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quarta-feira, 22 de novembro de 2017

A Nova Árvore da Vida

“Ordenou o Senhor Deus ao homem, dizendo: De toda a árvore do jardim comerás livremente, mas, da árvore do conhecimento do bem e do mal não comerás; porque no dia em que dela comeres, certamente morrerás.” Gên 2;16 e 17

Não temos o número de árvores frutíferas que havia; porém, parece lícito concluir que tudo o que ainda hoje há, lá havia também. “O Senhor Deus fez brotar da terra toda a árvore agradável à vista, e boa para comida...” v 9 Suprimento estético e orgânico em fartura; árvores agradáveis de se ver, boas para se comer.

Enfim, havia uma gama inumerável de possibilidades, e tão somente uma impossibilidade; incontáveis sins, e um não; a Árvore da Ciência não trazia necessariamente um estímulo ao conhecimento como alguns pensam; como se, O Eterno o tivesse vetado, e o devêssemos à desobediência de Adão.

Era apenas uma restrição para que o homem soubesse que tinha domínio em submissão ao Criador; não, autônomo, absoluto. Ao sucumbir à sedução por independência o homem não se fez sábio por ter comido da Árvore da ciência; antes, se tornou ímpio, alienado do Santo, degredado; o que privando-o da comunhão com O Eterno afastou-o da Sabedoria do Senhor também, que é infinitamente superior aos mais nobres feitos da ciência.

Diz-se com acerto que a necessidade é mãe das invenções. Tendo o homem que se virar com o “suor do seu rosto” privado da paz com Deus conheceu paulatinamente necessidades que de outro modo ignoraria; desse modo, passou a forjar engenhos que facilitassem o suprimento de suas carências de habitação e alimento, sobretudo.

A capitulação ante a Árvore Proibida tolheu o acesso do homem à Árvore da Vida; desde então, dona morte e sua foice impiedosa tem feito estragos no meio do gênero humano.

Por desconhecer as restrições morais e os limites éticos que a vida alinhada ao Senhor requer, pouco a pouco perguntas vitais sobre o porquê das coisas silenciaram, pois, o homem tornou-se amoral, suprimindo aos porquês interessando-se apenas em, como. Dá para fazer? Façamos. O homem-deus tornou-se “a medida de todas as coisas”.

Desse modo no curso de alguns milênios chegamos ao superlativo do egoísmo, da indiferença; enquanto, as asas potentes da tecnologia, feitoras do comodismo amoral têm possibilitados vôos quase mágicos. Esses hábeis nos frutos da Árvore da Ciência por desconhecer à vida e seus meandros mais caros, se “aproximam” virtualmente de gente do outro lado do planeta, enquanto, não conseguem conviver em harmonia com vizinhos do outro lado do muro.

Ofensas, indiretas, são semeadas a cada dia no universo virtual; cada deus tem o poder para excluir ao “servo” que lhe não agradar em seus gostos mal orientados, muitas vezes, insanos. O mau cheiro de nossa adoecida inclinação pode ser exalado “urbe et Orbe”. Somos uma geração saturada de ciência, cultura inútil, excesso de informações sobre frivolidades e deserto no que tange à vida, infelizmente.

Afinal, se em estado de comunhão com O Altíssimo havia incontáveis sins, tão somente um, não, agora, para retornarmos a essa ditosa condição se inverteu; quase tudo é não; boas obras, intenções, dinheiro, fama, sucesso, justiça própria, auto-sacrifício, religiões... Apenas uma opção ainda é Sim, graças à inefável misericórdia Divina que propiciou tão excelso Salvador. “... Eu sou o caminho, a verdade e a vida; ninguém vem ao Pai, senão, por mim.” Jo 14;6

Assim, se, mediante a desobediência primeira, o ser humano teve que se virar por conta própria, (ainda que a Graça Divina seguiu provendo meias básicos à manutenção da vida) pela obediência de Um que se deu em nosso favor, podemos voltar à comunhão com o Pai e usufruir de Suas bênçãos, sobretudo, a vida espiritual que se perdeu na queda. “Mas não é assim o dom gratuito como a ofensa. Porque, se pela ofensa de um morreram muitos, muito mais a graça de Deus, o dom pela graça, que é de um só homem, Jesus Cristo, abundou sobre muitos. Não foi assim o dom como a ofensa, por um só que pecou. Porque o juízo veio de uma só ofensa, na verdade, para condenação, mas, o dom gratuito veio de muitas ofensas para justificação.” Rom 5;15 e 16

Agora a figura se inverteu; antes era: Não comam disso para que não morrais; agora, O Salvador chama: Vinde a mim e tereis vida. Na verdade diz de modo bem categórico, aliás: “... Na verdade, na verdade vos digo que, se não comerdes a carne do Filho do homem, e não beberdes o seu sangue, não tereis vida...” Jo 6;53

Eis a desgraça! Tantos cegos com seguidores; a Luz do Mundo falando às paredes. Nesse caso seria bom que as paredes tivessem ouvidos...

domingo, 14 de junho de 2015

Questão de vida ou morte

“Portanto, como por um homem entrou o pecado no mundo, pelo pecado a morte; assim, também a morte passou a todos os homens por isso que todos pecaram.” Rom 5; 12 

Então, Adão morreu porque pecou; sua descendência pecou porque estava morta. “... a morte passou para todos os homens, por isso que todos pecaram.” 

Se, no estado original pecar era mera possibilidade para preservação do arbítrio do homem perfeito, após a queda, passou a ser a ordem “natural” das coisas. Não sem motivo, pois, a desobediência primeira é chamada de queda do homem. Caiu de uma posição excelsa de comunhão com Deus, onde podia fazer escolhas, para um patamar amaldiçoado, no qual, mesmo que tencionasse a escolha virtuosa da obediência, não era suficientemente forte para fugir do pecado.

Adiante Paulo descreve o conflito desse “puro impuro”; “Porque bem sabemos que a lei é espiritual; mas, eu sou carnal, vendido sob o pecado. Porque o que faço não o aprovo; pois, o que quero não faço, mas, o que aborreço faço. E, se faço o que não quero, consinto com a lei, que é boa. De maneira que agora já não sou eu que faço isto, mas, o pecado que habita em mim. Porque eu sei que em mim, isto é, na minha carne, não habita bem algum; com efeito o querer está em mim, mas, não consigo realizar o bem. Porque não faço o bem que quero, mas o mal que não quero esse faço. Ora, se eu faço o que não quero, já o não faço eu, mas o pecado que habita em mim. Acho então esta lei em mim, que, quando quero fazer o bem, o mal está comigo.” Rom 7; 14 a 21 

Desse modo, o apóstolo distingue o vero “eu” doutro bastardo que nos habita; “... agora já não sou eu que faço isso, mas, o pecado que habita em mim.” Esse eu carnal, inferior é meu inimigo quanto às coisas espirituais. “Porque a inclinação da carne é morte; mas, a inclinação do Espírito é vida e paz. Porquanto a inclinação da carne é inimizade contra Deus, pois, não é sujeita à lei de Deus, nem, em verdade, o pode ser.” Cap 8; 6 e 7 

Tanto a queda matou o homem espiritual, quanto, deu origem a esse suicida que peleja por manter-se alienado de Deus. Para o primeiro caso o Senhor faculta nascer de novo. “Jesus respondeu e disse-lhe: Na verdade, na verdade te digo que aquele que não nascer de novo, não pode ver o reino de Deus.” Jo 3; 3 Porém, isso está condicionado à crucificação do assassino; a inclinação natural, a carne. 

Se, o eu verdadeiro foi tido na análise de Paulo como a essência espiritual, a consciência que denuncia às más inclinações, o “si mesmo” no desafio do Mestre é a natureza pecaminosa alienada, o ego. Do tal disse: “E dizia a todos: Se alguém quer vir após mim, negue a si mesmo, tome cada dia a sua cruz, e siga-me. Porque, qualquer que quiser salvar a sua vida, perdê-la-á; mas qualquer que, por amor de mim, perder a sua vida, a salvará”.  Luc 9; 23 e 24 

Assim, se estabelece a minha vida, como a concebo e vivo, x o amor a Cristo, que nos insta a vivermos como Ele preceitua. 

Então, embora muitos simplistas apregoem que a coisa trata-se apenas de opção psíquica, tipo, mudar de religião, a Bíblia não disfarça nem omite a seriedade do que está em jogo. É questão de vida ou morte, assim, tratada. “Ou não sabeis que todos quantos fomos batizados em Jesus Cristo fomos batizados na sua morte? De sorte que fomos sepultados com ele pelo batismo na morte; para que, como Cristo foi ressuscitado dentre os mortos, pela glória do Pai, assim, andemos nós também em novidade de vida.” Rom 6; 3 e 4

Como após a queda ficamos ineptos para a boa escolha, O Salvador enviou ao Espírito Santo para porfiar juto aos que ouvem à Palavra da Vida, no sentido de os persuadir a abraçarem a salvação. 

Essa persuasão interior é chamada de, “ouvir a voz de Deus”, sem, contudo, tolher a liberdade de escolha. “Portanto, como diz o Espírito Santo: Se ouvirdes hoje sua voz, não endureçais os vossos corações, como na provocação, no dia da tentação no deserto.” Heb 3; 7 e 8 

Por isso o Senhor nem entra em minúcias de pecados antes de tratar do essencial, a vida. Primeiro o arrependimento, confissão, conversão; depois, o andar segundo a nova vida; “vá e não peques mais.” 

As boas obras, justiça própria, etc. antes da conversão não passam de belas roupas enfeitando a cadáveres.