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sábado, 12 de maio de 2018

O Senhor é o Teu Pastor?

“Crescia a palavra de Deus; em Jerusalém se multiplicava muito o número dos discípulos e grande parte dos sacerdotes obedecia à fé.” Atos 6;7

Efervescência da Igreja recém nascida, que, contemplava logo ali, a vergonha do Calvário; mais perto ainda, a erupção de Pentecostes.

O componente emocional, devidamente direcionado ajuda na propagação da fé. Porém, esse mesmo fator, acometido da febre oportunista patrocinara imprudências dos que abdicavam das posses imaginando a volta iminente do Senhor. Quando essa não se verificou muitos estavam apostatando.

Se, durante o Ministério do Messias foram os religiosos a maior oposição, agora, “... grande parte dos sacerdotes obedecia à fé.” O que faz alguém migrar da condição de oponente a seguidor?

O Sinédrio via em Cristo uma ameaça ao seu poder; constrangiam às pessoas comuns dizendo que seriam expulsas das sinagogas se, dessem crédito ao Nazareno. A sede de poder, que, mesmo se fossem potáveis as águas de todos os oceanos não bastaria para curar essa doença humana ímpia.

As pessoas eram reféns, pois, “amavam mais a glória dos homens que a de Deus”. Sabemos que para amar algo, ou, alguém, necessitamos conhecer. A ação do Espírito Santo derramado em profusão sobre muitos, propiciou uma visão melhor do Senhor e ocasionou essa mudança interior. A coisa não se deu apenas entre o povo comum, já inclinado de antemão a certa simpatia pelo Salvador; eram da classe sacerdotal muitos dos convertidos.

Eles obedeciam à fé; um corpo doutrinário inda incipiente, mas, que demandava certa postura dos que pretendiam pertencer ao Senhor.

Hoje, muitos se perdem no barateamento da Graça, como se, coisas como obediência e disciplina fossem resíduos de legalismo.

O “Ministério do Espírito” possibilitado após o Bendito Resgate do Calvário é mais rigoroso em suas demandas que a Lei. Aquela requeria algo mais simples; pecou? Ofereça um sacrifício e está perdoado.
A Lei vetava matar; Cristo ordenou nem odiar; a Lei tolhia adulterar; O Senhor mandou sequer, cobiçar, etc. A diferença na Era da Graça é que o mesmo sacrifício é eficaz para todas as falhas, se, houver arrependimento e confissão.

Porém, a pureza demandada é muito mais que algo exterior. Para aquela “purificação” até sangue animal servia; entretanto, tivemos um salto na escala de santidade requerida; “Vindo Cristo, Sumo Sacerdote dos bens futuros, por maior e mais perfeito tabernáculo, não feito por mãos, isto é, não desta criação, nem por sangue de bodes e bezerros; mas, por seu próprio sangue, entrou uma vez no santuário, e efetuou eterna redenção. Porque, se o sangue dos touros e bodes, a cinza de uma novilha esparzida sobre imundos, os santifica, quanto à purificação da carne, quanto mais o sangue de Cristo, que pelo Espírito eterno se ofereceu imaculado a Deus, purificará vossas consciências das obras mortas, para servirdes ao Deus vivo?” Heb 9;11 a 14

Impureza que nos permeia, obras mortas; o desafio é para que sirvamos ao Deus Vivo. Mesmo a fé, se não tiver obras será morta. A fé sadia enseja obediência naquilo que passamos a crer.

Entretanto, quando enfatizo obediência, nem de longe cogito da “Ungidolatria” que grassa, onde auto-proclamados líderes requerem obediência cega aos seus ensinos e mandingas, mesmo que afrontem à Sã Doutrina.

Quando dizemos: “O Senhor é O Meu Pastor”, pensamos na maioria das vezes num provedor de pastos verdes e águas tranquilas; Ele É. Entretanto, se perguntarmos em que consistem esses bens, a maioria dos “crentes” apontará para as coisas do ventre. As “Palavras de vida eterna” não precisamos receber do Senhor; o bispo A, apóstolo B, missionário C nos dizem o que devemos fazer; será?

Passou o tempo em que um homem ficava quarenta dias no monte para ouvir a Voz de Deus. Mesmo um texto como esse, de pouco mais de setecentas palavras é insuportável à maioria. Somos a geração manchete, vídeo; de preferência, vídeos engraçados. Enquanto rimos de tolices e nos empanturramos de cultura inútil deixamos de conhecer a Deus; aí, como poderemos amá-lo a ponto de obedecer?

Há espaço e tempo oportuno para todas as coisas; mas, se Deus não for prioridade para nós, não obedecemos à fé; enganamos a nós mesmos.

Sempre oportuno lembrar a exortação de Daniel a Belsazar, que gastara tempo com um monte de futilidades e nada, relativo à vida; Por isso a perdeu. “... deste louvores aos deuses de prata, de ouro, de bronze, de ferro, de madeira e pedra; que não vêem, não ouvem, nem sabem; mas, a Deus, em cuja mão está tua vida, de quem são todos os teus caminhos, a Ele não glorificaste.” Dn 5;23

É melhor ser um oponente sincero que um “seguidor” relapso; aqueles, se convencidos mudam; esses são convencidos demais para isso.

domingo, 30 de novembro de 2014

Os pastores de si mesmo



As fracas não fortalecestes, a doente não curastes, a quebrada não ligastes, a desgarrada não tornastes a trazer, a perdida não buscastes; mas dominais sobre elas com rigor e dureza. Assim se espalharam, por não haver pastor; tornaram-se pasto para todas as feras do campo, porquanto se espalharam.” Ez 34; 4 e 5 

Falando contra os omissos pastores de seus dias, Ezequiel alista alguns predicados das ovelhas que sofriam com tal omissão; fracas, doentes, quebradas, desgarradas, perdidas... Todas essas situações as colocam na condição  passiva. 

Não é próprio da natureza dócil de ovelhas, vícios como, orgulho, arrogância, rebelião, sectarismo, violência, rapina... Não que essas coisas não existam no redil dos salvos; mas, quando acontecem, não procedem de ovelhas, antes, de lobos disfarçados. 

Ovelhas são postas como bichos dependentes do pastor, que, ou serão devidamente cuidadas, ou, tornar-se-ão pasto das feras do campo. São alimentadas, ou, viram alimento. 

O Salvador fez, mais de uma vez, distinção entre Suas ovelhas e os imiscuídos por espúrias razões. “Mas vós não credes porque não sois das minhas ovelhas, como já vo-lo tenho dito. As minhas ovelhas ouvem a minha voz, eu conheço-as, e elas me seguem;” Jo 10; 26 e 27 

Noutra parte advertiu como distinguir verdadeiros e falsos misturados. “Acautelai-vos, porém, dos falsos profetas, que vêm até vós vestidos como ovelhas, mas, interiormente, são lobos devoradores. Por seus frutos os conhecereis. Porventura colhem-se uvas dos espinheiros, ou figos dos abrolhos? Assim, toda a árvore boa produz bons frutos, e toda a árvore má produz frutos maus.” Mat 7; 15 a 17 

E não se derive daqui a ideia estúpida de salvação mediante obras, como se fossem esses os “frutos” em questão. O fruto de um profeta é sua profecia, mensagem. Qualquer que se desviar dos ensinos do Mestre, por milagreiro que seja é falso. Nem todo o que me diz: Senhor, Senhor! entrará no reino dos céus, mas aquele que faz a vontade de meu Pai, que está nos céus.” Mat 7; 21 Vemos que o cerne da questão é o profeta ajustar-se à Vontade de Deus. 

Aos que não creram Nele, O Senhor disse que não eram Suas ovelhas. Sim, mera incredulidade é já um “fruto” comprometedor no Reino

Interessante que não há censura às ovelhas por estarem  fracas, doentes, desgarradas... Antes, aos pastores, os verdadeiros culpados disso. Amiúde, não eram diferentes das feras do campo; “...Ai dos pastores de Israel que apascentam a si mesmos! Não devem os pastores apascentar as ovelhas? Comeis a gordura, vos vestis da lã; matais o cevado; mas não apascentais as ovelhas.” Ez 34; 2 e 3 

Existem em nossos dias pastores assim? Que apascentam a si mesmos? Infelizmente, tais são maioria. Aliás, muitos sequer se dão ao trabalho de saber se seus rebanhos são puros ou misturados. Afinal, os “guardam” por interesses mesquinhos. Parece que descobriram um jeito de temperar a carne, de modo que, mesmo lobo se parece com ovelha em suas mesas mercenárias. 

O fato que Deus responsabiliza maus líderes pela dispersão de Suas ovelhas não muda, infelizmente, a situação dessas. Não poucas vezes ouvi de incautos, afirmações tipo: Não importa se ele está certo ou errado; eu obedeço; se estiver errado, a culpa será dele. Grande vantagem! Se eu seguir o erro por preguiça de avaliar ensinos criteriosamente a culpa será minha; omissão.

O Salvador foi categórico: “Deixai-os; são condutores cegos. Ora, se um cego guiar outro cego, ambos cairão na cova.” Mat 15; 14  Líder e liderado caindo. 

Assim, embora devamos reverenciar bons líderes humanos, não devemos esquecer o texto aquele que,  muitos colam na geladeira: “O Senhor é meu pastor...” Devemos obediência aos pastores nossos à medida quê, eles estejam representando fielmente a Vontade de Deus. 

Muitos usam testemunhos de milagres como credenciais de ministérios. Paulo amaldiçoou aos que extrapolam às diretrizes da Palavra. “Mas, ainda que nós mesmos ou um anjo do céu vos anuncie outro evangelho além do que já vos tenho anunciado, seja anátema.” Gál 1; 8

Milagre pode advir de fonte espúria; a Palavra está dada claramente, basta analisar ensinos à sua luz.

Entretanto, se há advertências contra pastores por terem negligenciado às fracas, doentes, desgarradas, não há nenhuma menção que devem eles, se ocuparem de eventuais rebeldes. Há muitos assim, que recusam  submissão; dividem rebanhos e ainda culpam aos seus pastores. 

Usar de violência, promover divisões não é característica de ovelhas. Ao violento, aliás, temos uma receita em Provérbios: “O homem de grande indignação deve sofrer o dano; porque se tu o livrares ainda terás de tornar a fazê-lo.” Prov 19; 19  

E a violência mais danosa que há é a que desvia da senda da salvação; pois, seu dano será eterno.