Mostrando postagens com marcador Radicalismo.. Mostrar todas as postagens
Mostrando postagens com marcador Radicalismo.. Mostrar todas as postagens

sábado, 5 de outubro de 2019

Metamorfose

“Eu sou a porta; se alguém entrar por mim, salvar-se-á...” Jo 10;9

De uns tempos para cá algumas palavras foram colocadas em realce, seja para o bem, seja para o mal; entre as palavras “boas” estão diversidade, tolerância, união, inclusão, coexistência, ecumenismo; as malditas, fundamentalismo, radicalismo, fanatismo, intolerância, separatismo...

Elas sempre existiram, mas ultimamente foram evidenciadas, como se, alguém estivesse afiando ferramentas para determinado labor.

São “réguas” que medem comportamento humano; nenhuma traz em si um valor absoluto; dependem sempre de contexto para saber-se o que significam.

Por exemplo: alguém sair nu pela janela em público será tido como ato obsceno; agora, se foi numa emergência, estava banhando-se e uma explosão incendiou a casa e teve que sair apressadamente para salvar-se, o mesmo quadro será pintado com outras cores.

Uma das mais repisadas palavras é tolerância; se, discordo das ações ou ideias baseado na minha fé, logo sou tachado de intolerante, radical.

Discordar abertamente do que discordamos internamente passa longe de ser intolerância; antes, trata-se honestidade moral, intelectual; o que muitos paroleiros chamam de tolerância, na verdade é aquiescência, concordância; em nome disso eu teria que fingir concordar com o que discordo. Os antigos chamavam de hipocrisia.

Pensando em radicalismo intolerância a primeira coisa que nos ocorre é o islamismo; os mais ativos entre eles não restringem o embate ao campo das ideias permitindo o contraditório, ou respeitando o direito a crer diverso. Ou pensamos como eles, ou somos “infiéis” que devem ser mortos.

Todavia, o radicalismo extremo não é privilégio deles; na idade média a Igreja Católica perseguiu e matou milhares na dita “Santa Inquisição” usando a mesma “moral” muçulmana a “serviço de Jesus”, que mandou orar pelos inimigos e abençoar quem nos persegue. Os islâmicos são mais coerentes, pois, o Corão manda mesmo matar aos “infiéis,” diferente da Bíblia.

Perdida a força bélica do papado após a revolução francesa seguiram “matando” agora, espiritualmente ao postular e ensinar que “Fora da Igreja Católica não há salvação.”

O Salvador foi preciso: “Eu Sou a Porta...” não uma porta, como se houvesse possibilidades mais. Não há. “Sem mim nada podeis fazer.” Ensinou. Pois, o “sine qua nom” à salvação é Cristo, não a igreja A ou B. As denominações são necessidades por causa das leis terrenas; mas espiritualmente, “Quem não é contra nós é por nós” ensinou O Senhor.

Rótulos externos não são relevantes, pois, “O espírito do homem é a lâmpada do Senhor, que esquadrinha todo o interior até o mais íntimo do ventre.” Prov 20;27

O caráter transformado é, em última análise, o selo de Deus a identificar quem lhe pertence; “Todavia o fundamento de Deus fica firme, tendo este selo: O Senhor conhece os que são Seus; qualquer que profere o Nome de Cristo aparte-se da iniquidade.” II Tim 2;19 O Nome de Cristo, não, da Igreja.

Estranhamente, aqueles que se pretendiam depositários únicos dos ensinos da salvação, agora trabalham para reconhecer todas as religiões como válidas, até pajelanças, animismo e o radicalismo islâmico. Seu pêndulo insano oscilou do, “fora daqui ninguém se salva” para, “cada um do seu jeito, todos estão salvos”. Num passe de mágica a “Porta Estreita” se fez avenida de seis pistas.

Erram no conteúdo; O Evangelho não veio promover a paz entre homens; antes, possibilitar aos arrependidos a reconciliação com Deus; erram no método substituindo a Unidade do Espírito pela união de espíritos diversos; erram no entendimento, pois, se todos os credos são válidos o mandamento de pregar O Evangelho a toda criatura perde o sentido; erram no foco; salvação atina prioritariamente às almas, não à ecologia; erram pela profanação mesclando o Sagrado ao profano; por fim erram vergonhosamente na contradição; séculos defendendo algo e agora defendem o oposto...

Seu apreço pela verdade nunca foi o ponto forte, infelizmente; “Quer conhecer alguém espiritualmente – ensina o padre Paulo Ricardo – observe contra o quê ele está lutando.”

Lutero pelejou contra heresias; tivesse sido ouvido haveria concerto, arrependimento não, cisma; mas o poder terreno era-lhes mais caro que a Verdade; o protestantismo foi por culpa da resiliência de Roma em seus erros; pior, criaram a “Companhia de Jesus”, para combater quem não se submetia a eles.

Agora, pela primeira vez temos um Papa Jesuíta que busca as mesmas coisas; hegemonia de poder terreno, só que dessa vez pelo engano.

Muitos católicos sinceros também estão contra o ecumenismo; pena que seu zelo seja pela Igreja, não pela Palavra de Deus.

Um servo de Deus não é um conciliador político, antes, um porta-voz dos Céus; “Porque os lábios do sacerdote devem guardar o conhecimento, e da sua boca devem os homens buscar a lei porque ele é o mensageiro do Senhor dos Exércitos.” Mal 2;7

quinta-feira, 27 de outubro de 2016

A Mesa do Senhor

“...nenhum fermento, nem, mel algum, oferecereis por oferta queimada ao Senhor...todas as tuas ofertas dos teus alimentos temperarás com sal...” Lev 2;11 e 13

Sal, tinha função conservante, além de tempero, em tempos que não existia outro meio. Assim, O Criador o fez indispensável em suas ofertas. Se, aceitação das ofertas as fazia subir em “cheiro suave ao Senhor,” a omissão do sal poderia estragar, causar mau cheiro, literalmente. Entretanto, fermento e mel eram vetados.

Figuradamente o sal tipifica a gravidade no falar, coisa que Paulo aconselhou aos colossenses: “A vossa palavra seja sempre agradável, temperada com sal, para que saibais como vos convém responder a cada um.” Col 4;6 Por outro lado, o mel tipifica a lisonja, a bajulação, totalmente ausente nos lábios do Salvador, e inconveniente a quem pretende servi-lo. Salomão usou tal figura: “Porque os lábios da mulher estranha destilam favos de mel, o seu paladar é mais suave do que o azeite. Mas, seu fim é amargoso como o absinto...” Prov 5;3 e 4

O Altíssimo deixou claro que Seu alvo nunca foram as ofertas propriamente; mas, quando essas tipificavam arrependimento, eram-lhe agradáveis, pois, ama ao pecador, e, deseja que esse se arrependa. Por isso, antes da oferta, estrita, observa a vida do ofertante; “...atentou o Senhor para Abel e, para a sua oferta. Mas, para Caim e, para a sua oferta não atentou...” Gên 4;4 e 5

Se a pessoa não for aceita, seus atos, ou, mesmo sua motivação ao cultuar, tampouco será, sua oferta. Deus não precisa de nada e deixou bem claro isso: “Porque meu é todo animal da selva, o gado sobre milhares de montanhas. Conheço todas as aves dos montes; minhas são todas as feras do campo. Se, eu tivesse fome, não te diria, pois, meu é o mundo e toda a sua plenitude. Comerei eu carne de touros? ou beberei sangue de bodes?” Sal 50;10 a 13

Desse modo, os mercenários que pregam que Deus abençoa mais quem mais “sacrifica”, além de enganarem quem lhes ouve, profanam O Altíssimo. Primeiro, a pretensão de mérito humano é totalmente descabida. Quando diz que, cada um, ceifa segundo semeia, usa uma lógica elementar da natureza, onde sol e chuva se dão igualmente a justos e injustos, como figura de uma lógica espiritual. Cada um ceifará segundo as motivações com as quais semear. “Porque o que semeia na sua carne, da carne ceifará a corrupção; mas, o que semeia no Espírito, do Espírito ceifará a vida eterna.” Gál 6;8

O Salvador disse que, os hipócritas que oravam para ser admirados pelo povo, o sendo, já estavam recompensados. Semeavam na carne, ceifavam na carne.

A vera semeadura espiritual é “perdulária” não, lucrativa. Sementes são comidas por aves, caem sobre pedras, entre espinhos... um semeia e outro colhe... O Espírito não relaciona-se com ciclos naturais de tempo, tampouco, eventual semeador visa colheita própria, antes, frutos para Deus.

O amor Divino arde em profundo desejo que os pecadores reajam aceitando Sua mensagem; contudo, não retira uma pitada de sal, para que a mesma pareça aceitável a quem ouve. O amor que cobre todas as transgressões, não viola a justiça, para que os pecados deixem de ser o que são.

Erram, pois, os que desviam o foco da decadência moral e liberalizam comportamentos denunciando o “radicalismo fundamentalista” bíblico. O “radicalismo” Divino é de se esperar, se, Deus é mesmo o que pensamos Ser. Perfeito em Poder, e em Sabedoria. Se assim não fosse, estaria evoluindo, aperfeiçoando-se; e, a cada “upgrade” traria uma “PEC” à Sua Constituição Espiritual.

Na verdade as “facilidades” amorais que têm grassado por aí não passam de aversões ao sal; gente que tem profanado as ofertas com o mel das carnais inclinações. Essas, dado que, pareçam doces aos seus proponentes, chegam acres ante O Senhor, pois, “a inclinação da carne é inimizade contra Deus, pois não é sujeita à lei de Deus, nem, em verdade, pode ser.” Rom 8;7

Quando vou cuidar de minha alimentação, escolho o que me apraz, todos fazem assim, tendo condições. Porém, se vou a casa de outrem, não tenho direito de impor meu gosto em casa alheia. Como alteraria a Mesa do Senhor? “O filho honra o pai, o servo o seu senhor; se, sou pai, onde está a minha honra? Se sou senhor, onde está o meu temor? ... Ofereceis sobre o meu altar pão imundo, e dizeis: Em que te havemos profanado? Nisto que dizeis: A mesa do Senhor é desprezível.” Ml 1;6 e 7

O silêncio é melhor que “orar” a Deus com lisonjas invés de obediência; mel, em lugar de sal; pois, “o ouvido prova as palavras como o paladar prova os alimentos.”