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terça-feira, 12 de junho de 2018

Os Tempos são Outros?

“Nunca digas: Por que foram os dias passados melhores que estes? Porque não provém da sabedoria esta pergunta.” Ecl 7;10

Que adulto jamais falou saudoso do passado, dizendo: Em meu tempo de jovem as coisas eram assim, ou, assado? Ouso que, nenhum.

Malgrado, o conforto e a velocidade vindos do esmero tecnológico, seu efeito colateral nos desumaniza um pouco, (muito, até) além de que, a derrocada dos valores faz a presente geração infinitamente menor que a precedente.

Coisas que eram vexatórias há três décadas são motivos de “orgulho” hoje. Para imbecis encantados com lixo isso se deve a um upgrade civilizatório, quando, na verdade, nada mais é que decadência moral. A boa e velha vergonha na cara deve estar escondida, envergonhada por aí. Os tempos não são outros; antes, as pessoas; e, outras bem piores, em relação aos antepassados.

Entretanto, Salomão, o sábio disse que, perguntar por que os dias passados foram melhores não é esperável de alguém sábio. Assim sendo, isso deve ser o normal do “andar da carruagem”, observada a espécie humana em sua saga.

Segundo A Palavra de Deus, viemos de uma geração perfeita, à Sua Imagem e Semelhança; caímos em desobediência e conseqüente degredo do Paraíso. Como, perdida a vida espiritual resta apenas a natural, que a Bíblia chama de “carne”; a tendência é, ao curso do tempo, um afastamento cada vez maior do Santo, exceto, dos que alcançados pelo Salvador, crucificam a carne e passam a aprender Dele o bom caminho.

Imaginemos um atirador que, com arma de infinita potência mirasse um alvo também, no infinito; ajustada a pontaria ele disparasse; no entanto, no momento do disparo respirasse, ou, algo assim, que interferisse e movesse a arma um milímetro de onde estava. O pequeno erro inicial iria se tornando cada vez maior, e, o milímetro na partida em dada distância seria um metro longe do alvo já, e quanto mais o projétil andasse, maior o erro se tornaria.

Assim estamos nós; tendo começado no Paraíso, uma falha deu azo a toda a putrefação espiritual e moral que vemos, e, à medida que o projétil do tempo avança, mais nos afastamos do alvo. Por isso, aliás, não seria sábio perguntar por que antes o erro era menor; trata-se de uma lógica inexorável.

Quando O Senhor mostrou a sina humana numa figura a Nabucodonosor, a decadência foi o traço mais notório, na imagem usada; uma estátua com cabeça de ouro, tórax e braços de prata, ventre de bronze, pernas de ferro, e por fim, pés numa mescla de ferro com barro. O tempo de então, foi mostrado como a cabeça de ouro; os subsequentes desciam, em reinos vindouros, até que, chegássemos onde estamos; aos pés da estátua.

Após os Impérios, Babilônico, Medo-Persa, Grego e Romano, chegaríamos a um tempo onde se misturariam as sementes, sem se ligarem as almas; o império da hipocrisia, atual.

Todavia, “nos dias desses reis, o Deus do céu levantará um reino que não será jamais destruído; este Reino não passará a outro povo; esmiuçará e consumirá todos esses reinos, mas, ele subsistirá para sempre, da maneira que viste que do monte foi cortada uma pedra, sem auxílio de mãos, que, esmiuçou ferro, bronze, barro, prata e ouro; o grande Deus fez saber ao rei o que há de ser depois disto. Certo é o sonho; fiel a interpretação.” Dn 2;44 e 45

Se, “O Reino de Deus está entre vós” como disse nos Seus dias, O Senhor, era apenas uma embaixada em Terra estranha. Cresceu um pouco, com o progresso da Igreja, foi falsificado, perseguido, mas, seu estabelecimento cabal ainda espera pela volta do Rei, cujo esplendor da vinda esmiuçará todos os traços de impiedade remanescentes dos reinos pretéritos.

Assim, contraditoriamente evoluímos no domínio da tecnologia, enquanto, deixamos bebês abandonados no lixo, ou, próceres da política advogam o aborto para que os matemos ainda no ventre. Somos tão bons de máquinas que ignoramos o sublime sentido, e, o valor da vida.

Muitos sedizentes cristãos votam em políticos abortistas desde que deem o “bolsa” isso ou aquilo. Se botar pão em meu ventre pode botar vidas no lixo; é a “moral” para vergonha da espécie.

Logo, não carecemos ser profetas para antever um futuro pior. Para alguns, porém, ainda haverá o Bendito Encontro com Cristo; não precisarão errar tão feio o alvo, como esse mundo tosco e ingrato erra, em relação ao Seu Criador.

A opção por Ele custa o abandono dos vícios que dão prazeres eventuais; mas, nos beneficia com a reconciliação com Deus, paz interior, salvação, ventura eterna. A relação custo-benefício depende de cada um. Contudo, jamais, com sabedoria, alguém escolheria a morte, estando ao alcance, a vida.