“Tu te levantarás e terás piedade de Sião; pois, o tempo de te compadeceres dela, o tempo determinado, já chegou.” Sal 102;13
Há tempo específico para cada propósito; “Tudo tem seu tempo determinado; há tempo para todo propósito debaixo do céu.” Ecl 3;1
Se, podemos dispor de nossas vidas como quisermos dentro do nosso tempo, aos Olhos Divinos as coisas estão estabelecidas já; assim, podemos agir como quisermos em nossos dias, mas, não está em nós o número dos dias que aprazam o Divino Alvo.
Ele “De um só sangue fez toda geração dos homens, para habitar sobre toda a face da terra, determinando os tempos já dantes ordenados e os limites da sua habitação; para que buscassem ao Senhor...” Atos 17;26 e 27
O tempo dado a cada um, invés de ser para “curtir a vida” como devaneiam muitos, deriva do Amor Divino que faculta-nos um período para que busquemos a desejada (por Ele) reconciliação.
Se, escolhas infelizes abreviam nosso tempo, isso é fruto da nossa semeadura, não, derivado da “Boa, Agradável e Perfeita Vontade de Deus”. Rom 12;2
O texto inicial alude a um tempo determinado para Sião, o monte sobre o qual está Jerusalém. Isaías falou de um tempo luminoso para ela, enquanto, confusão e cegueira tomariam às nações; “Levanta-te, resplandece, porque vem a tua luz; a Glória do Senhor vai nascendo sobre ti; porque que as trevas cobriram a terra, a escuridão os povos; mas, sobre ti o Senhor virá surgindo e Sua Glória se verá sobre ti. Os gentios caminharão à tua luz, os reis ao resplendor que te nasceu.” Is 60;1 a 3
Quando está predito que Sião seria, enfim, estabelecido como O Senhor planejou?
“Acontecerá nos últimos dias que se firmará o monte da casa do Senhor no cume dos montes; se elevará por cima dos outeiros; concorrerão a ele todas as nações.” Is 2;2
Basta que leiamos, não carecemos de habilidade hermenêutica para identificar que, o tempo da glória de Jerusalém coincide com os “últimos dias”. Eis o Divino relógio!
Ao curso da história Jerusalém foi arrasada, reconstruída, devastada de novo; esteve em abandono por vasto período, até que, em 1948, o povo Judeu radicou-se de vez na sua Terra.
A coisa não foi pacífica; se, os fundadores do novo Estado de Israel eram egressos sobreviventes da segunda guerra mundial, muitas guerras locais aconteceram após; sempre, com intuito de, ou, destruir Israel, ou, pelo menos restringir o possível seu já diminuto território.
Houve interferências externas, da ONU, e, acabou numa cidade dividida; malgrado, sempre tenha sido a Capital do povo judeu, não era reconhecida; e, para fins de acomodações políticas foi estabelecida a cidade de Tel Aviv como capital.
Porém, Donald Trump, odiado por muitos, presidente da maior nação do planeta reconheceu oficialmente, Jerusalém como Capital judaica; mudou a Embaixada Americana para lá.
Só uma nação desse porte poderia dar uma banana à ONU e fazer isso; Deus escolheu aos Estados Unidos. Agora, Bolsonaro, favorito para ganhar aqui promete fazer o mesmo. Mais uma nação reconhecendo o devido a Israel.
Mediante Zacarias, O Senhor avisou que o pivô do último grande conflito bélico da humanidade será a cidade eterna; “Eis que eu farei de Jerusalém um copo de tremor para todos os povos em redor; também para Judá, durante o cerco contra Jerusalém. Acontecerá naquele dia que farei de Jerusalém uma pedra pesada para todos os povos; todos que a carregarem certamente serão despedaçados; e ajuntar-se-ão contra ela todo os povos da Terra.” Zac 12;2 e 3
Em Ezequiel 38 está predito o levante de uma confederação multinacional contra Israel; o que, no Salmo segundo é interpretada como sendo contra O Messias e Seu Jugo; “Por que se amotinam os gentios; os povos imaginam coisas vãs? Reis da terra se levantam, governos consultam juntamente contra o Senhor, contra o Seu Ungido, dizendo: Rompamos suas ataduras, sacudamos de nós suas cordas.” VS 1 a 3
Embora pessoas simples vejam apenas escaramuças políticas nos embates de sistemas que prezam valores cristãos, contra os que afrontam, no fundo, são desdobramentos da peleja espiritual; por isso a necessária estranheza quando, os que se dizem cristãos pendem para os inimigos de Cristo.
Aos tais cabe a reprimenda do Senhor dita a Tiago e João; “não sabeis de que Espírito sois ...” Luc 9;55
Não se trata de escolher homens perfeitos, não há; mas, optar pelos que defendem valores probos aos Olhos Divinos, pois, o mínimo que espera do Cidadão dos Céus é isso; que saiba em qual assento cabe honra, e, em qual, desprezo; enfim, o cidadão celeste é aquele, “A cujos olhos o réprobo é desprezado; mas, honra os que temem ao Senhor.“
Um espaço para exposição de ideias basicamente sobre a fé cristã, tendo os acontecimentos atuais como pano de fundo. A Bíblia, o padrão; interpretação honesta, o meio; pessoas, o fim.
Mostrando postagens com marcador Tempo de Deus. Mostrar todas as postagens
Mostrando postagens com marcador Tempo de Deus. Mostrar todas as postagens
sábado, 22 de setembro de 2018
segunda-feira, 25 de setembro de 2017
A Rapidez Lenta
“...eu irei como guia pouco a pouco, conforme o passo do gado que vai adiante de mim...” Gên 33;14
O temido encontro de Jacó com Esaú, onde os desejos de vingança desse tinham arrefecido já; encarou seu irmão em paz e o convidou para que fosse com ele, ao que o pastor demonstrou cuidado em não forçar a marcha do rebanho, dizendo que seguiria no ritmo do gado.
Embora tivessem a mesma idade, eram gêmeos, não é difícil imaginar que havia acentuadas diferenças físicas entre o pastor, de lenta locomoção e um caçador e guerreiro como Esaú acostumado a mover-se com agilidade. Seria como comparar um atleta com um executivo; óbvio que suas marchas eram diferentes.
Esaú liderava quatrocentos guerreiros; Jacó, rebanhos, mulheres e crianças.
Essa diferença figura, de certa forma, as discrepâncias entre nossos anseios e a realidade. Os sonhos são atléticos, “marombados,” velozes como Esaú; porém, a realidade é soturna, monótona, anda no passo de um gado moroso como a marcha de Jacó.
Contudo, na jornada espiritual não conta pontos quem chega primeiro; antes, quem atinge o alvo no tempo de Deus.
Nossas almas, malgrado, a promessa de vida eterna atuam como se tivessem pouco tempo; o anseio por felicidade, broto de uma raiz emocional, suplanta, não raro, a submissão ao processo necessário para nosso aperfeiçoamento, a escolha racional.
Noutras palavras: Não queremos nos preparar para as bênçãos; ansiamos que elas estejam preparadas para nós.
Pedro ensina que, “O Senhor não retarda Sua Promessa, ainda que muitos a têm por tardia”; assim, o mesmo fenômeno é visto de modo diferente por perspectivas diferentes. Para os discípulos era urgente que O Senhor fosse em socorro a Lázaro que estava enfermo; para Ele faltavam quatro dias ainda. Ante a visão humana, se ele morresse já era; para O Salvador era desejável que assim fosse; queria revelar O Poder de Deus sobre a morte.
Então, quando O Santo nos nega o “lógico” não o faz por ter deixado de nos amar; tem coisas melhores reservadas, para se manifestarem no devido tempo. “Porque eu bem sei os pensamentos que tenho a vosso respeito, diz o Senhor; pensamentos de paz, não, de mal; para vos dar o fim que esperais. Então me invocareis, ireis, orareis a mim e vos ouvirei. Buscar-me-eis, e me achareis, quando me buscardes com todo vosso coração.” Jr 29;11 a 13
A coisa certa no tempo errado pode deixar de ser certa também. Imaginemos um remédio forte, tarja preta, que, deva ser tomado um comprimido por dia durante uma semana e o paciente resolva tomá-los todos de uma vez apressando o “tratamento”; o risco é morrer de overdose.
Assim, o Senhor me dar bens, antes de implantar em meu ser a devida têmpera para resistir aos riscos que o mau uso deles me traria; pode me fazer mais mal que bem, tal bênção. A Palavra é categórica: “A bênção do Senhor enriquece e não traz consigo dores.” Prov 10;22 “Por isso, o Senhor esperará, para ter misericórdia de vós; Ele se levantará para se compadecer de vós, porque o Senhor é um Deus de equidade; bem-aventurados todos os que nele esperam.” Is 30;18
Embora essas citações tenham lá seus liames contextuais, são nuances do trato de Deus com o homem; como Ele não muda, parece lícito e necessário relacionar isso a nós também.
Zacarias e Isabel, mesmo justos e honrados eram avançados em idade e sem filhos, coisa que na cultura hebraica era tido por opróbrio, vergonha, quando não, maldição. Entretanto, no tempo do Eterno lhes coube a honra de gerar o maior de todos os profetas, João Batista.
Quantas vezes seus corações frágeis como os nossos foram tentados a duvidar da Bondade Divina? Afinal, desejavam algo lícito, normal, um filho; contudo, seu desejo secava no deserto do tempo.
Porém, para O Senhor que tira água da rocha, fazer rios no deserto é coisa fácil. “Então os coxos saltarão como cervos, e a língua dos mudos cantará; porque águas arrebentarão no deserto e ribeiros no ermo. A terra seca se tornará em lagos, a terra sedenta em mananciais de águas; nas habitações em que jaziam os chacais haverá erva com canas e juncos.” Is 35;6 e 7
Então, invés de nossas orações serem meras reivindicações tentando abreviar o tempo de Deus, sejam, antes, pedidos de sabedoria para melhor haurirmos as lições que necessitamos nessa escola. Quanto mais rápido crescermos, mais nos aproximaremos dos bens que O Senhor reservou para nossos dias de adultos.
Um coração cordato, submisso, andando “no passo do gado” chega antes ao Objetivo Divino pra nós, a Estatura de Cristo, o “Manso e Humilde”. O Bom Pastor não busca por atletas, mas, ovelhas.
O temido encontro de Jacó com Esaú, onde os desejos de vingança desse tinham arrefecido já; encarou seu irmão em paz e o convidou para que fosse com ele, ao que o pastor demonstrou cuidado em não forçar a marcha do rebanho, dizendo que seguiria no ritmo do gado.
Embora tivessem a mesma idade, eram gêmeos, não é difícil imaginar que havia acentuadas diferenças físicas entre o pastor, de lenta locomoção e um caçador e guerreiro como Esaú acostumado a mover-se com agilidade. Seria como comparar um atleta com um executivo; óbvio que suas marchas eram diferentes.
Esaú liderava quatrocentos guerreiros; Jacó, rebanhos, mulheres e crianças.
Essa diferença figura, de certa forma, as discrepâncias entre nossos anseios e a realidade. Os sonhos são atléticos, “marombados,” velozes como Esaú; porém, a realidade é soturna, monótona, anda no passo de um gado moroso como a marcha de Jacó.
Contudo, na jornada espiritual não conta pontos quem chega primeiro; antes, quem atinge o alvo no tempo de Deus.
Nossas almas, malgrado, a promessa de vida eterna atuam como se tivessem pouco tempo; o anseio por felicidade, broto de uma raiz emocional, suplanta, não raro, a submissão ao processo necessário para nosso aperfeiçoamento, a escolha racional.
Noutras palavras: Não queremos nos preparar para as bênçãos; ansiamos que elas estejam preparadas para nós.
Pedro ensina que, “O Senhor não retarda Sua Promessa, ainda que muitos a têm por tardia”; assim, o mesmo fenômeno é visto de modo diferente por perspectivas diferentes. Para os discípulos era urgente que O Senhor fosse em socorro a Lázaro que estava enfermo; para Ele faltavam quatro dias ainda. Ante a visão humana, se ele morresse já era; para O Salvador era desejável que assim fosse; queria revelar O Poder de Deus sobre a morte.
Então, quando O Santo nos nega o “lógico” não o faz por ter deixado de nos amar; tem coisas melhores reservadas, para se manifestarem no devido tempo. “Porque eu bem sei os pensamentos que tenho a vosso respeito, diz o Senhor; pensamentos de paz, não, de mal; para vos dar o fim que esperais. Então me invocareis, ireis, orareis a mim e vos ouvirei. Buscar-me-eis, e me achareis, quando me buscardes com todo vosso coração.” Jr 29;11 a 13
A coisa certa no tempo errado pode deixar de ser certa também. Imaginemos um remédio forte, tarja preta, que, deva ser tomado um comprimido por dia durante uma semana e o paciente resolva tomá-los todos de uma vez apressando o “tratamento”; o risco é morrer de overdose.
Assim, o Senhor me dar bens, antes de implantar em meu ser a devida têmpera para resistir aos riscos que o mau uso deles me traria; pode me fazer mais mal que bem, tal bênção. A Palavra é categórica: “A bênção do Senhor enriquece e não traz consigo dores.” Prov 10;22 “Por isso, o Senhor esperará, para ter misericórdia de vós; Ele se levantará para se compadecer de vós, porque o Senhor é um Deus de equidade; bem-aventurados todos os que nele esperam.” Is 30;18
Embora essas citações tenham lá seus liames contextuais, são nuances do trato de Deus com o homem; como Ele não muda, parece lícito e necessário relacionar isso a nós também.
Zacarias e Isabel, mesmo justos e honrados eram avançados em idade e sem filhos, coisa que na cultura hebraica era tido por opróbrio, vergonha, quando não, maldição. Entretanto, no tempo do Eterno lhes coube a honra de gerar o maior de todos os profetas, João Batista.
Quantas vezes seus corações frágeis como os nossos foram tentados a duvidar da Bondade Divina? Afinal, desejavam algo lícito, normal, um filho; contudo, seu desejo secava no deserto do tempo.
Porém, para O Senhor que tira água da rocha, fazer rios no deserto é coisa fácil. “Então os coxos saltarão como cervos, e a língua dos mudos cantará; porque águas arrebentarão no deserto e ribeiros no ermo. A terra seca se tornará em lagos, a terra sedenta em mananciais de águas; nas habitações em que jaziam os chacais haverá erva com canas e juncos.” Is 35;6 e 7
Então, invés de nossas orações serem meras reivindicações tentando abreviar o tempo de Deus, sejam, antes, pedidos de sabedoria para melhor haurirmos as lições que necessitamos nessa escola. Quanto mais rápido crescermos, mais nos aproximaremos dos bens que O Senhor reservou para nossos dias de adultos.
Um coração cordato, submisso, andando “no passo do gado” chega antes ao Objetivo Divino pra nós, a Estatura de Cristo, o “Manso e Humilde”. O Bom Pastor não busca por atletas, mas, ovelhas.
Marcadores:
Jacó e Esaú,
Jornada espiritual,
Lázaro Enfermo,
opróbrio,
Overdose,
passo do gado,
Rapidez lenta,
Rios no Deserto,
Tempo de Deus,
Vingança
domingo, 11 de setembro de 2016
A Paciência
“Porque necessitais de paciência, para que, depois de
haverdes feito a vontade de Deus, possais alcançar a promessa.” Heb 10;36
Interessante essa ordem de coisas. Paciência, depois, de ter feito a vontade de
Deus. A maioria dos impacientes que conheço, o são, por marcarem tempo, ou,
modo, para que, Deus, faça suas vontades.
Pensemos um pouco sobre a palavra, paciência. Já ouvi alguns
dizendo tratar-se da ciência da paz. Soa parecido, entretanto, não é bem assim.
Paz deriva do latim, pax. Paciência, segundo
especialistas, vem do Latim, Pati, significando, sofrer, aguentar; ou, do grego
Pathe, sofrimento. Da mesma fonte vêm, simpatia, patologia, e paciente, aquele
que é internado para ser tratado de algum mal.
Ora,
um paciente não decide sobre medicamentos, doses, cirurgias, abstinências,
nada. Está totalmente a mercê do médico. Igualmente, não lhe cabe decidir sobre
quando terá alta. Se sair por sua conta deixará de ser paciente e será
fugitivo. Assim, paciência no aspecto espiritual significa submeter-se a Deus,
Sua Vontade, como um paciente faz, ante os médicos.
O
salmista escreveu: “Esperei com paciência no Senhor,
ele se inclinou para mim, ouviu o meu clamor. Tirou-me dum lago horrível, dum
charco de lodo, pôs os meus pés sobre uma rocha, firmou os meus passos.” Sal
40;1 e 2
Quem escreveu isso foi Davi, que fora ungido bem jovem para ser
rei de Israel. Entretanto, demorou muito para reinar. Foi invejado, perseguido
por Saul, errante, desterrado entre inimigos, nada da promessa se cumprir.
Bem poderia ter matado o rei que o perseguia, teve duas
oportunidades e não fez, pois, se Deus dissera que ele seria rei, aguardaria no
tempo do Eterno. Poderia ter pensado, mato o rei indigno, Deus disse que eu
mando nessa bagaça, então, é comigo. Porém, fugiu, esperou. Depois que os
inimigos filisteus mataram ao desobediente Saul, e o povo o buscou para ser
rei, só então, viu O Senhor tirá-lo do “charco de lodo” das perseguições, e colocá-lo
na rocha, de um grande reino.
A Bíblia apresenta não poucos filhos da impaciência, todos feios.
Sara, malgrado a promessa Divina que teria um filho com Abraão, achou que a
coisa demorava muito; mandou seu marido “ajudar” a Deus, deitando-se com a
escrava. Não resolveu o problema em sua precipitação, e ainda criou um novo. Mais
tarde, durante o Êxodo, Israel guiado por Moisés chegara à base do Sinai, onde
deveria esperar, pois, Deus chamara Seu servo no monte para dar Sua Lei. Demorou
40 dias, o que pareceu demais a um povo que esperara por 400 anos. Dada a
“demora” fizeram um bezerro de ouro para adorar.
A fé é confiança irrestrita no Caráter de Deus, a paciência deve
descansar na Sabedoria do Santo. Aquele que é Onisciente não saberia o tempo certo
de nos abençoar?
Além da Sua Palavra, Deus, nos fala, através da Sua Obra. Spurgeon
chamou de Livro da Natureza. A Bíblia corrobora isso, dizendo: “suas coisas
invisíveis desde a criação do mundo, tanto o seu eterno poder, quanto, a sua
divindade, se entendem, e claramente se veem pelas coisas que estão criadas,
para que os ímpios fiquem inescusáveis;” Rom 1;20
E, dentre as muitas coisas que podemos aprender observando a
natureza, uma delas, sem dúvida, é a paciência. Tiago ensina: “Sabendo que a
prova da vossa fé opera a paciência. Tenha, porém, a paciência a sua obra perfeita,
para que sejais perfeitos, completos, sem faltar em coisa alguma.” Tg 1;3 e
4 “Sede, pois, irmãos, pacientes até à
vinda do Senhor. Eis que o lavrador espera o precioso fruto da terra,
aguardando-o com paciência, até que receba a chuva temporã e serôdia.” Cap 5;7
Acaso conhecemos alguma planta que se semeie e colha no mesmo dia,
na mesma semana? Algumas hortaliças se pode colher, num mês; mas, geralmente o
tempo e muito maior, entre plantio e ceifa. Assim como o lavrador não pode
abreviar o tempo da colheita, não podemos nós, interferir no tempo de Deus.
Afinal, mesmo O Altíssimo sendo Eterno, atua em consórcio com o
tempo, ainda que, esse, seja por Ele determinado. O Salvador foi enviado no
tempo pré-determinado, e nenhuma impaciência mudaria isso. “vindo a plenitude
dos tempos, Deus enviou seu Filho.” Gál 4;4
Os que tiram a mão do arado por que “cansaram de esperar” bênçãos
que não vieram, cansaram-se com seus próprios pesos, o jugo de Jesus é suave,
Seu fardo, leve. Muitos acham que esperar em Deus equivale a ter um Servo de
imensa força para nos ajudar. Esperar em Deus é ter um Senhor amoroso e
Onisciente, que apesar de nós, não sucumbe a sentimentalismos pueris, antes,
faz a bênção e o abençoado madurarem juntos e se encontrarem no devido tempo.
domingo, 28 de agosto de 2016
"Contradições" de Jesus
“Jesus,
conhecendo que a virtude de si mesmo saíra, voltou-se para a multidão, e disse:
Quem tocou minhas vestes?” Mc 5;30
“Não permitiu
que alguém o seguisse, a não ser, Pedro, Tiago, e João, irmão de Tiago... Entrando,
disse-lhes: Por que vos alvoroçais e chorais? A menina não está morta, mas,
dorme. Riam-se dele...” Mc 5;37, 39 e 40
Temos partes
de dois eventos “contraditórios” de Jesus. O primeiro, a cura em oculto da
mulher que padecia fluxo de sangue, e O tocou furtivamente, sarando
imediatamente. O Senhor poderia ter deixado assim, poupado a mulher de
constrangimentos, mas, fez com que se revelasse. “Quem me tocou?” Depois que ela
assumiu o feito e a causa, despediu-a, em paz.
Entretanto,
no evento seguinte, a ressurreição da filha de Jairo, não se importou de
parecer ridículo, para que, Seu milagre ficasse oculto. Primeiro, selecionou
três testemunhas além dos pais: Pedro, Tiago e João; aos demais, disse que
ficassem distante. Depois, disse à turba que pranteava que seu pranto não fazia
sentido, afinal, a menina estava apenas dormindo. A galera vendo que Ele “não
sabia de nada”, escarneceu, rindo do Senhor.
Depois de
operar maravilhosamente, foi categórico na ordem para que se mantivesse sigilo:
“Mandou-lhes expressamente que ninguém soubesse; e disse que lhe dessem de
comer.” V 43
Como não
revelou a causa dessa diferença de atitudes, nos resta especularmos; quem sabe,
algum texto paralelo nos ajude a entender Seus motivos. Quem se importa de
sofrer eventual constrangimento, se, em troca for liberto de uma prisão de mais
de uma década? A mulher curada saiu de ante O Salvador, feliz, agradecida,
invés de, envergonhada.
Quantos milhares de sermões sua bênção revelada
propiciou? Quiçá, serviu de alento a muitos enfermos também. Se a coisa tivesse
se mantido oculta, tudo isso se perderia. O Senhor, parcimonioso, que ordenou
que se recolhesse sobras para que nada se perdesse quando multiplicou pães e
peixes, não seria perdulário com algo de maior monta.
Entretanto,
por esse mesmo raciocínio, um milagre mais expressivo que a cura, a
ressurreição, seria ainda muito mais impactante; quais os motivos do Senhor
para esconder isso?
Os marqueteiros da vez, que dão microfones para testemunhos
de “curas” de dores nas costas com a “Oração Poderosa” do Missionário tal, não
perderiam uma chance dessas, para mostrar que “a mão de Deus está aqui”, como
diria aqueloutro. O Mestre, porém, “rasgou dinheiro”, ordenou sigilo.
Uma coisa que
as Escrituras mostram claramente é que O Senhor é mui cioso do tempo. Avisa d’antemão,
apraza eventos e cumpre, rigorosamente, como no extraordinário “calendário” das
setenta semanas, dado a Daniel. Paulo disse: “Vindo a plenitude dos tempos,
Deus enviou seu Filho...” Gál 4;4 Mais de uma vez O Salvador disse: “Ainda não
é chegada a hora”, ciente que Seus atos tinham uma “agenda” profética que se
importava em cumprir.
Contudo, o
que tem a publicidade de um grande milagre do Senhor, com o tempo? Boa
pergunta. Acontece que, Ele tinha forte oposição do “establishment” religioso,
que, milagres de menor relevância tolerava; eventual exorcismo atribuíam a
Belzebu, mas, a ressurreição, aí, seria demais.
Quando chegou
o Seu tempo, o Senhor não se importou mais com sigilo, antes, “escancarou.” Não
foi ao leito “despertar” uma menina, antes, esperou quatro dias quando chamado
a socorrer Lázaro.
Orando ante o
túmulo do falecido agradeceu a Deus por tê-lo ouvido; classificou a morte do
amigo como resposta às suas orações, pois, queria que todos vissem quem Era. “Bem
sei que sempre me ouves, mas, eu disse isto por causa da multidão que está em
redor, para que creiam que tu me enviaste... - ressuscitado o morto - Muitos,
pois, dentre os judeus que tinham vindo a Maria, que tinham visto o que Jesus
fizera, creram nele.” Jo 11; 42 e 45
Aí, a consequência
que Ele sabia “necessária” presto, surgiu: “Caifás, um deles, que era sumo
sacerdote naquele ano, lhes disse: Vós nada sabeis... convém que um homem morra
pelo povo, que não pereça toda a nação. Desde aquele dia, pois, consultavam-se
para o matarem.” Vs 49, 50 e 53
Assim, quando
O Senhor nos diz para que não façamos algo, par mais lógico e producente que
pareça, ouçamos. “Porque os meus pensamentos não são os vossos, nem, vossos
caminhos, os meus, diz o Senhor.” Is 55;8 Mesmo um homem “reto, temente a Deus
que se desvia do mal,” como foi Jó, se ousar questionar as ações Divinas, no
fim, será apenas um que, “encobre o conselho com palavras sem entendimento.”
Esse
raciocínio sadio acaba com qualquer “liberalidade teológica” que ousa contra A
Palavra de Deus. Veta acréscimos e omissões, e já agendou o dia que
recompensará quem ousar fazer isso.
domingo, 12 de abril de 2015
Dá um tempo
“Os
meus dias são como a sombra que declina; como a erva me vou secando. Mas tu,
Senhor, permanecerás para sempre; tua memória de geração em geração.” Sal 102;
11 e 12
Alguns
servos de Deus cogitaram as suas relações com o tempo em contraste com o
Eterno; a desvantagem humana, óbvio, resultou imensa.
Moisés: “Porque mil anos
são aos teus olhos como o dia de ontem que passou, como a vigília da noite... Os
dias da nossa vida chegam a setenta anos; se, alguns, pela sua robustez chegam
a oitenta anos, o orgulho deles é canseira e enfado, pois cedo se corta e vamos
voando.” Sal 90; 4 e 10
Pedro: “Mas, amados, não ignoreis uma coisa; que, um
dia para o Senhor é como mil anos, mil anos como um dia. O Senhor não retarda sua promessa, ainda que alguns a têm por
tardia; mas é longânime para conosco, não querendo que alguns se percam, senão,
que todos venham a arrepender-se.” II Ped 3; 8 e 9
Tiago: “Digo-vos que não
sabeis o que acontecerá amanhã. Porque, que é a vossa vida? É um vapor que
aparece por um pouco, depois se
desvanece.” Tg 4; 14
Em Hebreus encontramos o que segue: “Jesus Cristo é o
mesmo; ontem, hoje e eternamente.” Heb 13; 8 Muitos exemplos mais, há; contudo,
por ora, esses bastam.
Acontece que, se as coisas criadas estão sujeitas ao
tempo, Aquele que é Pai da Eternidade possui o tempo em Suas mãos. Por isso, a
Dádiva Maior de Seu amor, Jesus Cristo, visa guindar aos que Lhe ouvem e obedecem,
a uma dimensão onde o tempo não conta mais. “Na
verdade, na verdade vos digo que quem ouve a minha palavra e crê naquele que me
enviou, tem a vida eterna; não entrará em condenação, mas, passou da morte para
a vida” Jo 5; 24
Sim, a morte tem seu consórcio com o tempo, onde, ceifa a
torto e a direito como lhe apraz. A vida eterna, porém, livra aos filhos das
garras da morte.
Então, lermos o tempo com a lupa humana vale para as nossas
coisas, não, para as que são eternas. Nesse quesito fracassaram os opositores
de Jesus. Quando Ele disse: “Antes que Abrão existisse, Eu Sou” soou blasfemo,
pois, lhe davam pouco mais de trinta anos, sua saga humana. Entretanto, quando
desafiou à lógica ao ressuscitar um morto de quatro dias demonstrou cabalmente
que, Seu postulado de imunidade ao tempo é veraz.
Como vive num eterno
presente, incita-nos a uma decisão no mesmo prisma: “Portanto, como diz o Espírito
Santo: Se ouvirdes hoje sua voz, não endureçais vossos corações...” Heb 3; 7 e 8
A urgência
não é por que o tempo em si seja exíguo; antes, porque o nosso em particular
pode findar a qualquer momento. Todos os dias milhares de vidas adentram à
eternidade órfãs de uma decisão séria no âmbito espiritual, pois, mesmo ante
inúmeras oportunidades postergaram; findou seu tempo e não buscaram a Salvação,
como disse Jeremias, noutro contexto: “Passou a sega, findou o verão e
nós não estamos salvos.” Jr 8; 20
É próprio de Um Ser Amoroso, que possui todo
o tempo, ser longânime, como Deus é; entretanto, descansarmos nisso como se a
Santa paciência fosse cumplicidade com nossos descaminhos soa à blasfêmia; Ele
diz: “Estas coisas tens feito, ( ver contexto ) eu me
calei; pensavas que era tal como tu, mas eu te argüirei, as porei por ordem
diante dos teus olhos.” Sal 50; 21
Que dizer ainda dos, que, de posse de menos
de um século de vida contraditam ao Eterno com teorias biodegradáveis? Essas poses de super-homens
valem para discursos inflamados, teses doentias; contudo, a “Kriptonita” do
tempo basta para verter em vermes a tais “homens de aço.”
O precursor do
Salvador, aliás, também anunciou essa mensagem: “Uma voz diz: Clama;
alguém disse: Que hei de clamar? Toda a carne é erva, toda a sua beleza como a
flor do campo. Seca-se a erva e cai a flor, soprando nela o Espírito do Senhor.
Na verdade o povo é erva. Seca-se a erva cai a flor, porém, a palavra de nosso
Deus subsiste eternamente.” Is 40; 6 e 7
Não é pequena a insensatez de quem
cambia a segurança de Diretrizes Eternas pelo pólen fugaz de flores enfermiças.
É próprio de nossa sociedade apodrecer moralmente e filosofar: Os tempos são
outros! Isso mascara que os humanos são outros, cada vez piores. Ignoram
deliberadamente que, sua falta de tempo para Deus rouba a todo tempo de si.
Seja nossa, pois, a oração de Moisés: “Ensina-nos a
contar nossos dias, de tal maneira, que alcancemos corações sábios.” Sal 90; 12
domingo, 4 de janeiro de 2015
Em terra estranha
“Como
cantaremos a canção do Senhor em terra estranha?” Sal 137; 4
Compreensível a
nostalgia, a saudade de Jerusalém, depois de tantos anos de cativeiro em
Babilônia.
Entretanto, há algumas coisas a se considerar. Aquela objeção, mal compreendida, pode dar
azo à legitimação dos “santos da bonança” dos “fiéis do tempo bom.” A ideia
subjacente é que as pessoas se alegrem em Deus, sejam fiéis apenas quando as
coisas forem bem, quando não, podem por a viola no saco.
Parece que a mulher de
Jó pensava assim; uma vez que, na prosperidade do marido não se importava que
ele madrugasse para oferecer sacrifícios, adoração a Deus; no ápice da provação
dele, aconselhou a blasfêmia, o suicídio. Quantas pessoas em situações desesperadoras
ouvem a voz da “mulher de Jó!” Digo sopros interiores aconselhando o suicídio,
como se, nele, repousasse uma solução. Deus não está em tais palavras, antes,
aconselha: “Invoca-me no dia da angústia; eu te livrarei e tu me glorificarás.”
As 50; 15
Voltando a Jó, ele fez exatamente isso; desejou uma audiência com o
Eterno e obteve, enfim. Quanto ao conselho de sua mulher, jogou na cesta do
lixo. “Porém ele lhe disse: Como fala qualquer doida, falas tu; receberemos o
bem de Deus, e não receberíamos o mal? Em tudo isto não pecou Jó com os seus
lábios.” Jó 2; 19 A moderna “Teologia da
Prosperidade” tinha já seus expoentes em dias idos.
A ideia rasa, mercantil, de um Deus
negociante que como adestradores de animais, nos dá um “osso” a cada movimento
certo não combina com o Altíssimo, nem com o quê Ele espera de nós.
Dada a
interdependência da vida em sociedade, muitas vezes o juízo acaba atingindo
pessoas inocentes, eventualmente. Deus assume isso. “Os
que em tristeza suspiram pela assembleia solene, os quais te pertenciam, eu os
congregarei; esses para os quais era um opróbrio o peso que estava sobre ela.”
Sof 3; 18
Num contexto de promessas de remoção de castigos, Ele aludiu aos que
tinham saudade de cultuar Seu Nome; se envergonhavam pelo juízo, dado, serem
inocentes. O juízo atingira a todos, mas, a esses que eram fiéis estava
guardada uma gloriosa recompensa pela injusta sorte;
“...deles farei um louvor e um nome em toda a terra em que foram
envergonhados.” V 19 Eram fiéis quando os líderes e a maioria da nação não era;
seguiram assim Durante o juízo; depois, foram recompensados.
Assim, não é erro
esperarmos recompensas pelas virtudes, tanto, quanto, temermos o juízo pelo
vício. Porém, tal “ceifa” sempre será no tempo de Deus, nunca, no nosso.
Quantos
fiéis virtuosos que partem dessa vida, sedentos de justiça para terem sua recompensa
apenas na eternidade? Por outro lado, quantos patifes, canalhas, ladrões
prosperam a olhos vistos, sendo um acinte aos homens de bem, fazendo parecer
que o mal compensa?
Então, não nos cumpre escolhermos as circunstâncias para
sermos fiéis; afinal, uma “fidelidade” nesses moldes sequer fidelidade é; mera
negociata. Daniel no cativeiro Babilônico tinha todas as razões para “baixar a
guarda;” afinal, foram entregues ao domínio de um rei estranho. Entretanto,
decidiu mesmo no palácio real a não se contaminar com as iguarias do Rei. Para
ele, fidelidade não dependia da bonança, antes, da boa inclinação de seu
coração.
Ademais, as coisas espirituais vistas da perspectiva natural são um convite ao
abandono, uma vez que, a recompensa parece tardar, tanto aos bons quanto aos
maus. Sendo a inclinação natural má, tende a prevalecer. “Porquanto não se
executa logo o juízo sobre a má obra, por isso o coração dos filhos dos homens
está inteiramente disposto para fazer o mal.” Ecl 8; 11
Todavia, não é a régua
natural que mensura valores espirituais, como ensina Paulo: “As quais também falamos, não com palavras de sabedoria
humana, mas com as que o Espírito Santo ensina, comparando as coisas
espirituais com as espirituais.” I Cor 2; 13
Os “olhos da fé” não são de
córneas, retina; antes, de confiança
irrestrita Naquele que não pode mentir. “Pela fé ( Moisés ) deixou o Egito, não
temendo a ira do rei; porque ficou firme, como vendo o invisível.” Heb 11; 27
Como
a Obra de Deus após Cristo ganhou contornos universais, não há “terra estranha” onde não possamos
cantar louvores ao Senhor; exceto, cativos do pecado. Contudo, se estamos
presos nele, não dependemos do beneplácito de um rei estranho para volvermos ao
nosso lugar de paz; antes, basta que rompamos com um príncipe falido cuja única
arma é a mentira.
O Rei que liberta já deu a chave das algemas. “Se vós permanecerdes na minha palavra, verdadeiramente
sereis meus discípulos; conhecereis a
verdade, e a verdade vos libertará.” Jo 8; 31 e 32
Assinar:
Postagens (Atom)