Mostrando postagens com marcador Terra Prometida. Mostrar todas as postagens
Mostrando postagens com marcador Terra Prometida. Mostrar todas as postagens

domingo, 12 de janeiro de 2020

Omissão; ou, a missão


“Maldito aquele que fizer a obra do Senhor fraudulosamente; maldito aquele que retém sua espada do sangue.” Jr 48;10

Se, “não temos que lutar contra carne e sangue”, outrora, era precisamente essa a luta. Derrotar mediante espada aos réprobos cananeus, cuja medida da iniquidade enchera e transbordara, para usufruir, então, da Terra Prometida. Embora prometida e dada pelo Eterno, Israel foi chamado a conquistá-la em peleja assistido pela Santa Presença.

Omitir-se ao combate quando os demais lutavam era pecado grave, passível de maldição. Nos dias do juízes uma aldeia se omitiu à luta sob liderança de Débora; essa em seu cântico de vitória lembrou deles; “Amaldiçoai a Meroz, diz o anjo do Senhor, acremente amaldiçoai seus moradores; porquanto não vieram ao socorro do Senhor...” Jz 5;23

Interessante linguagem! “Não vieram em socorro do Senhor”; isso funde a Vontade Divina à Sua Pessoa, como se, negligenciar ao Seu querer fosse colocá-lo em perigo. Isso é identificação!

Por que preciso “conquistar” aquilo que O Senhor me dá? O Senhor busca diligência; nos quer partícipes da Sua Obra; então, faz “apenas” o impossível; no que nos é possível requer cooperação. Assim, O Reino nos é dado de graça, uma vez que não merecemos nem podemos pagar pelo ingresso; Cristo pagou tudo sozinho; no entanto, os agraciados são chamados e tomarem suas cruzes, empreenderem esforços para entrar e perseverar.

A Igreja é figurada como “Corpo de Cristo”; isso exclui o individualismo tão em voga no mundo; requer empatia e interação dos membros; “Para que não haja divisão no corpo, antes, tenham os membros igual cuidado uns dos outros. De maneira que, se um padece, todos padecem com ele; se um é honrado, todos se regozijam com ele.” I Cor 12;25 e 26

Daí, esses ossos gratuitos tipo, “só me dê conselhos quando sua vida for perfeita”; “só dê palpites em minha vida quando pagares minhas contas”; ou, “atire a primeira pedra quem nunca pecou” usados como “defesa” pelos que recusam-se a adotar os valores celestes em seu modo de viver ficam bem em lábios ímpios, de gente egoísta ensimesmada e sem noção. Quem pertence a Cristo deve ter postura humilde (aprendei de Mim que Sou manso e humilde de coração) ser ensinável, aconselhável, não intocável como um porco espinho.

Quando corrigimos alguém mediante ensino da Palavra não o julgamos; antes, apresentamos o Julgamento Divino expresso; “... a palavra que tenho pregado, essa o há de julgar no último dia.” Jo 12;48 Diante da correção o tolo dirá: “Quem é você para me julgar”? O sábio que teme ao Senhor pensará: “O Senhor sempre está certo; preciso rever meu modo de agir.”

Se, agora após a Vitória de Cristo já não temos que lutar contra carne e sangue, mas “... contra principados, potestades, príncipes das trevas deste século, contra as hostes espirituais da maldade, nos lugares celestiais.” Ef 6;12 Isso apenas muda o aspecto da luta, não exclui sua necessidade.

Esses matam cegando entendimentos; “... o deus deste século cegou entendimentos dos incrédulos, para que lhes não resplandeça a luz do evangelho...” II Cor 4;4

Fazem isso usando conselhos perversos, oposições infundadas, às quais nos convém combater; “Porque as armas da nossa milícia não são carnais, mas poderosas em Deus para destruição das fortalezas; destruindo conselhos, e toda altivez que se levanta contra o conhecimento de Deus; levando cativo todo entendimento à obediência de Cristo;” II Cor 10;4 e 5

Naquele contexto eram malditos os que davam folga às suas espadas em tempos de batalha; agora, amaldiçoados são os que permitem a infiltração de “espadas” alternativas, em lugar de “Espada do Espírito” a Genuína Palavra de Deus.

“Porque, se alguém for pregar-vos outro Jesus que nós não temos pregado, se recebeis outro espírito que não recebestes, ou outro evangelho que não abraçastes, com razão sofrereis.” II Cor 11;4 “Ainda que nós mesmos ou um anjo do céu vos anuncie outro evangelho além do que já vos tenho anunciado, seja anátema. (maldito)”

“Livra-me da minha ignorância e ter-te-ei na conta de meu maior benfeitor”, dizia Sócrates. Invés de sentir-se ameaçado pela verdade desejava-a.

O Espírito Santo tem muitos usando Sua Espada pela Verdade. “Quão formosos são, sobre os montes, os pés do que anuncia boas novas, que faz ouvir a paz, do que anuncia o bem, a salvação, que diz a Sião: Teu Deus Reina!” Is 52;7

Então, quando deparas com um “enxerido” que quer “palpitar em sua vida”, você está diante de um Bendito do Senhor; Ele enviou a você com um convite amoroso que visa livrar-te da eterna maldição.

Não há beleza estritamente em seus pés; mas em seus caminhos nos quais aceita desprezo para lembrar que és amado por Deus.

sábado, 20 de abril de 2019

Avessos Peregrinos

“Sucedeu que fugindo eles de diante de Israel, à descida de Bete-Horom, o Senhor lançou sobre eles, do céu, grandes pedras... foram muitos mais os que morreram das pedras da saraiva do que os que os filhos de Israel mataram à espada.” Jos 10;11

Uma nuance da conquista de Canaã sob liderança de Josué em consórcio com O Todo Poderoso. Consórcio até mesmo bélico. Homens combatendo mediante espada e Deus por saraiva.

Precisamente isso significa Israel; aquele que luta com Deus. Há diferença entre, lutar com Deus e “contra” Deus. Embora o incidente de Jacó em Peniel sugira uma luta contra O Senhor e tenha havido o detalhe físico do ferimento na sua coxa, foi antes de tudo, uma luta espiritual do Anjo do Senhor com ele.

Antes que derrotar a um adversário imbatível, Jacó desejou ser por ele abençoado; “Não te deixarei ir se não me abençoares...” depois de admitir-se “Jacó” (enganador) foi abençoado e convertido em Israel; aquele que luta com Deus.

Se, desejar a primogenitura que Esaú desprezara tivera um afeto agradável ao Eterno, o método de consegui-la mediante engano trouxera para o palco a náusea do pecado; agressão às Santas Narinas de Deus. Tinham contas a acertar. “Tu és tão puro de olhos, que não podes ver o mal; a opressão não podes contemplar...” Hc 1;13

Esse lutar com Deus de Jacó foi transferido à sua descendência; à nação que O Senhor fez se formar ainda em cativeiro e graciosamente libertou mediante Moisés.

As dez pragas que dobraram Faraó, bem como outros incidentes da peregrinação pelo deserto deixaram patente que, O Eterno requeria tão somente obediência do Seu povo; assim, Ele mesmo fazia o que lhes era impossível. “O Senhor pelejará por vós e vos calareis...”

Todavia, desobediência campeia onde houver carne; “... a inclinação da carne é inimizade contra Deus...” Rom 8;7 A dona rebeldia logrou essa letal mudança de um povo que lutara “com” Deus, para outro que passou a lutar contra. “Escrevi-lhe as grandezas da minha lei, porém essas são estimadas como coisa estranha.” Os 8;12

Isaías realça a Empatia Divina, antes de “virar o fio” por causa da rebelião; “Em toda a angústia deles Ele foi angustiado; o anjo da sua presença os salvou; pelo seu amor e sua compaixão ele os remiu; tomou-os e conduziu-os todos os dias da antiguidade. Mas, eles foram rebeldes; contristaram Seu Espírito Santo; por isso se lhes tornou em inimigo; Ele mesmo pelejou contra eles.” Is 63;9 e 10

Duas coisas necessariamente acontecem quando alguém, antes fiel, rebela-se contra O Santo; Primeira: Surge entre ele e O Senhor o muro da separação; “... vossas iniquidades fazem separação entre vós e vosso Deus; os vossos pecados encobrem Seu Rosto de vós, para que não vos ouça.” Is 59;2

Segunda: Essa alienação é interpretada pela carne pecaminosa como fruto do método, não do mérito. Refém desse engano, o pecador, invés de buscar a causa em si, nos seus próprios pecados busca-a em Deus; invés de arrependimento para perdão parte para um “plano B”, acrescentando pecado a pecado como disse o mesmo Isaías.

O Rebelde Saul fez assim, quando O Eterno não mais o respondia; buscou uma feiticeira;

Israel como nação, então, privada do socorro Divino pela sua rebeldia buscou apoio justo, onde fora antes oprimido; no Egito. “Ai dos filhos rebeldes, diz o Senhor, que tomam conselho, mas não de mim; se cobrem, com uma cobertura, mas não do Meu Espírito, para acrescentarem pecado sobre pecado; que descem ao Egito sem pedirem Meu conselho; para se fortificarem com a força de Faraó e confiarem na sombra do Egito.” Is 30;1 e 2

Pois bem, a peregrinação aquela tipifica à nossa; a diferença básica é que o objetivo era a conquista da Terra da Promessa; agora, em Cristo, o Reino dos Céus. Se, antes a luta era contra os ímpios ocupantes da região almejada, agora é contra os vícios habitantes nas almas a serem salvas.

Deus “lançou” à Terra A Pedra Angular, Jesus Cristo; Ele veio trazendo-nos a Espada do Espírito; (Sua Palavra) o adversário a ser vencido não ocupa nosso pretendido lugar; mas, o de Deus. “Negue a si mesmo, tome sua cruz...”

Ou, lutamos contra nós mesmos crucificando más inclinações tendo Deus ao nosso lado, ou damos vazão aos anseios pecaminosos fazendo-nos inimigos Dele.

O “Evangelho da Paz” demanda guerra ao pecado para sermos reconciliados com Deus.

Mercenários que oferecem pão da Terra em lugar do Celeste são como os hereges antigos que, tendo sido maravilhosamente libertos perderam a comunhão por desobediência e agora tentam mascarar o lapso de Deus voltando ao Egito.

Peregrinam suicidas do lugar das bênçãos para o habitat das pragas.

domingo, 10 de fevereiro de 2019

Convocação

“Rogo-vos, pois, eu, preso do Senhor, que andeis como é digno da vocação com que fostes chamados...” Ef 4;1

A maturidade espiritual de Paulo chama atenção: Altruísmo e submissão ao Senhor. Preso seria natural esperar que rogasse orações pela liberdade; sobretudo, porque era inocente.

Diferente das doentias paixões políticas desse mundo, não tivemos nenhum acampamento pegado à prisão bradando: “Paulo livre!”

No entanto, o apóstolo rogou aos seus filhos na fé que zelassem pelo bom testemunho; por uma caminhada digna.

Sua sina particular em momento algum atribuiu à inveja dos judeus, ou, à tirania de Roma; antes, ele sentia-se “O preso do Senhor”. Ora, sendo O Eterno Quem É, coisas ruins só acontecem aos Seus filhos por Sua Vontade ou, permissão.

Entendermos isso é libertador; evita que busquemos “pelo em ovo” como se diz. Pensar que há tantos “ministros” na praça ensinando a rebeldia arrogante dos que oram na base do, “não aceito isso”; “revolto-me contra aquilo” “determino aquil’outro”! Que decepção! Que gente sem noção!

Se, eventualmente, O Santo permite para conosco injustiças como as que sofreu José, por exemplo, pode estar reservando-nos recompensas igualmente imerecidas. Tudo, porém, no devido tempo. Se “Faraó inda não sonhou” suportemos resignados.

Só os obtusos espirituais afrontam a Deus e, quando as consequências assomam buscam culpados externos invés de olharem no Espelho. Jeremias denunciou por décadas a apostasia que grassava em todas as camadas sociais de então; jamais foi ouvido. O Juízo vaticinado bateu às portas trazendo os caldeus contra eles.

Em apertos o rei chamava-o pedindo luz; era aconselhado a se render, pois, essa era a Vontade do Senhor que estava julgando e punindo; mas, resistia; falsos profetas da vez acusavam a Jeremias de traidor e o maltratavam.
Eis a impiedade elevada ao cubo! Dar ocasião ao Juízo Divino pela apostasia e buscar culpados externos, invés de, nos próprios passos.

Escrevendo depois de arrasada a cidade o profeta ensinou: “Pisar debaixo dos seus pés todos os presos da terra, perverter o direito do homem perante a face do Altíssimo; Subverter ao homem no seu pleito, não veria o Senhor? Quem é aquele que diz, e assim acontece, quando o Senhor o não mande? Porventura da boca do Altíssimo não sai tanto o mal quanto o bem? De que se queixa, pois, o homem vivente? Queixe-se cada um dos seus pecados.” Lam 3;34 a 39

O “mal” que sai da Boca do Senhor tratava-se do juízo, cujo fito é o estabelecimento da justiça; um grande bem. Porém, visto da perspectiva humana soava como mal; por isso Jeremias era agredido quando anunciava tais coisas perante ímpios obstinados.

O Senhor ordenara que não escravizassem aos seus próprios irmãos. Quando alguém empobrecesse muito de modo a “se vender” como servo para quem devesse algo que não poderia pagar deveria servir apenas por seis anos, depois seria liberto. Eles por gananciosos falharam em cumprir esse mandado.

“Todos teriam que libertar seus escravos e escravas hebreus; ninguém poderia escravizar um compatriota judeu. Assim, todos os líderes e o povo que firmaram esse acordo de libertação, concordaram em deixá-los livres, não mais os escravizaram; o povo obedeceu e libertou os escravos. Mas, depois disso mudou de ideia e tomou de volta homens e mulheres que havia libertado; tornou a escravizá-los.” Cap 34;9 a 11 Obediência pontual, parcial é só desobediência disfarçada.

Então, voltando ao conselho do “Preso do Senhor”; devemos andar de modo digno; honrar ao Senhor subtendo-nos à Sua Palavra; depois, se Ele permitir que passemos por situações difíceis, nem por isso esmorecermos em nossa confiança, tampouco, duvidarmos da Sua Bondade ou, Sabedoria.

Se, homens como Paulo, Jó e, sobretudo, Jesus Cristo podem sofrer dentro da Vontade permissiva Divina, quem somos nós para não aceitarmos isso, ou, determinarmos aquilo?

Deus Deu Maná quando o povo estava no deserto e não poderia se manter; mas, inseridos na Terra Prometida tiveram que trabalhar e comer do fruto. A bênção sobrenatural supre o que não pode ser obtido por meios naturais. É digno da nossa vocação que comamos o pão com nosso trabalho e saibamos que, fé é para dar vida; não, dinheiro.

Se, não estamos numa cela como Paulo, somos “presos” ao compromisso de servos; não como aqueles arrogantes coevos de Jeremias que achavam justo tomar para si o fruto do alheio labor. Nosso “movimento reivindicatório” lícito é o que move músculos na sina do trabalho para termos o que comer; eventualmente, repartir.

Nos dias de Jeremias os rebeldes terminaram cativos por setenta anos; agora a rebeldia contra O Senhor que derramou Seu Sangue Eterno redundará em castigo eterno também.

Enfim, soframos injustiças se, a Vontade Divina o quiser; mas, não cometamos; pois, todo plantio terá sua colheita.

sábado, 10 de fevereiro de 2018

Cristo é para os fracos

“Se, vires o jumento daquele que te odeia caído debaixo da sua carga deixarás de ajudá-lo? Certamente o ajudarás a levantar.” Êx 23;5

Os que fazem distinção superficial entre Lei e Graça normalmente têm aquela como época do rigor; essa, do favor. Em certo sentido é; dado que, ambas as situações vieram para propósitos distintos. A Lei para patentear a pecaminosidade humana; a Graça, para realçar O Amor Divino. Na linguagem de Paulo, a Lei serviu de “aio para nos conduzir a Cristo.”

O contexto do Velho Testamento era, sobretudo, do estabelecimento do povo escolhido na Terra Prometida, a peleja mortal com os inimigos era mal necessário; como, mediante o mesmo povo nos viriam as Escrituras Sagradas, a punição exemplar dos rebeldes também foi uma necessidade, para se evitar uma “jurisprudência” leniente com pecados.

Entretanto, digitais do amor Divino estão por toda a parte, mesmo naquele tempo; ensinos como “Ama teu próximo como a ti mesmo” já estavam lá. “Não procurem vingança, nem guardem rancor contra alguém do seu povo, mas, ame cada um o seu próximo como a si mesmo. Eu sou o Senhor.” Lev 19;18 Naquele caso, porém, o “próximo” era “do seu povo”; agora, como mostrou a história do Bom Samaritano é quem se aproxima.

Assim, o texto inicial onde se requer que socorramos a um animal de quem nos odeia, se alinha perfeitamente aos ensinos do Novo Testamento. “Amai vossos inimigos, bendizei os que vos maldizem, fazei bem aos que vos odeiam, orai pelos que vos maltratam e perseguem; para que sejais filhos do vosso Pai que está nos céus;” Mat 5;44 “Portanto, se teu inimigo tiver fome, dá-lhe de comer; se tiver sede, dá-lhe de beber; porque, fazendo isto, amontoarás brasas de fogo sobre sua cabeça. Não te deixes vencer do mal, mas, vence o mal com o bem.” Rom 12;20 e 21 etc.

Se, nos dias idos, em suas peculiaridades, eventualmente, era necessário vencer o mal com a força, após o Calvário, estamos “do outro lado da força”; “Por isso, por amor de Cristo, regozijo-me nas fraquezas, nos insultos, nas necessidades, nas perseguições, nas angústias. Pois, quando sou fraco é que sou forte.” II Cor 12;10

Aquele que, depois do advento da Luz do Sol da Justiça, ainda é refém do ódio é como o jumento que carece ser levantado; nenhuma ajuda será mais eloquente que nosso exemplo, cuidado desinteressado.

Circula nas redes sociais, certa fanfarrice que determinadas coisas são para os fracos; os ferozes mesmo fazem de modo muito mais “hard”, rudimentar. Como tirada de bom humor é válida.

Agora, cotejando a força humana, estritamente, viver em Cristo é para os fracos; pois, os que presumem bastantes, suas riquezas, ou, forças, poderão descobrir tardiamente que tais, não valem nada. “Aqueles que confiam na sua fazenda, se gloriam na multidão das suas riquezas, nenhum deles de modo algum pode remir seu irmão, ou, dar a Deus o resgate dele...” Sal 49;6 e 7 “Melhor é sabedoria do que a força... As palavras dos sábios devem em silêncio ser ouvidas, mais do que o clamor do que domina entre os tolos. Melhor é a sabedoria do que armas de guerra, porém, um só pecador destrói muitos bens.” Ecl 9;16 a 18

É preciso muita força para sermos totalmente fracos. O orgulho derivado da queda trouxe pretensa autonomia aos pecadores; “vós sabereis o bem e o mal”, e “sabendo” dessa forma, tendemos a absolutizar as inclinações egoístas como nosso bem, malgrado, os danos que façam a terceiros.

Paulo pôs em relevo essa impotência de obedecer para o homem natural; “a inclinação da carne é inimizade contra Deus, pois não é sujeita à lei de Deus, nem, em verdade, pode ser.” Rom 8;7

Por isso, o indispensável para salvação é o “Novo Nascimento” que, regenera ao homem interior, espiritual; o coloca no comando, para que esse atinja a “fraqueza” necessária à crucificação do Eu, a fim de que, Cristo, O Salvador, viva em si.

A bem da verdade trata-se de uma força sobrenatural, que, no apreço desse mundo acostumado a dor corda ao relógio dos instintos, não passa de covardia, castração do ser, negação da vida.

Entretanto, ninguém censura a um semeador que “Perde” uma saca de sementes para ceifar cinquenta vezes mais. “Quem tentar conservar a sua vida a perderá; quem perder a sua vida a preservará.” Luc 17;33

Em suma, éramos como o jumento caído aquele, que, alguém, ainda que inimigo, Deus, inclinou-se para levantar. Não seria essa prova de amor um bastante incentivo para que reconciliemos com Ele? Ele está disposto sempre a vencer o mal (pecado) com o bem; (perdão) Mas, deseja vencer juntamente conosco; para isso carece nos convencer.

domingo, 15 de maio de 2016

A vontade engana

Fez notórios seus caminhos a Moisés, os seus feitos aos filhos de Israel.” Sal 103;7

Há uma grande diferença entre as coisas como são, e como vemos. Daí, se diz, que as aparências enganam, embora, às vezes o engano verta de outra fonte.  Se tratando de coisas espirituais, sobretudo, as pessoas tendem a ver a partir da vontade. Noutras palavras: Veem o que querem ver. Por exemplo: Quantos ateus, que não tendo um exemplo sequer de uma espécie sendo transmudada em outra, ainda assim, “veem” como plausível a Teoria da Evolução, pois, não conseguem “ver” Deus através da criação, ou, da Palavra?

A mesma Palavra ensina que tal “cegueira” é voluntária; invés de os inocentar, aumenta-lhes a culpa. “Porque as suas coisas invisíveis, desde a criação do mundo, tanto, seu eterno poder, quanto, sua divindade, se entendem, claramente se veem pelas coisas que estão criadas, para que eles fiquem inescusáveis; porquanto, tendo conhecido a Deus, não o glorificaram como Deus, nem lhe deram graças, antes, em seus discursos se desvaneceram, seu coração insensato se obscureceu. Dizendo-se sábios, tornaram-se loucos.” Rom 1;20 a 22 Viram Deus, entretanto, preferiram a escuridão, a insensatez.

O texto do Salmista ensina que, tanto os feitos, quanto, os caminhos do Senhor, foram notórios, isto é, fáceis de perceber. Contudo, o fato de que algo é fácil de perceber, compreender, são significa que é igualmente fácil de executar. Tanto que, os caminhos do Senhor no Êxodo, levavam Israel de encontro a combates, depois, dada a rebelião, incredulidade, dos que temeram lutar, como se a vitória derivasse deles, não, do Senhor, posto isso, digo, os caminhos retiveram a nação no deserto por quarenta anos, antes de ingressar na terra prometida. A geração que fora liberta para caminhar rumo à promessa, se viu caminhando em círculos, a espera da morte, por ter blasfemado contra Seu Libertador.

As promessas Divinas são imutáveis no que tange a Ele, Sua Fidelidade, Seu Caráter; no que diz respeito a nós, condicionais; dependem de nossas respostas, nos quesitos, crer, e obedecer à Vontade do Eterno.

Nossa covardia comodista anseia facilidades, a sobriedade necessária dos “Caminhos do Senhor” nos desafia às responsabilidades. E muitos, para fugir dessas, falseiam as coisas, turbam a própria visão, como se, ao fingirem não ver claramente o dever, fossem eximidos da culpa, pela eventual omissão em cumpri-lo.

Muitas declarações de fé feitas em cenário de “tempo bom” não passam de coloridas esperanças que, as facilidades circunstanciais permaneçam indefinidamente. Essa “fé” sazonal, a rigor, não é fé; hipocrisia conveniente do bobalhão que trai a si mesmo.
Embora viceje uma geração de pregadores festeiros que faz parecer que a “avenida da fé” é um amplo espaço de conquistas, a Palavra sempre advertiu que se trata de adstrita vereda, dever, responsabilidade. “Entrai pela porta estreita; porque larga é a porta, espaçoso o caminho que conduz à perdição; muitos são os que entram por ela; porque estreita é a porta, apertado o caminho que leva à vida, poucos há que a encontrem.” Mat 7;13 e 14

O mundo vive seu porre dos direitos, todos os comportamentos, faixas etárias, mas, ante Deus, a senda do dever se requer como aprendizado desde a infância: “Ensina o menino no caminho que deve andar; até quando envelhecer, não se desviará dele.” Prov 22;6

Se, por um lado é certo que, aquele que deveras não vê, conta com certa misericórdia, pois, “...Deus não toma em conta os tempos da ignorância”, por outro, não menos certo é que, a maioria finge não saber o que sabe, para não abrir mão do gosta.

Sua “cegueira” deriva de uma vontade rebelde que acostumou ao prazer na maldade, e disso não abre mão, prefere o escuro. “A condenação é esta: Que a luz veio ao mundo, os homens amaram mais as trevas que a luz, porque as suas obras eram más. Porque todo aquele que faz o mal odeia a luz, não vem para a luz, para que suas obras não sejam reprovadas. Mas, quem pratica a verdade vem para a luz, a fim de que as suas obras sejam manifestas, porque, são feitas em Deus.”Jo 3;19 a 21

Uns assim, como aqueles do Êxodo, recusam o combate, ( cruz ) duvidam da fidelidade e bondade de Deus, também andam em círculos no deserto da vida, a espera de uma morte sem esperanças. Daquela geração, entraram Josué e Calebe, dois que creram, apenas; da nossa, dentre os muitos convidados, uma minoria de escolhidos, infelizmente.


Os caminhos do Senhor são notórios, mas, pouco influi a Luz, ante quem aprendeu amar as trevas. “Suave é ao homem o pão da mentira, mas, depois a sua boca se encherá de cascalho.” Prov 20;17