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sábado, 11 de maio de 2019

Deus ou o Monstro

“... Lançado estou de diante dos teus olhos; todavia, tornarei a ver o teu santo templo.” Jn 2;4

Fragmento de uma oração muito “profunda”; Jonas estava no fundo do mar, no abismo, no ventre de um peixe há três dias, quando orou.

Preferira morrer a levar uma mensagem Divina aos odiados ninivitas; vendo que se passava o tempo e milagrosamente o metabolismo do bicho não o consumia, repensou e decidiu arrependido, cumprir o Divino propósito. “... lançado estou de diante dos teus olhos...” disse. Depois fez uma ousada e esperançosa leitura do porvir, confiado na bondade de Deus. “... tornarei a ver o Ter santo templo.”

Tinha uma missão a cumprir; uma vez desincumbido, volveria para sua terra outra vez, pensou. “Quando desfalecia em mim minha alma, lembrei-me do Senhor; e entrou a ti a minha oração, no teu santo templo.” V 7 Apesar da ideia fixa de orar no templo mesmo estando no fundo do mar contou com a Onipresença do Santo, como dissera Davi; “Se ... habitar nas extremidades do mar, até ali Tua Mão me guiará e Tua Destra me susterá.” Sal 139;9 e 10

Por fim, reavivou a obediência que votara; “Eu te oferecerei sacrifício com a voz do agradecimento; o que votei pagarei. Do Senhor vem a salvação.” V;9

Então, “Falou o Senhor ao peixe e este vomitou Jonas na terra seca.” V 10

Uma coisa a aprendermos sobre respostas às orações. Deus não vem ao nosso encontro com um pacote como se fosse empregado dos correios; antes, move circunstâncias em determinada direção, seja, concedendo o que pedimos, seja, negando. Quem tem comunhão com Ele entende Sua linguagem.

O peso derivado da desobediência, como o de Jonas é removido, uma vez, restabelecida a obediência; os que são frutos de nossos anseios nem sempre obtêm resposta favorável; ou, porque nossos anelos não são espiritualmente sadios, o tempo aprazado para certa bênção inda na chegou, ou, O Santo tem propósitos diversos para nós. O Não, e o espere, também são respostas.

Acontece que O Eterno responsabiliza-se pelo que prometeu apenas; “... Viste bem; porque Eu Velo sobre a Minha Palavra para cumpri-la.” Jr 1;12 assim, embora a esperança seja uma coisa boa, se insistirmos em esperar algo diverso do Divino intento estaremos “fazendo força” em vão; “Para que por duas coisas imutáveis, nas quais é impossível que Deus minta, tenhamos firme consolação, nós, que pomos nosso refúgio em reter a ‘esperança proposta’;” Heb 6;18

Muitas vezes somos engolidos por “monstros” aos quais Deus não pode ordenar que nos vomitem; Tragados pela afeição aos vícios, errôneas concepções da vida, de Deus, arbitrários que somos carecemos sair com algum esforço das entranhas do “bicho” ao encontro da Sua Santa Vontade.

O que Deus faz é lançar a corda da Sua Palavra libertadora, mas, pegarmos a mesma para sermos ajudados é decisão de cada um; “Rogo-vos, irmãos, pela compaixão de Deus, que apresenteis vossos corpos em sacrifício vivo, santo e agradável a Deus, que é o vosso culto racional. Não vos conformeis com este mundo, mas transformai-vos pela renovação do vosso entendimento, para que experimenteis a boa, agradável, e perfeita vontade de Deus.” Rom 12;1 e 2

O suicida profeta metera-se na enrascada por aversão aos inimigos de Israel, os assírios; os rebeldes atuais suicidam-se também, por não abdicarem de doentias paixões, como se, preservá-las fosse mais valioso que a preservação da vida.

As escolhas implicam perdas; para ter o que quero tenho que preterir algo excludente à minha opção. Como ensinou O Salvador, não podemos servir a dois senhores. Esse é o dilema da maioria dos desobedientes; teoricamente querem os Céus, mas, na prática vivem às suas maneiras, como se pudessem sair do “mostro” quando quisessem pelos próprios esforços.

O metabolismo do tempo os vai digerindo lentamente, até que é tarde demais. A morte espreita em cada esquina; a cada um que ceifa, divorciado do Senhor, é mais um que não verá jamais, O Santo Templo na eternidade.

O Canhoto em seu consórcio com a carne rebelde joga tudo no aqui e agora fazendo parecer que nosso tempo deve ser “aproveitado” pra “curtir” a vida; A Palavra de Deus apresenta a redoma de tempo espaço como uma dádiva para reconciliação com Deus. “... de um só sangue fez toda a geração dos homens, para habitar sobre a face da terra, determinando os tempos já dantes ordenados, e os limites da sua habitação; para que buscassem ao Senhor, se porventura, tateando, o pudessem achar...” Atos 17;26 e 27

Jonas o fujão se arrependeu e foi restabelecido; trocou seus afetos desajustados pelos Santos, de Deus. Os de igual proceder terão a mesma sorte; os demais serão digeridos, infelizmente.

quarta-feira, 4 de janeiro de 2017

O cidadão dos Céus

“Mas eu te oferecerei sacrifício com a voz do agradecimento; o que votei pagarei. Do Senhor vem a salvação.” Jn 2;9

Um fragmento da oração de Jonas, feita após três dias, desde o ventre do peixe. Uma pessoa a ser estudada o profeta fujão, pois, num primeiro momento aceitou morrer, quando disse que era o culpado pela tempestade, e, sugeriu que o jogassem ao mar. Depois, engolido pela criatura, só orou após três dias, parece que, estava esperando pela digestão, para ser consumido, como não foi digerido, cansado de tanto, não morrer, decidiu rogar por sua vida.

Interessante que, não há registro de quem tenha pedido isso diretamente, tipo, se deres nova chance, Senhor, obedecerei; antes, se dispôs a cumprir algo que já tinha proposto; “O que votei, pagarei,” disse. Só então, manifestou confiança na misericórdia Divina; “Do Senhor vem a salvação.” Não precisamos muito esforço para concluir que ele prometera obediência incondicional, e, decidira desobedecer, ao discordar da ordem recebida.

Não poucas vezes somos “engolidos” por aflições, por assumirmos algo diante de Deus, e negligenciarmos, depois. Salomão aconselhou certa parcimônia coma as palavras, e, seriedade com os compromissos. “Não te precipites com tua boca, nem, teu coração se apresse a pronunciar palavra alguma diante de Deus; porque Deus está nos céus, tu estás sobre a terra; assim, sejam poucas as tuas palavras. Porque, da muita ocupação vêm os sonhos, e a voz do tolo das muitas palavras. Quando a Deus fizeres algum voto, não tardes em cumpri-lo; não se agrada de tolos; o que votares, paga-o. Melhor é que não votes, que votes e não cumpras.” Ecl 5;2 a 5

Vivemos tempos difíceis, as palavras, pouco, ou, nada valem; daí a necessidade dos contratos; registros escritos de nossos compromissos assumidos mediante palavras. E, mesmo sendo registrado, documentado, muitos não honram os ajustes pactuados. Uma das características alistadas por Paulo, dos homens que viveriam nos “tempos difíceis”, seria: “...infiéis nos contratos...”

Se, devemos ser econômicos em nossas palavras diante de Deus, isso se dá porque Ele as valoriza. O Salvador ensinou: “Por tuas palavras serás justificado, ou, condenado.” Cada palavra proferida, seja em oração ou não, passa a fazer parte dos registros eternos. “Então aqueles que temem ao Senhor falam frequentemente um ao outro; o Senhor atenta e ouve; um memorial é escrito diante dele, para os que temem o Senhor, para os que se lembraram do seu nome.” Mal 3;16

Se, as palavras dos fiéis são registradas, as dos infiéis também, eles diziam ser inútil servir a Deus, e, que certos estariam os soberbos; suas palavras, mais que registradas no céu, foram também na Bíblia, para que todos conhecessem. Contra eles, O Todo Poderoso, imaginem, queixou-se da dureza das suas ímpias falas. “...As vossas palavras foram agressivas para mim, diz o Senhor;” v 13

Deus não tenciona tratar conosco nos domínios da força, onde, Ele É Incomparável, antes, anela uma relação no âmbito do amor, e, mesmo desejando ser correspondido, poder ser rejeitado, até, ouvir “palavras duras”.

Quando Simeão falou profeticamente a Maria sobre as agruras reservadas ao, então, menino Jesus, disse: “Uma espada traspassará também a tua própria alma; para que se manifestem os pensamentos de muitos corações.” Luc 2;35 Nossa liberdade de expressão, sentimentos, levada às últimas consequências. Contudo, se somos totalmente livres para fazermos escolhas, as consequências nos advêm, mesmo que, contra a nossa vontade.

Nada poderia ser mais justo que isso. Deus propõe dois caminhos, ensina onde cada um leva, e, Ele não é infiel nos contratos, antes, cumpre o prometido, portanto, as escolhas são arbitrárias, as consequências, necessárias.

A um olhar superficial pode ter um quê de heroico, alguém abrir mão da própria vida, como fez, num primeiro momento, Jonas; e, fazem tantos suicidas. Entretanto, isso que pode soar a um gesto de coragem, a rigor, não passa de desesperada fuga. Os valentes que Deus busca não são os que morrem por uma causa, antes, os que mortificam as más inclinações, sacrificam anseios da natureza caída, para seguirem fiéis ao “contrato” assumido em Cristo, de serem Servos Seus, a qualquer custo.

Sacrifício, sim, pois, O de Cristo nos redime para salvação, mas, se requer o nosso a cada dia, se, pretendemos ser tidos por fiéis junto ao Senhor. “Rogo-vos, pois, irmãos, pela compaixão de Deus, que apresenteis vossos corpos em sacrifício vivo, santo e agradável a Deus, que é o vosso culto racional.” Rom 12;1

Se, não temos, como Jonas, a missão de anunciar o juízo em Nínive, temos, como ele, o dever de permanecermos nas coisas que pactuamos com Deus. Pois, o cidadão dos Céus é de caráter tal, que, “ainda que jure com dano seu, não muda”. Salmo 15