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terça-feira, 30 de julho de 2019

Os Piores Cegos

“Será que a vara do homem que Eu tiver escolhido florescerá; assim farei cessar as murmurações dos filhos de Israel contra mim, com que murmuram contra vós.” Nm 17;5

Moisés acusado de nepotismo; de escolher aos seus para o sacerdócio e atribuir a escolha a Deus. O próprio Senhor que ordenara todos os feitos do Seu escolhido estava prestes a “assinar” que a opção fora Sua. Doze varas mortas seriam colocadas perante Ele; uma floresceria.

Vergonhoso que, depois dos sinais operados no Egito para livrá-los da servidão, da abertura do Mar Vermelho, de sanar às águas de Mara, etc. tudo usando Moisés como Seu instrumento, ainda restassem dúvidas que Deus falava e agia mediante ele.

Muitos devaneiam com fartura prometendo que, de posse dela serão fiéis; terão todo tempo para servir a Deus. Mentem para si mesmos traídos pela estupidez que envergam. Fidelidade é mais encontrável na carência do que na fartura.

Séculos de escravidão no Egito, onde, tinham apenas a ração diária e trabalho duro sob o chicote dos feitores de Faraó. Muitos deles certamente oravam por libertação fiados no relacionamento pretérito do Eterno com Abraão, Isaque e Jacó.

Não tendo tempo nem espaço para nada mais além de trabalhar e orar, de certa forma eram fiéis. Então, “alforriados” miraculosamente, com tempo, liberdade e espaço, amplos, isso já lhes não bastava. Precisavam devanear com poder também.

Invés de olharem para trás para ver como era boa a nova posição, olhavam para um porvir imaginário que fazia o bom parecer ruim.

A imensa maioria dos “problemas” humanos deriva de um olhar indevido, foco deslocado da realidade que, invés do sólido alicerce dos fatos pisa nas areias movediças da cobiça. “Melhor é a vista dos olhos que o vaguear da cobiça; também isto é vaidade e aflição de espírito.” Ecl 6;9

Se, esses fruíssem sozinhos, às aflições oriundas das suas concupiscências, “vá bene”! Mas, desgraçadamente projetam-nas sobre terceiros que não têm nada a ver com seus desarranjos de alma; no caso em apreço, sobre Aarão e Moisés. A “boa” e velha inveja que costuma ter olhos sagazes para ver frutos, posição, privilégios, sempre é míope para ver o preço, as dores, o trabalho de quem é seu alvo.

Não sem razão, pois, sua origem latina, “invídia” significa não querer ver. O dito que o pior cego é o que não quer ver, num sentido mais amplo significa que o pior cego é o invejoso.

Desses O Salvador também falou: “Se, porém, teus olhos forem maus, o teu corpo será tenebroso. Portanto, se, a luz que em ti há são trevas, quão grandes serão tais trevas!” Mat 6;23

Aos romanos que estavam em luta com suas carnalidades resilientes, ao que parece pela exortação de Paulo, ele desafiou que olhassem para trás, para a esbórnia suicida em que viveram e a comparassem com o dom recebido em Cristo. “Porque, quando éreis servos do pecado estáveis livres da justiça. Que fruto tínheis, então, das coisas de que agora vos envergonhais? Porque o fim delas é a morte.” Rom 6;20 e 21 Se, o passado era motivo de vergonha e o presente os tinha no dom da vida, estavam muito melhor.

Se, é pra frente que se anda como falam, há uma bagagem pretérita de experiências, dores, aprendizado que deve andar conosco para que as lições dos passos idos não sejam desperdiçadas.

Por Jeremias o Próprio Deus aconselhou o povo a olhar um tiquinho para trás; “Assim diz o Senhor: Ponde-vos nos caminhos, e vede; perguntai pelas veredas antigas, qual é o bom caminho e andai por ele; achareis descanso para vossas almas; mas eles dizem: Não andaremos.” Jr 6;16 Nesse caso, gente que andara bem, e se desviara.

O que muitos chamam de seguir em frente não passa se fuga da sombra de correr sem alvo, foco. Onde querem chegar? Daniel anteviu o progresso da ciência nos últimos dias, e a corrida insana também; “... muitos correrão de uma parte para outra, e o conhecimento se multiplicará.” Dn 12;4

Lembrei uma antiga canção que dizia: “A vida é de quem corre menos em busca de mais...”

Quando O Salvador acenou com “vida com abundância” estava falando de vida eterna, não de fartura terrena, facilidades. Advertiu das aflições.

Nele (como a de Aarão) somos varas mortas que recebem o dom da vida.

O agricultor não planta para o deleite das plantas, mas, para obter frutos; assim espera que frutifiquemos invés de devanearmos com coisas que não nos pertencem. “Eu sou a videira verdadeira; meu Pai é o lavrador. Toda vara em mim, que não dá fruto tira; e limpa aquela que dá fruto, para que dê ainda mais.” Jo 15;1 e 2

quarta-feira, 9 de agosto de 2017

As varas

"Será que a vara do homem que eu tiver escolhido florescerá; assim farei cessar as murmurações dos filhos de Israel contra mim, com que murmuram contra vós... Torna a pôr a vara de Arão perante o testemunho, para que se guarde por sinal para os filhos rebeldes; assim farás acabar as suas murmurações contra mim e não morrerão.” Núm 17;5 e 10

Algumas coisas chamam atenção nesse incidente de confirmação por parte do Senhor, da escolha de Aarão para o sacerdócio. As murmurações contra os escolhidos pelo Senhor era o mesmo que murmurar contra Ele; disse: “...murmurações dos filhos de Israel contra mim, com que murmuram contra vós...” Isso deve ser entendido em seu contexto; nem de longe patrocina a pretensa “Ungidolatria” de certos safardanas sem frutos, probidade, aos quais, mera crítica doutrinária já os força a se esconder atrás do biombo de intocáveis “ungidos do Senhor”.

Há pessoas idôneas escolhidas e capacitadas para determinados ministérios; mas, não são intocáveis. Elas podem padecer “fome e sede de justiça”, sendo caluniadas, perseguidas; ou, se parecer bem Ao Santo pelejar por honrar Suas Escolhas, será sempre iniciativa Soberana Dele, não, fruto de melindres carnais de gente que anela o aplauso humano.

Contudo, volvendo ao princípio, tivemos um juízo em misericórdia, para evitar outro em ira. Digo; confirmação sobrenatural da Divina Escolha, para que não fosse necessário punir exemplar e cabalmente aos rebeldes; “...assim farás acabar suas murmurações contra mim e não morrerão.”

Então, o primeiro julgamento se ateve a dissipar eventuais brumas entre verdade e mentira; entre vontade humana e Divina. Deus sofreu a desonra humilhante de ter que provar algo. O Fez espetacularmente. Se, ainda assim persistissem murmurando, restaria apenas Sua Ira, a morte dos rebeldes.

A Missão de Cristo, em seu contexto é como o primeiro juízo; uma separação entre luz e trevas, entre verdade e mentira. Sua Vitória sobre a morte confirmada de modo sobrenatural. Como foi então, uma vara morta receber o dom de florescer e frutificar, foi o aponte do Eterno sobre O Caminho da Salvação; Sua Doutrina, as placas que orientam a caminhada.

A reação a Ele não foi das melhores, contudo: João diz: “A luz resplandeceu nas trevas, e as trevas não a compreenderam.” Jo 1;5

Na verdade, o que João atribuiu a um lapso de compreensão em relação à Luz, Cristo, o Próprio, definiu como lapso afetivo, incapacidade de amar; “...a luz veio ao mundo, os homens amaram mais as trevas do que a luz, porque suas obras eram más. Porque todo aquele que faz o mal odeia a luz; não vem para a luz, para que suas obras não sejam reprovadas. Mas, quem pratica a verdade vem para a luz, a fim de que as suas obras sejam manifestas, porque são feitas em Deus.” Jo 3;19 a 21

O fato que, pecadores indo ao Senhor, seus feitos deparam com reprovação, tem sido um jugo insuportável para aqueles, cujo amor próprio se tornou um ídolo; patrocinador de uma presunção tal, que torna seus hospedeiros incorrigíveis, fadados à ira por recusarem implicações necessárias pra receber a Misericórdia Divina; arrependimento, confissão, e abandono gradativo do pecado.

Do seu modo são como os murmuradores aqueles, que acusaram Moisés de nepotismo; Deus fez manifesta Sua Vontade, a Vara escolhida floresceu e frutificou, mas, os rebeldes seguem murmurando, dizendo que foi “golpe”, digo, fraude. Conhecemos gente assim, não é? Nem uma muralha de argumentos factuais, lógicos, detém aos indômitos touros das paixões desorientadas.

Pois bem, Dado que É a Vida, O Salvador está mui distante de ser uma vara morta; antes, se apresenta como a Planta Dileta do Pai: “Eu sou a videira verdadeira, meu Pai É o Lavrador.” Jo 15;1 Nós, de certa forma éramos apenas varas mortas, mas, Sua Vida Sobrenatural derramada na cruz em nosso favor, nos permite nascer de novo.

Todavia, alguns estacionam na conversão achando que ela é o fim, o alvo do Lavrador; não. Sua Meta são frutos; nós, as varas enxertadas em Cristo, os meios pelos quais, os mesmos devem ser produzidos. Senão, seremos varas inúteis, descartadas na poda. “Toda a vara em mim, que não dá fruto, tira; limpa toda aquela que dá fruto, para que dê mais ainda.” V 2

Então, cada vez que a Doutrina do Senhor nos ilumina, corrige, vejamos como um juízo eventual, temporário, uma manifestação do Divino cuidado, para nos livrar daquele julgamento que será o final.

Tendo isso em mente, Paulo advertiu aos irmãos sobre a seriedade de sermos ramos na Videira Santa: “Porque, se nós julgássemos nós mesmos, não seríamos julgados. Mas, quando somos julgados, somos repreendidos pelo Senhor, para não sermos condenados com o mundo.” I Cor 11;31 e 32

sábado, 6 de maio de 2017

Jesus não foi "O Cara"

“O nome de Arão escreverás sobre a vara de Levi; porque cada cabeça da casa de seus pais terá uma vara.” Núm 17;3

O contexto era a disputa do sacerdócio, que fora entregue pelo Senhor aos levitas, e, rebeldes acusaram a Moisés de nepotismo, invés de reconhecer o mandado Divino.

O Eterno ordenou que se pusesse perante a Arca, uma vara para cada tribo; a que florescesse durante a noite, seria sinalizada como escolhida, coisa que, Moisés não poderia fazer; confirmando, assim, a origem Divina da escolha.

A vara de Aarão não levaria seu nome, antes, o do patriarca da tribo escolhida, Levi. Esse viés de sermos partículas de um coletivo que representamos, sempre foi normal na cultura hebraica. Mesmo O Senhor, foi chamado Filho de Davi, ancestral distante. O indivíduo era expoente de uma tribo, família. Assim, Aarão não era o irmão de Moisés, estritamente, antes, era Levi.

Esse prisma, porém, em nosso tempo de individualismo, onde, pessoas precisam de muitos “amigos” virtuais, para postarem seus desaforos dizendo que não precisam de ninguém; esses títeres imaginários para os quais postamos tantos conselhos, frases filosóficas, religiosas, para depois, lhes dizermos que não se metam com nossas vidas; enfim, a idéia do indivíduo ser parte de um corpo maior, funciona, se, esse corpo for de admiradores, “seguidores”, senão, “não rola”.

Não que sejamos ermitões que não gostam da companhia de outros, antes, somos orgulhosos demais para admitirmos falhas, imperfeições, e, feito isso, crescermos juntos, com tropeços, acertos, incentivos, correções mútuas.

Outro dia uma “amiga” postou uma frase onde dizia que se a base for, Deus, “nada é possível”; tinha umas dezenas de “curtidas” já, pois, junto postara uma foto sensual; eu, Ingenuildo de Oliveira tentei ajudar. Avisei de seu equívoco dizendo pensar que ela quisera dizer, “Impossível”; ela corrigiu e apagou meu comentário para que ninguém visse que não é perfeita. Poderia ter dito, valeu. Seria educada e humana, mas, quem quer ser humano se a Net pode fazer deuses? Pois é. Para certas pessoas só um “comentário” é aceito: “Lindaaaa!!” Eu com minha doentia e ultrapassada mania de tribo. Cáspita!

São inegáveis os benefícios do domínio tecnológico; porém, tem malefícios também. O fato de podermos “interagir” com tantos, sem precisar ninguém por perto, nos desumaniza, automatiza, perdemos o jeito para lidar com pessoas reais, de imperfeições e méritos.

Interessante que a imensa maioria desses intocáveis, são “cristãos” pelos muitos textos bíblicos que postam, compartilham. Entretanto, os cristãos são desafiados à entrega do Ego, “Negue a si mesmo”, esse demônio num corpo, vampiro de almas alheias, incapaz de gestos de empatia.

Devemos nos presumir membros de um corpo, com inter-relação tal, que as emoções de outrem, sejam, em parte, nossas. “Para que não haja divisão no corpo, antes, tenham, os membros, igual cuidado, uns dos outros. De maneira que, se um padece, todos padecem com ele; se um membro é honrado, todos se regozijam com ele.” I Cor 12;25 e 26

Porém, essa coisa de iteração real, é muita “babação”, não viemos a esse mundo maravilhoso para ter pena de coitados, auxiliarmos aos fracos; gostamos mesmo é dos “feras”, basta ver nossos heróis, quais são. Os que se destacam pelo talento, mesmo que, sem caráter; podem bater no peito dizendo, “Esse cara sou eu”, nós curtimos, adoramos aos tais.

Tapetes vermelhos para atletas de vida promíscua, Mcs que vendem pornô music, BBBs craques em intrigas, sacanagens; a fama é uma deusa que “canoniza” tudo. Tiramos Selfies com o Goleiro Bruno, ou, Suzanne Von Richtoffen; afinal, são famosos, por isso, devem estar certos.

Nesse prisma, egoísta, alienado, lamento dizer, mas, Jesus não foi “O Cara”. Sempre se importou com dores alheias, nunca deixou de por o dedo na ferida dos hipócritas; nunca curtiu um “post” fora da casinha para manter amizades, e mais, atribuiu Sua Missão, a Outro Nome: “Eu vim em nome de meu Pai, e não me aceitais; se outro vier em seu próprio nome, a esse aceitareis.” Jo 5;43

Enfim, não nos enganemos; não há lugar para a humildade de Cristo, o “manso e humilde” e o pavão, do si mesmo, na mesma alma. São coisas excludentes. 

Os que são refratários a eventuais, ensinos, podem postar uma página bíblica por dia, seguem espiritualmente mortos, adormecidos. Quando identificou alguns assim, em seus dias, Paulo “deu um soco na mesa”: “...Desperta, tu que dormes, levanta-te dentre os mortos, e Cristo te esclarecerá.” Ef 5;14

Quando O Santo confirma, até vara morta revive e floresce, como fez com Aarão; senão, ainda que tragam a pompa dos jardins suspensos da Babilônia, não passam de flores mortas. Quem não “curtir” à cruz, por doces que sejam seus comentários, Deus o excluirá.

domingo, 29 de janeiro de 2017

Contrapartida da Graça

“Sucedeu, pois, que no dia seguinte Moisés entrou na tenda do testemunho, a vara de Arão, pela casa de Levi, florescia; produzira flores, brotara renovos, dera amêndoas.” Num 17;8

Alguns hebreus tinham posto em dúvida a escolha da tribo de Levi para o sacerdócio. Acusaram Moisés de nepotismo, de favorecer seus parentes, sendo, a escolha de Aarão para sumo sacerdote, de origem humana, não, Divina.

Ele colocou o problema para Deus, que os escolhera. O Eterno ordenou que cada tribo pusesse um bordão junto à Arca da Aliança, o que florescesse durante a noite, seria escolhido. E, fez melhor que isso; digo, além de flores, na vara de Aarão surgiram frutos, amêndoas.

Esse incidente enseja algumas reflexões sobre o testemunho. De nós para nós, no âmbito humano, digo, pela boca de duas, três testemunhas todo juízo se estabelecerá; se, alguns derem falso testemunho, como, muitas vezes acontece, dessa condição, migrarão para a de réus, quando, O Supremo julgar, finalmente.

Mas, eu tinha em mente o testemunho a favor de Deus, quem dará? Nesse caso específico, as duas testemunhas foram vida, e tempo. Sabemos que um bordão é de madeira seca, portanto, sem vida; uma “árvore” assim, brotar, florescer, é totalmente impensável, impossível, sem intervenção do Autor da Vida; além disso, florescer e frutificar numa noite, igualmente, pois, tais eventos demandariam o curso de certo tempo, ou, a intervenção do “Pai da Eternidade”.

Desse modo, quando a doutrina da Trindade era ainda oculta, O Criador servia-se de elementos da natureza como testemunhas. “Os céus e a terra tomo hoje por testemunhas contra vós, que tenho proposto a vida e morte, bênção e maldição; escolhe, pois, a vida, para que vivas, tu e tua descendência.” Deut 30;19 Quando do, pós dilúvio colocou Seu Arco no céu, disse a Noé que seria uma aliança de que não haveria um novo; sempre que enviasse chuva traria junto Seu arco, o qual, vendo, se “lembraria” de Sua promessa.

Teria O Altíssimo, problemas de memória? Óbvio que não. Não era para Ele se lembrar, mas, para o patriarca não ser acossado por temores sempre que chovesse novamente. Uma amorosa proteção emocional; também, uma testemunha da fidelidade do Eterno.

Entretanto, no Novo Testamento a revelação foi ampliada; tivemos Joao Batista testemunhando da Luz; Jesus Cristo; Esse, testemunhando do Pai, mediante ensinos, obras; depois de Sua Ascenção, O Espírito Santo testemunhando Dele, fazendo lembrar cabalmente, Seus Feitos, Sua Doutrina.

Quanto a nós, após o perdão das faltas, o novo nascimento, adoção na família da fé, nosso papel funcional é justo, esse: Testemunhas. “Recebereis virtude do Espírito Santo, que há de vir sobre vós; e ser-me-eis testemunhas, tanto em Jerusalém como em toda a Judéia, Samaria, e, até aos confins da terra.” Atos 1;8

Éramos como o bordão de Aarão, secos, mortos; mas, milagrosamente fomos galardoados com vida, feitos capazes de florescer, frutificar. Como o testemunho, aquele, moveu tempo e vida, igualmente, o nosso. Devemos antes de mais nada, rever nossa relação com esses dois. Diferente dos mortos que dizem: “Curta a vida, porque a vida é curta”, o fato de termos recebido vida eterna, nos permite “perdermos” essa, breve, dura, pela que ganharemos.

As agruras do combate fazem a vida dos salvos mais penosa que a dos ímpios, daí, Paulo dizer que, se tudo acabasse mesmo, aqui, seria uma perda insana: “Se esperamos em Cristo só nesta vida, somos os mais miseráveis de todos os homens.” I Cor 15;19

Dos salvos, pois, se requer uma relação mais tranquila com o tempo, paciência, como a do lavrador que espera o fruto da Terra. Além disso, a vida eterna começa aqui, não é só uma reserva para o porvir: “Milita a boa milícia da fé, toma posse da vida eterna, para a qual também foste chamado, tendo já feito boa confissão diante de muitas testemunhas.” I Tim 6;12

Começando já, sua expressão tem mais a ver com qualidade de vida espiritual, testemunho, que, com tempo, pois, do nosso ponto de vista não é mais fator de preocupação. “De sorte que fomos sepultados com ele pelo batismo na morte; para que, como Cristo foi ressuscitado dentre os mortos, pela glória do Pai, assim, andemos também, em novidade de vida.” Rom 6;4

Os que almejaram o lugar de Aarão, não miraram nas responsabilidades pertinentes, antes, nos imaginados privilégios; Se, alguém tenciona aproximar-se do Cordeiro de Deus, por facilidades, melhor ficar onde está, na sua sina de vara morta. Todo tempo e vida Ele disponibiliza aos Seus, porém, o ingresso é uma cruz, o custo da permanência, obedecer.

A Salvação é de graça porque a não merecemos, mas, custa esforço, renúncia, porque O Santíssimo não merece que sujemos Sua Casa.

sábado, 5 de março de 2016

O "Nepotismo" Divino

Sucedeu, que, no dia seguinte Moisés entrou na tenda do testemunho; eis que a vara de Arão, pela casa de Levi, florescia; produzira flores, brotara renovos, dera amêndoas.” Núm 17;8

Durante o Êxodo, Moisés fora acusado de “nepotismo”; empregar parentes em cargos de honra, uma vez que, Aarão, seu irmão, e seus filhos foram escolhidos para administrarem o sacerdócio. Para os oponentes, não se tratava de escolha Divina, mas, de abuso de poder.


Moisés apresentou o caso Ao Senhor que o ordenara, e, foi instruído a que todos os líderes colocassem seus cajados perante a Arca por uma noite; aquele que florescesse, seria o escolhido. Na verdade, como vemos no texto, O Eterno fez melhor que isso; invés de produzir flores, simplesmente, fez a Vara de Aarão produzir frutos, amêndoas, confirmando Sua escolha.


Esse incidente foi evocado pelo Santo quando da chamada de Jeremias, para deixar patente que, O Eterno se responsabiliza por Suas escolhas: “Veio a mim a palavra do Senhor, dizendo: Que é que vês, Jeremias? Eu disse: Vejo uma vara de amendoeira. Disse-me o Senhor: Viste bem; porque eu velo sobre minha palavra para cumpri-la.” Jr 1;11 e 12

Entretanto, meu foco, não é a chamada da tribo Levita para o sacerdócio, antes, um aspecto doentio da alma humana caída; por que tantos se “voluntariam” para o poder, a honra, e não, para o serviço?

Ora, O Salvador ensinou que, quem quiser ser o maior deve se fazer serviçal de todos. Em dado momento falou de si mesmo como sendo o menor no Reino dos céus, Sua posição voluntária; para depois ser visto como Maior, Sua posição Real: “Em verdade vos digo que, entre os que de mulher têm nascido, não apareceu alguém maior do que João Batista; mas, aquele que é o menor no reino dos céus é maior do que ele.” Mat 11;11

Há um provérbio hebraico que diz: “A grandeza foge de quem a persegue, e persegue quem foge dela”; assim, precisamente, se deu com O Salvador que sujeitou-se a ser tratado como o mais indigno dos homens; hoje, tem “O Nome que É Sobre Todo O Nome”.

Paulo lançou mão de Seu exemplo para ensinar aos Seus seguidores: “Não atente cada um para o que é seu, mas, cada qual também para o que é dos outros. De sorte que haja em vós o mesmo sentimento que houve em Cristo Jesus, que, sendo em forma de Deus, não teve por usurpação ser igual a Deus, antes, esvaziou a si mesmo, tomando forma de servo, fazendo-se semelhante aos homens; achado na forma humana, humilhou-se, sendo obediente até à morte, e morte de cruz. Por isso, Deus o exaltou soberanamente, lhe deu um nome que é sobre todo o nome;” Fp 2;4 a 9

Claro que é saudável a valorização da honra, bom nome, reputação; mas, se, “Diante da honra vai a humildade”, como ensina A Palavra, é, justo, o esvaziamento de nossas pretensões naturais que dá azo a que O Eterno nos honre, fazendo-nos, como a morta vara de Aarão, florescer, frutificar. A escolha pode parecer humana, num primeiro momento, como em Moisés, mas, aos que chama, O Senhor se encarrega de testificar.

De Levi, não obstantes eventuais imperfeições, testificou de uma resposta aceitável ao Divino Propósito, disse: “Minha aliança com ele foi de vida e paz; lhas dei para que temesse; então, temeu-me, assombrou-se por causa do meu nome. A lei da verdade esteve na sua boca, a iniquidade não se achou nos seus lábios; andou comigo em paz, retidão, da iniquidade converteu a muitos.” Mal 2;5 e 6

Há diferença entre Escola de Profetas, e escolha de Profetas. Aquela deriva de iniciativa humana; essa, Divina. Os da Escola se viram às voltas com um machado emprestado que caíra no rio; Eliseu, o da escolha, o fez flutuar; os da Escola queriam buscar Elias após seu arrebatamento, apegados ao Homem; o da escolha, se apegou a ele antes, reconhecendo Deus na Sua vida e desejando dons superiores.

Não que haja Profetas como antes; porém, os que Deus Escolhe cumprem um ministério profético, à medida que, por obediência falam somente, Segundo Deus. “Rugiu o leão, quem não temerá? Falou o Senhor, quem não profetizará?” Amós 3;8

Tencionar para si algo diverso da Vontade Divina, como fez Uzias, invés de honra, acaba em lepra. O profeta não busca sua honra, antes, fala como Davi: “Saberão que há Deus em Israel”; De um assim Deus testifica, como fez com Ezequiel: “...saberão que houve no meio deles um profeta.” Ez 33;33


A bem da verdade, Deus comete certo “nepotismo”; Só faz florescerem e frutificarem, Seus filhos, os demais, não passam de varas sem vida.