Mostrando postagens com marcador Tesouro no Céu. Mostrar todas as postagens
Mostrando postagens com marcador Tesouro no Céu. Mostrar todas as postagens

domingo, 5 de abril de 2020

Julgar ou não; eis a questão!


“Não julgueis, para que não sejais julgados. Porque com o juízo com que julgardes sereis julgados; com a medida com que tiverdes medido vos hão de medir.” Mat 7;1 e 2

Esse texto tem servido de biombo atrás do qual, muito falcatrua tenta se esconder. A ideia vulgar é que se pode agir como quiser; ninguém deve dizer nada pois, estaria “julgando” coisa que pertence a Deus apenas; será?

Parece que Paulo pensava diferente no espectro das ações humanas. Vejamos: “Não sabeis vós que os santos hão de julgar o mundo? Ora, se o mundo deve ser julgado por vós, sois porventura indignos de julgar coisas mínimas? Não sabeis vós que havemos de julgar os anjos? Quanto mais as coisas pertencentes a esta vida?” I Cor 6;1 e 2

Estariam Cristo e Paulo em contradição? Não. Qual a consequência de julgarmos, segundo O Salvador? “Com a medida que medires sereis medidos...” Isonomia; isso é mau? Ora, não julgamos ações segundo nosso valores? Digo, se desprezamos ao ladrão, ao mentiroso, ao hipócrita, poderíamos agir como eles sem ser motivo de desprezo? A mesma medida, ora.

Uma coisa elementar que as pessoas fingem não entender é que, quando determinado comportamento é rejeitado com base na Palavra de Deus, não é quem apresenta A Palavra que está julgando, antes, está apenas sendo um veículo do Juízo de Deus.

Querendo ou não, julgar as ações com essa “medida” no devido tempo todos seremos por ela julgados; “Quem rejeitar a mim, não receber Minhas Palavras, já tem quem o julgue; A Palavra que tenho pregado, essa o há de julgar no último dia.” Jo 12;48

O que O Senhor vetou foi o juízo temerário que não vendo ações de terceiros presume-as patrocinado pela malícia, ou, vendo coisas legítimas atribui razões torpes.

Outro dia em face a algo que escrevi fui chamado de egoísta, vaidoso, e até meu esmero em escrever da melhor forma que posso foi atacado como algo mau.

Invés de julgarem ao que escrevi, que pode e deve ser julgado, (Examinai tudo e retende o bem) julgaram-me e atribuíram-me motivos que desconhecem; esse foi o juízo que O Senhor desaconselhou.

Como eu, observando alguém que canta bonito, por exemplo, diria que ele(a) faz aquilo por egoísmo, vaidade invés de ser para a Glória de Deus que lhe deu tal talento? Tal juízo é indevido, temerário e traria uma sentença contra mim.

A Epístola aos Romanos denuncia a alguns que eram ciosos ao julgar erros alheios e omissos em vigiar os próprios; o saldo, invés do encorajado “Tesouro nos Céus” foi um “tesouro” de juízo. “Segundo tua dureza e teu coração impenitente, entesouras ira para ti no dia da ira e da manifestação do juízo de Deus;” Rom 2;5

O que falamos aqui é registrado nos Céus, será usado no devido tempo; “Então aqueles que temeram ao Senhor falaram frequentemente um ao outro; O Senhor atentou e ouviu; um memorial foi escrito diante Dele, para os que temeram o Senhor; para os que se lembraram do Seu Nome.” Mal 3;16

Ora, se A Palavra não é tão inclusiva, tão ecumênica assim, antes, demanda que, para nosso bom relacionamento com Deus ser preservado nos separemos dos que tomam atitudes réprobas, como faremos isso sem certo julgamento? Como identificaremos de quem nos separar? “Não vos prendais a um jugo desigual com os infiéis; porque, que sociedade tem a justiça com a injustiça? Que comunhão tem a luz com as trevas?” II Cor 6;14

Aliás, além dos infiéis há uma prescrição contra os falsos cristãos ainda mais severa; “Já por carta vos tenho escrito, que não vos associeis com os que se prostituem; isto não quer dizer absolutamente com os devassos deste mundo, ou com avarentos, ou os roubadores, ou os idólatras; porque então vos seria necessário sair do mundo. Mas agora vos escrevi que não vos associeis com aquele que, dizendo-se irmão, for devasso, avarento, idólatra, maldizente, beberrão, ou roubador; com o tal nem ainda comais.” II Cor 5;9 a 11

Dizemos com frequência que aparências enganam; baseados nesse lapso, sejamos prudentes com o que não vemos claramente. Mas, certas atitudes são de calibre tal, que nem precisamos conhecer à Palavra de Deus para rejeitar. Isso não é julgamento, é decência, coerência, compromisso com valores. E reitero, segundo À Palavra, o juízo vem de Deus.

Somos desafiados a ser sal e luz. Um cristianismo que não influencia pelo exemplo seria luz que não ilumina, ou sal que não tempera.

Cristo em nós deve ser visível como uma cidade sobre um monte; porém, ausência Dele também é visível, para quem tem discernimento. Nesses o logro da aparência é dissipado pela Luz do Espírito Santo.

domingo, 6 de outubro de 2019

Prova de Fogo

“Porém Ele (Deus) sabe meu caminho; provando-me, sairei como ouro.” Jó 23;10

Jó defendendo a integridade dos seus caminhos; se Deus o provasse, - disse – sairia como ouro. Ora, era justamente o que acontecia. Estava em plena prova permitida pelo Eterno.

Se atuamos de modo íntegro atrelamos a essa integridade uma espécie de crédito, de estarmos imunes aos sofrimentos. Por que fulano está passando por isso se, é uma pessoa tão boa? Estranhamos.

Não estamos errados em supor que retidão mereça recompensa; mas, nos equivocamos quando acreditamos que devamos colher seus frutos, necessariamente, ainda nessa vida. Nossa justiça pode estar “depositada” numa conta a ser sacada apenas no porvir, o “Tesouro no Céu”. “Se esperamos em Cristo só nesta vida, somos os mais miseráveis de todos os homens.” I Cor 15;19

Sendo o mundo um império do maligno, quanto mais honesto alguém for, vivendo nele, mais tende a sofrer; como Ló em Sodoma; “Porque este justo, habitando entre eles, afligia todos os dias sua alma justa, vendo e ouvindo sobre suas obras injustas.” II Ped 2;8

Escrevendo ao jovem Timóteo Paulo advertiu-o dessa dura realidade; “Todos os que piamente querem viver em Cristo Jesus padecerão perseguições.” II Tim 3;12

Incomoda-nos não só a injustiça circunstante, como as perseguições dos que, animados por outro espírito alvejam Cristo em nós. “Bem-aventurados sois vós, quando vos injuriarem, perseguirem e, mentindo, disserem todo mal contra vós por minha causa. Exultai e alegrai-vos, porque é grande vosso galardão nos céus; porque assim perseguiram os profetas que foram antes de vós.” Mat 5;11 e 12

Note que mentiras, injúrias e perseguições são realidades daqui; galardão, recompensa, espera-nos no porvir; nos Céus. Isso somente os olhos da fé podem ver; “A fé é o firme fundamento das coisas que se esperam e a prova das coisas que se não veem.” Heb 11;1

Não sejamos ingênuos achando que a prova da fé em meio a tribulações, perseguições seja mera possibilidade, da qual podemos até fugir se, orarmos; é uma necessidade. “Para que a prova da vossa fé, muito mais preciosa que o ouro que perece e é provado pelo fogo, se ache em louvor, honra e glória, na revelação de Jesus Cristo.” I Ped 1;7

Muitos interpretam errado, certo verso onde, João Batista afirma que, Jesus batizaria com O Espírito Santo e com fogo, como se, fosse um evento só; são duas coisas distintas.

O Batismo no Espírito Santo reveste-nos capacita-nos para a caminhada; o batismo de fogo são as agruras da caminhada, provações; “A obra de cada um se manifestará; na verdade o dia a declarará, porque pelo fogo será descoberta; o fogo provará qual é a obra de cada um.” I Cor 3;13

Então, se a nossa vida espiritual andar solta, sem obstáculos, incompreensões, perseguições, tentações acima do normal, convém estarmos atentos; pode que, como denunciou O Senhor de certa Igreja, Tenhamos nomes de vivos e estejamos mortos. “Ao anjo da igreja que está em Sardes escreve: Isto diz o que tem os Sete Espíritos de Deus e as sete estrelas: Conheço tuas obras, que tens nome de que vives e estás morto.” Apoc 3;1

Claro que o Capeta não gastaria dardos contra cadáveres espirituais; seu alvo é derrubar quem está em pé; acena-nos com o vívido neon das tentações, vai cantar cantigas de ninar aos mortos para sigam assim, sem atentarem para a sua nefasta realidade. “Nos quais o deus deste século cegou os entendimentos dos incrédulos, para que lhes não resplandeça a luz do evangelho da glória de Cristo, que é a Imagem de Deus.” II Cor 4;4

Assim, para quem vive alienado da Vontade Divina e “tudo vai bem”, não é por que vai, deveras; mas, porque está cego ao mal no qual jaz.

Os servos do Altíssimo são estrangeiros, peregrinos na Terra; como tais, falam outro idioma e possuem outros valores. Se, as coisas fossem vistas espiritualmente, sobre o planeta haveria intensa escuridão pontilhada pelas luzinhas de alguns pirilampos. Como o canhoto é espírito pode ver nessa dimensão fica fácil identificar seus alvos.

Nossa vida depois de Cristo não passa por provações; é uma prova, combate em tempo integral contra o império das trevas.

Se, somos “alvos fáceis” no sentido da identificação, também somos capacitados pelo Espírito a ver as coisas como são, não, como parecem; “O que é espiritual discerne bem tudo e não é discernido.” I Cor 2;15

O que O Senhor disse de Jerusalém aplica-se aos demais que O servem; “Porque eis que as trevas cobriram a terra, a escuridão os povos; mas sobre ti o Senhor virá surgindo; Sua Glória se verá sobre ti.” Is 60;2

Discernimento é ouro. Ante as provas saiamos como Jó.

segunda-feira, 9 de setembro de 2019

Espelho, espelho meu...

“O Senhor olhou desde os Céus para os filhos dos homens, para ver se havia algum que tivesse entendimento e buscasse a Deus. Desviaram-se todos, juntamente se fizeram imundos: não há quem faça o bem, sequer um. Não terão conhecimento os que praticam a iniquidade, que comem meu povo, como se comessem pão e não invocam ao Senhor?” Sal 14;2 a 4

Lembramos que Deus tudo vê, quando sofremos uma injustiça qualquer; Deus ta vendo! Mas, agimos como se Ele nada visse; trombeteamos nossas obras como se a recompensa viesse dos homens;

Filosofamos que as aparências enganam, que o que vale é a essência; mas, gastamos tempo e esforços para melhorar aquilo que engana, não nos importamos com o que afirmamos ter mais valor, o caráter; gasta-se mais tempo com músculos, cabelos, pele, unhas, vestes, que com as demandas da alma;

Lembramos ainda que da vida nada levaremos; mas, muitas vezes cometemos injustiças, omissões no afã de aumentar uma bagagem que será perdida no final; damos volume ao nosso nada;

Dizemos-nos cristãos, aqueles que “negaram a si mesmos” por amor a Cristo; mas, em qualquer discrepância de opiniões afirmamos: Sou mais eu, não levo desaforos pra casa; pra cima de mim? Nossa humilde renúncia é da boca pra fora; a casa da alma ainda é dirigida pelo orgulho; não conseguimos ser imitadores de Cristo;

Cantamos loas à diversidade, mas ofendemos ao que é diferente; se, torce por outro time, professa uma fé diversa da nossa, ou, se sua pele tem outra cor;

Usamos o altruísmo para discursos políticos ou religiosos, onde, nos voluntariamos como defensores dos direitos dos fracos, oprimidos; uma vez nos delegada essa nobre tarefa, pisamos nossas promessas sedutoras e buscamos as sombras para desempenhar nossa “função pública” em proveito mesquinho, particular; discursamos como sóis, e agimos como pântanos;

Em busca de aceitação ao defendermos o indefensável sofisticamos com eufemismos nomes virtuosos para camuflagem de motivos vis; não somos amparo de criminosos, mas zelosos de “direitos humanos”;

Enfim, sabemos do ensino do Mestre sobre ajuntarmos tesouros no Céu; de colocarmos nisso nossos corações; contudo, amontoamos trastes na Terra agindo como quem não tem a menor ideia de onde o Céu fica, ou, por qual Caminho se chega lá... Como dizia uma antiga canção: “A gente somos inútil”.

Gosto de assistir vídeos de sobrevivência tipo “Menu Selvagem” onde dois homens aventuram-se em lugares remotos, inóspitos apenas com coisas básicas e tentam sobreviver de caça, pesca, coleta de alimentos naturais vivendo ao relento ou, forjando toscos abrigos.

Febres como conforto, ostentação, prazeres, vaidade são “curadas” pela própria situação extrema onde o que conta mesmo é a sobrevivência.

Tivéssemos uma visão mais apurada sobre o cenário no qual estamos inseridos e um monte de febres assim também seriam sanadas; quaisquer circunstâncias, de privação ou fartura, cuidaríamos de guardar a fé, o bem mais precioso, que nos “encaixa” no sustentáculo das nossas vidas, Cristo.

Diríamos como Paulo: “... porque já aprendi a contentar-me com o que tenho. Sei estar abatido, e sei também ter abundância; em toda a maneira, e em todas as coisas estou instruído, tanto a ter fartura, quanto, ter fome; tanto a ter abundância, quanto, padecer necessidade. Posso todas as coisas em Cristo que me fortalece.” Fp 4;11 a 13

Infelizmente nossa fé é mais “virtual” que virtuosa; nos importamos demais com a humana aceitação, e apreciação, de modo que, nem temos tempo ou, vontade para buscar a Divina aprovação.

Estamos sendo manipulados pela “Imagem da besta” que fala e nem percebemos. As redes sociais não têm culpa de nada; assim como um espelho apenas reflete o que está diante de si, também as mídias sociais dão asas ao que somos, e por falta de noção nos atrevemos a expor.

Se, o homem original era “Imagem e Semelhança de Deus” pela perfeição de atributos com os quais foi criado, após a queda se tornou imagem e semelhança do seu novo mentor; não satisfeito em nos desfigurar, o traidor fez uso dos ramos da Árvore da Ciência e forjou meios para fazer onipresente sua imagem com o vício e o pecado, através de nós.

Nos faz acreditar que o bom é se enturmar, encaixar nas vitrines pecaminosas da vaidade, ostentar.

Quem, deveras, pertence ao Senhor já não é do mundo; logo, não é chamado para se encaixar nesse sistema insano e suicida, antes, deve ser uma voz a denunciar os descaminhos mortais de quem jaz no maligno.

Se, um dia O Senhor olhou e não viu nenhum justo, alguns séculos depois olhou de novo, viu e comemorou: “Este é Meu Filho Amado no Qual tenho prazer”! Jesus Cristo. Quem aprender a imitá-lo terá por certo, seu tesouro.

domingo, 23 de julho de 2017

A herança desprezada

"Grandemente se regozijará o pai do justo; o que gerar um sábio, se alegrará nele.” Pro 23;24

Há um provérbio asiático que diz: “A terra não é um bem que possuímos; mas, que tomamos emprestado dos nossos filhos.”

A ideia é que, o que pensamos possuir, na verdade é só o bastão na “corrida de revezamento” da vida; um dia legaremos aos descendentes. Paulo expressou assim: “...não busco o que é vosso, antes, a vós: porque não devem os filhos entesourar para os pais, mas, pais para os filhos.” II Cor 12;14

Essa é a ordem natural das coisas. Pais entesouram, filhos usufruem. Contudo, no provérbio inicial temos os pais usufruindo as riquezas dos filhos. “Grandemente se regozijará o pai do justo; o que gerar um sábio se alegrará nele.” Acontece que, se, bens materiais se transmitem, simplesmente, sem retorno, os morais e espirituais quando legamos ainda ficam conosco; nossos ensinos e exemplos guardam uma réplica na pasta dos “itens enviados”.

Essa coisas, não precisamos morrer, para que os sucedâneos herdem, antes, podemos ver e conviver com nossos enriquecidos que, de posse da herança nos fazem sentir ricos também.

Os japoneses dizem: “Se teu filho for bom não carece tua herança; se for mau, não merece.” Não se trata aqui, de desprezar as posses simplesmente, antes, de priorizar a formação do caráter, pois, se, bem feita essa tarefa, as demais perdem a relevância.

Duas correntes filosóficas se opõem desde muito no que tange ao saber: Empirismo e Racionalismo. A primeira advoga que nascemos com nossas almas como um CD virgem, e, mercê do aprendizado, das vivências, experiências, nosso saber e valores são “gravados.” A segunda, que certa dose de saber é inata; trazemos já ao estrearmos no palco da vida; recorrendo à razão, fonte desse saber, podemos chegar a sentenças justas e sábias mesmo não as tendo aprendido.

Não pretendo adotar um rótulo, nem empirista, nem racionalista, pois, acho que ambos os conceitos têm sua porção de verdade, não são excludentes, mas, complementares. Pois, se somos grandemente moldados pelos ensinos, sobretudo, pelos exemplos que miramos em nosso existenciário, muitas vezes tivemos que lidar com situações desconhecidas, e, certa intuição espiritual nos conduziu bem; de modo que parece lícito concluir que alguma centelha de luz espiritual, trazemos, em nosso HD original.

Quantas vezes aconteceu-me de sonhar algo inédito, e tempos depois isso acontecer! Qual o papel da experiência em casos assim? Agora que a coisa é pretérita se fez uma experiência, a qual, ensina que, para algumas coisas basta o espírito, não careço experiência.

Acho que, como os pais humanos legam riquezas abstratas aos filhos e se alegram no usufruto comum, Deus colocou uma centelha espiritual em nós, que devidamente avivada nos enriquece e O alegra juntamente. “O espírito do homem é a lâmpada do Senhor, que esquadrinha todo interior até o mais íntimo do ventre.” Pov 20;27

Por ser espiritual, a riqueza é eterna; sendo atemporal prescinde da experiência que é um incidente pontual na linha do tempo. Dessas coisas que O Mestre falou quando disse que devemos ajuntar Tesouros no Céu. Na verdade devemos alegrar Nosso Pai nos exercitando desde já, nas riquezas que Ele nos legou. “Filho meu, se teu coração for sábio, alegrar-se-á o meu; sim, o meu próprio. Exultarão meus rins, quando os teus lábios falarem coisas retas.” Prov 23;15 e 16

Não se trata de rejeitar bens materiais, reitero, tampouco, o valor do ensino e dos bons exemplos; antes, de situá-los devidamente na prateleira dos meios, invés de exaltá-los no pódio dos fins, como a imensa maioria tem feito. Seria insano ganharmos determinadas ferramentas para execução de um trabalho e no fim do nosso período de labor constatarmos que multiplicamos nossas ferramentas por cem, contudo, o trabalho que era nosso alvo não foi feito.

Assim fazem os que usam todos os meios para a multiplicação de coisas, e seguem tão desprovidos de valores que nada resta para legarem aos filhos. Constroem até um berço de ouro, muitas vezes, ouro sujo de sangue dentro do qual criarão um suíno, invés de um ser humano.

O que trazemos ao nascer precisa ser fomentado, avivado, senão, definha. E, nosso cenário familiar e social, carece de referenciais de valor, decência, moral. Vivemos dias de inversão tal que o poste mija no cachorro. A pornografia e o mau gosto se travestem de arte. Em nome da liberdade de expressão, os biltres vomitam contra homens dignos; e quem se indispõe contra isso é um “reaça” “moralista radical”.

O Pai amoroso ainda deseja que mais filhos tomem posse de Suas riquezas; e, demonstra Sua alegria fortalecendo espíritos daqueles que O alegram. “A alegria do Senhor é a nossa força.”

terça-feira, 11 de julho de 2017

As pobres riquezas

“Não te fatigues para enriqueceres; não apliques nisso tua sabedoria. Porventura fixarás os olhos naquilo que não é nada?...” Prov 23;4 e 5

É comum ouvirmos o “desprezo” à matéria em frases tipo: “Dinheiro não traz felicidade;” “Da vida nada se leva”; “Vão-se os anéis, ficam os dedos”; etc. De modo que parece que a humanidade sabe reconhecer os verdadeiros valores. Contudo, na prática a teoria é outra, com diria Joelmir Beting.

Certa ambição é sadia; a que nos instiga ao trabalho, empreendedorismo, visando melhorarmos nossas condições de vida. O texto bíblico diz: “Não te fatigues para enriqueceres...” Adiante avalia: “... fixarás teus olhos naquilo que não é nada”. Lógico que temos diante de nós um conflito de valores. Aquilo que, para uns parece riqueza, para outro, foi aquilatado como nada. Temos uma hipérbole, um exagero de linguagem cujo fito é enfatizar algo, não, ser entendida ao pé da letra.

Óbvio que bens materiais têm seu valor! Compram o pão, vestes, habitação; toda sorte de conforto que a boa vida demanda. Entretanto, ao escopo de uma avaliação espiritual, essas coisas não são fins, antes, meios de viver; não, as verdadeiras riquezas; aquelas que têm durabilidade após a peregrinação terrena. “Não ajunteis tesouros na terra, onde traça e ferrugem tudo consomem, onde ladrões minam e roubam; mas, ajuntai tesouros no céu, onde nem traça nem ferrugem consomem; onde ladrões não minam nem roubam. Porque onde estiver vosso tesouro aí estará também vosso coração.” Mat 6;19 a 21

Salomão que escreveu a sentença primeira foi extremamente rico, falou do que conheceu; e, sua avaliação do que ficaria após sua morte foi ácida: “Vaidade de vaidades; tudo é vaidade.” Disse. Antes, avaliara a vastidão da cobiça; “Quem amar o dinheiro jamais dele se fartará; quem amar abundância nunca se fartará da renda; também isto é vaidade.” Ecl 5;10

Depois cotejara o dinheiro com a sabedoria: “Tão boa é a sabedoria como a herança, dela tiram proveito os que vêem o sol. Porque serve de defesa, como de defesa serve o dinheiro; mas, a excelência do conhecimento é que a sabedoria dá vida ao seu possuidor.” Ecl 7;11 e 12

De passagem contou a história de um pobre rico: “Houve uma pequena cidade em que havia poucos homens; veio contra ela um grande rei, a cercou, levantou contra ela grandes baluartes; encontrou-se nela um sábio pobre, que livrou aquela cidade pela sua sabedoria; ninguém se lembrava daquele pobre homem. Então disse eu: Melhor é a sabedoria do que a força, ainda que a sabedoria do pobre foi desprezada, e suas palavras não foram ouvidas.” Cap 9;14 a 16 Isso combina com o feito posterior do profeta Eliseu que livrou a cidade de Dotã cegando seus algozes pelo Poder de Deus e os levando presos a Samaria.

Estranha doença essa nossa de conhecermos em teoria os excelsos valores, e nos empenharmos, na prática, apenas pelos efêmeros, circunstanciais, menores. Aceitação humana, mais que, Divina, instiga insensatos a parecer o que não são; enquanto, seus passos apressados labutam na maratona do ter.

Paulo foi categórico, deixou por terra a “Teologia da Prosperidade: “...homens corruptos de entendimento, privados da verdade, cuidando que a piedade seja causa de ganho; aparta-te dos tais. Mas, é grande ganho a piedade com contentamento. Porque nada trouxemos para este mundo, e, nada podemos levar dele. Tendo, porém, sustento, e com que nos cobrirmos, estejamos com isso, contentes. Mas, os que querem ser ricos caem em tentação, em laço, muitas concupiscências loucas e nocivas, que submergem os homens na perdição e ruína. Porque o amor ao dinheiro é raiz de toda a espécie de males; nessa cobiça alguns se desviaram da fé; traspassaram a si mesmos com muitas dores. Mas, tu ó homem de Deus foge destas coisas...” I Tim 6;5 a 11

Aí alguém me pergunta: Pode um cristão jogar loterias? É pecado? Não diria que é pecado, antes, que é doença, cegueira, amor deslocado dos alvos sadios, voltado para o dinheiro. E pensar que multidões freqüentam “igrejas” porque os pilantras que lá ministram lhes acenam com riquezas terrenas...

Não é errado desejar riquezas, pois; é estúpido confundir bijuterias com jóias preciosas. Ouçamos o discurso da Sabedoria: “Aceitai a minha correção, não a prata; o conhecimento, mais do que o ouro fino escolhido... Riqueza e honra estão comigo; assim como bens duráveis e justiça. Melhor é meu fruto do que o ouro, do que o ouro refinado, e meus ganhos mais do que a prata escolhida. Faço andar pelo caminho da justiça, no meio das veredas do juízo. Para que faça herdar bens permanentes aos que me amam, e eu encha os seus tesouros.” Prov 8;10, e 18 a 21

quarta-feira, 7 de junho de 2017

Os ladrões e o bilhete premiado

“Portanto, se já ressuscitastes com Cristo, buscai as coisas que são de cima... Pensai nas coisas que são de cima, não nas que são da terra; porque já estais mortos; vossa vida está escondida com Cristo em Deus.” Col 3;1 a 3

Seguido deparo com pregadores usando a saga de José, ou, a passagem da viúva para qual Deus multiplicou o azeite, para estimularem seus ouvintes a desejarem coisas grandes, garantindo que Deus suprirá. Contudo, o que eles fazem parecer bíblico perante incautos, é obsceno diante de um olhar mais esclarecido.

Primeiro: José não desejou coisas grandes; sonhou o que sonhou, porque Deus decidiu mostrar o que pretendia fazer com ele; que só entendeu deveras, quando aconteceu. Portanto, não foi um sonho de José, antes, um plano Divino que envolveu sua vida.

Igualmente, a viúva, não planejou nada, apenas pediu socorro ao profeta, pois, se não pagasse sua dívida seus filhos seriam feitos escravos. Desse modo, nenhum dos eventos patrocina ganâncias carnais dos que anelam grandezas terrenas como se estivesse Deus, ao seu dispor.

Segundo: O Contexto, então, era da conquista da Terra Prometida, do estabelecimento do povo escolhido; após o Advento de Cristo é anunciado O Reino de Deus; e O Rei dos Reis disse: “Meu reino não é deste mundo.”

Logo, alguém pretender pertencer ao Senhor, e ainda apegar-se ferrenhamente às coisas materiais, das duas uma: Ou, não entendeu a significado de nascer de novo, ou, sequer, nasceu.

Novo nascimento requer a morte do velho homem, ou, mortificação, negando-lhe o controle sobre a Casa do Espírito Santo, para que esse, paulatinamente opere a santificação; nos capacite a juntarmos “Tesouros no Céu”; ou, buscarmos as coisas de cima, como exortou Paulo.

Dada a ignorância sobre os ensinos do Mestre, recapitulemos uns trechos: “Não andeis cuidadosos quanto à vossa vida, pelo que haveis de comer ou pelo que haveis de beber; nem, quanto ao vosso corpo, pelo que haveis de vestir. Não é a vida mais do que o mantimento, o corpo mais do que o vestuário? Olhai para as aves do céu, que não semeiam, segam, nem ajuntam em celeiros; e vosso Pai celestial as alimenta. Não tendes vós muito mais valor do que elas? Qual de vós poderá, com todos os seus cuidados, acrescentar um côvado à sua estatura? Quanto ao vestuário, por que andais solícitos? Olhai para os lírios do campo, como eles crescem; não trabalham nem fiam; vos digo que nem mesmo Salomão, em toda a sua glória, se vestiu como qualquer deles. 

Pois, se Deus assim veste a erva do campo, que hoje existe, e amanhã é lançada no forno, não vestirá muito mais a vós, homens de pouca fé? Não andeis, pois, inquietos, dizendo: Que comeremos, ou que beberemos, ou com que nos vestiremos?... De certo vosso Pai celestial sabe que necessitais de todas estas coisas; mas, buscai primeiro o reino de Deus, e sua justiça; todas estas coisas vos serão acrescentadas.” Mat 6;25 a 33

Não que não devamos desejar prosperar em nossas vidas, antes, que isso não deve ser prioridade; essa, deve ser a busca do Reino de Deus, Sua Justiça.

Paulo escrevendo a Timóteo foi categórico ao denunciar a febre materialista: “...homens corruptos de entendimento, privados da verdade, cuidando que piedade seja causa de ganho; aparta-te dos tais. Mas, é grande ganho, piedade com contentamento. Porque nada trouxemos para este mundo, e nada podemos levar dele. Tendo, porém, sustento, e com que nos cobrirmos, estejamos com isso contentes.

Mas, os que querem ser ricos caem em tentação, e em laço, e muitas concupiscências loucas, nocivas, que submergem os homens na perdição e ruína. Porque o amor ao dinheiro é raiz de toda a espécie de males; nessa cobiça alguns se desviaram da fé, e traspassaram a si mesmos com muitas dores. Mas, tu, ó homem de Deus, foge destas coisas, segue a justiça, a piedade, a fé, o amor, a paciência, a mansidão.” I Tim 6;5 a 11

As palavras desses, laços, armadilhas, descem ao mais íntimo das pessoas que se identificam com sua febre. A vera mensagem, grave, com sal sob medida, é desprezada, pois, as pessoas querem bens terrenos, não O Supremo Bem, Jesus Cristo.

Como Esaú trocam o que é relevante, por um prato de lentilhas. Tais mensageiros usam um texto bíblico aqui, outro, acolá, como o pescador usa minhoca para disfarçar o anzol.

Ora, todo pregador que fizer a Bíblia parecer um bilhete premiado é ladrão. A Palavra é uma declaração de amor, sim; mas, que desafia ao caminho estreito, à cruz. Sem ela, nada feito. Com; o demais, é com Deus. “Entrega teu caminho ao Senhor; confia nele, e o mais, Ele fará.”

domingo, 20 de novembro de 2016

Visível vida escondida

“Porque, se em vós houver, abundarem estas coisas, não sereis ociosos nem estéreis no conhecimento de nosso Senhor Jesus Cristo.” II Ped 1;8

Depois de alistar certas virtudes necessárias aos cristãos, Pedro concluiu que, sem elas ficariam ociosos, estéreis no conhecimento de Jesus.

Logo, esse conhecimento, além de dar trabalho enseja a geração de filhos para Deus. Não basta que leiamos Sua história, simpatizemos com Seus ensinos, falemos bem Dele, até; se requer de quem O segue que seja imitador dos Seus passos. “Aquele que diz que está nele, deve andar como ele andou.” I Jo 2;6

Não que devamos exibir poder semelhante ao Seu, mas, integridade, empatia atuante para com o sofrimento alheio, comunhão com o Pai... O “motor” que nos impulsionaria, segundo Pedro, seria certo constrangimento amoroso, ao lembrarmos nossas maldades pretéritas purificadas pelo Salvador. Isso ensejaria gratidão, que, por sua vez, instigaria à prática das Suas Palavras. “Pois, aquele em quem não há estas coisas é cego, nada vendo ao longe, havendo-se esquecido da purificação dos seus antigos pecados.” V;9 Assim, cegueira espiritual atinge a memória, não, as retinas.

Se, uma vez perdoados nossos pecados, deles, Deus não mais se lembra, isto é, não nos imputa mais suas penalidades, nós os lembrarmos realça a grandeza do Amor Divino, que, mesmo nos vendo dignos de morte, chamou para a vida mediante Jesus Cristo.

A Função da Lei era precisamente essa: colocar nossas maldades no pódio, para que o destaque mensurasse devidamente, quanto carecemos do Salvador. “Veio, porém, a lei para que a ofensa abundasse; mas, onde o pecado abundou, superabundou a graça;” Rom 5;20

Por não ter uma função salvadora, antes, condenatória, Paulo a chamou de “Ministério da Condenação”; porém, O Amor de Deus, invés de usar a Lei para punir, propôs, em Cristo, nova relação. “De maneira que a lei nos serviu de aio, para nos conduzir a Cristo, para que pela fé fôssemos justificados.” Gál 3;24

Então, voltando, que qualidades são essas, às quais o apóstolo se referia? Vejamos: “Vós também, pondo nisto mesmo toda diligência, acrescentai à vossa fé, virtude, à virtude, ciência, à ciência, temperança, à temperança, paciência, à paciência, piedade, à piedade, amor fraternal, e ao amor fraternal, caridade.” Vs 5 a 7

Logo, se, por um lado a negligência levaria ao esquecimento da grande misericórdia recebida, por outro, a diligência na prática das Virtudes de Cristo, ensejaria à ampliação do “caminho estreito” pelo qual entramos na conversão. “Porque assim vos será amplamente concedida a entrada no reino eterno de nosso Senhor e Salvador Jesus Cristo.” V 11

Entretanto, virtudes como, amor fraternal, caridade, vão de encontro aos “valores” de uma geração egoísta, onde o indivíduo é o centro; busca seus próprios anseios a ponto de que, ser famoso, rico, parece o objetivo comum. É ensinada em muitas “igrejas” essa doença autofágica como alvo do cristianismo.

Tais pregadores lançam mão das sagas de Abraão, Isaque, Jacó, José... homens que foram prósperos, como “parâmetros” aos incautos que lhes dão ouvidos. Ora, o contexto de então, era a conquista da Terra Prometida; no Novo Testamento somos chamados ao Reino dos Céus. Tanto que, o jovem rico que se aproximou do Mestre cheio de justiça próprio ouviu que lhe faltava algo ainda; “Um tesouro no céu.”

Esse “Tesouro” se adquire na prática das virtudes aquelas, alistadas por Pedro, não, no triunfo de anseios egoístas, materiais. Nosso parâmetro é distinto: “Nada façais por contenda ou por vanglória, mas, por humildade; cada um considere os outros superiores a si mesmo. Não atente cada um para o que é propriamente seu, mas, cada qual também para o que é dos outros. De sorte que haja em vós o mesmo sentimento que houve em Cristo Jesus.” Fp 2;3 a 5

Se, amor fraterno e caridade são traços de nossa preocupação com o próximo, nosso cristianismo prático, devemos ter diligência no aprendizado também, para não sermos ociosos no conhecimento teórico, pois, como poderemos praticar a Vontade de Deus, se, a desconhecemos? 

Por isso, Deus constituiu ministros, “Querendo o aperfeiçoamento dos santos, para a obra do ministério, para edificação do corpo de Cristo; até que todos cheguemos à unidade da fé, ao conhecimento do Filho de Deus, a homem perfeito, à medida da estatura completa de Cristo.” Ef 4;12 e 13

Ele, se contentou com bem pouco na Terra, o suficiente para Ser Perfeito no Céu. “Pensai nas coisas que são de cima, não nas que são da Terra; porque já estais mortos, e vossa vida, escondida com Cristo em Deus.” Col 3;2 e 3 

Se, nossa vida está escondida com Cristo, o inimigo não acha, tampouco, acharão, os ensinos torpes de seus agentes transfigurados em ministros de justiça.

sábado, 13 de setembro de 2014

Dízimo e oferta cheirando mal


- Olha só o estado de vocês! Vociferou Santa Escritura. Por onde vocês andaram que estão imundos dessa forma? Meio envergonhados e sem argumentos, os dois irmãos baixaram as cabeças, como que procurando uma explicação.


  - Nós… eu…


- Essa história que se sujar faz bem pode  servir para comercial de sabão em pó; comigo não cola.


- Mas, mãe...


 – Nem mais uma palavra! Os dois tomar banho. Que vestes são estas? Francamente!  Lá se foram os irmãos maltrapilhos, dízimo e oferta, cada qual a um banheiro, tirar a “influência” de um dia mais, que os fazia cheirar mal.


Não entendo, pensou Santa, se eles têm tanto coisa valiosa a fazer ; por que andam assim, rotos? Depois de devidamente banhados, a matriarca os chamou para uma conversa.


- Filhos, vocês são de linhagem nobre, têm uma tradição a preservar; mas, parece que esqueceram isso; quantos fracos, doentes, desvalidos, vossos antepassados socorreram? Do jeito que vocês estão agindo envergonham a família e desonram aos que foram antes de vós.


- Mas, mãe, eu tenho feito grandes investimentos ensejando obras portentosas, meu trabalho tem frutificado muito. ( objetou dízimo; eu também, acresceu, oferta)


- Frutificado para quem? Vocês não nasceram para isso, advertiu Santa. Nada mais infeliz e errante do que alguém que perde o sentido da vida, e vocês o perderam, faz tempo.


–Olha, mãe, eu tenho adquirido estações de TV, construído templos majestosos, patrocinado pregadores famosos, comprado aviões… – Eu ajudei, (apressou-se a gratuita oferta)


-Eu sei de tudo isso ( volveu Santa ) e esse é o problema. Quem disse que vocês deveriam fazer isso? Acaso não ensinei que se deveria juntar tesouros no Céu, invés de o fazer na Terra?


 –Mas, mãe, assim, mais pessoas ouvem falar da Senhora…
 

– Sim, nunca se falou tanto de mim como agora, mas, eu preferia que me deixassem falar… do jeito que estão fazendo, parece que meu anseio é que vocês cresçam, quando, na verdade quero que as pessoas se salvem.  Não gosto do ditado popular, “falem bem ou falem mal, mas falem de mim.” Falem retamente, odeio a mentira.


 Vocês precisam evitar as más companhias. Lembram que meu Querido Esposo disse: “ide por todo o mundo e apresentai , minha amada a toda criatura”?


- Sim mamãe, volveu o Didi, eu tenho alcançado o mundo mediante a tecnologia…


 – Você não entendeu o que Ele disse, filho, “Ide!” Não, falai à distância. Pastores eletrônicos não visitam, não ouvem, não oram em particular pelas ovelhas; além disso, vivem como pop stars intocáveis, seus erros são encobertos; enquanto os que vão para o front fazem aquilo tudo, além de serem conhecidos pessoalmente, de modo que, esses, zelam pelo bom testemunho.


Eu tenho casas humildes nos mais remotos rincões, e, com pastores de carne e osso, tenho alcançado vidas. Vocês degeneraram depois que passaram a andar em más companhias. Gente honesta que precisa de vocês está sendo prejudicada, por causa das corjas com as quais vocês têm andado.


Vocês nasceram altruístas e santos, agora, estão mercenários e sujos; ninguém mais confia em vocês, uma vergonha.  Vou contar-lhes uma fábula de Esopo.

 “Certa vez, uma raposa estava ferida em sua toca, e um leão ofereceu ajuda dizendo ter qualidades medicinais na língua; Na sua língua até confio, (disse a raposa) o que temo são os dentes que moram perto dela”.


 Dessa forma agem os pilantras com os quais vocês têm andado. Encenam ter minhas virtudes saneadoras nas suas línguas, mas, cercam-nas os dentes de voraz cobiça, não se pode confiar neles.


Que adianta adquirir tantas posses e andar sujos, como vocês andam? Vocês fizeram de seu próprio crescimento um fim. Dízimo e oferta para adquirir meios de arrecadar mais dízimo e oferta, que lástima!!!


- O que devemos fazer então mãe?  (perguntou Fertinha, envergonhada)

– Esqueçam a ostentação, os superstars góspeis, os templos inúteis que cultuam ao orgulho, os aviões que transportam lobos, voltem-se às necessidades verdadeiras, como fizeram seus antigos parentes.


Vocês não são um fim, antes, um meio de alcançar aos carentes de salvação e de alimento, vestes… aqueles que alimentam vocês porque em troca se lhes promete riquezas, facilidades, me desprezam e ao meu marido, que nunca prometemos isso.


 Lembram daquela parte em que Ele falou que a viúva que dera duas moedas fizera melhor que os ricos que esbanjavam sobras? Sentimento de gratidão a Ele, pois, vale mais que dinheiro, e se vocês atuarem em socorro aos desvalidos, como ensinou, “A mim o fizestes”, disse.


 Vocês tem sido motivo de escárnio às coisas santas, por culpa das péssimas companhias que escolheram; como ensina um provérbio chinês:

 “As más companhias são como um mercado de peixe; acabamos por nos acostumar ao mau cheiro.”