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domingo, 16 de setembro de 2018

Os bichos têm razão

“Todo o primogênito na terra do Egito morrerá, desde o primogênito de Faraó, que haveria de assentar-se sobre seu trono, até ao primogênito da serva que está detrás da mó e todo primogênito dos animais.” Êx 11;5

A décima praga no Egito; Juízo Divino pela escravidão e opressão imposta ao Seu povo. A morte dos primogênitos, infortúnio que atingiria até aos animais. Dada a irracionalidade dos bichos, não podem ser santos, tampouco, pecadores; sua sina está atrelada à de quem os possui.

Por ocasião do juízo de Nínive vemos algo semelhante: Alarmado com a mensagem de Jonas o rei colocou até os bichos em “penitência”; “Fez uma proclamação que se divulgou em Nínive, pelo decreto do rei e dos seus grandes, dizendo: Nem homens, nem animais, nem bois, nem ovelhas provem coisa alguma; não se lhes dê alimentos nem bebam água; mas, homens e animais sejam cobertos de sacos; clamem fortemente a Deus e convertam-se, cada um do seu mau caminho, da violência que há em suas mãos.” Jn 3;7

Sensibilizado com a súplica coletiva O Senhor poupou à cidade da destruição vaticinada e mencionou aos bichos quando explicava Seus motivos ao frustrado profeta; “Não hei de ter compaixão da grande cidade de Nínive em que estão mais de cento e vinte mil homens que não sabem discernir entre a sua mão direita e a esquerda, e também muitos animais?” Cap 4;11

O cuidado com os mesmos é predicado dos justos; “O justo tem consideração pela vida dos seus animais, mas, as afeições dos ímpios são cruéis.” Prov 12;10

Contudo, não se pode confundir o cuidado devido com a inversão de valores que tanto grassa em nosso tempo. Hás os que são capazes de bloquear o curso de um trator por um ovo de tartaruga, contudo, silenciam, quando não, defendem o aborto. Devemos cuidar dos animais, não, fazer da vida humana inferior a eles.

Adão em comunhão com Deus recebera domínio sobre todas as criaturas; “... dominai sobre os peixes do mar, as aves dos céus e sobre todo o animal que se move sobre a terra.” Gên 1;28

Naquele estado de comunhão, pureza, não era o homem apenas; era o homem em Deus.

Porém, aceita a sugestão maligna de autonomia, independência, o homem passou a estar apenas “em si mesmo.”

Essa derrocada da excelsa condição de filho, para criatura deixou-nos num inglório zero a zero com a bicharada; “Disse eu no meu coração, quanto a condição dos filhos dos homens, que Deus os provaria, para que assim pudessem ver que são em si mesmos como os animais. Porque o que sucede aos filhos dos homens, também sucede aos animais; lhes sucede a mesma coisa; como morre um, assim, morre o outro; todos têm o mesmo fôlego, e a vantagem dos homens sobre os animais não é nenhuma, porque todos são vaidade.” Ecl 3;18 e 19

Essa “vaidade” nulidade espiritual, derivada da culpa do homem incidiu sobre toda a criação; “Porque a criação ficou sujeita à vaidade, não por sua vontade, mas, por causa do que a sujeitou, na esperança de que também a mesma criatura será libertada da servidão da corrupção, para liberdade da glória dos filhos de Deus.” Rom 8;20 e 21

Note que o escravo é só criatura; “... a criatura será libertada...” quando livre vislumbra a “... glória dos filhos de Deus”.

De onde vem a palavra animal? De animus, em latim, mesmo que alma. O que é relativo ao espírito se diz, espiritual; à alma, animal. Como Deus é Espírito, filiação com Ele demanda renascer nessa dimensão, senão, apenas bichos seremos; “... Na verdade, na verdade te digo que aquele que não nascer da água e do Espírito, não pode entrar no reino de Deus.” Jo 3;5

Embora, vegetarianos se abstenham disso, animais foram dados como meios de subsistência, bem como, plantas. Desse modo, cuidar bem dos mesmos é uma questão de boa gestão, acima de tudo. Os de estimação, apenas, envolvem laços afetivos.

Desgraçadamente os efeitos da queda fizeram pior que nos nivelar por baixo; muitos reféns de paixões descem inda mais; “O boi conhece seu possuidor, o jumento a manjedoura do seu dono; mas, ... meu povo não entende.” Is 1;3

“Até a cegonha no céu conhece os seus tempos determinados; a rola, o grou e a andorinha observam o tempo da sua arribação; mas, o meu povo não conhece o juízo do Senhor.” Jr 8;7

Dados os gritantes sinais à vista, e a estrondosa alienação, quando não, oposição humana a Deus, isso faz pensar que, à sua maneira os bichos são racionais; os irracionais são os humanos. Que pena que tenham sua sorte atrelada à nossa! Bicho nenhum merece.