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domingo, 18 de março de 2018

Contra os Pastores

“Filho do homem, profetiza contra os pastores de Israel; profetiza, e dize: Assim diz o Senhor Deus: Ai dos pastores de Israel que apascentam a si mesmos! Não devem os pastores apascentar as ovelhas?” Ez 34;2

Triste inversão, quando, os que deveriam ser solução tornam-se problema. Um pastor deveria ser um protetor, guardião, da parte do Senhor. Entretanto, invés de garçons a servir ciosamente porções da Palavra do Senhor, aqueles se tornaram necessitados de ouvir, o que, O Santo ordenou mediante Ezequiel.

Sobre a gravidade de malograrmos uma consciência viva, Samuel Bolton dizia: “Se a consciência não for um freio ela será um chicote.” O que ele queria dizer: Que, se a voz da consciência não for bastante para nos inibir de pecar, a mesma voz será assaz forte para nos fazer sentir culpados depois. Isso reitero, onde há uma consciência viva.

Pois, aqueles a tinham cauterizada, uma vez que, seu egoísmo mercenário os fazia sentir proprietários das ovelhas, não, zeladores. “Comeis a gordura, vos vestis da lã; matais o cevado; mas, não apascentais as ovelhas.” V 3

Que deprimente quando ouvimos aos “Bispos, apóstolos, missionários ou pastores” mercadejando supostas bênçãos, vendendo bugigangas “ungidas” “sementes de fé” e os demais nomes que usam como verniz tênue que não consegue disfarçar sua cobiça rapace. Deprimente também a ressonância nos incautos estúpidos que caem nessas patranhas deslavadas, e, invés de Pérola de Grande Valor porfiam por reles bijuterias.

Um pastor vero é uma espécie de médico das almas, fonte de conhecimento espiritual de onde devem beber as sedentas ovelhas; “Porque os lábios do sacerdote devem guardar o conhecimento; da sua boca devem os homens buscar a lei porque é o mensageiro do Senhor dos Exércitos.” Mal 2;7 Entretanto, esses, por ser pastores de si mesmos, nunca lhes interessa saber sobre as debilidades dos rebanhos. “As fracas não fortalecestes, a doente não curastes, a quebrada não ligastes, a desgarrada não tornastes a trazer, a perdida não buscastes; mas, dominais sobre elas com rigor e dureza.” V 4

Consequência inevitável da exploração invés de pastoreio é a alta rotatividade dos membros, uma vez que colhida toda lã que possuem, deixam de interessar aos “pastores”.

Não poucas saem machucadas das “igrejas”, se atiram nas ilusões assassinas do mundo, pensando que O Senhor as não quer, quando, foram os mercenários intrometidos que as feriram; ocultaram o fato alentador que O Senhor as ama e sofre por vê-las tristes, abandonadas. “Assim se espalharam, por não haver pastor; tornaram-se pasto para as feras do campo, porquanto se espalharam.” V 5

“Pastores” se exibem nas redes sociais com mesas fartas e um séquito de puxa-sacos endinheirados à volta; as ovelhas extraviadas, machucadas, seguem em vestes indecentes rumo aos enganos do mundo para ser devoradas por lobos. “As minhas ovelhas andaram desgarradas pelos montes, por todo o alto outeiro; sim, as minhas ovelhas andaram espalhadas por toda a face da terra, sem haver quem perguntasse por elas, nem, quem as buscasse.” V 6

Contudo, chega uma hora em que até a Santa Paciência de Deus acaba; Ele dá um pé na bunda desses patifes mercenários que desonram O Eterno, e mercadejam com o que lhes não pertence. “Portanto, ó pastores, ouvi a palavra do Senhor: Vivo eu, diz o Senhor, que, porquanto minhas ovelhas foram entregues à rapina, e vieram a servir de pasto a todas as feras do campo, por falta de pastor, e os meus pastores não as procuraram; os pastores apascentaram a si mesmos, e não apascentaram as minhas ovelhas; portanto, ó pastores, ouvi a palavra do Senhor: Assim diz o Senhor Deus: Eis que eu estou contra os pastores; das suas mãos demandarei as minhas ovelhas, eles deixarão de apascentar as ovelhas; os pastores não se apascentarão mais a si mesmos; e livrarei as minhas ovelhas da sua boca, não lhes servirão mais de pasto.” Vs 7 a 10

Abre teus ouvidos enquanto é tempo ó pastor mercenário!! Cuida do que foi entregue em tuas mãos, ou, em breve O Altíssimo tomará o cajado de ti e dará a outro que seja melhor que você. O Fato de Deus ser Longânime não significa omisso; uma hora chama Seus mordomos a darem conta de sua mordomia.

Esses infelizes têm cifrões nas retinas invés de amor no coração. Mesmo falando de Céu, eventualmente, seu “paraíso” tem cheiro de Terra. E um amor assim deslocado, no final será feitor de sofrimentos. “Porque o amor ao dinheiro é a raiz de toda a espécie de males; e nessa cobiça alguns se desviaram da fé, e se traspassaram a si mesmos com muitas dores. Mas, tu, ó homem de Deus, foge destas coisas...” I Tim 6;10 e 11

domingo, 30 de novembro de 2014

Os pastores de si mesmo



As fracas não fortalecestes, a doente não curastes, a quebrada não ligastes, a desgarrada não tornastes a trazer, a perdida não buscastes; mas dominais sobre elas com rigor e dureza. Assim se espalharam, por não haver pastor; tornaram-se pasto para todas as feras do campo, porquanto se espalharam.” Ez 34; 4 e 5 

Falando contra os omissos pastores de seus dias, Ezequiel alista alguns predicados das ovelhas que sofriam com tal omissão; fracas, doentes, quebradas, desgarradas, perdidas... Todas essas situações as colocam na condição  passiva. 

Não é próprio da natureza dócil de ovelhas, vícios como, orgulho, arrogância, rebelião, sectarismo, violência, rapina... Não que essas coisas não existam no redil dos salvos; mas, quando acontecem, não procedem de ovelhas, antes, de lobos disfarçados. 

Ovelhas são postas como bichos dependentes do pastor, que, ou serão devidamente cuidadas, ou, tornar-se-ão pasto das feras do campo. São alimentadas, ou, viram alimento. 

O Salvador fez, mais de uma vez, distinção entre Suas ovelhas e os imiscuídos por espúrias razões. “Mas vós não credes porque não sois das minhas ovelhas, como já vo-lo tenho dito. As minhas ovelhas ouvem a minha voz, eu conheço-as, e elas me seguem;” Jo 10; 26 e 27 

Noutra parte advertiu como distinguir verdadeiros e falsos misturados. “Acautelai-vos, porém, dos falsos profetas, que vêm até vós vestidos como ovelhas, mas, interiormente, são lobos devoradores. Por seus frutos os conhecereis. Porventura colhem-se uvas dos espinheiros, ou figos dos abrolhos? Assim, toda a árvore boa produz bons frutos, e toda a árvore má produz frutos maus.” Mat 7; 15 a 17 

E não se derive daqui a ideia estúpida de salvação mediante obras, como se fossem esses os “frutos” em questão. O fruto de um profeta é sua profecia, mensagem. Qualquer que se desviar dos ensinos do Mestre, por milagreiro que seja é falso. Nem todo o que me diz: Senhor, Senhor! entrará no reino dos céus, mas aquele que faz a vontade de meu Pai, que está nos céus.” Mat 7; 21 Vemos que o cerne da questão é o profeta ajustar-se à Vontade de Deus. 

Aos que não creram Nele, O Senhor disse que não eram Suas ovelhas. Sim, mera incredulidade é já um “fruto” comprometedor no Reino

Interessante que não há censura às ovelhas por estarem  fracas, doentes, desgarradas... Antes, aos pastores, os verdadeiros culpados disso. Amiúde, não eram diferentes das feras do campo; “...Ai dos pastores de Israel que apascentam a si mesmos! Não devem os pastores apascentar as ovelhas? Comeis a gordura, vos vestis da lã; matais o cevado; mas não apascentais as ovelhas.” Ez 34; 2 e 3 

Existem em nossos dias pastores assim? Que apascentam a si mesmos? Infelizmente, tais são maioria. Aliás, muitos sequer se dão ao trabalho de saber se seus rebanhos são puros ou misturados. Afinal, os “guardam” por interesses mesquinhos. Parece que descobriram um jeito de temperar a carne, de modo que, mesmo lobo se parece com ovelha em suas mesas mercenárias. 

O fato que Deus responsabiliza maus líderes pela dispersão de Suas ovelhas não muda, infelizmente, a situação dessas. Não poucas vezes ouvi de incautos, afirmações tipo: Não importa se ele está certo ou errado; eu obedeço; se estiver errado, a culpa será dele. Grande vantagem! Se eu seguir o erro por preguiça de avaliar ensinos criteriosamente a culpa será minha; omissão.

O Salvador foi categórico: “Deixai-os; são condutores cegos. Ora, se um cego guiar outro cego, ambos cairão na cova.” Mat 15; 14  Líder e liderado caindo. 

Assim, embora devamos reverenciar bons líderes humanos, não devemos esquecer o texto aquele que,  muitos colam na geladeira: “O Senhor é meu pastor...” Devemos obediência aos pastores nossos à medida quê, eles estejam representando fielmente a Vontade de Deus. 

Muitos usam testemunhos de milagres como credenciais de ministérios. Paulo amaldiçoou aos que extrapolam às diretrizes da Palavra. “Mas, ainda que nós mesmos ou um anjo do céu vos anuncie outro evangelho além do que já vos tenho anunciado, seja anátema.” Gál 1; 8

Milagre pode advir de fonte espúria; a Palavra está dada claramente, basta analisar ensinos à sua luz.

Entretanto, se há advertências contra pastores por terem negligenciado às fracas, doentes, desgarradas, não há nenhuma menção que devem eles, se ocuparem de eventuais rebeldes. Há muitos assim, que recusam  submissão; dividem rebanhos e ainda culpam aos seus pastores. 

Usar de violência, promover divisões não é característica de ovelhas. Ao violento, aliás, temos uma receita em Provérbios: “O homem de grande indignação deve sofrer o dano; porque se tu o livrares ainda terás de tornar a fazê-lo.” Prov 19; 19  

E a violência mais danosa que há é a que desvia da senda da salvação; pois, seu dano será eterno.