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sábado, 17 de outubro de 2015

Pena da morte

“Porventura não são poucos os meus dias? Cessa, pois, deixa-me, para que por um pouco tome alento. Antes que eu vá para o lugar de que não voltarei, à terra da escuridão, da sombra da morte; terra escuríssima, como a própria escuridão, terra... sem ordem alguma, onde a luz é como a escuridão.” Jó 10; 20 a 22

Vemos nesse fragmento de Jó, que ideia tinham, então, da morte. Sombra, escuridão, desordem, secura... se desse para evitar tão soturno destino...

A morte é uma abstração que usamos, contudo, para nomear frutos mui concretos. “A morte abestada acaba com a vida da gente”, como diria o Tiririca.

Fato de algo ser abstrato revela sua essência, não inexistência. Quantas coisas com tal natureza permeiam nossas vidas? Amor, ódio, fé, esperança, orgulho, humildade, etc. Todas existem, mas, não podem ser vistas em si mesmas; carecem o reflexo do “espelho” de nossas ações. Amiúde, motivações identificam, deveras, os atos, pois, mesmo esses, podem ser hipócritas; usar vestes nobres para disfarçar intentos vis.

Costumamos personificar as coisas abstratas facilitando a compreensão. A Palavra de Deus faz isso em relação à morte. Ela entra num ambiente, passa para outro: “Portanto, como por um homem entrou o pecado no mundo, pelo pecado a morte, assim, a morte passou a todos os homens por isso que todos pecaram.” Rom 5; 12

Vemos que essa entrada se deu em consórcio com o pecado; sua progressão atingiu todo gênero humano vide, a mesma parceria. Então, tornou-se rainha; “...a morte reinou desde Adão até Moisés, até sobre aqueles que não tinham pecado à semelhança da transgressão de Adão...” V 14 Até os que não afrontaram diretamente a Deus, como fizera Adão, herdaram o mesmo “salário” como diz adiante. “Porque o salário do pecado é a morte, mas, o dom gratuito de Deus é a vida eterna, por Cristo Jesus nosso Senhor.” Cap 6; 23

Vemos uma vez mais o consórcio nefasto, pecado e morte fazendo seus estragos. Se, valores abstratos são identificados ao espelho dos nossos atos, a morte não é em si, senão, reflexo das ações contra a Vida, Deus; noutras palavras, pecado. Pecado é o feitor; a morte, o feito. Se fosse possível alguém vencer ao primeiro, automaticamente venceria à segunda; suprimida a causa sumiria a consequência.

Falando nisso, a morte foi inconsequente ao “assalariar” Um que não merecia. Imaginemos, como ilustração, que Deus tenha dado corda a ela dizendo: “Reine à vontade sobre a raça caída, pague seu salário a cada um; contudo, se um dia matares a um inocente, um sem pecados; nesse dia, te condenarei à morte”.

Pedro interpretando ao Feito de Jesus lembra a impotência da morte para deter em seu reino um Vencedor. “Este que vos foi entregue pelo determinado conselho e presciência de Deus, prendestes, crucificastes, matastes pelas mãos de injustos; ao qual Deus ressuscitou, soltas as ânsias da morte, pois não era possível que fosse retido por ela;” Atos 2; 23 e 24

Deus anulou a sentença injusta da morte; colocou ao Inocente como Senhor sobre ela. Paulo ensina: “Porque convém que reine até que haja posto a todos os inimigos debaixo de seus pés. Ora, o último inimigo que há de ser aniquilado é a morte.” I Cor 15; 25 e 26

Como, pra remover uma sombra que nos atrapalha precisamos deslocar o corpo que a produz, para derrotar a morte é necessário vencer o pecado que lhe “dá vida”. “..havendo a concupiscência concebido, dá à luz o pecado; e o pecado, sendo consumado, gera a morte.” Tg 1;15

O nascer de novo em Cristo demanda identificação mediante arrependimento, com Sua morte, e à partir de então, mediante obediência, com Sua Vida. “Ou não sabeis que todos quantos fomos batizados em Jesus Cristo fomos batizados na sua morte? De sorte que fomos sepultados com ele pelo batismo na morte; para que, como Cristo foi ressuscitado dentre os mortos, pela glória do Pai, assim andemos nós também em novidade de vida.” Rom 6; 3 e 4

Vida, sempre foi o tema da mensagem do Salvador; jamais melhorias efêmeras, prosperidade material, promoção etc. “...quem ouve a minha palavra e crê naquele que me enviou, tem a vida eterna, não entrará em condenação, mas, passou da morte pra a vida.” Jo 5; 24

Qualquer outro ensino não passa de engano, erro de endereço; “...Por que buscais o vivente entre os mortos?” Luc 24; 5 

Além do rogo de Jó, pois, que ansiou o fim do “juízo” para que morresse, Deus enviou um Inocente, pra morrer em nosso lugar, matar a morte em nosso favor. A morte ainda vive, pra quem O ignora; os Seus, passaram do morte pra vida. Bendito seja!
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