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domingo, 18 de novembro de 2018

Nuances do Juízo

“Um rio de fogo manava, saía de diante Dele; milhares de milhares O serviam; milhões de milhões assistiam diante Dele; assentou-se o juízo e abriram-se os livros.” Dan 7;10

O Tribunal de Deus visto por Daniel. Invés de uma plateia de curiosos, quiçá, parentes dos réus, ou, estudantes de direito, milhões de servos contemplando à Justiça do Supremo.

Não há menção de testemunhas, quer de defesa, quer de acusação. Segundo a Palavra, essas serão nossas obras, os nossos feitos.

Em cada uma das sete cartas no Apocalipse O Senhor afirma: “Conheço as tuas obras”. Então, invés de testemunhas colocando a mão sobre A Bíblia e jurando dizer tão somente a verdade, o Tribunal Eterno exporá a verdade; os nossos feitos; “... assentou-se o juízo e abriram-se os livros.”

“Vi os mortos, grandes e pequenos, que estavam diante de Deus e abriram-se os livros; abriu-se outro livro, que é o da vida. (Se, o julgamento será para mortos, o Livro da Vida será aberto apenas, como testemunho que o nome do réu não consta lá) Os mortos foram julgados pelas coisas que estavam escritas ‘nos’ livros, segundo suas obras.” Apoc 20;12

Por que julgar mortos? Já estão mortos. A Bíblia chama mortos espirituais, os alienados a Deus e Sua Vontade. Jamais confunde existência com, vida. Daí que, a pregação de Cristo é para que mortos ouçam; “Em verdade, em verdade vos digo que vem a hora, agora é, em que os mortos ouvirão a voz do Filho de Deus; os que a ouvirem viverão. Porque, como o Pai tem a vida em si mesmo, assim deu também ao Filho ter a vida em si mesmo.” Jo 5;25 e 26

Os que ouvem “nascem de novo... passam da morte para vida...” os demais seguem mortos. Isto é: Separados de Deus.

Lá essa cantilena insuportável dos julgamentos tipo; “eu não sabia disso, foi fulano (a); desconheço; não é meu...” etc. não haverá. Há um registro fidedigno de cada ato; serão apenas lidos no juízo da Verdade, depois, proferida a sentença sem apelação.

Mas, a salvação não é pela graça mediante a fé, a despeito das obras? Como então, o julgamento segundo as obras? Sim, salvação é. “Porque pela graça sois salvos, por meio da fé; isto não vem de vós, é dom de Deus. Nem das obras, para que ninguém se glorie;” Ef 2;8 e 9

Acontece que aquele tribunal não está tratando de salvação. Apenas, de justiça. Aos que recusaram a Graça só restará o devido salário. “Porque o salário do pecado é a morte, mas, o dom gratuito de Deus é a vida eterna, por Cristo Jesus nosso Senhor.” Rom 6;23 Por isso, o banimento dos ímpios é chamado de “segunda morte”.

Quando ouvimos o convite à salvação e aceitamos como veraz o testemunho que, “... todos pecaram e destituídos estão da glória de Deus;” Rom 3;23 Somos desafiados ao arrependimento; a nos identificar com Cristo; tomar nossa cruz mortificando aos desejos pecaminosos. Feito isso julgamos a nós mesmos como dignos de morte, carentes do Salvador; “... se nós julgássemos a nós mesmos, não seríamos julgados.” I Cor 11;31

Feito isso passamos a “estar em Cristo” para a salvação já não há julgamento; “Portanto, agora nenhuma condenação há para os que estão em Cristo Jesus, que não andam segundo a carne, mas, segundo o Espírito.” Rom 8;1 Finda o julgamento e começa o compromisso de não andar segundo a carne, mas, segundo O Espírito.

Identificação com Cristo na morte e na vida; “... fomos sepultados com Ele pelo batismo na morte; para que, como Cristo foi ressuscitado dentre os mortos, pela glória do Pai, assim andemos em novidade de vida.” Rom 6;4

As obras dos salvos contam; testificam da sua fé; “... mostra-me tua fé sem as obras, e te mostrarei a minha fé pelas obras.” Tg 2;18 As boas obras são o caminho natural pelo qual os servos de Deus devem trilhar; “Porque somos feitura sua, criados em Cristo Jesus para boas obras, as quais, Deus preparou para que andássemos nelas.” Ef 2;10

Cada dia somos desafiados a escolhas de consequências eternas; ou, nos rendemos a Cristo e perseveramos para ter nosso nome no Livro da Vida, ou, vivemos cada um do seu jeito, tendo os feitos arrolados nos livros para o dia do juízo final.

Lá não há jeitinho, recursos, chicanas, testemunhas dúbias, procrastinação... Ao fiel, justificação; ao ímpio, condenação. “Longe de ti que faças isso; que mates o justo com o ímpio; que o justo seja como o ímpio, longe de ti. Não faria justiça o Juiz de Toda a Terra?” Gen 18;25

Acredite no Amor de Deus, pois; mas, jamais duvide da Sua Justiça.

quinta-feira, 15 de setembro de 2016

Com que livro eu vou?

“Um rio de fogo manava de diante dele; milhares de milhares o serviam, e milhões de milhões assistiam diante dele; assentou-se o juízo, e abriram-se os livros.” D 7;10

No ínterim de uma visão profética de Daniel sobre a sucessão dos poderes humanos, viu também uma cena do Juízo de Deus, e narrou, como vemos acima.
Interessante que não se consultou nenhuma comissão especial, de ética, não se pediu permissão ao Congresso, ou, Senado, para o referido julgamento, tampouco, foram requeridas testemunhas, quer de defesa, quer de acusação. “Assentou-se o juízo e abriram-se os livros”, simples, assim.

Lá, nada valerá a balela de se dizer que é perseguido, como fazem tantos biltres atuais; nem, há cargo algum que se possa oferecer em troca de apoio, pois, Quem Julga, de nada tem necessidade, exceto, fazer justiça.

Que livros são esses? Bem, a Bíblia fala de uma anotação minuciosa feita nos céus referindo aos salvos, diz: “Então aqueles que temem ao Senhor falam frequentemente um ao outro; o Senhor atenta e ouve; há um memorial escrito diante dele, para os que temem o Senhor, para os que se lembram do seu nome. Eles serão meus, diz o Senhor dos Exércitos; naquele dia serão para mim joias; poupá-los-ei, como um homem poupa seu filho, que o serve.” Ml 3;16 e 17

Além do “Livro da Vida” que traz o rol dos servos de Jesus, temos outros livros onde se registra as obras dos ímpios, não, suas falas. “Vi os mortos, grandes e pequenos, que estavam diante de Deus, e abriram-se os livros; abriu-se outro livro, que é o da vida. Os mortos foram julgados pelas coisas que estavam escritas nos livros, segundo suas obras.” Apoc 20;12

Um aferidor comum, não há distinção de credos, posses, nacionalidade, classes sociais, fama, beleza, nada; todos miseravelmente nivelados sob a condição de “mortos”. A morte espiritual não equivale à não existência, antes, refere-se à alienação de Deus.

O “Diário Oficial”, pois, é extremamente fidedigno; julga-se segundo o que nele está registrado. Quando, sobre a Terra alguém quer jactar-se de transparência costuma dizer: “Minha vida é um livro aberto”; sabemos que, amiúde, não é bem assim. Tendemos, como o fruticultor, a escolher nossos melhores frutos para usar como amostra; entretanto, no juízo, mesmo tendo as mais nefastas coisas a esconder, quem quer que seja, sua vida será um livro aberto. Tão fiel, que, julgar segundo o livro, será julgar segundo a vida.

Então, “Como escaparemos nós”? Bem, Paulo ensina: “Porque, se nós julgássemos a nós mesmos, não seríamos julgados.” I Cor 11;31 Quer dizer que devemos ter conhecimento jurídico para o auto julgamento. De certa forma, sim. Em que base será o Juízo? O Salvador ensinou: “Quem me rejeitar, não receber as minhas palavras, já tem quem o julgue; a palavra que tenho pregado, essa, o há de julgar no último dia.” Jo 12;48 Notemos então, que, o julgamento dos mortos atina aos que rejeitam a Jesus Cristo, e não recebem Suas Palavras.

Os que creem, obedecem, identificam-se com a cruz, já foram “julgados” condenados com Cristo. Ele venceu a morte, ressuscitou, e ressuscita aos que são Seus. “Na verdade, na verdade vos digo que quem ouve a minha palavra, e crê naquele que me enviou, tem a vida eterna, não entrará em condenação, mas, passou da morte para a vida. Em verdade, em verdade vos digo que vem a hora, agora é, em que os mortos ouvirão a voz do Filho de Deus, os que a ouvirem, viverão.” Jo 5;24 e 25

Outra vez, os mortos que existem, e, ouvindo a Voz de Cristo são espiritualmente ressuscitados. “Ou não sabeis que todos quantos fomos batizados em Jesus Cristo fomos batizados na sua morte?” Rom 6;3  Claro que isso demanda um novo modo de viver. “De sorte que fomos sepultados com ele pelo batismo na morte; para que, como Cristo foi ressuscitado dentre os mortos, pela glória do Pai, assim, andemos nós também em novidade de vida.” Rom 6;4

Em suma, nossa escolha, somente ela, definirá se figuraremos no Livro da Vida, ou, no dos mortos. Essas tramas humanas, tipo, direito de ficar calado, ou, mesmo, mentir em juízo, nada valerão ante O Juiz de Toda a Terra.


O tempo para o juízo é agora; digo, para julgarmos a nós mesmos. Se, não o fizermos, O Senhor fará, mas, aí será tarde demais, como disse o poeta Rabelais: “Conheço muitos que não puderam quando queriam, porque não quiseram, quando podiam.” Agora, ainda podemos virar a página, ou, mudar de livro, como exorta A Palavra: “...Portanto, como diz o Espírito Santo: Se ouvirdes hoje a sua voz, não endureçais os vossos corações...” Heb 3;7 e 8

segunda-feira, 8 de fevereiro de 2016

O Divino Enredo

“O Deus de nossos pais de antemão te designou para que conheças sua vontade, vejas aquele Justo e ouças a voz da sua boca. Porque hás de ser sua testemunha para com todos os homens do que tens visto e ouvido.” Atos 22;14 e 15

Paulo relembra os termos de sua chamada. Teria sido escolhido de antemão, para conhecer à Vontade do Senhor, ouvindo Sua voz. Sem me deter à sina do apóstolo, agora, algo sobre a Doutrina do Senhor parece oportuno.

Podemos equacionar Sua Vontade, à Voz da Sua Boca, Sua Palavra. Não existem entrelinhas, “verdades” ocultas apenas para a compreensão de iniciados; a mensagem é categórica, cabal; o que os líderes ouvem, o povo igualmente, como falou Ageu, certa vez: “Esforça-te, Zorobabel, governador, diz o Senhor, esforça-te, Josué... sumo sacerdote, esforça-te, todo o povo da terra, diz o Senhor, trabalhai.” Ag 2;4

Que bonito o prólogo de nossa constituição, onde diz que “Todos são iguais perante a lei”! Perante os fatos, isso não se verifica, infelizmente.

Todavia, ante O Eterno é mesmo assim. Ainda que reconheça as distinções sociais humanas que fazem grandes e pequenos, segundo a Palavra, haverá dois povos, ante o Juízo. Os que herdaram Vida Eterna em Cristo, cujos nomes estarão pra sempre no “Livro da Vida,” e os demais, irmanados num rebanho designado como, “mortos”.

Vejamos: “Vi os mortos, grandes e pequenos, que estavam diante de Deus, e abriram-se os livros; abriu-se outro livro, que é o da vida. Os mortos foram julgados pelas coisas que estavam escritas, segundo suas obras. Deu o mar os mortos que nele havia; a morte, o inferno deram os mortos que neles havia; foram julgados cada um segundo as suas obras.” Apoc 20; 12 e 13

Viram? Não há grande atleta, artista, cineasta, grande piloto, político, nada! Apenas um traço comum derivado de suas escolhas espirituais: Mortos. Se, peculiaridades no teatro social fizeram grandes e pequenos, a isonomia espiritual os faz iguais, nivela-os por baixo, mortos. Convém lembrar que, a morte espiritual não equivale à não existência, antes, à separação eterna de Deus.

A condição proposta pelo Salvador foi, “negue a si mesmo”, submeta-se a Deus. Mas, os refratários a isso, que preferiram o “si mesmo” a Deus, quando, na eternidade, contarão com o fruto de suas escolhas, digo, consigo mesmos; desejos insanos que fremem às paixões do corpo, ainda existirão, uma vez que não foram crucificados em tempo, ( mortificados ) mas, faltarão meios para suprir; corpos espirituais não terão as características de carne e sangue como agora.

As almas rebeldes que expressavam desejos mediante corpos, ainda terão os mesmos desejos nos quais se habituaram, mas, sem meios de saciar; um fogo que nunca se apaga, um inferno. Alguns levam a metáfora ao pé da letra como se os perdidos fossem lançados para queimar; mas, o combustível da impiedade são as paixões malsãs; a abstinência forçada, o juízo.

Nossa passagem terrena não é um convite para festa como devaneiam os que se cobrem de prazeres de toda ordem e ignoram Deus; antes, a vida física é uma concessão do Santo, uma redoma de tempo e espaço, onde deseja que nos reconciliemos com Ele; nos quer devolver o que foi perdido, a Vida Eterna.

Paulo ensina: “De um só sangue fez toda a geração dos homens, para habitar sobre a face da terra, determinando os tempos já dantes ordenados, e limites da habitação; Para que buscassem ao Senhor, se porventura, tateando pudessem achar; ainda que não está longe de cada um de nós;” Atos 17;26 e 27

Circunstancialmente falava aos “grandes,” filósofos Estoicos e Epicureus. Mesmo a esses, indiretamente chamou de ignorantes em sua mensagem: “Mas Deus, não tendo em conta os tempos da ignorância, anuncia agora a todos os homens, e em todo o lugar, que se arrependam; Porquanto tem determinado um dia em que com justiça há de julgar o mundo, por meio do homem que destinou; disso deu certeza a todos, ressuscitando-o dentre os mortos.” Vs 30 e 31

Mais um aspecto da igualdade perante Deus; mesmo, grandes da Terra, se O desconhecem, são ignorantes. Como tais têm um “si mesmo” difícil de negar, Deus faz seu trabalho com renegados, os pequenos.

“Porque, vede, irmãos, vossa vocação, que não são muitos os sábios segundo a carne, nem muitos poderosos, nem muitos nobres que são chamados. Mas, Deus escolheu as coisas loucas deste mundo para confundir as sábias; escolheu as coisas fracas para confundir as fortes; Deus escolheu as coisas vis e desprezíveis, as que não são, para aniquilar as que são;” I Cor 1;26 a 28

Pompa e circunstância são meras alegorias; vale é o enredo; esse, é A Palavra de Deus.