme sabedoria de Deus seja conhecida dos principados e potestades nos céus” Ef 3;19

Isso dá o que pensar; ser a igreja, tão frágil e imperfeita, um instrumento para ensinar potestades celestes sobre a Sabedoria de Deus??

O Reino dos Céus é hierarquizado, como deve ser toda organização que preza pela autoridade e bom funcionamento. Assim, principados e potestades são dignidades de grande vulto em termos de autoridade, embora, o texto não deixe claro se, as ditas autoridades que aprenderiam observando a igreja são anjos fiéis, ou, caídos.

Sim, mesmo entre os demônios as hierarquias originais permanecem como ensina o apóstolo mais adiante falando de nossa peleja; “Porque não temos que lutar contra carne e sangue; mas, contra os principados e potestades, contra os príncipes das trevas deste século, contra as hostes espirituais da maldade, nos lugares celestiais.” Cap 6;12

Embora, nos anjos fiéis possa ter ficado resquícios de dúvidas, quando a oposição fez seu “comício libertário” prometendo-lhes mais vantagens sob novo governo; (Pela multidão das tuas iniquidades, pela injustiça do teu comércio profanaste os teus santuários... Ez 28;18) não obstante isso, digo, como o temor do Senhor é o princípio da sabedoria e eles se mantiveram nele é mais lógico concluir que quem aprende sobre a Sabedoria Divina observando a igreja sejam as potestades caídas.

Ora, se eles vivendo num paraíso perfeito, em plenitude de felicidade e bonança não resistiram ao “canto da sereia” do “Querubim Cobridor” deve-lhes ser humilhante assistir a tantos mártires que preferem deixar suas cabeças ser cortadas a negarem sua fé; isso, vivendo num mundo mau, de privações, restrições.

A cada bravo desses que diz um sonoro não! A Satã e um digno Sim! ao Eterno, além de um ato de justiça, concomitante há uma aula de fidelidade, honra, lealdade, valor que, as ditas potestades, tardiamente aprendem.

Quando o mesmo Paulo ensina que “Deus escolheu as coisas fracas para confundir às fortes” seu escopo inicial é puramente humano; O Santo não escolheu homens doutos, sábios, nem ricos; mas, pegou aos “que não são”; isso, porém, guindado ao nível das tais potestades faz ainda mais diáfana a lição sobre quão obtusos foram ante à sedução, e quão precioso é O Eterno que de coisas fracas faz joias, como o tempo faz diamantes de carvão.

Quando falo de igreja como embaixada do Reino dos Céus, contudo, refiro-me à genuína que será aprovada na vinda do Senhor; os fiéis entre todas as denominações.

Porque, infelizmente, muito do que se diz igreja por aí, olhando para sua atuação as potestades das trevas aprendem a ser piores do que são, pois os homens profanos conseguem a proeza de superar os demônios em maldade.

Judas alertou; “... estes, semelhantemente adormecidos, contaminam sua carne, e rejeitam a dominação; vituperam as dignidades. Mas, o arcanjo Miguel, quando contendia com o diabo, e disputava a respeito do corpo de Moisés, não ousou pronunciar juízo de maldição contra ele; mas disse: O Senhor te repreenda. Estes, porém, dizem mal do que não sabem; naquilo que naturalmente conhecem, como animais irracionais se corrompem.” Vs 8 a 10 A peleja de dois grandes com certo respeito, malgrado, os lados diametralmente opostos.

Outros superam-nos, engajadamente negando a existência de Deus. Gastam tempo e esforços para escrever tratados ateus para a negação do óbvio; os demônios não são ateus; “Tu crês que há um só Deus; fazes bem. Também os demônios creem, e estremecem.” Tg 2;19

Mas, diria alguém: Eles viram a Deus. Nós também, tanto quanto possível; o suficiente para crermos; “Porque Suas coisas invisíveis, (de Deus) desde a criação do mundo, tanto Seu Eterno Poder, quanto Sua divindade, se entendem, e claramente se veem pelas coisas que estão criadas, para que eles (os ateus) fiquem inescusáveis;” Rom 1;20

Spurgeon disse que, se, após contemplar os céus, os astros em suas órbitas precisas, suas grandezas e as demais riquezas da criação, ainda assim, alguém se declara ateu, juntamente se declara imbecil e mentiroso. O salmista fez apreço semelhante, aliás: “Disse o néscio no seu coração: Não há Deus...” Sal 14;1


Contudo, lutar contra potestades não é exorcismo; disseminam cegueira onde dominam; nosso labor, dos que creem é desfazer os conselhos da mentira pela verdade; “Porque as armas da nossa milícia não são carnais, mas, poderosas em Deus para destruição das fortalezas; destruindo conselhos, e toda altivez que se levanta contra o conhecimento de Deus; levando cativo todo entendimento à obediência de Cristo;” II Cor 10;4 e 5


Se, conhecimento de Deus, agora, até eles aprendem observando os fiéis, uma coisa podemos que eles não podem; alinhar nosso entendimento à obediência de Cristo. Nele; só Nele pisaremos serpentes e escorpiões...

domingo, 11 de agosto de 2019

Divino Cansaço

“Não sabes, não ouviste que o Eterno Deus, o Senhor, o Criador dos fins da terra, não se cansa nem se fatiga? É inescrutável Seu entendimento.” Is 40;28

Se, Deus não se cansa, como diz que Ele criou o mundo em seis dias e descansou no sétimo? Essa foi uma das perguntas de certo ateu, nas quais, meditando eu me tornaria ateu também, segundo ele.

Deparou com uma “contradição” Bíblica; logo, a Palavra seria mentirosa. Na verdade encontrei muitas contradições nas falas dele, nem por isso assumiu-se como mentiroso, antes, arvorou-se em sábio.

Há métodos literários especiais nas Escrituras, que a boa hermenêutica ocupa-se de interpretar; parábolas, símiles, metáforas, alegorias; se, não forem entendidos corretamente farão de nós consortes da “teologia” de Nicodemos; ao falar-lhe O Salvador sobre a necessidade de nascer de novo cogitou voltar ao ventre materno. Levou a figura ao pé-da-letra.

O cansaço no texto de Isaías atina à limitação de forças mesmo; basta ver o contexto; “Dá força ao cansado, multiplica forças ao que não tem nenhum vigor. Os jovens se cansarão e fatigarão; os moços certamente cairão; mas os que esperam no Senhor renovarão as forças...” 29 a 31 Assim, O Eterno não apenas não se cansa, como ainda renova e levanta ao cansado.

Deus por Ser Espírito não sofre as limitações físicas; sofreu-as Jesus, quando se fez carne. Teve fome, sede, cansou. Mas, em Sua Essência Divina desconhece-as; elas são muito nossas.

O cansaço no prisma metafísico tem mais a ver com preocupações, incompletude de projetos cuja conclusão instiga o ser, ou, culpas cujos reflexos pesam à alma.

Dessas O Salvador ofertou descanso em Sua Bendita Pessoa: “Vinde a mim, todos que estais cansados e oprimidos, Eu vos aliviarei. Tomai sobre vós o meu jugo, e aprendei de mim, que sou manso e humilde de coração; encontrareis descanso para vossas almas.” Mat 11;28 e 29

Se fosse descanso físico jamais traria um jugo consigo. O Jugo de Jesus, (submissão) é que dá descanso às almas, malgrado os pesos eventuais que o corpo tenha que sofrer.

Quando se diz que Deus descansou no sétimo dia, significa que viu completa Sua Obra, perfeita; não faltando mais nada para fazer deu-se a contemplar o que fizera e vira que era “muito bom”. Assim, Seu “descanso” não tinha a ver com recuperar forças; antes, com cessar algo, por vê-lo acabado.

Na maioria das vezes o “Trabalho de Deus” não assoma num lapso de coisas por fazer, antes, na sujeira excessiva de coisas feitas. “... me deste trabalho com os teus pecados; cansaste-me com tuas iniquidades.” Is 43;24

Uma vez mais algo que cansa a Deus, no sentido de irritar, aborrecer. Um vídeo como o que o sujeito gravou vomitando uma série de blasfêmias, mentiras, e tolices derivadas do inchaço carnal e cego dá trabalho ao Santo; exige o devido contraponto para que o vilipêndio à honra e a afronta à verdade não se estabeleçam como verazes.

Depois de ter trabalhado para criar tudo Perfeito, O Eterno trabalha para desfazer os ataques da oposição, que, por incapaz de fazer fogo com a própria lenha; digo, de criar algo, ocupa-se em deturpar e usurpar ao que O Altíssimo criou. “... Meu Pai trabalha até agora, e Eu trabalho também.” Jo 5;17

Cheia está a Palavra de “contradições pra cegos”, pois o “Temor do Senhor é o princípio do Saber” Prov 1;7 “Não há sabedoria, inteligência, nem conselho contra o Senhor.” Prov 21;30

O sujeito pode encher sua boca de língua, escrever ou falar muitas coisas “lógicas”; contudo, se, seu fito for opor-se à Sabedoria, necessariamente será só um monte de feno seu tratado do qual se orgulha. “... Eis que em vão tem trabalhado a falsa pena dos escribas. Os sábios são envergonhados, espantados, presos; eis que rejeitaram a palavra do Senhor; que sabedoria, pois, têm?” jr 8;8 e 9

Por outro lado, aos que aceitam Sua instrução e observam a coisa muda; “...se aceitares minhas palavras... Então entenderás o temor do Senhor, acharás o conhecimento de Deus. Porque o Senhor dá a sabedoria; da sua boca é que vem o conhecimento e o entendimento.” Prov 2;1, 5 e 6

Enfim, não há contradição alguma na Palavra para quem conhece o dialeto dos Céus. Quem ainda não se converteu precisa passar das trevas para a Luz; depois, poderá entender paulatinamente o santo idioma.

“São justas todas as palavras da minha boca: não há nelas nenhuma coisa tortuosa nem pervertida. Todas elas são retas para aquele que as entende bem; justas para os que acham o conhecimento. Aceitai a minha correção, não a prata; e o conhecimento, mais do que o ouro fino escolhido.” Prov 8;8 a 10

sábado, 17 de junho de 2017

Anjos e animais

“Ouvi, ó céus, dá ouvidos, ó terra; porque fala O Senhor: Criei filhos, os engrandeci; mas, eles se rebelaram contra mim. O boi conhece seu possuidor, o jumento a manjedoura do seu dono; mas, Israel não tem conhecimento, meu povo não entende.” Is 1;2 e 3

A situação de Deus no prisma governamental; O Senhor; Sua Obra; “criei filhos”, Criador; Seu afeto; “os engrandeci”; abençoador. A humana resposta; rebelião; “se rebelaram contra mim”; a consequência da rebelião; ignorância; os animais entendem o que lhes concerne, mas, “meu povo não entende.”

A ideia de que possamos lograr distinguir valores sem O Criador foi sugestão do traíra; “Sabereis o bem e o mal”. Não que incrédulos sejam privados de neurônios, antes, muitos ateus têm intelectos brilhantes nas coisas seculares. Sua cegueira se manifesta quando o escopo é espiritual.

Visão aí não deriva de estudo, preparo mental, antes, de revelação; essa deve-se à Divina escolha, que, invés de premiar “talentosos”, o faz em função do caráter reto e submisso: “Temor do Senhor é o princípio do conhecimento...” Prov 1;7 e, “Ele reserva a verdadeira sabedoria para os retos. Escudo é para os que caminham na sinceridade”, 2;7

Jeremias o profeta, cansado de falar às paredes imaginou que os periféricos da sociedade de então eram loucos incapazes de entender as justas demandas do Eterno; aí, decidiu que falaria aos da elite, pois, pensou, entenderiam. “Deveras estes são pobres; loucos; pois, não sabem o caminho do Senhor, nem o juízo do seu Deus. Irei aos grandes, falarei com eles; porque eles sabem o caminho do Senhor, o juízo de Deus; mas, estes juntamente quebraram o jugo, romperam ataduras.” Jr 5;4 e 5

Assim, embora a sociedade tivesse distinções entre grandes e pequenos, no prisma espiritual estavam no mesmo nível; por baixo, em rebelião.

Mesmo que muitos tentem fundir febres políticas ao cristianismo, como se fosse um convite aos pobres, porta fechada aos ricos, O Evangelho não se apresenta assim. Ricos creram: Mateus, Zaqueu, Nicodemos, José de Arimatéia... foram perdoados, salvos; todos os pobres de então, que seguiram na rebelião, pereceram; pois, o aferidor da salvação é crer e obedecer, independe da condição social.

Quando, no Sermão do Monte O Salvador disse: “Bem aventurados os pobres de espírito” prometendo-lhes o Reino, basta ler com atenção para ver que tipo de “pobreza” era; espiritual. Qualquer que reconhece suas carências nessa área e submete-se a Quem pode o suprir, Deus; é um desses.

Paulo era uma sumidade cultural da época; sabia tudo das Escrituras existentes, falava hebraico, grego, latim; entretanto, não confiava em seu cabedal cultural para as coisas espirituais. “.. minha pregação, não consistiu em palavras persuasivas de sabedoria humana, mas, demonstração de Espírito e poder.” I Cor 2;4

As coisas mundanas, pois, dissera sem valor para as eternas; “Porque está escrito: Destruirei a sabedoria dos sábios, aniquilarei a inteligência dos inteligentes. Onde está o sábio? Onde está o escriba? Onde está o inquiridor deste século? Porventura não tornou Deus, louca, a sabedoria deste mundo? Visto como na sabedoria de Deus o mundo não O conheceu pela sua sabedoria, aprouve a Deus salvar os crentes pela loucura da pregação.” Cap 1;19 a 21

Assim, mesmo sabendo muito, reconhecia-se carente de luz, pedia orações à igreja para que soubesse o que falar. “Orando também juntamente por nós, para que Deus nos abra a porta da palavra, a fim de falarmos do mistério de Cristo, pelo qual estou também preso; para que manifeste, como convém falar.” Col 4;3 e 4

Se, o homem em rebelião como vimos, sabe menos sobre seu lugar, que os animais; em submissão, dependência do Espírito Santo é “engrandecido”; funcionalmente equiparado aos anjos, à medida que, é feito também mensageiro Divino. Assim foi Isaías; foram tantos profetas, e inda são os servos fiéis atuais.

Claro que há muitos “anjos caídos” por aí operando seus “prodígios da mentira” tentando desviar aos salvos. Todavia, o portento que demanda atenção dos Céus e da Terra, é o Falar do Senhor, não os artifícios do maligno. É A Palavra, não os profetizadores de Tsunamis que fazem cair fogo dos céus, como o David Ouwor e genéricos que nos conduz.

Nesse “apartheid” não há grandes nem pequenos; há submissos e rebeldes; salvos e perdidos. Uns, malgrado, a encenação, sabendo menos que animais; outros, com ou sem cultura, sendo os dóceis animais que Deus preza; ovelhas.

Embora, misturados, não miscigenados; O Senhor, no Seu tempo fará a devida distinção. “E todas as nações serão reunidas diante dele, e apartará uns dos outros, como o pastor aparta dos bodes as ovelhas.” Mat 25;32

Naquele dia a escolha será do Senhor; por ora, inda é nossa. De que lado ficaremos?

sexta-feira, 3 de março de 2017

A Obra; as obras

...Que faremos para executar as obras de Deus? Jesus respondeu: A obra de Deus é esta: Que creiais naquele que Ele enviou.” Jo 6;28 e 29

Os interlocutores do Senhor se dispunham a um trabalho plural; “obras de Deus.” Entretanto, foi apresentado um desafio singular. “A Obra de Deus é Esta: Que creiais...” Isso deve ter facilitado as coisas, ou não?

Bem, tendemos a ser varejistas, onde O Criador é Atacadista. Digo, Ele trata primeiro coisas mais relevantes, num prisma geral; depois, as menores, no particular. Assim, quando João Batista apresentou O Messias, o fez, nesses termos: “Eis o Cordeiro de Deus que tira o pecado do mundo!” Notemos a singularidade uma vez mais; “O pecado”.

Uma série inumerável de pecados acontece a cada segundo num mundo tão autônomo, despido de valores como esse; contudo, o que estava em jogo na Cruz de Cristo, era o pecado da rebelião contra O Domínio de Deus; a independência sugerida pelo traíra. Qualquer que, ouvindo a Boa Nova se arrependa e confesse, deixa “O pecado”, da rebelião, embora, ainda cometa muitos pecados.

O convertido reconhece o Senhorio do Eterno, pois, mesmo estando inda refém, pelo hábito, dos pecados, o pecado da autonomia, já foi deixado. O abandono gradativo dos erros, o processo de santificação, é algo que, nos acompanha por toda a vida.

Do ponto de vista de Deus, a questão do pecado está resolvida; tanto que, ao vencer, O Salvador disse: “Está consumado!” Porém, no tocante a cada um de nós, toda vez que erramos o alvo, restam pendências espirituais, que mediante nosso Advogado, precisamos dirimir. “Se confessarmos os nossos pecados, ele é fiel e justo para nos perdoar e purificar de toda a injustiça.” I Jo 1;9

Dito isso, a questão da Obra e das obras segue rumo paralelo. A Bíblia não chama uma boa obra do ímpio, de má; antes, de obra morta, uma vez que, assim está espiritualmente seu protagonista. 

Outro dia deparei com uma zombaria de ateus escarnecendo do que chamaram de “lógica cristã”, onde, um de vida torta, más obras, se converteu perto da morte e foi salvo; outro, de muitas boas obras, morreu e se perdeu “apenas” por ser ateu.
A ignorância prudente até posa de sábia, à sombra do silêncio; mas, quando perde a modéstia, se faz engajada nas suas trevas, invariavelmente cai no ridículo.

Sua ênfase era tal, que pareciam ter achado nosso “Tendão de Aquiles.” Ora, obras só contam depois “da Obra”; “que, creiais naquele que Deus enviou.” Esse passo, transporta da morte para vida, e, vivendo, devemos sim, praticar boas obras, como testemunho da regeneração, não, como meio de patentear pretensa justiça própria. “Porque pela graça sois salvos, por meio da fé; isto não vem de vós, é dom de Deus. Não vem das obras, para que ninguém se glorie; porque somos feitura sua, criados em Cristo Jesus para as boas obras, as quais, Deus preparou para que andássemos nelas.” Ef 2;8 a 10

A implicação da incredulidade é blasfema, pois, equivale a chamar Deus de mentiroso. Por isso, os incrédulos são vistos em companhia de outros não muito recomendáveis, vejamos: “Mas, quanto aos tímidos, incrédulos, abomináveis, homicidas, fornicadores, feiticeiros, idólatras e a todos os mentirosos, sua parte será no lago que arde com fogo e enxofre; o que é a segunda morte.” Apoc 21;8

Em Cristo, a Obra de Deus propõe um segundo nascimento, ou, novo nascimento, “da água, (Palavra) e do Espírito;" mas, os que recusam crer preservam a atual morte espiritual, e rumam à segunda morte, a separação eterna do Criador.

Se, o prisma é a lógica, e, a sentença pelo pecado, a morte, me soa cristalinamente lógico, que, enquanto o pecado não for tratado pela “Obra de Deus”, estejam necessariamente mortas, as melhores obras humanas. Após a conversão, até dar um copo d’água terá galardão.

Enquanto incrédulos recusam O Dom de Deus, recebem compulsoriamente Sua Justiça. “Porque o salário do pecado é a morte, mas, o dom gratuito de Deus é a vida eterna, por Cristo Jesus nosso Senhor.” Rom 6;23

Cornélio, o romano, tinha muitas obras boas, entretanto, não bastaram para que fosse salvo; Pedro foi enviado a ele, para que anunciasse Jesus. Ele creu; foi salvo.

É possível que um morto bem maquiado tenha melhor aparência que um maltrapilho, sujo. Porém, esse está vivo. Assim, o que crê, por ruim que seja seu pretérito, recebe o presente da vida; o incrédulo por boas que tenham sido suas ações, rejeitando “A Obra de Deus”, trai a si mesmo. O Túmulo de mármore ainda é um túmulo.

Ninguém eleva-se do solo puxando os próprios cabelos; “sem mim, - disse O Salvador - nada podeis fazer”.

domingo, 15 de maio de 2016

A vontade engana

Fez notórios seus caminhos a Moisés, os seus feitos aos filhos de Israel.” Sal 103;7

Há uma grande diferença entre as coisas como são, e como vemos. Daí, se diz, que as aparências enganam, embora, às vezes o engano verta de outra fonte.  Se tratando de coisas espirituais, sobretudo, as pessoas tendem a ver a partir da vontade. Noutras palavras: Veem o que querem ver. Por exemplo: Quantos ateus, que não tendo um exemplo sequer de uma espécie sendo transmudada em outra, ainda assim, “veem” como plausível a Teoria da Evolução, pois, não conseguem “ver” Deus através da criação, ou, da Palavra?

A mesma Palavra ensina que tal “cegueira” é voluntária; invés de os inocentar, aumenta-lhes a culpa. “Porque as suas coisas invisíveis, desde a criação do mundo, tanto, seu eterno poder, quanto, sua divindade, se entendem, claramente se veem pelas coisas que estão criadas, para que eles fiquem inescusáveis; porquanto, tendo conhecido a Deus, não o glorificaram como Deus, nem lhe deram graças, antes, em seus discursos se desvaneceram, seu coração insensato se obscureceu. Dizendo-se sábios, tornaram-se loucos.” Rom 1;20 a 22 Viram Deus, entretanto, preferiram a escuridão, a insensatez.

O texto do Salmista ensina que, tanto os feitos, quanto, os caminhos do Senhor, foram notórios, isto é, fáceis de perceber. Contudo, o fato de que algo é fácil de perceber, compreender, são significa que é igualmente fácil de executar. Tanto que, os caminhos do Senhor no Êxodo, levavam Israel de encontro a combates, depois, dada a rebelião, incredulidade, dos que temeram lutar, como se a vitória derivasse deles, não, do Senhor, posto isso, digo, os caminhos retiveram a nação no deserto por quarenta anos, antes de ingressar na terra prometida. A geração que fora liberta para caminhar rumo à promessa, se viu caminhando em círculos, a espera da morte, por ter blasfemado contra Seu Libertador.

As promessas Divinas são imutáveis no que tange a Ele, Sua Fidelidade, Seu Caráter; no que diz respeito a nós, condicionais; dependem de nossas respostas, nos quesitos, crer, e obedecer à Vontade do Eterno.

Nossa covardia comodista anseia facilidades, a sobriedade necessária dos “Caminhos do Senhor” nos desafia às responsabilidades. E muitos, para fugir dessas, falseiam as coisas, turbam a própria visão, como se, ao fingirem não ver claramente o dever, fossem eximidos da culpa, pela eventual omissão em cumpri-lo.

Muitas declarações de fé feitas em cenário de “tempo bom” não passam de coloridas esperanças que, as facilidades circunstanciais permaneçam indefinidamente. Essa “fé” sazonal, a rigor, não é fé; hipocrisia conveniente do bobalhão que trai a si mesmo.
Embora viceje uma geração de pregadores festeiros que faz parecer que a “avenida da fé” é um amplo espaço de conquistas, a Palavra sempre advertiu que se trata de adstrita vereda, dever, responsabilidade. “Entrai pela porta estreita; porque larga é a porta, espaçoso o caminho que conduz à perdição; muitos são os que entram por ela; porque estreita é a porta, apertado o caminho que leva à vida, poucos há que a encontrem.” Mat 7;13 e 14

O mundo vive seu porre dos direitos, todos os comportamentos, faixas etárias, mas, ante Deus, a senda do dever se requer como aprendizado desde a infância: “Ensina o menino no caminho que deve andar; até quando envelhecer, não se desviará dele.” Prov 22;6

Se, por um lado é certo que, aquele que deveras não vê, conta com certa misericórdia, pois, “...Deus não toma em conta os tempos da ignorância”, por outro, não menos certo é que, a maioria finge não saber o que sabe, para não abrir mão do gosta.

Sua “cegueira” deriva de uma vontade rebelde que acostumou ao prazer na maldade, e disso não abre mão, prefere o escuro. “A condenação é esta: Que a luz veio ao mundo, os homens amaram mais as trevas que a luz, porque as suas obras eram más. Porque todo aquele que faz o mal odeia a luz, não vem para a luz, para que suas obras não sejam reprovadas. Mas, quem pratica a verdade vem para a luz, a fim de que as suas obras sejam manifestas, porque, são feitas em Deus.”Jo 3;19 a 21

Uns assim, como aqueles do Êxodo, recusam o combate, ( cruz ) duvidam da fidelidade e bondade de Deus, também andam em círculos no deserto da vida, a espera de uma morte sem esperanças. Daquela geração, entraram Josué e Calebe, dois que creram, apenas; da nossa, dentre os muitos convidados, uma minoria de escolhidos, infelizmente.


Os caminhos do Senhor são notórios, mas, pouco influi a Luz, ante quem aprendeu amar as trevas. “Suave é ao homem o pão da mentira, mas, depois a sua boca se encherá de cascalho.” Prov 20;17

quinta-feira, 8 de janeiro de 2015

Espíritos de porco



“Perguntou-lhe: Qual é o teu nome? Lhe respondeu, dizendo: Legião é o meu nome, porque somos muitos. E rogava-lhe muito que os não enviasse para fora daquela província. Andava ali pastando no monte uma grande manada de porcos. E todos aqueles demônios lhe rogaram, dizendo: Manda-nos para aqueles porcos, para que entremos neles. E Jesus  permitiu. Saindo aqueles espíritos imundos, entraram nos porcos; e a manada se precipitou por um despenhadeiro no mar (eram quase dois mil) e afogaram-se no mar.” Mc 5; 9 a 13 

O Senhor estava libertando a um cativo de Satanás, na região de Gádara. Um breve diálogo com o espírito líder da legião expõe algumas facetas em que os demônios superam aos humanos, para vergonha nossa. Eles creem em Deus; sabem quem Ele é; e em Sua presença, rogam, ou seja, fazem oração. 

Quantos ateus há por aí? Milhares que ignoram quem é o Senhor? E outros tantos que sequer fazem uma oração, por breve que seja? 

Uma coisa fica evidente nesse incidente: Os porcos estavam sossegados em sua busca de alimento; se, destrambelharam precipício a baixo, foi por ação dos espíritos maus que neles entraram. Digamos que, uma vez derrotados, resolveram “sair atirando”. Causar um grande prejuízo aos criadores, pra indispô-los como o Salvador. 

Talvez, desse acontecimento tenha derivado a expressão: “Espírito de porco”, para denunciar alguém cujas intenções são más.  Animais, não têm espírito, apenas, almas; daí, animais; então quando um porco “tem espírito”, trata-se de um possesso. 

Não que o inimigo tenha dado um “nó tático” no Mestre; longe disso! Ficou claro que, a ação de destruição dos porcos partiu dele, que, pelo visto, nem era assim tão inimigo dos gadarenos, uma vez que coabitavam sem estresse. 

Se, é vero que, ante O Senhor satanás fez uma súplica, também o é que, os homens do lugar fizeram igualmente.  “Foram ter com Jesus, e viram o endemoninhado que tivera a legião, assentado, vestido e em perfeito juízo, e temeram. Os que aquilo tinham visto contaram-lhes o que acontecera ao endemoninhado, e, acerca dos porcos. Começaram a rogar-lhe que saísse dos seus termos.” VS 15 a 17  

Viram a restauração de um que fora reputado louco e souberam da perda dos porcos; então pediram que o Senhor fosse embora.  Talvez a oração mais estúpida de toda a Bíblia. Porcos eram considerados animais imundos para os judeus, portanto, O Senhor não se importou com eles, ainda quê, o dano foi feito pelo inimigo; mas, a alma daquele cativo sofredor, contou com os cuidados do Mestre, pois, disse, uma alma salva vale mais que o mundo inteiro perdido. 

Ao rogarem o afastamento de quem tal obra fizera, implicitamente disseram: Deixe satanás em paz, e a nós também; vá embora! O Senhor foi. Num ambiente em que porcos valem mais que uma vida humana, O Salvador não tem trabalho a fazer. 

Aliás, se há uma coisa que a presente geração, pouco, ou nada sabe, é aquilatar devidamente o valor das coisas. Estobeu, o pensador pré-socrático dizia: “Os asnos preferem palha ao ouro.” Isso levado ao pé da letra está pleno de sentido. O que fariam, os tais, com o ouro? Com a palha, óbvio; alimentam-se. 

Mas, se os “asnos” em questão não são quadrúpedes, nem palha e ouro, o são, literalmente, então temos uma escolha do fútil em detrimento do precioso. 

Acontece que, o filósofo, o pensador, o homem espiritual é sisudo como um dobermann, grave como um Faraó; e a galera prefere a brejeirice de um guaipeca; e leveza do fútil, a fugacidade do pueril. 

O hedonismo desenfreado faz com que os chamados de Sophia pareçam pedras no caminho. Ponderar escolhas, prever consequências é coisa de velho; o negócio é “curtir”. 

Muitos se perdem antes da maturidade, dadas as suas escolhas infelizes; outros envelhecem sem amadurecer, com seus corpos sarados e almas atrofiadas, famintas.  A escravidão dos maus hábitos endurece o barro, passado o tempo em que poderia ser moldado; e, em muitos casos, a alma sedenta “se vinga”. Digo; passou sede, maus tratos por largo tempo enquanto o corpo se esbaldava; então, ela tece a teia da depressão e antecipa o jazigo de um corpo que ainda respira.

O Senhor se aproxima de muitas maneiras; mesmo, numa mensagem como essa; mas, ao escolher ignorá-lO, a galera faz a mesma escolha patrocinada, então, pelos “espíritos de porco”; Se esses são violentos e possuem na marra aos que puderem, Cristo é pacífico, fala de seu amor e espera nossa reação.

Ocorre-me uma frase de Baudellaire: “Conheço muitos que não puderam quando queriam, - disse – porque não quiseram quando podiam.” As consequências são a crítica do tempo; nossas escolhas, a obra que ele vai criticar.

terça-feira, 28 de outubro de 2014

Seria Francisco um falso profeta?



“Simeão os abençoou, e disse a Maria, sua mãe: Eis que este é posto para queda e elevação de muitos em Israel, para sinal que é contraditado (E uma espada traspassará também a tua própria alma); para que se manifestem os pensamentos de muitos corações.” Luc 2; 34 e 35 

Essa apresentação do menino Jesus tem alguns pontos dignos de realce. Além da absoluta liberdade de expressão; onde diz que a dor transpassaria sua mãe qual espada, “para que se manifestem os pensamentos de muitos corações”; era um divisor extremamente radical.   

O Messias não viria forjar equilíbrio, antes, ruptura. Queda, ou, elevação.  Não há uma terceira via. 

Isso exclui cabalmente aos mornos que tentam “agradar a Deus e ao diabo”. Enquanto para este meia verdade já basta, ante Deus, nada menos que santidade. “Segui a paz com todos, e a santificação, sem a qual ninguém verá o Senhor;” Heb 12; 14  

Aliás, o Senhor disse à igreja de Laodicéia:  “Conheço as tuas obras, que nem és frio nem quente; quem dera foras frio ou quente! Assim, porque és morno, não és frio nem quente, vomitar-te-ei da minha boca.” Apoc 3; 15 e 16 

Tiago amplia em quê consiste; duplicidade de ânimo. “Adúlteros e adúlteras, não sabeis vós que a amizade do mundo é inimizade contra Deus? Portanto, qualquer que quiser ser amigo do mundo constitui-se inimigo de Deus.” Tg 4; 4  

O Salvador foi além, disse que o aplauso do mundo soa abominável ante o Eterno. “...Vós sois os que justificais a vós mesmos diante dos homens, mas Deus conhece vossos corações, porque o que entre os homens é elevado, perante Deus é abominação.” Luc 16; 15

Quando o “primeiro Papa” teve que escolher entre Deus e os homens, ameaçado por açoites, não teve dificuldade: “Porém, respondendo Pedro e os apóstolos, disseram: Mais importa obedecer a Deus do que aos homens.” Atos 5; 29   

É que deparei com uma reportagem, onde, o Papa atual defende que as teorias do Big Bang e da Evolução são verdadeiras. “... Francisco criticou quem interpreta a Bíblia achando que Deus agiu como "um mago, com uma varinha mágica capaz de criar todas as coisas"...– A evolução da natureza não é incompatível com a noção de criação, pois exige a criação de seres que evoluem – explicou o pontífice...” ( Clic RBS )  

Basta ler os comentários para constatar que a maioria  achou bacana, aplaudiu; ateus, sobretudo.  Portanto, aquele “lapso” de Jesus vir para queda ou elevação foi “corrigido” com o surgimento de um portento mais “equilibrado”. 

Se o líder da maior religião que afirma ter a Bíblia como regra de fé e prática permite tais “interpretações”, o que mais virá? Precisamos da Palavra  ainda, ou, nós mesmos decidiremos o “bem e o mal”?   

Afinal, aquele livro contém alguns relatos mais, tipo, abertura do mar vermelho; terra que engoliu vivas as famílias de Datã Coré e Abirão; o episódio da água da rocha;  sol detendo-se à oração de Josué, etc. coisas que o Criador teria que ser um Deus, para tê-las feito... 

Possivelmente seguir crendo nisso nos indisporá com ateus, cientistas. Ora, só procura puxar o saco de ímpios quem sabe-se alienado de Deus; quem está em comunhão com o Santo, a serviço de Sua causa fala Sua Palavra; exorta pecadores ao arrependimento.

Os que não fizeram isso, malgrado a religiosidade foram denunciados como falsos mediante Jeremias. Não mandei esses profetas, contudo eles foram correndo; não lhes falei, contudo, profetizaram. Mas, se tivessem estado no meu conselho, então teriam feito meu povo ouvir  minhas palavras; e o teriam feito voltar do seu mau caminho, da maldade das suas ações.” Jr 23; 21 e 22 

Outra matéria lincada na mesma diz que, O papa Francisco quer que os bispos de todo o mundo debatam "com total liberdade o novo modelo de família...” 

Um profeta de Deus não procura endossar famílias “alternativas”, antes, embora respeitando  pessoas envolvidas deve adverti-las que isso é um erro grave ante o Santo. Se, não derem ouvidos, a culpa, por eventual perdição não será do profeta, simples assim. 

Se Jesus Menino foi anunciado como radical, o Senhor ressuscitado não fez diferente; “Quem é injusto, faça injustiça ainda;  quem está sujo, suje-se ainda; quem é justo, faça justiça ainda; quem é santo, seja santificado ainda.” Apoc 22; 11 

O poder político depende de apoio humano; um profeta autêntico descansa na Sabedoria e Poder Divinos; e se faz tão radical quanto Deus. “...e se apartares o precioso do vil, serás como a minha boca; tornem-se eles para ti, mas não voltes tu para eles.” Jer 15; 19

Estaria eu insinuando, com isso, que Francisco é um falso profeta? Não. Estou afirmando categoricamente!


terça-feira, 30 de setembro de 2014

Despenseiros fabulosos



”Desviarão os ouvidos da verdade, voltando às fábulas. Mas tu, sê sóbrio em tudo, sofre as aflições, faze a obra de um evangelista, cumpre teu ministério. Porque já estou sendo oferecido por aspersão de sacrifício, o tempo da minha partida está próximo.” II Tim 4; 4 a 6 

É parte da constituição humana a faceta espiritual; ninguém pode se evadir. Disse certo pensador cristão que temos dentro de nós um vazio com o formato de Deus; só Ele pode preencher. Tendo O Eterno nos criado para a comunhão consigo, seria de se esperar que fosse assim. 

Muitas vezes nos questionam: Se Deus é Um só, por que tantas religiões?  Porque acossados por esse vazio interior, homens que não conhecem a Deus e Sua palavra tentam preencher com um simulacro qualquer; inventam ídolos, ritos, crenças. 

Desse modo, a neutralidade plena como pretendem alguns é impossível. Os que se dizem ateus, sem crença, fazem disso sua crença e defendem com unhas e dentes, de modo que se endeusam prenhes de si mesmo; precisam mais esforços para negar, que os crentes pra confiar em Deus. Pois, nesses, o “encaixe” é melhor dada a adesão perfeita entre continente e contingente. Digo; o espaço reservado para Deus, neles, é preenchido justo, por Deus. 

Assim, se alguém abdica da fé, fatalmente colocará algo no lugar de modo a não sentir-se vazio espiritualmente. Os denunciados por Paulo no texto inicial deixaram a verdade e passaram a crer em fábulas.  Trocaram o precioso pelo vil, ficaram com algo falso no lugar. 

Assim fazem todos os que abdicam da fiel interpretação da Palavra e dão espaço às conveniências humanas. 

Israel no Velho Testamento, não raro, deixava de obedecer a Deus e cultuava ídolos; aliás, desde o início da relação temos essa distorção; vide, o grotesco e blasfemo bezerro de ouro. 

Nos dias de Jeremias o Eterno reiterou a denúncia do “mau negócio” que insistiam em fazer. “Espantai-vos disto, ó céus, horrorizai-vos! Ficai verdadeiramente desolados, diz o Senhor. Porque o meu povo fez duas maldades: a mim deixaram, manancial de águas vivas; e cavaram cisternas, cisternas rotas, que não retêm águas.” Jr 2; 12 e 13  Como há alegria nos Céus por um pecador que se arrepende, causa horror, espanto, outro que, tendo conhecido a Deus, troca-O por algo vil. 

Podemos inferir da exortação, que o apóstolo equaciona esses “negociantes” com embriagados, pois, diz; “Mas, tu, sê sóbrio...”  Assim como a embriagues deriva de ingestão excessiva de álcool, os sentidos espirituais entorpecem paulatinamente se ouvimos com frequência pregadores “liberais” que, com o fito de agradar aos ouvintes fazem concessões que a Palavra não faz. 

Do obreiro não se espera que seja “legal”, antes, fiel. “Que os homens nos considerem como ministros de Cristo,  despenseiros dos mistérios de Deus. Além disso, requer-se dos despenseiros que cada um se ache fiel.” I Cor 4; 1 e 2 

Claro que a fidelidade a Deus gera rejeição no mundo e até, dentro da igreja. Mas, Paulo foi enfático. “...sofre as aflições, faz a obra de um evangelista, cumpre teu ministério.” 

O apóstolo deixou instruções graves, precisas, como que, passando o bastão a outro numa corrida de revezamento 4 x 100. Seus cem metros foram cumpridos com fidelidade, e, era a vez de Timóteo correr. “Porque eu já estou sendo oferecido por aspersão de sacrifício, o tempo da minha partida está próximo.” V 6
Queria ele, pois, comunicar o mesmo que recebera, sem espaço pra mistificações, inserções, fábulas... 

Uma brincadeira que, acredito, muitos conhecem chamada telefone sem fio serve para ilustrar isso. Brincávamos no colégio; consistia em, um aluno, o primeiro da fila, dizer uma palavra qualquer ao que estava atrás, de forma quase inaudível; aquele se voltava para o seguinte e dizia o que pensava ter ouvido e assim sucessivamente até ao último. As distorções eram enormes. Começava “andorinha” e terminava “martelo”. 

Tal qual essa diversão são as opiniões humanas. Nela, cada um repetia o que pensava ter ouvido; nas opiniões cada qual defende o que pensa ter entendido, mas, nem sempre entendeu deveras. 

Se a Bíblia fosse mero livro humano, como acusam uns, aliás, já a teríamos vertido igualzinha às nossas paixões mercê do “telefone sem fio” do tempo. 

Claro que, um despenseiro só pode dispor do que possui em depósito; se alguém o fizer de fábulas, será isso que servirá. Contudo, de seu discípulo Paulo esperava coisas melhores. “Ó Timóteo, guarda o depósito que te foi confiado, tendo horror aos clamores vãos, profanos; e às oposições da falsamente chamada ciência,” I Tim 6; 20   

Em suma, o bom depósito tanto nos mantém sóbrios contra a sedução das fábulas, quanto fortes em face à falsa ciência. Guardemos bem o nosso!