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segunda-feira, 30 de dezembro de 2019

Deus pelejará em nós


“Os filisteus, ouvindo a voz de júbilo, disseram: Que voz de grande júbilo é esta no arraial dos hebreus? Então souberam que a Arca do Senhor era vinda ao arraial.” I Sam 4;6

Na primeira batalha uns quatro mil soldados de Israel foram mortos; então, decidiram “convocar Deus” para o front, para que O Eterno pelejasse por eles. Mandaram buscar a Arca da Aliança; quando a mesma chegou ao arraial festejaram com gritaria tal que até nas fileiras inimigas se ouviu.

Contudo, no novo embate o resultado não foi melhor que no primeiro, com agravante que além de dizimar aos exércitos dos Israelitas os filisteus levaram consigo a Arca.

Quem conhece o contexto em que os sacerdotes profanos filhos de Eli se prostituíam em lugar santo, e a mensagem de juízo entregue a Eli, o pai omisso, sabe porque Deus “perdeu” a peleja.

Seu Juízo trouxera os filisteus como punição para com as rebeldias profanas de então. Em momentos de paz zombavam das coisas santas; nos de aperto pediam socorro ao que fora alvo do escárnio blasfemo. Inda hoje muitos riem dos ensinadores do Evangelho em horas de calmaria; nas de catástrofes, a primeira coisa que bradam é: Meu Deus!! Deus os buscou e foi repelido. Assim como consertamos o telhado em dias de tempo bom, deveríamos zelar por nosso relacionamento com O Pai, quando tudo vai bem.

Vergonhosamente muitos dos que tomam o Santo Nome em seus lábios não têm o devido entendimento sobre Quem Ele É. 


Ao tentarem manipulá-lo para que Ele patrocine desejos naturais, com suas mandingas e jeitinhos reduzem o Todo Poderoso à estatura de um bibelô qualquer de humana feitura. As coisas iam mal na peleja, “buscaram Deus” como se Ele fosse menino birrento que recusara ir e O “colocaram em perigo” para que Ele defendendo-se defendesse a eles também. Que vergonha! Que monumento à cegueira espiritual! A Arca era só um objeto, não uma redução Daquele que “Enche os Céus e a Terra”.

Quem peleja na dimensão espiritual busca, sobretudo, estar em paz com Deus; isso demanda uma luta ferrenha contra inimigos interiores; não o faz acoroçoado por uma imagem, mesmo que, da Arca da Aliança, antes, em atenção aos ditames da consciência no Espírito que atua para revelar nossos maus passos.

A ímpia e profana tentativa de “alistar Deus” ao seu serviço, invés de, em humildade e submissão a Cristo nos colocarmos na devida condição de servos, para o que Ele, O Senhor quiser, além da não lograr o insano intento, tal rebelião encontra no Santo um adversário, invés de um ajudador; “Mas eles foram rebeldes, contristaram Seu Espírito Santo; por isso se lhes tornou em inimigo; Ele mesmo pelejou contra eles.” Is 63;10

O Eterno poderia “argumentar” fazendo a terra tremer como fez em Filipos nos dias de Paulo e Silas, mas aquele foi um incidente pontual; não tenciona nos Salvar mediante terremotos; antes, pela Sua Palavra; “A fé vem pelo ouvir, e ouvir A Palavra de Deus.” Pois, foi aí, ao duvidar da Palavra do Criador que tudo começou; portanto, honra ao Eterno quem não questiona Sua Palavra, não quem oferece mandingas como se Ele tivesse carência disso. “Se Eu tivesse fome não te diria, pois Meu é o mundo e sua plenitude. Comerei Eu carne de touros? ou beberei sangue de bodes?” Sal 50;12 e 13

Então a peleja que conta, deveras, é primeiramente de purificação interior, santificação; essa deriva da Bendita Palavra atuando em nós; “Com que purificará o jovem o seu caminho? Observando-o conforme Tua Palavra.” Sal 119;9

Desse modo, não tencionemos ter Deus pelejando “por” nós, antes de reconhecermos Seu Direito, legitimidade e necessidade de pelejar “em” nós.

A Arca, então, continha as Tábuas da Lei e a vara de Aarão o sacerdote escolhido; a “Arca” atual também tem em si A Palavra e O Sacrifício de Cristo, Sumo Sacerdote Eterno. Se ela estiver no “front” contra as más inclinações, então, nosso novo modo de viver fará tanto “barulho” que o arraial inimigo ouvirá; senão, nossa religiosidade oca será vã; apenas um artefato aparente para cair nas mãos do inimigo.

Carecemos prudência, temor para não pensarmos que O Rei dos Reis, Senhor dos Senhores é servo de ímpios.

Nossos desejos doentios clamam pela remoção de águas e fogos, ignorando que juntamente se removeria o Divino Socorro inerente; “Quando passares pelas águas Estarei contigo, quando pelos rios, eles não te submergirão; quando passares pelo fogo, não te queimarás, nem chama arderá em ti.” Is 43;2

Água e fogo são elementos de purificação; esse é o Santo Intento; “... Porque ele (Cristo) será como o fogo do ourives e como o sabão dos lavandeiros.” Mal 3;2

domingo, 25 de novembro de 2018

A Cruz e o Bezerro

“Enchi do Espírito de Deus, de sabedoria, entendimento, e ciência, em todo lavor; para elaborar projetos, trabalhar em ouro, prata, cobre; lapidar pedras para engastar, entalhes de madeira, para trabalhar em todo lavor. E tenho posto com ele Aoliabe...” Êx 31;3 a 6

Deus escolhera e capacitara artífices para o Tabernáculo, e os estava indicando pelo nome a Moisés. Bezalel e Aoliabe. Se, há coisas que podem verter de iniciativa nossa na Obra de Deus, há outras basilares que derivam da Suas instruções às quais nos convém apenas, obedecer.

Nos domínios humanos há democracia, ditadura, aristocracia, monarquia, presidencialismo, parlamentarismo, clãs, castas, etc. No que tange à Obra de Deus, só funciona conforme o método que O Eterno deseja. Poderíamos chamar de Teocracia Representativa. Deus governa mediante representantes que escolhe. Então, o escolhido para representá-lO era Moisés.

Tanto é assim que, nos dias que os hebreus rejeitaram Samuel, O Eterno disse: “... a Mim rejeitaram.”

Naqueles dias também; uma vez que Moisés “demorava” (ah, o cinismo humano! Quatrocentos anos no cativeiro; e quarenta dias de espera após os milagres vistos foi insuportável) resolveram patentear a “resistência” ao Governo partindo para uma solução alternativa. O Bezerro de Ouro. Se, o Eterno escolhera artífices também eles exibiram a arte de esculpir; seu memorial à estultice, à apostasia.

A falta de noção humana após a queda é abissal. Um povo que, havia quatro séculos que clamava por libertação, apenas algumas semanas após liberto sentia-se no direito, de desautorizar ao Libertador, contestar Suas decisões. Aquele que tirara milhares de vidas ilesas do cativeiro, agora, não pudera guardar a Moisés apenas, no monte; perdera-se.

A maldade é uma matreira que espia por frestas a espera de um nicho qualquer onde possa paramentar-se como lógica, para, assim vestida seduzir seu séquito de incautos.

A lógica forja argumentos, mas, O Espírito costuma desnudar motivos. Esses mensuram o mérito, que os artifícios buscam camuflar. É a Lógica de Deus.

A apostasia custou alguns milhares de vidas; causou a revolta de Moisés que quebrou as Tábuas da Lei, e a Ira de Deus.

Em nossos dias já não existem escolhidos do Calibre de Moisés, Josué, Samuel, etc. A Revelação Divina usou profetas outrora; mas, na plenitude do tempo teve seu Upgrade; Um Escolhido de estirpe Superior; “Havendo Deus antigamente falado muitas vezes, de muitas maneiras, aos pais, pelos profetas, falou-nos nestes últimos dias pelo Filho, a quem constituiu herdeiro de tudo, por quem fez também o mundo.” Heb ;1 e 2

Jesus Cristo é O Escolhido, Ao Qual, resistir equivale a afrontar Deus. “Porquanto (Deus) tem determinado um dia em que com justiça há de julgar o mundo, por meio do homem que destinou; disso deu certeza a todos, ressuscitando-o dentre os mortos.” Atos 17;31

Por enquanto O Governo trabalha tentando persuadir pelo Seu argumento favorito; o amor. Malgrado, seja Ele O Todo Poderoso, não é o poder a prioridade do Reino, ainda. Permite que usemos nosso arbítrio, enquanto tenta nos convencer da conveniência de escolhermos a vida.

Infelizmente, na imensa maioria dos casos, o imediatismo hedonista, simulacro do medo da morte patente, no dito usual; “curta a vida porque a vida é curta”; tem patrocinado a escolha pelo pecado, o “bezerro de ouro” da vez ao redor do qual se pode bailar e perder-se em orgias, sem a necessária sobriedade requerida por Deus.

Ora, quem já venceu à morte não mais precisa temê-la; e quem a Ele, O Vencedor, pertence, igualmente; “Visto como os filhos participam da carne e do sangue, também Ele participou das mesmas coisas, para que pela morte aniquilasse o que tinha o império da morte, isto é, o diabo; e livrasse todos que, com medo da morte, estavam por toda vida sujeitos à servidão.” Heb 2;14 e 15

Embora ninguém escolha à morte deliberadamente, salvos os suicidas, optando pela autonomia em relação aos ensinos Dele, pecamos; a permanência no pecado traz seu efeito colateral necessário; morte espiritual, não, do corpo apenas; “Porque o salário do pecado é a morte, mas, o dom gratuito de Deus é a vida eterna, por Cristo Jesus nosso Senhor.” Rom 6;23

Cristo requer a cruz; nome poético da necessária mortificação dos desejos insanos; se, mortifico-me no tocante aos pecados nego a mim mesmo; essa é a ideia; “E dizia a todos: Se alguém quer vir após mim, negue a si mesmo; tome cada dia sua cruz, e siga-me. Porque, qualquer que quiser salvar sua vida, perdê-la-á; mas, qualquer que, por amor de mim, perder sua vida, a salvará.” Luc 9;23 e 24

Se, naqueles Dias pelo Seu Espírito Deus deu talento para esculpir imagens desejadas, hoje, pelo mesmo Espírito regenera-nos à Sua Imagem, se, ouvirmos Sua Voz.