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domingo, 5 de maio de 2019

A Dor da Salvação

“Vós fostes feitos nossos imitadores e do Senhor, recebendo a palavra em muita tribulação, com gozo do Espírito Santo.” I Tess 1;6

Os que pregam facilidades em busca de adesões, invés, do Evangelho por conversões deveriam meditar um tanto no verso acima. Os salvos feitos imitadores dos apóstolos e de Cristo nas tribulações, inda que, na esfera espiritual fruíssem gozo.

Seria perverso e estúpido imaginar que eles teriam feito o “trabalho sujo;” para nós seria só alegria. Não há dois tipos de salvos; perseguidos e festivos; estamos todos no mesmo barco.

“Amados, não estranheis a ardente prova que vem sobre vós para vos tentar, como se coisa estranha vos acontecesse; mas alegrai-vos no fato de serdes participantes das aflições de Cristo, para que também na revelação da sua glória vos regozijeis e alegreis. Se, pelo nome de Cristo sois vituperados, bem-aventurados sois, porque sobre vós repousa o Espírito da glória e de Deus...” I Ped 4;12 a 14 Primeiro a comunhão com os sofrimentos de Cristo; depois, com Sua Glória. O vinho melhor fica para o final.

Concorrem tribulações e gozo no Espírito Santo; a “contradição” é espelho das reações do inimigo, e de Deus, à nossa postura.

Na “sala de testes” o inimigo força-nos para ver se nos derruba; Deus permite tentações para acrescer têmpera à nossa fé, mas ajuda-nos. “Quando passares pelas águas estarei contigo; quando pelos rios, eles não te submergirão; quando passares pelo fogo, não te queimarás, nem a chama arderá em ti.” Is 43;2

O que seria o gozo espiritual em meio às tribulações, senão, o selo da aprovação de Deus quando damos passos certos, mesmo atacados?

Paulo ilustrou as tribulações como sendo um fogo; a essência da fé de cada um comparou com materiais; combustíveis, ou, não; “Porque ninguém pode pôr outro fundamento além do que já está posto, o qual é Jesus Cristo. Se, alguém sobre este fundamento formar um edifício de ouro, prata, pedras preciosas, madeira, feno, palha, a obra de cada um se manifestará; o dia a declarará, porque pelo fogo será descoberta; o fogo provará a obra de cada um.” I Cor 3;11 a 13

Os anjos que assistem diariamente cristãos perdendo a vida nas mãos de islâmicos por não negarem sua fé devem ficar perplexos ao nosso respeito, quando, uma contrariedade mínima basta para nos aborrecer e afastar de Deus.

Uma hora, eles lidam com essências áureas dos que apostam as próprias vidas na Integridade e Fidelidade Divinas; outra, têm seu trabalho multiplicado por ter que ministrar a favor de melindrosos mimados que não sabem avaliar direito o que está em jogo, imaginando que a vida eterna seja um direito, não, uma conquista mediante esforço e o concurso de perseguições.

A Graça significa que O Salvador fez por nós o que nos era impossível e imerecido; não, que não tenhamos que pagar um preço também; o que significa tomar a cruz? Paulo ensina: “Ou não sabeis que todos quantos fomos batizados em Jesus Cristo fomos batizados na sua morte? De sorte que fomos sepultados com Ele pelo batismo na morte; para que, como Cristo foi ressuscitado dentre os mortos, pela glória do Pai, assim andemos também em novidade de vida.” Rom 6;3 e 4

O gozo do Espírito não acompanha a covardia; pois, “... Deus não nos deu espírito de temor, mas de fortaleza, amor e moderação.” II Tim 1;7

Desse modo, as tribulações advindas porque incomodamos ao inimigo são luzes no painel indicando que estamos firmes no bom combate; são oportunidades de honrarmos a Deus mantendo nossa firmeza, mesmo que tudo ao redor desmorone como disse Jó: “Ainda que me mate, Nele esperarei...”

Contudo, uma distinção é necessária: Há “tribulações” que são as consequências das más escolhas; são apenas uma colheita; nesses casos, estar atribulado não é sinônimo de ser perseguido, mas de ter sido inconsequente; as que derivam de nossa firmeza e fidelidade em Cristo são um plantio, cuja colheita será na Glória.

O “Tesouro no Céu,” não raro, deposita-se na Terra em sangue. Depois a “Casa de Câmbio” Celeste converte em vida e honra.

Como Édipo o Rei, que, tentando fugir de sombria sina foi ao seu encontro, os que evitam Cristo, temendo a cruz, armazenam para si dores eternas.

Nos dois lados há sofrimento; a diferença é que sofrer Em Cristo é por um tempo, assistidos pelo Espírito Santo, com recompensa duradoura.

Do outro lado é breve a possibilidade de fuga, infinda a perdição. Enfim, a conversão que abdica prazeres pecaminosos é, acima de tudo, um ato de sabedoria, como disse Jim Elliot: “Não é tolo quem abre mão do que não pode reter, em troca de algo que não pode perder.”

segunda-feira, 10 de dezembro de 2018

O Outro Lado da Moeda

“Teve Salomão uma vinha em Baal-Hamom; entregou-a a uns guardas; cada um lhe trazia pelo seu fruto mil peças de prata... as mil peças de prata são para ti, ó Salomão, e duzentas para os que guardam seu fruto.” Ct 8;11 e 12

Temos dois tipos de barganha aqui; o arrendamento da vinha por mil “reais”; e o salário dos que nela trabalhavam; 200.
Num caso o dinheiro comprava frutos; noutro, trabalho.

Pois bem, o dinheiro, esse fugitivo tão perseguido, muitas vezes não é devidamente entendido. Em si mesmo seria inerte; mas, nas funções que lhe atribuímos faz três coisas: Avalia, transforma e conserva, bens e serviços.

Mas, não compra coisas? Sim. Há pouco passou a “Kombi dos ovos vermelhos” oferecendo uma bandeja com 30 unidades por dez reais. Os que compraram transformaram dez reais em trinta ovos.

Suponhamos que alguém me pergunte quanto quero por dia para trabalhar e, eu diga: Cem reais. Estarei, com isso, avaliando um dia de labor, às custas do dinheiro. Sigamos; eu trabalho um dia e recebo o valor acordado; aqueles cem reais são mais que um reles papel; equivalem a um dia de vida, no qual, trabalhei cujo valor o tenho comigo, conservado. Assim, dinheiro não é uma coisa inócua como querem fazer parecer os corruptos e seus defensores.

Os milhões roubados trazem pedaços de vidas neles; um grande corrupto é assassino de muitos, não, um transgressor de menor monta.

A Bíblia nada tem contra o dinheiro, apenas, desaconselha o amor a ele, o apego exagerado, avareza; “Os que querem ser ricos caem em tentação, laço, e muitas concupiscências loucas e nocivas, que submergem os homens na perdição e ruína. Porque o amor ao dinheiro é a raiz de toda a espécie de males; nessa cobiça alguns se desviaram da fé, e transpassaram a si mesmos com muitas dores.” I Tim 6;9 e 10

Contudo, há muitos mercenários fazendo contorcionismos teológicos tencionando fazer parecer que Deus é um comerciante querendo “lucrar” às nossas custas. Ele disse que não. “Se Eu tivesse fome, não te diria, pois, meu é o mundo e toda sua plenitude.” Sal 50;12

Porém, há dois componentes que O Santo aprecia quando somos fiéis; um, moral que honra ao Senhor reconhecendo-o como fonte dos meus ganhos; “Honra ao Senhor com os teus bens, com a primeira parte de todos os teus ganhos; e se encherão os teus celeiros; transbordarão de vinho teus lagares.” Prov 3; 9 e 10 A bênção aqui é em contrapartida à honra, não, ao dinheiro em si.

Outro, emocional, que nos faz partícipes da Obra de Deus, à medida que nos alegramos em poder contribuir com ela, inda que seja com recursos módicos; “Cada um contribua segundo propôs no seu coração; não com tristeza, ou por necessidade; porque Deus ama ao que dá com alegria.” II Cor 9;7

Assim, do ponto-de-vista prático nossa fidelidade é necessária para manutenção e expansão da Obra; o “efeito colateral” espiritual honra e alegra ao Senhor que, nos abençoa, tanto mais, quanto, mais desprendidos formos. Nunca vi um avarento abençoado por Deus.

As relações comerciais começaram pelo escambo; a troca de bens; depois foram cunhadas moedas em ouro e prata, cujos valores eram proporcionais à quantidade de metal de cada moeda; por fim, o método fiduciário, como temos atualmente, onde, o governo imprime determinado valor numa cédula e garante que ela tenha o valor que traz impresso. Porém, o sistema vigente está com dias contados, dado o advento do chamado dinheiro virtual.

Deixarão de existir cédulas; serão apenas números num sistema global que teremos que confiar, mesmo desconfiando. Invés de transformar bens e serviços em algo físico, o dinheiro verterá nossas coisas em números, cujo controle será alheio.

Um cadastramento global, onde o Anticristo marcará todos; os que se recusarem serão alijados do sistema. “faz que a todos, pequenos e grandes, ricos e pobres, livres e servos, lhes seja posto um sinal na mão direita, ou, nas suas testas, para que ninguém possa comprar ou vender, senão, aquele que tiver o sinal, o nome da besta, ou, o número do seu nome.” Apoc 13;16 e 17

Quem se apega demais ao dinheiro pegará na mão do capeta. Dinheiro é uma necessidade; um direito de quem, trabalhando faz por merecê-lo. Mas, não redime vidas. “Aqueles que confiam na sua fazenda, se gloriam na multidão das suas riquezas, nenhum deles de modo algum pode remir seu irmão...” Sal 49;6 e 7

Aqueles que, invés de amontoar metais finitos ajuntam tesouros no Céu, quando bens terrenos lhes forem negados, as riquezas celestes mostrarão para quê servem...

“Um negócio que não produz nada além de dinheiro é um negócio pobre.” Henry Ford

domingo, 15 de maio de 2016

"Seguidores" indesejáveis

Mas, de modo nenhum seguirão o estranho, antes, fugirão dele, porque não conhecem a voz dos estranhos.” Jo 10;5

Segundo O Bom Pastor, Suas ovelhas O seguiriam, e evitariam estranhos, a voz dos tais lhes soaria desconhecida.

É comum nas redes sociais, pessoas terem “seguidores”, tantos, mais, quanto mais conhecida for a celebridade; e, mesmo pessoas comuns possuem os seus, de acordo com a influência que exercem sobre as tais, que as seguem. Tanto no caso primeiro das ovelhas com O Pastor, quanto nesse último, parece que o elo baseia-se em certa identidade, admiração, entre seguido, e seguidor.

Pessoalmente não gosto da ideia; não sigo a ninguém, tampouco, tenho seguidores. Tenho leitores, uns, assíduos, outros, eventuais, isso me basta, digo, basta para seguir escrevendo, pois, sem leitores, tal labor perderia o sentido.

Porém, quando quem nos segue, ou, o que nos segue é algo mau que nos pode prejudicar? Bem, qualquer pessoa psicologicamente sadia evitaria tal assédio, se assim pudesse, livrar-se-ia da indesejável visita, e os malefícios que  poderia trazer.

Moisés advertindo aos líderes de duas tribos que desejaram as terras aquém do Jordão, antes de entrarem em Canaã, autorizou-os a construírem abrigos para  animais e crianças, antes de participarem das batalhas pela Terra Prometida. Porém, desencorajou eventual omissão com as palavras que seguem: “se não fizerdes assim, eis que pecastes contra o Senhor; sabei que o vosso pecado vos há de achar.” Núm 32;23

Claro que a ideia de serem achados pelo pecado é uma figura de linguagem retórica; o que ele queria dizer, de fato, é que o juízo, as consequências pelo pecado os achariam a seu tempo.

Os irmãos de José que foram a ele sem o reconhecer no Egito, ante as aflições sentidas, então, dadas as rudes exigências do Governador, disseram: “... Na verdade, somos culpados acerca de nosso irmão, pois, vimos a angústia da sua alma, quando nos rogava; nós, porém, não ouvimos, por isso vem sobre nós esta angústia. Ruben respondeu-lhes, dizendo: Não vo-lo dizia eu: Não pequeis contra o menino; mas, não ouvistes; vedes aqui, o seu sangue também é requerido.” Gên 42;21 e 22

Nosso pecado nos achou; de certo modo, disseram eles. É fatal equacionarmos a longanimidade Divina com permissividade; tolerância com aprovação. Salomão refletiu sobre o assunto: “Porquanto não se executa logo o juízo sobre a má obra, por isso o coração dos filhos dos homens está inteiramente disposto para fazer o mal.” Ecl 8;11

Mediante Isaías o Eterno denunciou o fim de Sua Santa Paciência: Por muito tempo me calei; estive em silêncio, me contive; mas, agora darei gritos como a que está de parto, a todos os assolarei e juntamente devorarei.” Is 42;14  

Depois referiu que Sua Paciência fora mal interpretada: “Mas, de quem tiveste receio, ou temor, para que mentisses, não te lembrasses de mim, nem no teu coração me pusesses? Não é porventura porque eu me calei, isso, há muito tempo, e não me temes?” Is 57;11

Muitas das dores que nos assolam, que erroneamente reputamos como causas, são já consequências de nossos pecados, da maldição que pesa sobre os desobedientes. Como ao pássaro o vaguear, como à andorinha o voar, assim a maldição sem causa não virá.” Prov 26;2

Mas, como nos livraríamos dessa “seguidora” funesta, a maldição, se, somos todos pecadores? Paulo ensina: “Cristo nos resgatou da maldição da lei, fazendo-se maldição por nós; porque está escrito: Maldito todo aquele que for pendurado no madeiro;” Gál 3;13

Acontece que O Salvador resolve, mediante perdão, aos arrependidos, as consequências espirituais dos erros cometidos antes de O conhecermos; depois, nos responsabiliza por nossos atos. Spurgen dizia: “O cristão que ainda se deleitar com os frutos malsãos do pecado, fatalmente beberá o chá feito com as folhas amargas das consequências.”

Se aprendermos a nos identificar com a voz do Bom Pastor, Ele nos conduzirá na prática das coisas contra as quais, “não há lei.” Aliás, o cumprimento dos Santos preceitos, além de tolher o concurso das maldições, ainda, nos dá uma série de “seguidores” cuja vinda redundará em galardão no juízo. Ouvi uma voz do céu, que me dizia: Escreve: Bem-aventurados os mortos que desde agora morrem no Senhor. Sim, diz o Espírito, para que descansem dos seus trabalhos; as suas obras os seguem.” Apoc 14;13

Frequentemente se diz que da vida nada levamos, o que é meia verdade apenas. Nada de material, contudo, nossas obras, conhecimento, valores, são patrimônio espiritual; irão conosco; elas dirão, em última análise, se seguimos a exortação do Mestre para que fizéssemos um “Tesouro no Céu.”


Às vezes, quando considero as tremendas consequências advindas das pequenas coisas ... sou tentado a pensar ... não existem pequenas coisas. Bruce Barton