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sábado, 27 de abril de 2019

Inclusões Espúrias do Papa Francisco

“Os levitas se purificaram... para exercerem seu ministério...” Nm 8;21 e 22

Em matemática e “filosofias de boteco” se diz que, a ordem dos fatores não altera o produto. Todavia, tratando-se das coisas espirituais, com eternas riquezas envolvidas, aí, alterações de cunho humano, inversões, etc. não são irrelevâncias assimiláveis sem maiores danos. Então era: Purifiquem-se e sirvam!

O ritual era para adoração ao Senhor nos moldes do Velho Testamento sob o sacerdócio levítico; Se, aquele foi suplantado pelo Sumo Sacerdócio Eterno de Cristo, serviu como “sombra dos bens futuros” também apontava, com soturna ênfase, para a pureza devida no nosso culto ao Senhor.

Pois, se naquele que era imperfeito exigia-se a purificação possível dos envolvidos antes de servir, como não seria mais santo, solene, rigoroso o sacerdócio presidido por alguém “Mais sublime que os Céus”?

“Quebrantando alguém a Lei de Moisés, morre sem misericórdia, só pela palavra de duas ou três testemunhas. De quanto maior castigo, cuidais, será julgado merecedor aquele que pisar o Filho de Deus, tiver por profano o Sangue da Aliança com que foi santificado e fizer agravo ao Espírito da graça?” Heb 10;28 e 29

A distinção entre Lei e Graça normalmente se faz no sentido de afrouxamento, permissividade, quando, é exatamente o inverso. Lá a “purificação” era exterior, meramente ritual; Agora requer honestidade intelectual, pureza de consciência; “Porque, se o sangue dos touros e bodes, a cinza de uma novilha esparzida sobre os imundos, santifica-os, quanto à purificação da carne, quanto mais o sangue de Cristo, que pelo Espírito eterno ofereceu a si mesmo imaculado a Deus, purificará vossas consciências das obras mortas para servirdes ao Deus vivo?” Heb 9;13 e 14

Não significa que a Lei Caducou; antes que agora pode ser entendida no sentido Pleno, espiritual; pois, escrita em “pedras” mais eloquentes. “Esta é a aliança que farei com eles Depois daqueles dias, diz o Senhor: Porei Minhas Leis em seus corações” Heb 10;16

A Lei não salva; conduz ao Salvador; ilumina nossas consciências culpadas e clama pela presença do Único que purifica. Como disse Ele a Pedro: “Se Eu não te lavar não tens parte comigo”, o mesmo diz a cada um de nós; somos todos pecadores.

Não significa que os ministros do Novo Pacto sejam homens perfeitos; mas, “... sejam primeiro provados, depois sirvam...” I Tim 3;10 Essa recomendação de cautela com a escolha por parte de Paulo referia-se aos diáconos; meros servidores da obra, normalmente nem usados no exercício da Palavra.

Uns foram escolhidos para garçons, enquanto os apóstolos ensinavam; as credenciais requeridas, então, desqualificariam muitos “apóstolos” modernos; “Escolhei, pois, irmãos, dentre vós, sete homens de boa reputação, cheios do Espírito Santo e sabedoria, aos quais constituamos sobre este importante negócio.” Atos 6;3

Boa reputação; integridade visível; Cheios do Espírito Santo; aprovados por Deus; sabedoria; capacitados para o ministério.

Não me refiro aos pregadores de “moedas”; esses não são ministros réprobos, apenas; são expoentes de ministérios reprovados, cães que voltaram ao vômito, porcas lavadas de volta à lama, como denunciou Pedro.

Aludo, antes, aos da frouxidão moral que, por prezarem mais a aceitação humana que a Divina condescendem com imoralidades em evasivas, tipo: “Quem sou eu para julgar?” Sobretudo, o famigerado ecumenista auto-apelidado de Francisco. Se fosse deveras um ministro idôneo apresentaria o Juízo de Deus expresso em Sua Palavra.

Ela não é de “inclusão” no erro; mas de separação entre o erro e virtude mediante arrependimento; só depois, a inclusão dos arrependidos, nos Divinos parâmetros; simples e sério assim; “... que sociedade tem a justiça com a injustiça? Que comunhão tem a luz com as trevas? Que concórdia há entre Cristo e Belial? Ou que parte tem o fiel com o infiel? Que consenso tem o templo de Deus com os ídolos? Porque vós sois o templo do Deus vivente, como Deus disse: Neles habitarei, entre eles andarei; Eu serei Seu Deus e eles serão meu povo. Por isso saí do meio deles, e apartai-vos, diz o Senhor; não toqueis nada imundo e Eu vos receberei.” II Cor 6;4 a 17

Mesmo pretendendo-se o expoente máximo do cristianismo na Terra, o dito líder condescende com imoralidade sexual; sai beijando mãos islâmicas e comunistas mundo afora; as mesmas que estão manchadas de sangue cristão.

Ecumenismo a glória da mistura do lixo global, aos olhos do Santo é só um motim contra Cristo. “Por que se amotinam os gentios, e os povos imaginam coisas vãs? Os reis da terra se levantam e os governos consultam juntamente contra o Senhor e contra o seu ungido...”? Sal 2; 1 e 2

Deus requer purificação; ao diabo mera adesão basta. Errados de espírito compram ingresso pro inferno devaneando com o Céu...

domingo, 5 de agosto de 2018

As Faltas e o Pênalti

“Quebrantando alguém a lei de Moisés, morre sem misericórdia, só pela palavra de duas ou três testemunhas. De quão maior castigo cuidais, será julgado merecedor aquele que pisar o Filho de Deus, tiver por profano o sangue da aliança com que foi santificado e fizer agravo ao Espírito da graça?” Heb 10;28 e 29

Olhando o imediatismo punitivo da Lei, incluindo pena de morte, contrapondo isso a Cristo, digo; grosso modo, costumamos ter a Lei como era do Rigor; Evangelho, do Favor. E não?

Bem, algumas variáveis precisam ser consideradas. A sentença acima traz rigor maior para com os violadores da Graça, que, os da Lei. Espere! Se esses incorriam em morte, qual castigo poderia ser maior? No futebol, por exemplo, a maior punição técnica, como o nome diz, é a “Penalidade Máxima”, ou, Pênalti. Qual seria o “Pênalti” no jogo do relacionamento com Deus?

Na Lei, diga-se, o tribunal demandava duas ou três testemunhas apenas; o que, bem poderia condenar inocentes, bastando para isso alguma desafeição, ou, corrupção de testemunhas, como nos assassinatos de Nabote, ou, Cristo. Aí, assoma a questão de Abraão: “Não faria justiça O Juiz de toda a Terra”?

Se, tudo fosse restrito a essa vida apenas, nesses casos, não. Contudo, “Se esperamos em Cristo só nesta vida, somos os mais miseráveis de todos os homens.” I Cor 15;19

Nem só na era da Lei, muito mais, na da Graça, ocorrem injustiças; “Bem-aventurados os que têm fome e sede de justiça, porque, eles serão fartos;” Mat 5;6

Assim, é lícito concluir que, a morte física está longe de ser o “Pênalti” Divino; aliás, os fiéis sequer devem temer a morte quando vier; “... Não temais os que matam o corpo, depois, não têm mais que fazer. Mas, eu vos mostrarei a quem deveis temer; temei aquele que, depois de matar, tem poder para lançar no inferno; sim, vos digo, a esse temei.” Luc 12;4 e 5

Agora temos usufruto da longanimidade Divina; isso permite que nos arrependamos no curso das nossas vidas; porém, as exigências da Graça são mais intensas que as da Lei; “Ouvistes que foi dito aos antigos: Não matarás; mas, qualquer que matar será réu de juízo. Eu, porém, vos digo que qualquer que, sem motivo, se encolerizar contra seu irmão, será réu de juízo... Não cometerás adultério. Eu, porém, vos digo; qualquer que, atentar numa mulher para cobiçá-la, já em seu coração cometeu adultério com ela.” Mat 5;21, 22, 27 e 28 etc.


A Lei não tencionava ser uma ponte de salvação; antes, uma denúncia da nossa necessidade do Salvador; como disse Paulo: “De maneira que a lei nos serviu de aio, para nos conduzir a Cristo, para que pela fé fôssemos justificados.” Gál 3;24


O Criador colocou em cada um de nós um “arbitro de vídeo” que dissipa quaisquer dúvidas sobre as faltas que cometemos; “O espírito do homem é a lâmpada do Senhor, que esquadrinha todo interior, até o mais íntimo do ventre.” Prov 20;27

Porém, não só O Senhor pode ver; também nós, após o resgate que nos tirou da maldição da Lei; “Cristo nos resgatou da maldição da lei, fazendo-se maldição por nós; porque está escrito: Maldito todo aquele que for pendurado no madeiro;” Gál 3;13

Vivificados pelo Espírito de Deus e renovadas nossas consciências, podemos também sondar-nos internamente e saber se estamos ou não, em comunhão com O Pai. Em Cristo chegamos ao “... novo testamento, não, da letra, mas, do espírito; porque a letra mata e o espírito vivifica.” II Cor 3;6 A violação da “Lei do Espírito” agora, latente na consciência rediviva é que equivale a “Fazer agravo ao Espírito da Graça” cuja condenação excede a dos eventuais violadores da Lei de Moisés.

Essa ensejava a morte física apenas, sem entrar no mérito da salvação; o agravo ao Espírito origina a morte espiritual, alienação eterna do Senhor, a segunda morte; “Mas, quanto aos tímidos, incrédulos, abomináveis, homicidas, fornicadores, feiticeiros, idólatras e a todos os mentirosos, sua parte será no lago que arde com fogo e enxofre; que é a segunda morte.” Apoc 21;8

Aqui estaria o “Pênalti” contra nós nos pés do “batedor” que jamais erra; O Juiz dos vivos e dos mortos.

Então, por um lado a Graça facilita, à medida que faculta-nos tempo para mudarmos de atitude, recebermos salvação; por outro, requer intensidade espiritual, verdade no íntimo, uma vez que, não é ludibriada por aparências; é mais severa que a Lei, pois, sua condenação já é no Supremo; não cabem recursos.

A algumas cidades que O desprezaram Cristo disse que seu juízo seria pior que o de Sodoma e Gomorra; então, brincarmos que algo tão nobre, seria uma eterna desgraça.

sábado, 30 de junho de 2018

A Impotência da Graça

“Quebrantando alguém a Lei de Moisés, morre sem misericórdia, só pela palavra de duas ou três testemunhas. De quanto maior castigo pensais, será julgado merecedor aquele que pisar o Filho de Deus, tiver por profano o Sangue da Aliança com que foi santificado, e, fizer agravo ao Espírito da graça?” Heb 10;28 e 29

Os que equacionam superficialmente a Lei como severidade Divina, e, Graça como de facilidade precisam ver com mais cuidado seus conceitos.

A ênfase exagerada no “Deus é amor” pode obscurecer um tanto outra face igualmente pertinente, que, diz: “Minha é a vingança, Eu recompensarei, diz O Senhor.”

Quando O Salvador asseverou que nem um jota ou til da Lei passariam sem que, tudo fosse cumprido, entendem alguns, que, Ele cumpriu; para nós outros liberou geral; será?

Sempre que O Mestre interpretou a Lei para Seus discípulos, invés de dizer: “Está escrito; porém deixem comigo que Eu cumpro”, disse: “Ouvistes que foi dito: Amarás teu próximo, e odiarás teu inimigo. Eu, porém, vos digo: Amai vossos inimigos, bendizei os que vos maldizem, fazei bem aos que vos odeiam; orai pelos que vos maltratam e perseguem; para que sejais filhos, do vosso Pai que está nos céus;” Mat 5;43 e 44

Se, o que fora escrito demandava uma postura mínima para servos, então, estava sendo requerido um salto acima das paixões rasteiras, para que, fossemos feitos filhos. Claro que é mais fácil cumprir ao “Não adulterarás;” exteriormente, que, coibi-lo, mesmo no coração, como ensinou O Salvador.

De certa forma, a coisa não mudou: Sempre que alguém pecasse deveria se arrepender e buscar o perdão Divino; isso persiste. Mudou a forma, que, antes requeria um novo sacrifício a cada culpa; agora, a Eficácia do Sangue de Cristo não demanda nova oferenda, apenas, arrependimento e mudança de atitude. “... estas coisas vos escrevo para que não pequeis; se alguém pecar temos um Advogado para com o Pai; Jesus Cristo, o justo. Ele é a propiciação pelos nossos pecados...” I Jo 2;1 e 2

Certa vez ouvi uma zombaria blasfema nos lábios de Woody Allen: “Uma vez que Cristo morreu por nossos pecados, seria tolice deixar de cometê-los.” Disse. Tal arrogância insana profana ao “Sangue da Aliança”. O pecado voluntário de quem brinca com sangue alheio e inocente.

O fato maravilhoso que Deus É Amor levou-O a fazer por nós algo inimaginável pra mais amorosa das almas; Dar Seu Próprio Filho. Uma vez que não merecíamos, isso configura Sua Graça; do contrário, caso merecêssemos, digo, seria justiça.

Então, a Graça não facilita as coisas a ponto de andarmos de qualquer maneira; apenas possibilita salvação, que, pela Lei não era possível. Por Ela somos livres da Lei; recebemos adoção de Filhos; porém, que tipo de filhos? Como o Pródigo que anseia sua herança para se esbaldar no pecado? Ou, o irmão dele que seguiu sóbrio cuidando dos negócios do Pai? Cristo condensou os dez mandamentos em Dois, amar a Deus sobre tudo, e ao próximo como a si mesmo; isso segue valendo; é mais que mero discurso, ou, sentimento; se verifica no teatro das atitudes.

Falando no pródigo, na Lei, conforme o pecado cometido não havia possibilidade de reabilitação; morria antes pela palavra de duas testemunhas; em Cristo a longanimidade Divina prolonga o tempo para que, os errados de espírito, quaisquer que sejam seus erros, ainda se arrependam para salvação. “... quando a sua alma se puser por expiação do pecado, verá Sua posteridade, prolongará seus dias; o bom prazer do Senhor prosperará na sua mão.” Is 53;10

O Prazer do Senhor é salvar, mas, ainda assim, respeita nossas escolhas; “Vivo Eu, diz o Senhor Deus, que não tenho prazer na morte do ímpio, mas, que o ímpio se converta do seu caminho, e viva. Convertei-vos, convertei-vos dos vossos maus caminhos; pois, por que razão morrereis... ?” Ez 33;11

Se, a escolha avessa ao Senhor redunda em morte, eis, uma coisa que a Graça não faz! Salvar indiferentes que, alheios ao Santo vivem às suas maneiras. Quem a desprezar será, querendo ou não, tratado pela Lei; pela justiça. Ou seja, ao recusar um favor Divino, restará a si aquilo que merece. “O salário do pecado é a morte, mas, o dom gratuito de Deus é a vida eterna, por Cristo Jesus nosso Senhor.” Rom 6;23

Na era da Lei poderia morrer por ela alguém, inocente; como Nabote que, acusado por testemunhas falsas foi apedrejado; esse era o juízo terreno; ante Deus, o inocente sempre é justificado.

Porém, quem profanar Cristo, ou, O Espírito Santo, terá contra si duas Testemunhas infalíveis; a própria consciência ,e, O Santo. “Como escaparemos nós, se não atentarmos para uma tão grande salvação...” Heb 2;3

sábado, 10 de fevereiro de 2018

Cristo é para os fracos

“Se, vires o jumento daquele que te odeia caído debaixo da sua carga deixarás de ajudá-lo? Certamente o ajudarás a levantar.” Êx 23;5

Os que fazem distinção superficial entre Lei e Graça normalmente têm aquela como época do rigor; essa, do favor. Em certo sentido é; dado que, ambas as situações vieram para propósitos distintos. A Lei para patentear a pecaminosidade humana; a Graça, para realçar O Amor Divino. Na linguagem de Paulo, a Lei serviu de “aio para nos conduzir a Cristo.”

O contexto do Velho Testamento era, sobretudo, do estabelecimento do povo escolhido na Terra Prometida, a peleja mortal com os inimigos era mal necessário; como, mediante o mesmo povo nos viriam as Escrituras Sagradas, a punição exemplar dos rebeldes também foi uma necessidade, para se evitar uma “jurisprudência” leniente com pecados.

Entretanto, digitais do amor Divino estão por toda a parte, mesmo naquele tempo; ensinos como “Ama teu próximo como a ti mesmo” já estavam lá. “Não procurem vingança, nem guardem rancor contra alguém do seu povo, mas, ame cada um o seu próximo como a si mesmo. Eu sou o Senhor.” Lev 19;18 Naquele caso, porém, o “próximo” era “do seu povo”; agora, como mostrou a história do Bom Samaritano é quem se aproxima.

Assim, o texto inicial onde se requer que socorramos a um animal de quem nos odeia, se alinha perfeitamente aos ensinos do Novo Testamento. “Amai vossos inimigos, bendizei os que vos maldizem, fazei bem aos que vos odeiam, orai pelos que vos maltratam e perseguem; para que sejais filhos do vosso Pai que está nos céus;” Mat 5;44 “Portanto, se teu inimigo tiver fome, dá-lhe de comer; se tiver sede, dá-lhe de beber; porque, fazendo isto, amontoarás brasas de fogo sobre sua cabeça. Não te deixes vencer do mal, mas, vence o mal com o bem.” Rom 12;20 e 21 etc.

Se, nos dias idos, em suas peculiaridades, eventualmente, era necessário vencer o mal com a força, após o Calvário, estamos “do outro lado da força”; “Por isso, por amor de Cristo, regozijo-me nas fraquezas, nos insultos, nas necessidades, nas perseguições, nas angústias. Pois, quando sou fraco é que sou forte.” II Cor 12;10

Aquele que, depois do advento da Luz do Sol da Justiça, ainda é refém do ódio é como o jumento que carece ser levantado; nenhuma ajuda será mais eloquente que nosso exemplo, cuidado desinteressado.

Circula nas redes sociais, certa fanfarrice que determinadas coisas são para os fracos; os ferozes mesmo fazem de modo muito mais “hard”, rudimentar. Como tirada de bom humor é válida.

Agora, cotejando a força humana, estritamente, viver em Cristo é para os fracos; pois, os que presumem bastantes, suas riquezas, ou, forças, poderão descobrir tardiamente que tais, não valem nada. “Aqueles que confiam na sua fazenda, se gloriam na multidão das suas riquezas, nenhum deles de modo algum pode remir seu irmão, ou, dar a Deus o resgate dele...” Sal 49;6 e 7 “Melhor é sabedoria do que a força... As palavras dos sábios devem em silêncio ser ouvidas, mais do que o clamor do que domina entre os tolos. Melhor é a sabedoria do que armas de guerra, porém, um só pecador destrói muitos bens.” Ecl 9;16 a 18

É preciso muita força para sermos totalmente fracos. O orgulho derivado da queda trouxe pretensa autonomia aos pecadores; “vós sabereis o bem e o mal”, e “sabendo” dessa forma, tendemos a absolutizar as inclinações egoístas como nosso bem, malgrado, os danos que façam a terceiros.

Paulo pôs em relevo essa impotência de obedecer para o homem natural; “a inclinação da carne é inimizade contra Deus, pois não é sujeita à lei de Deus, nem, em verdade, pode ser.” Rom 8;7

Por isso, o indispensável para salvação é o “Novo Nascimento” que, regenera ao homem interior, espiritual; o coloca no comando, para que esse atinja a “fraqueza” necessária à crucificação do Eu, a fim de que, Cristo, O Salvador, viva em si.

A bem da verdade trata-se de uma força sobrenatural, que, no apreço desse mundo acostumado a dor corda ao relógio dos instintos, não passa de covardia, castração do ser, negação da vida.

Entretanto, ninguém censura a um semeador que “Perde” uma saca de sementes para ceifar cinquenta vezes mais. “Quem tentar conservar a sua vida a perderá; quem perder a sua vida a preservará.” Luc 17;33

Em suma, éramos como o jumento caído aquele, que, alguém, ainda que inimigo, Deus, inclinou-se para levantar. Não seria essa prova de amor um bastante incentivo para que reconciliemos com Ele? Ele está disposto sempre a vencer o mal (pecado) com o bem; (perdão) Mas, deseja vencer juntamente conosco; para isso carece nos convencer.

domingo, 13 de novembro de 2016

A marca da heresia

“No qual também vós, tendo ouvido a palavra da verdade, o evangelho da vossa salvação, tendo nele crido, fostes selados com o Espírito Santo da promessa. Não entristeçais o Espírito Santo de Deus, no qual fostes selados para o dia da redenção.” Ef 1;13 e 4;30

Estudos adventistas sobre a “Marca da Besta” que estão na NET defendem que, a tal, é a observância do domingo. Seria uma contrafação do inimigo ao “Selo de Deus” que, segundo eles, é o sábado. Citam: “Ata o testemunho, sela a lei entre meus discípulos.” Is 8;16, ou: “Demais lhes dei também meus sábados, para servirem de sinal entre mim e eles; a fim de que soubessem que sou o Senhor que os santifica.” Ez 20;12 etc. Baseados nisso concluem que o sábado é o selo de Deus.

A mudança sacrifical do Velho para o Novo testamento é pacífica, todos entendem. Saímos dos sacrifícios imperfeitos, tipos proféticos, para o Perfeito Cordeiro de Deus. Contudo, a transição da Lei para a Graça ainda segue sob um véu, para muitos.

Não significa, isso, que a graça seja sem lei. Antes, que sendo a Lei, espiritual, como ensinou Paulo, e na era da Graça sendo-nos, dado, O Espírito Santo, podemos transcender à superficialidade e chegar ao seu Espírito.

Os superficiais se contentavam em não matar; o Espírito da Lei tolhe, odiar; os superficiais ensinavam não adulterar, o Espírito requer, nem desejar; etc. Assim, a graça não é sem Lei, é sem legalismo. Quanto ao sábado, O Senhor disse que é lícito fazer o bem, nele. Mal, aliás, é ilícito todos os dias.

O selo de Deus, como mostram os dois versos iniciais, é O Espírito Santo. Paulo O contrapõe à Lei, como sendo, aquela, agente da morte, Esse, da vida. “O qual, também nos capacitou para sermos ministros dum novo pacto, não da letra, mas, do espírito; porque a letra mata, mas, o espírito vivifica.” II Cor 3;6

Invés de alianças, a Lei, “Aio para nos conduzir a Cristo” trazia espada, sua ameaça realçou, sobremodo, nossa carência do Salvador. Ele sela aos que creem, com Seu Bendito Espírito Santo, que, por Sua vez, “Sela a Lei” nos entendimentos dos discípulos, promessa dada a Jeremias, reiterada em Hebreus. “Porque repreendendo-os, diz: Eis que virão dias, diz o Senhor, em que estabelecerei com a casa de Israel e com a casa de Judá um novo pacto. Não segundo o pacto que fiz com seus pais no dia em que os tomei pela mão, para tirar da terra do Egito; pois, não permaneceram naquele pacto, e, para eles não atentei, diz o Senhor. Ora, este é o pacto que farei com a casa de Israel, depois daqueles dias, diz o Senhor; porei minhas leis no seu entendimento, em seu coração escreverei; eu serei seu Deus, e eles serão meu povo; não ensinará cada um ao seu concidadão, nem cada um ao seu irmão, dizendo: Conhece ao Senhor; porque todos me conhecerão, desde o menor deles até o maior. Porque serei misericordioso para com suas iniquidades, de seus pecados não me lembrarei mais. Dizendo: Novo pacto, tornou antiquado o primeiro. O que se torna antiquado, envelhece, perto está de desaparecer.” Heb 8;8 a 13

Assim, os do Velho Pacto ainda têm dez mandamentos, os do Novo, pelo Espírito, condensam em dois, como ensinou O Mestre: “Respondeu-lhe Jesus: Amarás ao Senhor teu Deus de todo teu coração, toda a tua alma, e todo teu entendimento. Este é o grande e primeiro mandamento. O segundo, semelhante a este, é: Amarás teu próximo como a ti mesmo. Destes dois mandamentos dependem toda a lei e os profetas.” Mat 22;37 a 40
Ou, abstraídos os alvos, podemos resumir mais: “O amor não faz mal ao próximo. De modo que, amor, é o cumprimento da lei.” Rom 13;10
Segundo sua hermenêutica, a passagem de Apocalipse onde os anjos são ordenados a deterem os quatro ventos até que sejam selados os servos de Deus, significa que não haverá calamidades naturais antes que os escolhidos guardem o sábado?? O Espírito Santo vem sendo dado desde o pentecostes, e, ventos tem feito estragos concomitantemente. Então, é provável que a interpretação seja outra.

A “Estatura de Cristo” que O Espírito Santo tenta nos dar, entre outras coisas, protege contra “ventos de doutrina”.

Paulo ensinou: “Pois, todos quantos são das obras da lei estão debaixo da maldição; porque escrito está: Maldito todo aquele que não permanece em todas as coisas que estão escritas no livro da lei, para fazê-las.” Gál 3;10
“Mas, agora fomos libertos da lei, havendo morrido para aquilo em que estávamos retidos, para servirmos em novidade de espírito, não, na velhice da letra.” Rom 7;6

quinta-feira, 7 de julho de 2016

Graça, desgraça

“Quebrantando alguém a lei de Moisés morre sem misericórdia, só pela palavra de duas ou três testemunhas. De quanto maior castigo cuidais vós será julgado merecedor aquele que pisar o Filho de Deus, tiver por profano o sangue da aliança com que foi santificado, e fizer agravo ao Espírito da graça?” Heb 10;28 e 29

Às vezes, no intento de diferenciar Lei e Graça, alguns fazem parecer que o Rigor deriva daquela, enquanto, a Graça seria de facilidades, tolerância, desprovida de demandas sérias. Entretanto, como mostra o texto supra, é maior culpado que eventual transgressor da Lei, um que malversa a Graça, o que equivale a profanar o Sangue da Aliança, agravar ao Espírito Santo.

Na introdução dos argumentos o autor faz questão de Situar Moisés e Jesus, devidamente. “Porque ele ( Cristo ) é tido por digno de tanto maior glória que Moisés, quanto maior honra do que a casa tem aquele que a edificou.” Cap 3;3

A Graça é a voluntariedade do Amor Divino fazendo em nosso favor algo que não merecíamos; possibilitando regeneração mediante Cristo. A Lei, o pano de fundo que serve para mostrar de modo cabal, nossa necessidade de Salvação. Não são coisas excludentes, ou, opostas, antes, complementares.

A Lei diz: “Seja santo, senão, morrerás.” A Graça propõe: “Já que estás morto em pecados, creia em Jesus Cristo e O obedeça; serás perdoado, e salvo.” Paulo desenvolveu: “De maneira que a lei nos serviu de aio, para nos conduzir a Cristo, para que pela fé fôssemos justificados.” Gál 3;24 “Mas, vindo a plenitude dos tempos, Deus enviou seu Filho, nascido de mulher, nascido sob a lei, para remir os que estavam debaixo da lei, a fim de recebermos a adoção de filhos.” Gál 4;4 e 5

Havia uma maldição contra quem não perseverasse em toda a Lei. “Maldito aquele que não confirmar as palavras desta lei, não as cumprindo. E todo o povo ‘digitará’: Amém.” Deut 27;26 Aliás, após o pecado original, Deus dissera a Adão: “Maldita é a Terra por tua causa.” O Velho Testamento, pois, onde a Graça de Deus em Cristo não fora manifesta, termina, em Malaquias, justo, com a palavra, maldição. Todavia, o primeiro sermão do Salvador registrado no Novo começa com: “Bem aventurados...”

De novo, é Paulo quem esmiúça o ocorrido: “Cristo nos resgatou da maldição da lei, fazendo-se maldição por nós; porque está escrito: Maldito todo aquele que for pendurado no madeiro;” Gál 3;13

Assim, a Graça não equivale a uma licença para pecar, tampouco, uma diminuição da Santidade de Deus, onde me é facultado alargar um pouco a porta estreita. Eventualmente lembro de um irmão, cuja mãe ainda desconhecia ao Senhor, contudo, tinha textos decorados e convenientes nos lábios. Um dia, quando ela usou, falando com seu filho, “O Senhor é meu pastor...” ele replicou: “Ele apascenta ovelhas, não, cabritos.” Pode ter sido tosco, deselegante, mas, foi mui verdadeiro.

Acontece que, sermos verdadeiros no tempo atual causa desconforto, o negócio é sermos “legais”, senão, a galera no “curte” nossos textos. Eis a grande desgraça de nossos dias! A superficialidade a futilidade rasa de promessas fáceis, incondicionais, cuja única demanda do “fiel” é que ele digite “amém” para se apossar da “promessa”. Gente ridícula, sem noção, profanando ao Santo Nome do Senhor.

As promessas bíblicas são condicionais, e o “assim seja” de cada um, é cumprir as condições, não, pretender “pegá-las” como se faz com a azeitona usando o palito. “Quem ama Jesus, curte, digita amém”. Ele condiciona: “Se me amais, guardais meus mandamentos”. É esse Amém, que de nós, O Salvador espera.

Ora, as mais retumbantes promessas jogadas sobre quem ainda não abraçou à salvação não passam de cosméticos maquiando mortos. A bênção primeira é a vida, mediante Novo Nascimento, afinal, “Deus não é Deus de mortos”. E quem tem vida espiritual deixa de ser mero caçador de bênçãos, antes, luta contra as más inclinações, às quais deve crucificar todos os dias, se pretende corresponder deveras, ao amor Divino.

Quem não se esforça para conhecer Deus, Sua Palavra, Suas demandas, Seus pleitos, e se satisfaz com um “cristianismo” virtual, de faz de contas, não reclame no final, se herdar uma “salvação” de faz de contas. Essa coisa doentia de agradar aos homens em lugar de Deus, equivale, usando uma metáfora do Senhor, a pedir peixes pra quem só pode dar cobras.


Todos os dias somos instados a “carregarmos a tocha acesa” do trabalho duro em busca da “medalha” da vida honesta, mas, essa vida que tanto valorizamos, é efêmera, com prazo de validade. A que vale para a eternidade nem sempre tratamos com a devida seriedade. E brincar com algo tão sério não graça nenhuma.