Mostrando postagens com marcador Kriptonita. Mostrar todas as postagens
Mostrando postagens com marcador Kriptonita. Mostrar todas as postagens

terça-feira, 21 de março de 2017

A ameaçadora verdade

“Muitos iam ter com ele, e diziam: Na verdade João não fez sinal algum, mas, tudo quanto disse, deste, era verdade.” Jo 10;41

Se tivermos que escolher entre o milagreiro e o verdadeiro, o último perderá extraviado, infelizmente. Mesmo a Bíblia alertando contra os “Prodígios da mentira” fartos nos últimos dias, as pessoas tendem a render-se ao sobrenatural, mentiroso, invés da hígida verdade, natural.

No fundo, um sintoma de nosso doentio comodismo. Afinal, o milagre seria um esforço “de Deus” para aparecer ante nós; verdade, requereria um desnudar nosso, para que aparecêssemos como somos; cientes de nossa feiura espiritual, não queremos.

Nos meandros da política, sobretudo, a mentira tem sido mais pujante. Determinado delator assume que doou por interesses escusos, alguns milhões a certa agremiação; presto, um dirigente da mesma publica uma nota onde afirma que tudo o que o partido recebeu foi estritamente dentro da Lei, devidamente declarado. Concomitante, aquele e os demais partidos esforçam-se em conjunto, pela anistia do caixa dois, o que é uma confissão coletiva, de que, todos são mentirosos.

O Fato de parecer, eventualmente, que a verdade nos prejudica, ou, que dela não carecemos, nos leva a avaliarmos como de pouca, ou, nenhuma importância, mas, é vital.

Suponhamos que, alguém esteja preso graças a uma acusação infundada; embora certos indícios pareçam apontar um crime relacionado ao tal, ele é inocente. Está preso de forma indevida, malgrado, não possa demonstrar. O que daria alguém assim, pela luz da verdade? Agora, a verdade seria devidamente aquilatada, pois, ao obrar livramento, salvação, perceberiam, enfim, o quão medicinal, é.

Ao considerarmos a vida meramente no teatro do humano, o verossímil basta; digo, parecermos verdadeiros soa suficiente. Entretanto, mesmo ao optarem pelo milagreiro em detrimento do verdadeiro, como afirmei acima, até dessa forma doentia, antropocêntrica, demonstram crer na existência de Deus. Isso não equivale, infelizmente, a crer em Sua Palavra, obedecer.

Num cenário de mentiras, enganos, a verdade soa como intrusa, a “Kriptonita” do espaço que pode matar ao “Super-homem”. Tanto é assim, que O Salvador denunciou: “A condenação é esta: Que a luz veio ao mundo, os homens amaram mais as trevas que a luz, porque suas obras eram más. Porque todo aquele que faz o mal odeia a luz; não vem para a luz, para que as suas obras não sejam reprovadas. Mas, quem pratica a verdade vem para a luz, a fim de que suas obras sejam manifestas, porque são feitas em Deus.” Jo 3;19 a 21

A ética utilitarista a serviço da vida ímpia. Amaram mais as trevas porque suas obras eram más. Ou seja: Amaram a si mesmo, ao comodismo de se manterem no escuro. A insistência de Cristo em acender a Luz, O fez indesejável, pois, o que Ele é, necessariamente revela o que somos. Da samaritana revelou sua promiscuidade; ela disse: “Vejo que és profeta.”

Assim, a verdade incomoda, pois, ao recebermos a mesma, vasculha nossas casas, expõe trastes que tínhamos escondidos. Porém, como um médico que nos toma o pulso, ausculta, examina demais sintomas, diagnostica nosso mal, prescreve a cura.

Cada vez que deparamos com um feixe dessa luz, somos desafiados a uma escolha simples entre o conforto de morrermos como estamos, e o confronto de mudarmos para sermos salvos. Infelizmente, a imensa maioria de nossa geração padece a “Síndrome de Estocolmo”, onde, os sequestrados desenvolvem simpatia pelo sequestrador. Os que estão aprisionados pela mentira, defendem-na, malgrado, essa seja obreira de seu cárcere, e no final, condenará à morte.

É fácil até, citarmos o clássico: “A verdade vos libertará”; mas, o vos, foi dito pelo Senhor. Devemos dizer, antes, “nos libertará”. Pois, se não reconhecermos nossa prisão em seus domínios, nunca apelaremos ao Senhor que liberta.

Por fim, os que preferem prodígios invés da verdade, os terão em fartura, como o juízo dos que pediram carne desprezando ao Maná. Recusam sistematicamente a verdade, aliada de Deus, receberão então, o enviado do pai da mentira. “Esse cuja vinda é segundo a eficácia de Satanás, com todo o poder, sinais e prodígios de mentira, com todo engano da injustiça para os que perecem, porque não receberam o amor da verdade para se salvarem.” II Tess 2;9 e 10

A mais de dois milênios a Verdade tem sido pregada, a custo de sangue, mortes, perseguições; chegará a hora, breve vem, que a Santa Paciência Divina esgotará, e dará aos homens o produto de suas escolhas.

Afinal, se, traz certo desconforto à natureza, o advento da verdade, uma vez que rasga-nos as vestes. Mas, aos convertidos que a confessam, O Eterno reveste de Cristo. Os que se contentam com engano, infelizmente associam sua sorte à do enganador, pois, “...de fora ficarão os mentirosos...”

domingo, 12 de abril de 2015

Dá um tempo

“Os meus dias são como a sombra que declina; como a erva me vou secando. Mas tu, Senhor, permanecerás para sempre; tua memória de geração em geração.” Sal 102; 11 e 12


Alguns servos de Deus cogitaram as suas relações com o tempo em contraste com o Eterno; a desvantagem humana, óbvio, resultou imensa. 

Moisés: “Porque mil anos são aos teus olhos como o dia de ontem que passou, como a vigília da noite... Os dias da nossa vida chegam a setenta anos; se, alguns, pela sua robustez chegam a oitenta anos, o orgulho deles é canseira e enfado, pois cedo se corta e vamos voando.” Sal 90; 4 e 10 

Pedro: “Mas, amados, não ignoreis uma coisa; que, um dia para o Senhor é como mil anos, mil anos como um dia. O Senhor não retarda  sua promessa, ainda que alguns a têm por tardia; mas é longânime para conosco, não querendo que alguns se percam, senão, que todos venham a arrepender-se.” II Ped 3; 8 e 9 

Tiago: “Digo-vos que não sabeis o que acontecerá amanhã. Porque, que é a vossa vida? É um vapor que aparece por um pouco,  depois se desvanece.” Tg 4; 14 

Em Hebreus encontramos o que segue: “Jesus Cristo é o mesmo; ontem, hoje e eternamente.” Heb 13; 8 Muitos exemplos mais, há; contudo, por ora, esses bastam. 

Acontece que, se as coisas criadas estão sujeitas ao tempo, Aquele que é Pai da Eternidade possui o tempo em Suas mãos. Por isso, a Dádiva Maior de Seu amor, Jesus Cristo, visa guindar aos que Lhe ouvem e obedecem, a uma dimensão onde o tempo não conta mais. “Na verdade, na verdade vos digo que quem ouve a minha palavra e crê naquele que me enviou, tem a vida eterna; não entrará em condenação, mas, passou da morte para a vida” Jo 5; 24 

Sim, a morte tem seu consórcio com o tempo, onde, ceifa a torto e a direito como lhe apraz. A vida eterna, porém, livra aos filhos das garras da morte. 

Então, lermos o tempo com a lupa humana vale para as nossas coisas, não, para as que são eternas. Nesse quesito fracassaram os opositores de Jesus. Quando Ele disse: “Antes que Abrão existisse, Eu Sou” soou blasfemo, pois, lhe davam pouco mais de trinta anos, sua saga humana. Entretanto, quando desafiou à lógica ao ressuscitar um morto de quatro dias demonstrou cabalmente que, Seu postulado de imunidade ao tempo é veraz. 

Como vive num eterno presente, incita-nos a uma decisão no mesmo prisma: “Portanto, como diz o Espírito Santo: Se ouvirdes hoje sua voz, não endureçais  vossos corações...” Heb 3; 7 e 8 

A urgência não é por que o tempo em si seja exíguo; antes, porque o nosso em particular pode findar a qualquer momento. Todos os dias milhares de vidas adentram à eternidade órfãs de uma decisão séria no âmbito espiritual, pois, mesmo ante inúmeras oportunidades postergaram; findou seu tempo e não buscaram a Salvação, como disse Jeremias, noutro contexto: “Passou a sega, findou o verão e nós não estamos salvos.” Jr 8; 20 

É próprio de Um Ser Amoroso, que possui todo o tempo, ser longânime, como Deus é; entretanto, descansarmos nisso como se a Santa paciência fosse cumplicidade com nossos descaminhos soa à blasfêmia; Ele diz: “Estas coisas tens feito, ( ver contexto ) eu me calei; pensavas que era tal como tu, mas eu te argüirei, as porei por ordem diante dos teus olhos.” Sal 50; 21 

Que dizer ainda dos, que, de posse de menos de um século de vida contraditam ao Eterno com  teorias biodegradáveis? Essas poses de super-homens valem para discursos inflamados, teses doentias; contudo, a “Kriptonita” do tempo basta para verter em vermes a tais “homens de aço.” 

O precursor do Salvador, aliás, também anunciou essa mensagem: “Uma voz diz: Clama; alguém disse: Que hei de clamar? Toda a carne é erva, toda a sua beleza como a flor do campo. Seca-se a erva e cai a flor, soprando nela o Espírito do Senhor. Na verdade o povo é erva. Seca-se a erva cai a flor, porém, a palavra de nosso Deus subsiste eternamente.” Is 40; 6 e 7 

Não é pequena a insensatez de quem cambia a segurança de Diretrizes Eternas pelo pólen fugaz de flores enfermiças. 

É próprio de nossa sociedade apodrecer moralmente e filosofar: Os tempos são outros! Isso mascara que os humanos são outros, cada vez piores. Ignoram deliberadamente que, sua falta de tempo para Deus rouba a todo tempo de si. 

Seja nossa, pois, a oração de Moisés: “Ensina-nos a contar nossos dias, de tal maneira, que alcancemos corações sábios.” Sal 90; 12