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terça-feira, 3 de março de 2015

Os dois lados da moeda

“Considera, pois, a bondade e a severidade de Deus:...” Rom 11; 22  

Uma tendência humana enfermiça é a que limita O Santo às nossas inclinações, desejos. Quem se presume justo, andando em retidão tende a pregar duras mensagens advertindo da severidade do Eterno; por outro lado, o que vive claudicante num misto de obediência e rebeldia, não raro, coloca em relevo a graça, a bondade. 

Escrevendo aos romanos, Paulo aconselhou a não “fracionarmos” o caráter Divino, antes, entendê-lo em toda amplitude. “Considera a bondade e a severidade de Deus”, disse. 

Na epístola de Judas se contém algo semelhante. Ou, a lembrança dos, que, tendo sido alvos da bondade, pela incredulidade subseqüente acabaram deparando com a severidade. “Mas quero lembrar-vos, como a quem já uma vez soube isto, que, havendo o Senhor salvo um povo, tirando-o da terra do Egito, destruiu depois os que não creram;” Jd v 5 

Salomão lembrou outros que, fazem mau uso da longanimidade Divina. Em palavras mais simples, abusam da bondade. Disse: “Porquanto não se executa logo o juízo sobre a má obra, por isso o coração dos filhos dos homens está inteiramente disposto para fazer o mal.” Ecl 8; 11 

O mesmo Deus inspirou Davi a registrar num hino essa faceta de gente que, porque Ele cala ante certas práticas imagina, doentiamente, que, Deus aprova, ou, ao menos tolera deslizes de alguns; como se Ele tivesse favoritos, privilegiados. “Mas ao ímpio diz Deus: Que fazes tu em recitar os meus estatutos, em tomar a minha aliança na tua boca? Visto que odeias a correção, lanças as minhas palavras para detrás de ti. Quando vês o ladrão, consentes com ele; tens a tua parte com adúlteros. Soltas a tua boca para o mal, a tua língua compõe o engano. Assentas-te a falar contra teu irmão; falas mal contra o filho de tua mãe. Estas coisas tens feito; eu me calei; pensavas que era tal como tu, mas eu te arguirei, as porei por ordem diante dos teus olhos:” Sal 50; 16 a 21 

Vemos que o ímpio em questão é religioso, uma vez que recita sentenças da Palavra de Deus, não obstante, agir de modo a contrariá-la.

Certos nefelibatas levam a Bondade Divina a extremos tais, que, supõem que todos serão salvos pelos Méritos de Cristo, façam o quê fizerem. Outros escandalizam-se pelo fato de quê, pessoas de passado nebuloso, de pecados grosseiros acabam perdoadas quando se arrependem;  como se, existisse para Deus dois tipos de pecadores; os que podem ser salvos e os que não. 

Que a bondade é irrestrita, Paulo fez questão de realçar em seu próprio exemplo: “Esta é uma palavra fiel, digna de toda a aceitação, que Cristo Jesus veio ao mundo, para salvar os pecadores, dos quais eu sou o principal. Mas por isso alcancei misericórdia, para que em mim, que sou o principal, Jesus Cristo mostrasse toda a sua longanimidade, para exemplo dos que haviam de crer nele para a vida eterna.” I Tim 1; 15 e 16 

Todavia, se isso tudo e muito mais pode ser dito com verdade sobre a Bondade de Deus, não menos exemplos há da Sua severidade quando decide julgar. 

Tanto no início do sacerdócio levítico, quanto, na igreja ainda embrionária tivemos duas mortes, de gente que Profanou ao Santo. No primeiro caso, os dois filhos de Arão que compareceram ante Ao Senhor com “fogo estranho.” No Segundo, Ananias e Safira mentiram solenemente ao apóstolo Pedro e foram justiçados de modo severo, imediato.

Assim, brincarmos com coisas sérias indefinidamente, fiados que a bondade de Deus sempre está pronta para nos dar uma nova chance pode ser temerário;  como se ensina nos provérbios. “O Homem que muitas vezes repreendido endurece a cerviz, de repente será destruído sem que haja remédio.” Prov 29; 1 

Então, erram os “facilitadores” que enfatizam em demasiado a dita “era da graça” fazendo parecer licença para pecar; como se o juízo severo pertencesse aos dias de Moisés, apenas. A epístola aos Hebreus, aliás, depois de cotejar Jesus Cristo com Moisés no capítulo 3 mostrando-O infinitamente maior que aquele, adverte, adiante, sobre a seriedade de brincar com algo tão Sublime como Seu Sangue, e Seu Santo e Gracioso Espírito. “Quebrantando alguém a lei de Moisés, morre sem misericórdia, só pela palavra de duas ou três testemunhas. De quanto maior castigo cuidais vós, será julgado merecedor aquele que pisar o Filho de Deus; tiver por profano o sangue da aliança com que foi santificado e fizer agravo ao Espírito da graça?” Heb 10; 28 e 29  

Em suma: Deus é tão bom que deu Seu Filho por nós; tão severo, que não reconhecerá nenhum, que recusar tomar a Sua cruz.