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sábado, 15 de fevereiro de 2020

Imagem Embaçada


“... Produza a terra erva verde, erva que dê semente, árvore frutífera que dê fruto segundo sua espécie, cuja semente está nela sobre a terra e assim foi.” Gn 1;11

“Façamos o homem à Nossa Imagem, conforme Nossa Semelhança; domine sobre os peixes do mar, sobre as aves dos céus, sobre o gado, sobre toda a terra e sobre todo o réptil que se move sobre a terra.” Gn 1;26

Um distinção quando da criação, entre o homem e a natureza; essa posta para imitar a si mesma; “reproduzir conforme sua espécie;” o homem, tendo a criação sujeita a si, feito para refletir ao Ser de Deus, uma vez que, criado “à Sua Imagem e Semelhança”.

Se, a cada etapa concluída Deus supervisionava e via que era bom, uma vez criado o homem, diz que Deus viu que era “muito” bom; essa intensidade acrescida subentende que o apreço das demais obras era como que artístico, e do homem, afetivo; o prazer de Deus aumentara após tê-lo criado.

Tanto é assim que não há registros do Eterno maravilhado contemplando flores, paisagens, animais, enfim, os demais seres da criação; contudo, diariamente visitava ao homem pela viração do dia e com ele conversava. Visível que as demais coisas da criação eram meios; o homem, o fim.

A natureza foi restrita ao determinismo biológico, o reino da necessidade; reprodução mecânica, que, uma vez verificada bom está; isso significa que ela não faz escolhas, nem pode. Uma semente de milho plantada em condições adequadas não pode decidir se quer ou não, germinar; tampouco, escolher nascer trigo. A seu tempo, necessariamente nascerá e reproduzirá milho; ou um curso d’água não pode decidir subir invés de descer, ou mesmo estagnar em lugar íngreme; fatalmente se encaminhará aos lugares mais baixos, pois ceder ao “peso” da gravidade faz parte da “espécie” da água.

Assim, toda a natureza; o reino da necessidade não faz escolhas; faz o necessário segundo o projeto do autor.

Todavia, homens e anjos são arbitrários, capazes de fazer escolhas, sentir vontades e aceder a elas, ou não. Isso os coloca no reino da possibilidade; podendo agir de uma ou outra forma, essa autonomia os faz consequentes; ou seja: Podem optar pelo que quiserem, mas as consequências dessa opção serão necessárias; pois, o projeto original do Criador colocou a responsabilidade para contraponto à liberdade.

Portanto, o aviso: “Não coma da Árvore da Ciência do bem e do mal, pois no dia em que dela comeres, certamente morrerás.” A ameaça de morte como forma persuasora para que o homem escolhesse a vida.

Todavia, sabemos que a possibilidade de escolha fraquejou quando testada; a vontade pelo novo cambiou o certo pelo duvidoso, cujo resultado necessário foi a morte.

Pode parecer contraditório O Senhor Onisciente passeando pelo jardim a perguntar: “Adão, onde estás”? Claro que Deus sabia! A pergunta faz sentido sobre outro prisma que não, o da Divina ciência. Primeiro; oferecia ao homem uma audiência, uma possibilidade de explicar sua escolha; depois, revelava o sentimento Divino como de um Pai que chora a morte de um filho. Adão como fora criado “não estava mais”; nunca mais esteve! Todos os homens desde então, degeneraram tornaram-se fraudes. Nenhum mais por melhor que tenha sido foi Imagem e Semelhança do Criador.

Uns quatro milênios depois, certo homem entrou nas águas do Jordão para ser batizado e, enfim, Deus viu de novo Sua Imagem; “Esse é Meu Filho amado...” Foi perfeito assim que Eu criei para ter prazer!

A Vida e os Ensinos do “Segundo Adão” faram dados pelo Divino Amor em busca de nossa regeneração. Não fomos “Programados” para funcionar bem no pecado. Quando fazemos algo vergonhoso a face cora; falsidade é denunciada pelo brilho do olhar; mentira, pela reação disforme do sistema nervoso que permite a leitura do detector de mentiras, etc. Neurolinguistas sabem ler esses sinais que emitimos quando “funcionamos” com defeitos morais, pois, fomos criados para a santidade, a pureza; agindo diverso disso somos como um computador com vírus.

Daí, a necessidade de “deletar” o velho “sistema”; “negue a si mesmo”; submissos a Cristo seremos “formatados” de novo, capacitados a “funcionar” conforme o projeto original. “A todos quantos O receberam, deu-lhes poder de serem feitos filhos de Deus, aos que creem no Seu Nome;” Jo 1;12

Mudança no agir deriva de mudar o pensar; “Deixe o ímpio o seu caminho, o homem maligno seus pensamentos; se converta ao Senhor, que se compadecerá dele; torne para nosso Deus, porque grandioso é em perdoar.” Is 55;7

Ainda podemos fazer escolhas. A colheita será necessária; “... quem semeia na sua carne, da carne ceifará corrupção; mas, quem semeia no Espírito, do Espírito ceifará a vida eterna.” Gál 6;8

quinta-feira, 2 de janeiro de 2020

Bandeira vermelha da paz


“Glória a Deus nas alturas, Paz na terra; boa vontade para com os homens.” Luc 2;14

“Bendito o Rei que vem em Nome do Senhor; paz no Céu; glória nas alturas.” Luc 19;38


Duas exaltações a Deus e paz, em endereços distintos: Primeiro na Terra; depois, no Céu.

Paz é um estado de ânimo bilateral. De nada vale uma parte sentir-se “em paz” estando a outra com mágoa, com uma ferida não tratada. Assim, nossa reconciliação com Deus que traz paz na Terra requer uma contrapartida que enseje paz no Céu.

Não é algo de geração espontânea; antes, uma consequência, como ensinara Isaías: “O efeito da justiça será paz; a operação da justiça, repouso e segurança para sempre.” Is 32; 17 Onde houver traços de justiça sendo praticada, no prisma espiritual, se vislumbrará rastros de paz com Deus.

Entrando no mundo Aquele que É, A Verdade, tendo vindo para ensinar a Justiça Divina, com sobejas razões os anjos cantaram, “Paz na Terra”. “A misericórdia e a verdade se encontraram; justiça e paz se beijaram. A Verdade brotará da Terra, a Justiça olhará desde os Céus.” Sal 85;10 e 11

Se, a discórdia Divino-humana iniciou quando o primeiro homem foi instado a imputar injustiças a Deus e desobedecer, a concórdia seria restabelecida agora, para com aqueles que, ouvindo A Verdade, se arrependessem e passassem a dar crédito irrestrito a Deus; portanto, o “glória a Deus nas alturas.” O Santo que fora desonrado por calúnia e descrédito seria agora devidamente glorificado, pela verdade e a fé.

Se, Sua Santa presença entre nós é o bastante para trazer paz à Terra, a do Céu tinha um reclame de justiça ainda não satisfeito. Por isso, tão somente quando O Salvador entrou em Jerusalém para oferecer a Deus a contrapartida “humana” para reconciliação, só então, o Espírito Santo verteu de lábios anônimos a certeza que se estava fazendo paz no Céu.

Se, lá no início, a humanidade embrionária ousou desobedecer Ao Criador, não temendo à morte, agora, o “Segundo Adão” levou a obediência às últimas consequências, ensinando de modo prático, em que sentido é sábio não temer à morte.

A necessidade judicial Divina demandou que Cristo se fizesse homem, pois, não havendo na Terra, “um justo sequer”, a resposta que o Céu requeria jamais poderia ter sido oferecida por nós.

Deus entregara o domínio do Planeta ao homem. Competia ao homem, pois, colocar a “casa em ordem”; aqui temos a razão de ter, Cristo, descido da Sua Glória para se fazer um de nós. “Também o Pai a ninguém julga, mas deu ao Filho todo o juízo; para que todos honrem o Filho, como honram o Pai. Quem não honra o Filho, não honra o Pai que o enviou. E deu-lhe o poder de exercer juízo, porque é Filho do homem.” Jo 5;22, 23 e 27

Para que o inimigo, que derrotara um homem, não acusasse a Deus de injustiça, de trapacear, a justiça Divina fez Cristo vencer reduzido às limitações humanas. “Visto como os filhos participam da carne e do sangue, também Ele participou das mesmas coisas, para que pela morte aniquilasse o que tinha o império da morte, isto é, o diabo; e livrasse todos os que, com medo da morte, estavam por toda a vida sujeitos à servidão.” Heb 2;14 e 15

Desse modo, A Verdade ensinada pelo Mediador é o único aferidor confiável, pois, crida e vivida aquieta consciências e testifica que estamos em paz com Deus; ou, inquietando-as, denuncia razões da nossa ruptura.

A paz no Céu foi alcançada no sentido geral, de desfazer a mentira do inimigo, os grilhões que detinham a humanidade à sua mercê; mas, a paz individual depende da resposta de cada um. Quem escolhe a impiedade em lugar da obediência desonra a Deus; não ensejando paz no Céu, tampouco, desfruta paz na Terra. “Os ímpios não têm paz, diz o Senhor.” Is 48;22

Se alguém consegue, mesmo enlameado em culpas assegurar que é o mais honesto dos homens, não deriva isso de uma consciência pura; antes, outra, cauterizada. Precisamente aí que a eficácia do Sacrifício de Cristo sobrepuja em muito às pobres oferendas simbólicas do antigo sacerdócio. “... O Sangue de Cristo, que pelo Espírito eterno se ofereceu imaculado a Deus, purificará vossas consciências das obras mortas para servirdes ao Deus vivo.” Heb 9;14

A Boa Nova do Evangelho é um apelo à reconciliação possibilitada pelos Méritos do Único Mediador; Jesus Cristo. Sua Paz nunca ganhou nem ganhará um “Prêmio Nobel”; mas oferece eternidade aos que a recebem. “Deixo-vos a paz, Minha paz vos dou; não a dou como o mundo dá. Não se turbe vosso coração, nem se atemorize.” Jo 14;27

quinta-feira, 31 de outubro de 2019

Prazer ou Dever?


“Botas... as botas apertadas são uma das maiores venturas da terra, porque, fazendo doer os pés, dão azo ao prazer de as descalçar.”
Machado de Assis

Políticos dizem que uns criam problemas para vender soluções. No caso das botas aludidas por Machado, criam a dor para que, o normal pareça prazeroso.

Convenhamos; termos os pés livres de dor é algo que não enseja prazer nenhum; exceto, se essa normalidade for em oposição a um momento doloroso. Ao alívio decorrente da mudança recebemos com prazer.

Longe de defender que, a ocasião faz o ladrão, (não faz; apenas manifesta) há um quê de veraz na afirmação de Ortega Y Gasset: “O homem é o homem e suas circunstâncias”; uma vez que essas contextualizam suas reações e permitem uma leitura mais acurada do seu caráter.

Foi num amplo e paradisíaco jardim, cercado de toda bondade, fartura e beleza, que a sede de poder semeada por Satã conseguiu a atenção humana, de tal modo a ignorar aquilo tudo e cair no laço da morte; Por outro lado, o “Segundo Adão” Jesus Cristo, em pleno deserto, cercado de calor, fome e sede, recusou a sugestão do tentador de evadir-se ao sofrimento obedecendo-o.

Assim, pleno de bens Adão buscou a morte, convencido de que faltava algo; cercado de males Cristo resistiu e guardou à Vida. Em ambos os casos as circunstâncias não foram bastantes para direcionar escolhas, quer do primeiro, quer do “Segundo Adão”.

As “botas apertadas” do sofrimento não foram suficientes para que O Senhor as descalçasse, sabendo que, de as manter nos pés dependia a Sua e, sobretudo, as nossas vidas. Não é próprio de um soldado valente a busca do prazer, onde e quando, cumpre atinar ao dever.

Infelizmente, mais facilmente capitulamos ao prazer que, aos perigos; perigos nos desafiam a enfrentarmos males externos; enquanto, prazeres e seus apelos sempre desejáveis à carne atuam dentro de nós.

Enfrentar aos desejos requer uma força que a carne caída não tem; “Porquanto a inclinação da carne é inimizade contra Deus, pois não é sujeita à lei de Deus, nem, pode ser.” Rom 8;7

Portanto, as desculpas esfarrapadas que usamos eventualmente, tipo: “eu faço isso porque...” se, esse porquê advém de uma tangente que tenta negar a má inclinação, tal afirmação é inútil como enxugar gelo, ou lavar-se com lama.

Nós pecamos porque somos maus. Pior; justificamos às maldades praticadas por anseios rasteiros porque, além desses, pesa sobre nós a falta de noção; usando argumentos que evocam a egoísta e doentia justiça própria estamos andando pós Satanás que disse que a decisão sobre o bem e mal seria nossa.

Quando O Salvador ensinou que a Verdade libertaria Seus ouvintes não era uma “jogada de marketing” para exaltar Seus Ensinos; antes, a revelação da triste realidade que, somos escravos da mentira.

Paulo ilustrou os conflitos de um que vislumbra ao longe a Justiça Divina tentando pautar seus atos, porém, impotente ante à “Feitoria” do pecado; “Porque, segundo o homem interior, tenho prazer na lei de Deus; mas vejo nos meus membros outra lei, que batalha contra a lei do meu entendimento; me prende debaixo da lei do pecado que está nos meus membros.” Rom 7;22 e 23

Alguns teólogos debateram se, Paulo referia-se à sina de um ímpio, ou de um salvo; se falaria de si mesmo pós conversão, ou de resíduos anteriores a ela. Afinal, fala do “homem interior” que seria fruto do Novo Nascimento.

A natureza carnal permanece após a conversão; o “Upgrade” é a chegada da vida espiritual em Cristo, que reaviva a consciência e lega o auxílio do Espírito Santo, para que possamos viver de modo agradável a Deus.

Sabem os mais esclarecidos que a morte espiritual é a separação de Deus; não, inexistência; assim, um “homem interior” impotente para atuar segundo sabe ser o correto, mesmo existindo está morto; pois, por outro lado, a cruz dos salvos também não leva a natureza carnal à inexistência; apenas, mortifica-a, negando-se a segui-la preferindo a vereda estreita da obediência.

Por isso, a primeira provisão do Salvador aos que se convertem é poder para agir segundo o dever; “Mas, a todos quantos O receberam, deu-lhes o poder de serem feitos filhos de Deus, aos que creem no Seu Nome;” Jo 1;12

Não que o prazer em si seja um mal; antes, é mal quando alienado do Senhor, O Criador; pois, equivale a adultério espiritual; Ele que disse que tinha prazer com Seu “filho Amado” anseia tê-lo com os demais filhos também.

Calcemos, pois, as “botas apertadas” da renúncia e não sejamos como os que “... fizeram o que era mau aos meus olhos, escolheram aquilo em que, Eu não tinha prazer.” Is 66;4

domingo, 30 de junho de 2019

De onde vem o mal?

"Direi a Deus: Não me condenes; faze-me saber por que contendes comigo” Jó 10;2

Ao longo de sua dolorosa saga o patriarca jamais atribuiu ao inimigo, as suas dores. Na sua ótica, Deus estava contendendo com ele.

A Soberania Divina é uma coisa que mesmo os que afirmam pertencer ao Senhor não conhecem devidamente.
Ouçamos ao profeta Amós: “Sucederá algum mal na cidade, sem que o Senhor o tenha feito?” Cap 3;6

Há dois tipos de males; o moral, que, ante o Senhor é pecado, e o “mal” judicial para punição das más posturas; nesse caso, no fundo é um bem, dado que, seu escopo é a justiça. A precisa ceifa da nossa semeadura, além de fazer justiça serve de ensino; “... Deus não se deixa escarnecer; porque tudo o que o homem semear, isso também ceifará.” Gál 6;7 Seria um escárnio perante a justiça do Santo, no fim, um justo com galardão de injusto, ou, vice-versa.

Sobretudo, aqueles que têm com Ele um relacionamento estreito. Peleja O Santo por eles; se necessário, contra eles; “Em toda angústia deles Ele foi angustiado; o anjo da Sua Presença os salvou; pelo Seu amor e Sua compaixão Ele os remiu; os tomou e conduziu todos os dias da antiguidade. Mas eles foram rebeldes, contristaram o Seu Espírito Santo; por isso se lhes tornou em inimigo; Ele mesmo pelejou contra eles.” Is 63;9 e 10

Esses “males” o profeta atribui a origem ao Eterno. Os outros também “procedem Dele” no sentido passivo da Sua permissão para que se expressem livremente os corações, como Simeão disse a Maria. “Uma espada traspassará também a tua própria alma; para que se manifestem os pensamentos de muitos corações.” Luc 2;35

Então, procede do Senhor o permitir absoluta liberdade de escolha às criaturas, não, que a prática do mal conte com Sua aprovação.

Ele ensina as duas possibilidades e exorta que escolhamos a melhor; todavia, não interfere num sentido de violar à liberdade; a escolha é nossa. “Os Céus e a Terra tomo hoje por testemunhas contra vós, que te tenho proposto vida e morte, bênção e maldição; escolhe pois a vida, para que vivas, tu e tua descendência.” Deut 30;19

A “culpa” Divina é nos ter feito arbitrários, livres; a nossa, fazermos más escolhas; as coisas contrárias à vida que agrada a Deus; a do inimigo é ter sido o autor da ruptura do homem com O Criador. Ao inimigo cabem os “royalties” por cada pecado praticado, o reconhecimento que, os “direitos autorais” são dele.

Afeição pelo pecado é nossa. Só um hipócrita diria que, dadas as propensões da carne pós queda, (... a inclinação da carne é inimizade contra Deus, pois não é sujeita à lei de Deus... Rom 8;7) a escolha pela virtude em lugar do vício é a mais fácil. Estamos desde larga data, acostumados com as coisas à nossa maneira; mudar isso para adequação ao modo Divino soa-nos a violência, intromissão. E é.

O diabo dissera: Decidam vocês, independente de Deus, a nossa violência veio antes; O Eterno recoloca os pingos nos is: “Aquietai-vos e sabei que eu sou Deus...” Sal 46;10 Esse aquietar-se demanda o reconhecimento das próprias maldades; que foi mal “sermos deuses” e estamos dispostos à violência da cruz para restaurar a relação desfeita com O Pai.

Claro que essa ousadia santa requer um conhecimento melhor do Amor do Eterno; por isso a insistente pregação da Sua Palavra.

À Luz da mesma, como o infeliz Jó, um dia poderemos reconhecer melhor nossos devidos lugares. “Escuta-me, pois, eu falarei; te perguntarei e Tu me ensinarás. Te conhecia só de ouvir falar, mas agora te veem os meus olhos. Por isso me abomino e me arrependo no pó e na cinza.” Jó 42;4 a 6

“Ver” Deus foi o que fez Jó ver melhor a si mesmo. “... me abomino e me arrependo...”

O Governo da Terra, então, usurpado a Adão pelo inimigo foi retomado por Cristo desde o “Está Consumado”. A desobediência perdeu o domínio; a perfeita obediência do “Segundo Adão” resgatou. Então, paremos de dar mídia ao Capiroto com os tais “cultos de libertação” onde a estrela caída é a principal.

A libertação que conta requer aprendizado e prática da Doutrina de Cristo; o resto é irrelevante. “... Se vós permanecerdes na minha palavra, verdadeiramente sereis meus discípulos; conhecereis a verdade, e a verdade vos libertará.” Jo 8;3 e 32

Ninguém escala ao Everest porque é fácil; é a extrema dificuldade que torna o feito glorioso. O Reino dos Céus é mais alto, difícil e infinitamente mais glorioso. Não há uma estação favorável para escalada; antes, uma única “encosta” que a torna possível; a Cruz de Cristo.

domingo, 7 de abril de 2019

Um Adão por dia

“Eis que vêm dias, diz o Senhor, em que levantarei a Davi um Renovo justo...” Jr 23;5

É Recorrente a figura do “Renovo” para falar do Salvador. “Porque brotará um rebento do tronco de Jessé, das suas raízes um renovo frutificará.” Is 11;1 “Porque foi subindo como renovo perante ele...” Is 53;2 etc.

Não precisamos muito aprofundamento para entender que a palavra renovo significa; feito novo outra vez; regenerado.

Muitos fundem vida e existência como sinônimos; ou que, no prisma espiritual não é. Algo pode existir e estar envelhecido, decadente, ser apenas uma morte adiada. Se, a sentença que ameaçara a Adão fora: “No dia em que pecares certamente morrerás”, e, quando pecou seguiu existindo, embora, com medo de Deus, escondido, não é forçada a conclusão, antes, é lógica, que a morte espiritual não equivale à inexistência; mas, à separação do Criador.

Todo pecador em estado de rebeldia assemelha-se à certa igreja descrita em Apocalipse: “Tens nome de quem vive, mas, estás morto...” Apoc 3;1

O homem natural é só um morto existente que carece desesperadamente ouvir a Voz do Renovo se, quiser, enfim, ter vida. “Em verdade, em verdade vos digo que vem a hora, e agora é, em que os mortos ouvirão a voz do Filho de Deus; os que ouvirem viverão.” Jo 5;25

Escutar demanda orelhas, tímpanos; mas, ouvir requer coração, obediência; esse é o sentido aqui.

Se, no âmbito das promessas porvir achamos “natural” que Deus “chame às coisas que não são como se já fossem”, dado o Seu Escopo Eterno, igualmente pode chamar aos existentes, de mortos, dada, a sina espiritual que lhes pesa.

Embora os calvinistas apregoem que nada temos a ver com a salvação; derivaria da eleição Soberana de Deus sem nenhuma participação nossa, a Bíblia equaciona o Novo Nascimento à recepção do Salvador, o que necessariamente é um ato voluntário.

“Pode um morto fazer escolhas”? Questionam. Um morto espiritual ajudado pelo Espírito Santo e pela Palavra de Deus, sim.

Não terá méritos pela salvação; será de graça, mas, a escolha de aceitar ou não; admitir seus pecados ou não, será sempre sua. “Veio para o que era Seu, os seus não o receberam. Mas, a todos quantos o receberam, deu-lhes o poder de serem feitos filhos de Deus, aos que creem no Seu Nome; os quais não nasceram do sangue, nem da vontade da carne, nem da vontade do homem, mas de Deus.” Jo 1;11 a 13

Mas, se o “mérito” dos salvos é crer, a fé, um Dom de Deus, não teria Ele, feito tudo sozinho? Assim como a desobediência humana deu azo à queda, a obediência irrestrita ao “Renovo” é que nos lega a salvação.

Se, João ensina que, “O Verbo se fez carne e habitou entre nós” essa faceta foi necessária para Sua identificação conosco; “Visto como os filhos participam da carne e do sangue, também Ele participou das mesmas coisas, para que pela morte aniquilasse o que tinha o império da morte, isto é, o diabo; e livrasse todos os que, com medo da morte, estavam por toda vida sujeitos à servidão.” Heb 2;14 e 15 Porém, a regeneração que propiciou requer a mortificação da carne, da vontade natural, para que, pela Sua Palavra a regeneração seja feita.

Paulo chamou essa mortificação de “sacrifício vivo;"
necessária em todos os aspectos para que possamos acessar à Vontade de Deus. “... apresenteis os vossos corpos em sacrifício vivo, santo e agradável a Deus, que é o vosso culto racional. Não vos conformeis com este mundo, mas transformai-vos pela renovação do vosso entendimento, para que, experimenteis a boa, agradável, e perfeita vontade de Deus.” Rom 12, 1 e 2

A dupla natureza peleja. O velho Adão, desobediente, carnal, inclinado ao pecado que deve ser mortificado na cruz; e o “Segundo Adão” Jesus Cristo, o “Renovo”, ao qual, obedecendo, teremos Nele, vida eterna.

Se, para a manutenção da vida natural em seu labor se diz que devemos matar um leão por dia, figura das cargas a ombrear, para de devida preservação da vida espiritual regenerada temos que matar a um Adão por dia.

Tipo aqueles vilões de “O Exterminador do Futuro” onde a coisa é desintegrada e seus pedaços se juntam e regeneram, assim, a natureza perversa do velho homem. Nunca morre, embora morta; sempre se regenera, embora degenerada. Ouçamos o grito de Paulo. “Miserável homem que sou! quem me livrará do corpo desta morte?” Rom 7;24

O “Renovo”; “Dou graças a Deus por Jesus Cristo nosso Senhor...” v 25

Nele, só Nele nossa absolvição; “Portanto, agora nenhuma condenação há para os que estão em Cristo Jesus, que não andam segundo a carne, mas segundo o Espírito.” Cap 8;1

sábado, 9 de março de 2019

A Idolatria de Deus

“Os filisteus, ouvindo a voz de júbilo, disseram: Que voz de grande júbilo é esta no arraial dos hebreus? Então souberam que a Arca do Senhor era vinda ao arraial. Por isso se atemorizaram e diziam: Deus veio ao arraial...” I Sam 4;6

Quatro mil israelitas tinham sido mortos em combate e concluíram que, Deus não estava pelejando com eles. Então, democraticamente decidiram trazer a Arca da Aliança para o front de batalha; parece que a ideia era: Se, Deus não viera voluntariamente à peleja, eles O forçariam.

O contexto era de juízo pela apostasia, e o sacerdócio corrupto da casa de Eli.

A única “força” que move a Mão de Deus a nosso favor é a submissão, obediência; dessa estavam extremamente raquíticos. “... vossas iniquidades fazem separação entre vós e vosso Deus; vossos pecados encobrem o Seu Rosto de vós, para que não vos ouça.” Is 59;2

Isso de confundir um símbolo com a substância, uma imagem palpável com o Espírito é a matéria prima da idolatria que O Criador tanto abomina.

Se, O Altíssimo pudesse ser “encaixotado” numa reles imagem, inda que, da Arca que mandou fazer seria só um “móvel” ao dispor de quem o detivesse. Ficaria onde o homem determinasse, iria para a guerra se ele assim o desejasse; etc. Isso está a anos-luz do que significa servir a Deus. Apenas reflete ignorância espiritual engajada dos que, segundo o conselho do “Deus” alternativo saberiam por si mesmos o bem e o mal.

Deus É Espírito; a Imagem que idealizou formatou do barro com Suas Próprias Mãos; porém, desde a queda que falhamos redondamente na justiça, verdade e santidade, virtudes que exibiriam inda que, tênues, nuances do Ser do Criador. 

Para resgate da referência e da essência perdidas em quatro milênios de exílio O Eterno enviou O “Segundo Adão” para que as memórias dormidas no amplo leito do tempo fossem revividas; Jesus Cristo. “... o Resplendor da Sua Glória; A Expressa Imagem da Sua Pessoa...” Heb 1;3

Entretanto, invés de se ater ao Espírito de Cristo, a idolatria pela Sua presumida aparência, Seu Nome sem conteúdo, compromisso espiritual e, inda símbolos que remeteriam à Sua Pessoa como a cruz têm sido levados ao “campo de batalha” por uma geração de néscios que se recusa a buscar conhecimento do Santo.

Desgraçadamente uma sentença pretérita persevera no tempo, de modo que é atual; “Meu povo foi destruído, porque lhe faltou conhecimento; porque tu rejeitaste o conhecimento, também te rejeitarei, para que não sejas sacerdote diante de mim...” Os 4;6

Notemos que, como nos dias de Eli, a destruição do povo estava amalgamada à rejeição do sacerdócio; uma liderança corrupta necessariamente faz um rebanho corrompido. “Porque os lábios do sacerdote devem guardar o conhecimento, da sua boca devem os homens buscar a lei porque ele é mensageiro do Senhor dos Exércitos.” Ml 2;7

Sacerdotes humanos falharam nas suas imperfeições, apostasias; Deus proveu Um de Eficácia Eterna; “Que não foi feito segundo a lei do mandamento carnal, mas segundo a virtude da vida incorruptível... Porque nos convinha tal Sumo Sacerdote, Santo, Inocente, Imaculado, separado dos pecadores, feito mais sublime que os Céus;” Heb 7;16 e 26

Se, os do passado tinham “atenuante” de ser guiados por maus sacerdotes, muitas vezes, qual a desculpa dos maus atuais, se, Nosso Sumo Sacerdote é “Mais Sublime que os Céus”, “dos Seus Lábios devemos buscar a Lei” e, “Neles não se achou engano?”

O engano que “falta” Nele sobeja em nós, infelizmente. Sua Palavra nos desnuda, compromete, responsabiliza; porém, aos que se submetem traz descanso pra alma, vida e paz. Os iludidos preferem trair a si mesmos devaneando que meros símbolos ou nomes tenham virtude de abençoá-los em rebeldia para com a Vontade de Deus.

“Todavia o fundamento de Deus fica firme, tendo este selo: O Senhor conhece os que são seus; qualquer que profere o nome de Cristo aparte-se da iniquidade.” II Tim 2;19

Isso demanda uma cruz onde dói; na renúncia das vontades pecaminosas que tanto a carne deseja. Invés dela preferem o crucifixo. Imagem “poderosa” eternizada no cinema para exorcismo. Cáspita!! Se, tivesse algum poder contra Satanás os roqueiros assumidamente satanistas não usariam de modo tão ostensivo.

Enfim, idólatras de todos os tipos pretendem “levar” Deus conforme as suas desordenadas paixões; servos são por Ele levados segundo Sua Palavra. Das idolatrias, a mais perniciosa é a “Idolatria de Deus”; como se, O Eterno pudesse ser reduzido a um símbolo, imagem, chavão, reza, ritual...

Quem pretende “encaixotar” ao Todo Poderoso, pois, capriche no tamanho da caixa; “Esconder-se-ia alguém em esconderijos, de modo que Eu não veja? diz o Senhor. Porventura não encho Eu, os Céus e a Terra?” Jr 23;24

sexta-feira, 20 de julho de 2018

A Primazia do "Segundo Adão"

“Deus os abençoou e lhes disse: Frutificai, multiplicai-vos, enchei a terra, sujeitai-a e dominai...” Gên 1;28

O Criador estabelecendo ao homem como regente, governador sobre a criação. Uma regência em submissão, claro, o que demandava obediência ao Eterno.

Alguns dizem estupidamente que a “árvore proibida” é uma metáfora para o sexo, como se, esse fosse pecado; não. O sexo em parâmetros lícitos é abençoado; e, o parâmetro Divino é hétero e matrimonial. Como Adão e Eva cumpririam o “Frutificai e multiplicai-os...” sem ele? Deus mandaria fazer algo e puniria ao ser obedecido??

Outros especulam que a dita árvore era a macieira, embora, a Bíblia não especifique que fruto era. À mulher pareceu boa para se comer, agradável aos olhos, e “desejável para dar entendimento.” Essa última parte por causa da mentira de Satã que dissera que eles seriam como Deus, se, comessem.

Que fosse boa para comer, e, agradável aos olhos é de se esperar, por dois motivos: Primeiro; todas as árvores frutíferas do Jardim eram assim; “O Senhor Deus fez brotar da terra toda árvore agradável à vista e boa para comida...” Cap 2;9 Segundo; como o veto era um teste de obediência, submissão, natural que tivesse seus atrativos, senão, sequer faria sentido; seria estúpido como proibir-nos de fazer o que não gostamos.

O “fato novo” ao qual a mulher sucumbiu foi a promessa de um upgrade espiritual; “Sereis como Deus.” Quantas vezes ouvimos, quiçá, dissemos, que, quando algo é proibido é mais gostoso? Por certo esse “mais” não é nosso, mas, é o instigador do pecado que vibra conosco anexando seu prazer de afrontar a Deus, ao prazer natural.

Como o inimigo é “sócio” no desfrute do prazer ilícito faz parecer desejável a nós, aquilo que é desejável a ele; em suas tentações busca nos fazer hospedeiros de seus anseios. Acaso, ser como Deus era um anelo do primeiro casal, ou, dele? Ora, no que era possível, as criaturas serem como O Criador já eram; “Imagem e Semelhança;” o que lhes faltava?

Diz A Palavra: “... sois servos daquele a quem obedeceis, ou, do pecado para a morte, ou, da obediência para justiça.” Rom 6;16

Assim, tendo obedecido a Satã, não, ao Criador, a raça humana, invés de ser como Deus, tornou-se como o maligno.
O segundo “domínio” após perdido o governo sobre a criação foi não uma dádiva, mas, um desafio que mostra nossa incapacidade, nossa miséria, sem Deus. “... o pecado jaz à porta; sobre ti será seu desejo, mas, sobre ele deves dominar.” Gen 4;7

Isso é tão impossível, à raça caída, que, Paulo apresenta o velho homem como “servo do pecado”, não do inimigo, embora, dê no mesmo. Falando aos cristãos romanos disse: “Quando éreis servos do pecado, estáveis livres da justiça.” Rom 6;20

Eis a “liberdade” que o usurpador oferece! Ninguém precisa agir em justiça; “faça o que quiseres, pois, é tudo da Lei” foi cantado em prosa e verso. Atualmente vige a “desconstrução dos padrões heteronormativos da moral judaico-cristã”. O mesmo estrume diabólico com outro verniz.

Imaginemos como ilustração, que, estejamos diante de um inimigo poderoso, infinitamente mais forte que nós; tímidos, sedentos e desnutridos em nossa trincheira; de repente surge um “boina verde” sarado, poderoso e diz que deixemos a luta consigo que Ele vencerá em nosso lugar. Se, confiarmos Nele vencerá; será nosso Salvador.

Ora, para que Cristo lute em meu lugar devo entregar-lhe minha vida; “negue a si mesmo”. Na verdade Ele já venceu quando disse: “Está consumado”. Porém, Sua Vitória só se aplica aos que O reconhecem como Senhor, obedecendo-lhE.

Mas, se o usurpador já foi derrotado, por que insiste ainda em tentar aos seres humanos para que pequem? Na verdade tenta só aos salvos; os demais ainda são servos do pecado; o próprio pecado se encarrega de arrastar-lhes ao abismo.

O tentador é “Pai da Mentira” não tem nenhum compromisso com a verdade; assim, segue prometendo o que não possui, e cegando a quem pode para esconder sua derrota. Como Lula na cadeia jurando inocência e honestidade. “O deus deste século cegou os entendimentos dos incrédulos, para que lhes não resplandeça a luz do evangelho da glória de Cristo...” II Cor 4;4

Adão perdeu o domínio Terreno e, sua descendência foi dominada pelo pecado. Cristo, o “Segundo Adão” venceu; resgatou ambos os domínios. “... É-me dado todo poder no Céu e na Terra.” Mat 28;18

O governo do homem em submissão ao Criador fracassou; agora, é o Senhorio do Filho do Homem para salvação de todos que se lhe sujeitam.

Os demais seguem “livres da justiça” até serem presas do juízo eterno. Melhor ser servo de Cristo, que “livre” assim. Façamos a melhor escolha.

domingo, 15 de abril de 2018

Os homens livres

“Jesus dizia, pois, aos judeus que criam nele: Se vós permanecerdes na minha palavra, verdadeiramente sereis meus discípulos; conhecereis a verdade e a verdade vos libertará.” Jo 8;31 e 32

Dado existirem outras pessoas igualmente livres, minha liberdade nunca será absoluta. Sempre achará seu termo na fronteira da liberdade alheia. Se, sou livre para fazer o quero, não o sou para fazer a outrem o que ele não quer; assim, sou livre para agir como devo, não, como quero.

O Senhor condicionou a vera liberdade ao conhecimento da verdade; crer Nele, permanecer em Sua Palavra, (praticar) para, enfim, ser livre. Embora, superficialmente pareça irônico que a escravidão humana tenha começado na ”Árvore do Conhecimento” e a libertação também derive do conhecimento, assim é.

A dita Árvore, invés de um ganho, como prometera Satanás, “sereis como Deus conhecendo o bem e o mal”, o que ela trouxe foi o conhecimento do mal. Vivendo no Paraíso, com pureza tal, que, falava com Deus todos os dias, ao bem, o homem já conhecia.

Porém, não permaneceu na Palavra do Criador; conheceu à mentira, o pecado e sua consequência letal, a morte.

Pior que isso, o homem se tornou seu escravo; viu dentro de si a habitação de um intruso mais forte que ele; mesmo tendo vontade, eventualmente, de agir em justiça, não tinha poder para atuar assim. “Se eu faço o que não quero já o não faço eu, mas, o pecado que habita em mim.” Rom 7;20 O “eu” sem autonomia, servo do pecado.

Por isso, embora se diga alhures, “também sou filho de Deus”, quem não nasce de novo não pode ser; é apenas criatura. Mesmo querendo agir como filho é escravo do pecado e submete-se a ele. Então, a primeira providência do Senhor aos que O recebem é prover forças para que, doravante, possam portar-se como filhos. “A todos quantos o receberam, deu-lhes poder de serem feitos filhos de Deus, aos que creem no seu nome; que não nasceram do sangue, da vontade da carne, nem, do homem, mas, de Deus.” Jo 1;12 e 13

Se, Adão aquiesceu com a mentira para a morte, Cristo, o “Segundo Adão” nos chama ao conhecimento da Verdade para regeneração da vida.

No mesmo capítulo de João temos uma multidão com pedras nas mãos para apedrejar uma mulher adúltera, esperando a aprovação do Mestre; Ele disse: “Quem dentre vós estiver sem pecados seja o primeiro a atirar pedra nela.” Diz-nos o relato que acusados pela consciência, nenhum ousou.

Essa é a verdade que O Senhor quer que entendamos; que “conheça cada um a chaga do seu coração” como dissera Salomão, invés de apontar falhas alheias. Embora esteja na moda, a culpa do outro, da sociedade, do sistema, das elites, da direita, da casa grande, etc. e os padrecos comunistas digam que isso é Evangelho, tais, passam a anos-luz da verdade.

O cuidado com os pobres que O Senhor deseja e abona, sempre será com as minhas posses, não, usurpando às alheias; rebatizado o roubo ou a violência de “justiça social”. Os que fazem isso inda são escravos da mentira, da inveja, do pecado.

Esquecem que o amor ao próximo é o segundo mandamento; o primeiro é amor incondicional à Verdade, a Deus. Quando certa mulher mostrava seu amor por Jesus derramando perfume nos Seus pés Judas tentou inverter a ordem achando desperdício; deveriam “vender e dar aos pobres”. Ladrões usando pobres como pretexto é um vício bem antigo.

A expressão “justiça social” é um termo ausente na Bíblia. Embora as injustiças todas incomodem ao Santo, trata com o indivíduo, não, com a massa. “Cada um dará conta de si mesmo a Deus.” Rom 14;12

Não salva sistemas, sociedades; mas, almas, pessoas. Os que tomam Seu Santo Nome em vão para abonar suas impiedades com verniz religioso profanam; acrescentam pecado a pecado como disse Isaías.

Se, a sede de autonomia buscou a fonte corrupta da “Árvore da Ciência” pela sugestão do traidor, somos, mediante a Verdade, chamados ao conhecimento de Cristo, “Árvore da Vida”, para sermos livres do domínio do pecado, mas, servos de Deus.

A primeira consequência emotiva da traição de Adão foi o medo; a plena correspondência ao amor Divino, além da mentira livra-nos desse intruso também; “No amor não há medo, antes, o perfeito amor lança fora o temor; porque o temor tem consigo a pena; o que teme não é perfeito em amor.” I Jo 4;18

Assim, somos desafiados a transcender a natureza corrupta e pautar nossas vidas pelo Espírito para corresponder ao amor Divino. “... os verdadeiros adoradores adorarão o Pai em espírito e verdade; porque o Pai procura a tais que assim o adorem.” Jo 4;23

segunda-feira, 5 de março de 2018

A reconciliação

“Tendo sido, pois, justificados pela fé, temos paz com Deus, por nosso Senhor Jesus Cristo.” Rom 5;1

Desde a queda a situação humana é de inimizade com Deus.

Aquele que fora criado “Imagem e Semelhança” para ser filho dileto escolhera um “profeta alternativo” que o induzira à desobediência. Desde então, a maldição permeia a Terra que fora abençoada e seu governo entregue ao homem. Sua rebeldia ensejou que delegasse a outrem, tal governo. “... sois servos daquele a quem obedeceis... Rom 6;16

O Salvador tratou a oposição como “Príncipe desse mundo” reconhecendo-o como governante eventual.

Escolhendo novo deus para obedecer, a raça humana herdou a inimizade que ele nutre pelo Todo Poderoso, fazendo-se, também, inimiga de Deus.

Olhando superficialmente para as razões da queda veremos apenas desobediência, o que, já não é de pouca relevância. Entretanto, as razões da desobediência implícitas na sugestão do Capiroto são muito mais graves ainda.
Sugeriu que O Santo seria Egoísta, não querendo que eles fossem “Como Deus”; mais, Mentiroso advertindo de um risco inexistente, no caso, a morte.

Ao dar o “Grito do Éden”, além de independência rebelde estava no pacote a acusação que Deus seria Egoísta e Mentiroso. Como se diz, “desobediência é para os fracos; os fortes desobedecem e profanam”.

Adotando os passos sugeridos pelo canhoto o homem herdou sua inimizada profana também.

A Glória de Deus, Seu Caráter Fiel, Santo e Íntegro fora maculada de forma insana, suicida. Por isso, quando do nascimento do Salvador que viria “desfazer as obras do diabo”, o canto angelical trouxe: “Glória a Deus nas alturas; paz na Terra; boa vontade para com os homens.”

Glória a Deus atina à restauração da Justiça, pois, Ele é Digno de Glória; paz na Terra refere-se a restauração da relação com o homem que fora desfeita; Boa vontade à fonte de tal iniciativa, a Graça e o Amor Divinos que patrocinavam tal passo.

Assim, a Boa Nova, O Evangelho é o anúncio a toda criatura que mediante o Sacrifício de Cristo, em submissão a Ele, O Eterno aceita a reconciliar-se conosco. Pois, se Adão foi desobediente à morte, legando-a a toda descendência, O “Segundo Adão” Cristo, fez diferente: “Esvaziou a si mesmo, tomando forma de servo, fazendo-se semelhante aos homens; achado na forma humana, humilhou-se, sendo obediente até a morte e morte de cruz.” Fp 2;7 e 8 O estrago do que desobedecera pra morte foi reparado pelo Senhor ao obedecer à morte.

Desse modo, qualquer “Evangelho” que desconsidere isso, tenda para outro rumo, seja, para envernizar sistemas mundanos como se, Vontade Divina, seja, encorajar as ímpias cobiças como se os bens materiais fossem o alvo, é anátema.

Pois, “Deus estava em Cristo reconciliando consigo o mundo, não lhes imputando seus pecados; pôs em nós a palavra da reconciliação. De sorte que somos embaixadores da parte de Cristo, como se Deus por nós rogasse. Rogamo-vos, pois, da parte de Cristo, que reconcilieis com Deus.” II Cor 5;19 e 20

O aviso a Adão fora: “No dia em que pecares morrerás.” Falava da morte espiritual, que, fez aquele que tinha prazer na comunhão com Deus se esconder ao ouvir Sua Voz.

Na reconciliação mediante arrependimento a vida perdida é restaurada. Sem ela, por religiosos que sejamos a inimizade permanece. “...aquele que não nascer de novo, não pode ver o reino de Deus... aquele que não nascer da água e do Espírito, não pode entrar no reino de Deus.” Jo 3;3 e 5

A desobediência “deu vida” à morte; a submissão ao Salvador recoloca os pingos nos is; “Na verdade, na verdade vos digo que quem ouve a minha palavra, e crê naquele que me enviou, tem vida eterna; não entrará em condenação, mas, passou da morte para vida.” Jo 5;24

Passar da morte para a vida em Cristo; eis o Evangelho!! Não, passar de empregado a patrão; de pobre a rico, de solitário a afamiliado, nada disso. São coisas que podem acontecer ou não; não estão necessariamente no pacote. O alvo é buscar O Reino e Sua justiça, não, as demais coisas.

As alternativas são: Aos salvos, restauração paulatina do estado primeiro de Adão onde tinha prazer na comunhão; aos demais, a situação pós-queda, onde ouvir a voz de Deus causava medo. Por irônico que pareça não precisamos coragem estritamente; a não ser, coragem de corresponder ao Amor Divino. “No amor não há temor, antes, o perfeito amor lança fora o temor; porque o temor traz consigo a pena; o que teme não é perfeito em amor.” I Jo 4;18

A Paz com Deus nos coloca em inimizade com o mundo e seu príncipe; mas, herdeiros de segurança eterna, não precisamos temer os blefes de um derrotado.

domingo, 8 de janeiro de 2017

A regeneração

“Fez Deus as feras da terra conforme sua espécie, o gado conforme sua espécie, todo o réptil da terra conforme sua espécie; e viu Deus que era bom. E disse Deus: Façamos o homem à nossa imagem, conforme nossa semelhança;” Gên 1;25 e 26

Embora, uns advoguem que somos produto da evolução natural, a Bíblia é categórica, tanto, em situar os demais seres vivos no âmbito do determinismo biológico, “conforme sua espécie”, quanto, em deixar patente que o homem, é superior à natureza, uma vez que, O Criador, o projetou à Sua imagem.

A morte na queda, matou, sobretudo, a capacidade humana de exibir os atributos comunicáveis de Deus; vida espiritual, amor, justiça, equidade, verdade, santidade, etc.

Diferente da morte física que separa alma e corpo, a espiritual separou criatura e Criador; aquela, subsumiu numa escravidão tal, aos domínios do corpo e alma, que, sua faculdade mais incisiva, a consciência, foi, pouco a pouco, cauterizada; eventuais anelos por justiça ficaram cada vez mais tênues, pois, a vontade enferma pela carne, passou a inclinar-se aos anseios da alma, não, do espírito.

Como, então, O Eterno soprou nele Seu Espírito, igualmente o fez, Jesus, sobre os discípulos, como figura do Espírito Santo que viria. Sem esse “nascer de novo”, não podemos ver nem entrar no Reino de Deus, que, visa em Cristo, regenerar-nos, à Sua imagem.

Quando O “Filho do Homem” disse: “Eu e o Pai somos Um”, ou, “Quem vê a mim vê o Pai”, dizia isso: Eu sou, o homem perfeito como foi criado, Imagem e Semelhança do Criador. Ainda que, em essência fosse mais que isso, Deus feito Homem, funcionalmente era o protótipo da nova criação, parâmetro de nossa santificação, se, queremos deveras, agradar a Deus. “...falou-nos nestes últimos dias pelo Filho, a quem constituiu herdeiro de tudo, por quem fez também o mundo. O qual, sendo o resplendor da sua glória, expressa imagem da sua pessoa...” Heb 1;1 a 3

Assim, o espírito humano “morto”, isto é, alienado de Deus, subjugado às vontades do corpo e da alma, reféns do pecado que passou a habitar em nós, ainda conseguia exprimir vagamente seus anseios por justiça, mas, era impotente para praticá-la. “De maneira que agora já não sou eu que faço isto, mas, o pecado que habita em mim. Porque eu sei que em mim, isto é, na minha carne, não habita bem algum; com efeito, querer está em mim, mas, não consigo realizar o bem. Porque não faço o bem que quero, mas, o mal que não quero, faço. Ora, se eu faço o que não quero, já não faço eu, mas, o pecado que habita em mim. Acho então esta lei em mim, que, quando quero fazer o bem, o mal está comigo.” Rom 7;17 a 21
“Não sou eu que faço o mal, mas, o pecado que habita em mim.” Supõe que o “Eu” verdadeiro o homem espiritual está impotente, sua "casa" foi tomada por um tirano déspota, o pecado, que faz ali, sua vontade, apesar de “eu”.

Quando o apóstolo brada: “Graças a Deus por Cristo Jesus”, é porque identifica Nele O Libertador, não apenas um Mártir, Exemplo, Mestre.

Sua Graça não equivale a concluir que não nos resta esforço, que Ele Fez tudo, antes, que, por Sua Justiça Sublime, e Inefável Misericórdia, tornou-nos possível, o que antes, não era, obedecer. “Porquanto o que era impossível à lei, visto como estava enferma pela carne, Deus, enviando o seu Filho em semelhança da carne do pecado, pelo pecado condenou o pecado na carne; para que a justiça da lei se cumprisse em nós, que não andamos segundo a carne, mas, segundo o Espírito.” Rom 8;3 e 4

A primeira dádiva é que Ele nos dá poder de agirmos de um modo que antes éramos incapazes. “A todos quantos o receberam, deu-lhes o poder de serem feitos filhos de Deus, aos que creem no seu nome; os quais não nasceram do sangue, nem da vontade da carne, nem da vontade do homem, mas, de Deus.” Jo 1;12 e 13

À criação original, tudo era lícito, exceto, certa Árvore; após o “Segundo Adão”, nada é possível sem Ele. O pecado maculou a pureza da criação, trouxe maldição à Terra. Cristo regenera aos arrependidos, O Espírito Santo aperfeiçoa, mas, num cenário adverso, de aflições; nos faz embaixadores de um Reino que não é daqui.

Plantas, animais, seguem reproduzindo-se, relativamente, conforme sua espécie, salvos alguns hibridismos; o homem afastou-se tanto, que tem medo da aproximação, até, da Palavra de Deus, quiçá, Sua Pessoa. Mas, como o Pródigo que toparia ser serviçal, e foi recebido por filho, assim, recebe Deus, a todos os que voltam arrependidos perante Ele.

sexta-feira, 25 de março de 2016

Bandeira Branca de Sangue

Glória a Deus nas alturas, Paz na terra, boa vontade para com os homens.” Luc 2;14

Bendito o Rei que vem em nome do Senhor; paz no céu, glória nas alturas.” Luc 19;38

Nesses dois louvores registrados por Lucas encontramos exaltações a Deus, e paz, em dois endereços distintos: Primeiro, na Terra; depois, no Céu. O contexto de cada exclamação nos fornece pistas dos motivos. Paz é um estado de ânimo bilateral. De nada vale uma parte sentir-se “em paz” estando a outra com mágoa, ferida não tratada. Assim, nossa reconciliação com Deus, que traz paz na Terra, requer alguma contrapartida que enseje paz, também, no céu.

A paz não é algo de geração espontânea, antes, uma consequência, como ensinara Isaías: “o efeito da justiça será paz, a operação da justiça, repouso e segurança para sempre.” Is 32; 17 Então, onde houver traços de justiça sendo praticada, no prisma espiritual, se vislumbrará rastros de paz com Deus.

Por isso, ao entrar no mundo Aquele que É, A Verdade, tendo vindo para ensinar a Justiça Divina, com sobejas razões, os anjos cantaram, “Paz na Terra”. “A misericórdia e a verdade se encontraram; justiça e paz se beijaram. A verdade brotará da terra, a justiça olhará desde os céus.” Sal 85;10 e 11

Se, a discórdia Divino-humana iniciou quando o primeiro homem foi instado a imputar injustiças a Deus, daí, desobedecer, a concórdia seria restabelecida agora, para com aqueles que, ouvindo A Verdade, se arrependessem, e passassem a dar crédito irrestrito a Deus; a isso equivale o, “glória a Deus nas alturas.”  O Santo que fora desonrado por calúnia e descrédito, seria agora devidamente glorificado, pela verdade e a fé.

Então, se Sua Santa presença entre nós é o bastante para trazer paz à Terra, a do céu tinha um reclame de justiça ainda não satisfeito. Por isso, tão somente quando O Salvador entrou em Jerusalém para oferecer a Deus a resposta “humana” para reconciliação, só então, o Espírito Santo verteu de lábios anônimos a certeza que se estava fazendo paz no Céu.

Se, lá no início, a humanidade embrionária ousou desobedecer Ao Criador, não temendo à morte, agora, o “Segundo Adão” levou a obediência às últimas consequências, ensinando de modo prático, em que sentido é sábio não temer à morte.

A necessidade judicial Divina demandou que Cristo se fizesse homem, pois, não havendo na Terra, “um justo sequer”, o preço que o Céu requeria, jamais poderia ter sido oferecida por nós. Deus entregara o domínio do Planeta ao homem. Competia ao homem, pois, colocar a “casa em ordem”; aqui temos a razão de ter, Cristo, descido da Sua Glória para se fazer um de nós. “Também o Pai a ninguém julga, mas, deu ao Filho todo o juízo; para que todos honrem o Filho, como honram o Pai. Quem não honra o Filho, não honra o Pai que o enviou. E deu-lhe o poder de exercer juízo, porque é Filho do homem.” Jo 5;22, 23 e 27

Para que o inimigo que derrotara um homem, não acusasse a Deus de injustiça, de trapacear, a justiça Divina fez Cristo vencer reduzido às limitações humanas. “E, visto como os filhos participam da carne e do sangue, também ele participou das mesmas coisas, para que pela morte aniquilasse o que tinha o império da morte, isto é, o diabo; e livrasse todos os que, com medo da morte, estavam por toda a vida sujeitos à servidão.” Heb 2;14 e 15

Desse modo, A Verdade ensinada pelo Mediador é o único aferidor confiável, pois, aquietando consciências, testifica que estamos em paz com Deus; ou, inquietando-as, denuncia  razões da nossa ruptura.

A paz no Céu foi alcançada no sentido geral, de desfazer a mentira do inimigo, os grilhões que detinham a humanidade à sua mercê; mas, a paz individual depende da resposta de cada um. Quem escolhe a impiedade em lugar da obediência desonra a Deus; não ensejando paz no Céu, tampouco, desfruta paz na Terra. “Mas, os ímpios não têm paz, diz o Senhor.” Is 48;22

Se alguém consegue, mesmo enlameado em culpas assegurar que é o mais honesto dos homens, não deriva, isso, de uma consciência pura; antes, outra, cauterizada. E é precisamente aí, que a eficácia do Sacrifício de Cristo sobrepuja em muito às pobres oferendas simbólicas do antigo sacerdócio. “...sangue de Cristo, que pelo Espírito eterno se ofereceu imaculado a Deus, purificará as vossas consciências das obras mortas, para servirdes ao Deus vivo.” Heb 9;14


Concluindo; nesse dia, dito Sexta-feira Santa, invés de sairmos nos emocionando e aplaudindo ao teatrinho estéril da crucificação, que tal reconsiderarmos nossas vidas, para ver se o sentido do Calvário faz sentido para nós?

sexta-feira, 19 de setembro de 2014

O aplauso da Terra

“Mas não é assim o dom gratuito como a ofensa. Porque, se pela ofensa de um morreram muitos, muito mais a graça de Deus, e o dom pela graça, que é de um só homem, Jesus Cristo, abundou sobre muitos.” Rom 5; 14 
  
Esses dois eventos pontuais, tanto do primeiro quanto do “segundo Adão” têm reflexos universais. A diferença fundamental é que a herança da queda é necessária; todo descendente de Adão recebe seu quinhão; enquanto a salvação pelos méritos de Cristo é arbitrária; as pessoas podem recebê-la ou não, ainda que disponível a todos.

A mensagem da cruz pode ser difusa entre multidões, mas, a resposta será sempre individual. Mesmo na rejeição do Salvador, Pilatos usou o “argumento” da multidão como que legitimando Sua prisão; “A tua nação e os principais dos sacerdotes entregaram-te a mim. Que fizeste?” Jo 18; 35  Depois de explicar a natureza de Seu Reino, o Senhor ensinou: “Todo aquele que é da verdade ouve a minha voz.” V 37

Por que exponho isso? Porque vivemos a ditadura do “politicamente correto”, onde qualquer expoente espiritual é escrutinado com rigor quando fala, para ver se os ouvintes, leitores ou telespectadores são incluídos, de certo modo, nas respostas que o entrevistado dá. Ora, o Reino dos Céus prima por valores, não aplausos; por mudança de atitudes, não de palavras. 

É extremamente radical, exclusivista, uma vez que recusa outro fundamento que não Cristo; “Porque ninguém pode pôr outro fundamento além do que já está posto, o qual é Jesus Cristo.” I Cor 3; 11 É igualmente conservador, uma vez que; “Jesus Cristo é o mesmo ontem, hoje e eternamente”. Heb 13; 8
 
Criterioso com o material de construção empregado; “E, se alguém sobre este fundamento formar um edifício de ouro, prata, pedras preciosas, madeira, feno, palha, a obra de cada um se manifestará; na verdade o dia a declarará, porque pelo fogo será descoberta; e o fogo provará qual seja a obra de cada um.” I Cor 3; 11 e 12

Então, se algum líder ficar procurando palavras da moda, segundo o espírito do mundo para “ficar bem na foto”, tal, já não representa o Reino; foi seduzido, como Esaú, por um prato de lentilhas.

O Senhor fez questão de deixar clara nossa separação; “Dei-lhes a tua palavra, e o mundo os odiou, porque não são do mundo, assim como eu não sou do mundo.” Jo 17; 14  Tiago foi além: “Adúlteros e adúlteras, não sabeis vós que a amizade do mundo é inimizade contra Deus? Portanto, qualquer que quiser ser amigo do mundo constitui-se inimigo de Deus.” Tg 4;4

Então, apesar do Reino de Deus ser inclusivo, ter lugar para todos que se arrependem, não significa que Deus aceite tudo; ou, queira parecer “lógico” ante as mentes ímpias.

Afinal, nosso labor como igreja além de ser um convite à salvação, deve ser expressão viva do juízo de Deus. A igreja sadia convida à salvação, mas, também denuncia a insensatez do mundo com seu testemunho e sua mensagem.

Do jeito que temos visto, o mundo tem examinado a igreja e achado meio retrógrada, radical, de modo que está pleiteando mais “abertura” tolerância. Pior está conseguindo.

Muitos descuidados associam as mudanças tecnológicas com valores morais, como se esses pudessem “evoluir” também. Se assim for, um “Deus” que evolui em seus valores deve ser produto da mente humana. Se Ele existe e é Eterno não pode sofrer ação do tempo. 

Certo, Sua revelação foi progressiva em vista da nossa limitação, mas, nunca mudando Seu Ser ou Seus valores.

Então, um expoente espiritual autêntico não deve se importar com as críticas do mundo, nem com a patrulha politicamente correta; antes, sua preocupação deve ser transmitir valores espiritualmente sadios. Nada valem concessões conceituais genéricas; devemos tratar com indivíduos, pessoalmente.

Cada um tem suas dores, erros, temores. Ou o amaremos dando o remédio amargo que cura; ou, douraremos a pílula enganando ao enfermo e a nós mesmos por covardia, medo da crítica. É vergonhoso saber que, muitos, depois de aceitarem o desafio de tomar a cruz, preferem crucificar outra vez ao Senhor, a crucificar seu desejo de aceitação terrena, aplausos fúteis.

Ora, a crítica humana é o aplauso celeste. “…porque o que entre os homens é elevado, perante Deus é abominação.” Luc 16; 15
 
Quanto mais de Cristo houver em nós, menos pó da terra;  Portanto, se já ressuscitastes com Cristo, buscai as coisas que são de cima, onde Cristo está assentado à destra de Deus. Pensai nas coisas que são de cima, e não nas que são da terra; porque já estais mortos, e a vossa vida está escondida com Cristo em Deus.” Col 3; 1 a 3