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sábado, 11 de abril de 2020

As doces "ervas amargas"


“Acabando tudo isto, todos os israelitas que ali se achavam saíram às cidades de Judá, quebraram as estátuas, cortaram os bosques, derrubaram os altos e altares por toda Judá e Benjamim, como também em Efraim e Manassés, até que tudo destruíram; então tornaram todos os filhos de Israel, cada um para sua possessão, para as cidades deles.” II Cr 31;1

Tinham acabado de celebrar a Páscoa quando tomaram essas atitudes depurativas, separando o culto ao Senhor da idolatria.

Ezequias ascendera ao trono com 25 anos; a primeira providência como rei foi mandar restaurar o Templo do Senhor que estava em ruínas, depois o culto; fez da Páscoa assunto para uma convocação nacional; ordenou que todos viessem a ela.

Embora, o reino estando contaminado pela profanação dos ídolos, e consequente desobediência, a coisa certa foi feita a despeito da dureza de alguns. “Os correios foram passando de cidade em cidade, pela terra de Efraim, Manassés até Zebulom; porém riram-se e zombaram deles. Todavia alguns de Aser, e Manassés, e Zebulom, se humilharam e vieram a Jerusalém.” Cap 30;10 e 11

Ante a mesma convocação uns riram, outros se humilharam. A coisa certa deve ser feita não importa se as pessoas concordam conosco ou não. A má vontade alheia não precisa contaminar a nossa.

Não há registro que a atitude de quebrar os ídolos e derrubar seus altares tenho sido ordem do rei. Ao que parece foi reação espontânea do povo que, de volta à comunhão com O Altíssimo resolveu zelar o Seu Zelo, separando-se daquilo que, sabiam desagradar ao Eterno.

Totalmente na contramão das palavras de ordem do mundo, tolerância, inclusão, diversidade, Deus não tolera cultos alternativos em Seu espaço, exclui a todos que O desobedecem e não se arrependem e deixa claro, quão ímpar é a Vereda da vida. “Ouve Ó Israel, O Teu Deus É Único!” “Olhai para mim e sereis salvos”; “Ninguém vem ao Pai senão, por mim.” Etc.

Sabedores disso, os anciãos que estavam reatando o relacionamento baniram as coisas profanas da sua terra.

No Novo Testamento não há mais Páscoa. O que temos hoje é apenas uma febre comercial a anos-luz dos ensinamentos bíblicos. A Páscoa era uma festa estritamente judaica; celebrava a libertação do povo eleito da escravidão egípcia. Feita com um cordeiro assado e ervas amargas.

Era também um tipo profético apontando para “O Cordeiro de Deus que tira o pecado do mundo”. Cristo. Por isso Paulo ensina: “Cristo a nossa páscoa foi sacrificado por nós”. I Cor 5;7

Ou seja: O que a Páscoa significava para os Judeus, (libertação) Ele significa para nós. Além do Cordeiro, as ervas amargas necessárias são nosso arrependimento e confissão. O ritual que rememora Seu Feito em nosso favor é a Ceia do Senhor como Ele mesmo ordenou: “Fazei isso em memória de mim”.

Essa baboseira de ovos de chocolate e coelhinho é filha do paganismo; febre comercial apenas, nada a ver com Deus, Sua Palavra ou, Vontade.

Se, os que reconciliaram com Deus nos dias de Ezequias sentiram-se compungidos a separar-se de tudo o que desagrada a Ele, nós que participamos da ordenança Santa da Ceia do Senhor em memória do Seu Feito faríamos também essas coisas que o mundo faz?

Se não o fizermos nos acharão fanáticos, talvez riam de nós. E daí? Nos dias de Ezequias alguns também riram dos enviados do rei que convocavam à Páscoa. No entanto, e estupidez desses não tolheu a sabedoria dos que escolheram se aproximar do Senhor.

Gosto de chocolate; seguidamente como, mas não em forma de “ovos de coelho(?)” nem com fins espirituais; é apenas apetite mesmo.

Todos os dias carecemos os favores do Cordeiro, pois nossos pecados se renovam; e das “ervas amargas” do arrependimento. Eu olharia para Cristo na Cruz saboreando chocolates?? Se o fizesse estaria zombando do Seu Sacrifício, invés de honrando como convém.

Quando medito no que Ele Fez sou solenemente desafiado a olhar para dentro de mim para depuração dos dissabores que Lhe causo. “Porque todas as vezes que comerdes este pão e beberdes este cálice anunciais a morte do Senhor, até que venha. Portanto, qualquer que comer este pão, ou beber o cálice do Senhor indignamente, será culpado do corpo e do sangue do Senhor. Examine, pois, o homem a si mesmo e assim coma deste pão e beba deste cálice.” I Cor 11;26 a 28

É mais fácil comprar ovinhos para as crianças que ensinar-lhes a verdade. Pela escolha do fácil em lugar do valioso que temos uma geração tão despida de valores como a atual.

Todavia, o preceito permanece; “Educa a criança no caminho em que deve andar; até quando envelhecer não se desviará dele.” Prov 22;6

sábado, 4 de abril de 2020

A falência dos deuses


“Eis que reinará um rei com justiça e dominarão os príncipes segundo o juízo. Será aquele homem como um esconderijo contra o vento, um refúgio contra a tempestade, como ribeiros de águas em lugares secos; como a sombra duma grande rocha em terra sedenta.” Is 32;1 e 2

“Um rei... aquele homem...” no meu tempo de aluno essas expressões eram singulares. Perdoem a ironia mas, quanto mais avançamos no tempo mais me parece que desaprendemos o sentido das coisas, o significado das palavras.

Se, o inimigo sugeriu a pluralidade de deuses, “vós sereis como Deus” o primeiro mandamento legado ao povo eleito muito tempo após o degredo foi: “Ouve ó Israel: O Teu Deus É Único”.
Então, quando se ouve convocações para jejuns politeístas dizendo, não importa se você crê nisso ou naquilo, ore, jejue; eu me pergunto: Qual parte do texto supra eles não entenderam?

Se, a desobediência original que deu azo à queda “criou vários deuses”, a regeneração mediante Cristo demanda a morte desses: “Negue a si mesmo tome sua cruz e siga-me”. Isso põe por terra o relativismo onde cada um vê como quer; recoloca O Absoluto, O Rei dos Reis, “Aquele homem”, Jesus Cristo como senhor das nossas vidas. O que passar disso, ou ficar aquém é fraude.

Por estarmos “todos no mesmo barco” como dizem, isso não nos faz iguais, tampouco valida a fé errônea de cada um, nesse Titanic em vias de afundar. Jonas estava no mesmo barco que dezenas de marinheiros e cada um tinha “seu deus”. Mas, foi O Todo Poderoso que mostrou controle sobre as vidas, a tempestade, o mar.

O fato de aparentemente termos o mesmo problema não é suficiente para nivelar opiniões, escolhas, credos. Eu digo aparentemente, porque não tomo como verdade absoluta o que sai na mídia prostituta e mentirosa, tampouco concordo com as “soluções” suspeitas dos que querem afundar o navio para apagar o incêndio.

Quem disse que todo clamor é válido, que a fé pode ser em qualquer coisa, que estará valendo? Vejamos um exemplo de religiosidade vã: “... nada sabem os que conduzem em procissão suas imagens de escultura, feitas de madeira, e rogam a um deus que não pode salvar.” Is 45;20

A idolatria, o culto de imagens; se, tal culto fosse válido e obtivesse respostas, não seria de imagens mortas, pois essas nada podem; se Deus desconsiderasse isso em face à ignorância, e abençoasse, invés de receber a devida Glória essa iria para fontes indignas; “Eu sou o Senhor; este é o Meu Nome; Minha Glória, pois, a outrem não darei, nem Meu Louvor às imagens de escultura.” Is 42;8

Já manifestei minha decepção com o raquitismo espiritual de uma igreja que, mostra mais medo de boatos do que temor de Deus. Mesmo existindo e sendo, eventualmente letal, o coisa vírus não é mais que tantas outras moléstias existentes; qual a razão dessa histeria toda? Desliguemos as TVs que o vírus sai.

Mas, diria alguém: “Quem garante que tua (minha) visão não é apenas mais uma, ao nível dessas que criticas”?

Derivar reflexões da Palavra de Deus já me coloca, ao menos na área do conhecimento, em submissão a Ele. Sendo Senhor Absoluto, só Ele sabe deveras como as coisas são; não reconhece sabedoria dos rejeitam Sua Palavra; quando muito, astúcia. “Como, pois, dizeis: Nós somos sábios, a Lei do Senhor está conosco? Eis que em vão tem trabalhado a falsa pena dos escribas. Os sábios são envergonhados, espantados e presos; rejeitaram a Palavra do Senhor; que sabedoria, pois, têm eles?” Jr 8;8 e 9


A Palavra não reconhece como válidos todos os credos como o Papa Francisco, antes ensina a perdição que se alienam de Deus, e salvação dos que ouvem; “Porque o erro dos simples os matará, o desvario dos insensatos os destruirá. Mas, quem me der ouvidos habitará em segurança, estará livre do temor do mal.” Prov 1;32 e 33

Ironicamente, o mesmo que espalhou à humanidade afastando-a de Deus, agora trabalha para mostrar a falência dos deuses autônomos; o fará de tal modo que, os trará a si; muitos já clamam por um líder mundial; sabemos quem virá.

A verdade tem demandas muito sérias, mas salva; mentira é só mais do mesmo, quando muito juízo aos adeptos. Eis às portas, “Esse cuja vinda é segundo a eficácia de Satanás, com todo o poder, sinais e prodígios de mentira, com todo engano da injustiça para os que perecem, porque não receberam o amor da verdade para se salvarem. Por isso Deus lhes enviará a operação do erro, para que creiam a mentira; para que sejam julgados todos que não creram na verdade...” II Tess 2;9 a 12

terça-feira, 1 de outubro de 2019

Os ídolos; O Caminho

“Dá-me, filho meu, o teu coração; os teus olhos observem meus caminhos.” Prov 23;26

Embora seja possível aplicar isso à relação Divino-humana, originalmente não era essa a intenção. Salomão recebera o dom da sabedoria e escrevia os ditos textos sapienciais para seu filho, o sucessor no trono.

No início dissera que seu escrito era “Para se receber a instrução do entendimento, justiça, juízo e equidade;” Cap 1;3 Valores indispensáveis para um rei que desejasse reinar com prudência.

Porém, a parte em que preceituou ser imitado pelo filho “os teus olhos observem os meus caminhos”, ficou devendo um melhor exemplo; quiçá, no momento em que escreveu, seu caminhar ainda parecesse imitável, mas em determinado momento deixou de sê-lo.

“Porque sucedeu que, no tempo da velhice de Salomão, suas mulheres lhe perverteram o coração para seguir outros deuses; seu coração não era perfeito para com o Senhor seu Deus, como o coração de Davi, seu pai.” I Rs 11;4

Todo mundo filosofa sobre a superioridade do exemplo ao ensino; parece que seu filho “lia” mais as ações do pai, que os escritos. Tendo começado bem, na sua velhice Salomão pecou pela idolatria; Roboão, o príncipe herdeiro desde o início caiu no erro de praticar a mais comum e letal forma de idolatria; a avareza.

O povo reclamava da excessiva carga tributária; pediram ao novo soberano que aliviasse-a; mas, ele desprezou o conselho dos anciãos, ouviu antes, aos jovens da sua turma e prometeu aumentar ainda mais aos já onerosos impostos.

O reino se dividiu; dez tribos seguiram a Jeroboão, e apenas duas, Judá e Benjamim ficaram com ele. Parece que levou a sério a exortação de imitar os caminhos do pai, mas escolheu para isso os piores momentos da caminhada dele.

Dois males nos assolam: Quando caminhamos, nem sempre somos exemplares ao ponto de ser recomendável que nos imitem; e quando escolhemos imitar, eventualmente, não são os melhores exemplos os nossos guias.

A sociedade atual padece um imenso lapso de referenciais, de pessoas imitáveis; “canoniza” o carisma invés do caráter, o talento, a fama, invés da probidade; a integridade e a verdade não recebem os elogios e o destaque que merecem; enquanto, os efusivos aplausos são reservados aos que douram a impureza com o ilusório verniz do talento e renome.

Outro dia uma repórter famosa ao assumir seu lesbianismo e deixar o marido, com o qual tinha uma filha para casar com outra mulher foi aplaudida num programa de auditório pela sua “coragem”.

Os desvios morais usam roupas alheias e são aplaudidos pela “elegância”. Coragem uma ova! Perversão.

Mesmo no meandro espiritual, dos que se dizem igreja, o pecado de Salomão, idolatria religiosa, imagens e ídolos vivos, e o de Roboão a avareza, têm desfilado pujantes, enquanto, a Doutrina de Cristo que deveria sobressair, subsiste com menor número de expoentes idôneos.

Poucos pregadores modernos, dado o foco na aprovação, no sucesso ministerial, nos números mais que nas pessoas, ou, que na verdade podem dizer como Paulo: “Porque eu recebi do Senhor o que vos ensinei...”

Ele, aliás, deixou seu esforço de imitar O Caminho como estímulo; “Sede meus imitadores, como também eu de Cristo.” I Cor 11;1

Quando O Senhor enviou os primeiros convertidos a difundir Sua Mensagem disse que eles seriam testemunhas; “Recebereis a virtude do Espírito Santo, que há de vir sobre vós; e me sereis testemunhas, tanto em Jerusalém, quanto na Judeia, Samaria, e até aos confins da terra.” Atos 1;8

Ser testemunha em âmbito espiritual é diferente de ter um testemunho, ou uma mensagem para contar; é agir de modo tal, que o jeito de ser se faça um testemunho, até mesmo sem palavras; “Assim resplandeça vossa luz diante dos homens, para que vejam vossas boas obras e glorifiquem ao vosso Pai, que está nos Céus.” Mat 5;16

Se, aos olhos do mundo, “Todos os caminhos são iguais; os que levam à glória ou, à perdição”, como cantava Raul Seixas; ao ensino do Mestre são bem distintos; “Entrai pela porta estreita; porque larga é a porta, e espaçoso o caminho que conduz à perdição; muitos são os que entram por ela; porque estreita é a porta, e apertado o caminho que leva à vida, poucos há que a encontrem.” Mat 7;13 e 14

Enfim, não apenas nos cabe a boa escolha, como ainda, carecemos o discernimento antes de escolher; “Há um caminho que ao homem parece direito, mas o fim dele são os caminhos da morte.” Prov 14;12

A única forma de saber o fim do caminho é confiar Naquele que o traçou; “... não há outro Deus, não há outro semelhante a mim. Que anuncio o fim desde o princípio...” Is 46;9 e 10

terça-feira, 24 de setembro de 2019

Você tem zelo de quê?

“... Não nos faças ouvir tua voz, para que porventura homens de ânimo mau não se lancem sobre vós, e tu percas a tua vida, e dos da tua casa.” Jz 18;25

Mica e a tribo de Dã disputando a posse dum deus (?) na verdade, uma reles escultura que aquele tinha e esses tomaram à força. Os da referida tribo estavam dispostos a matar para manutenção da posse do dito artefato. Restou a Mica resignar-se com a perda para não perder também a vida.

O zelo sem entendimento que referiu Paulo em suas epístolas. Quem se coloca extremamente cioso, zeloso do que é irrelevante, normalmente se porta um de modo relapso para com o que é vital. Conheci muitos chatos, ciosos das coisas periféricas, usos, costumes; e, completamente alienados do zelo necessário para com a sã Doutrina.

Põem vidro no cofre e espalham diamantes ao sol.

Porém há casos piores; há entendimento do que está em jogo e jogam sujo; como certo sindicato de artesãos que fez arruaças “religiosas” porque, Paulo atrapalhava o negócio deles. “Certo ourives da prata, por nome Demétrio, que fazia de prata nichos de Diana, dava não pouco lucro aos artífices, aos quais, havendo-os ajuntado com os oficiais de obras semelhantes, disse: Senhores; sabeis que deste ofício temos nossa prosperidade; bem vedes e ouvis que não só em Éfeso, mas até quase em toda Ásia, este Paulo tem convencido e afastado grande multidão, dizendo que não são deuses os que se fazem com as mãos.” Atos 19;24 a 26

Havia acordo tácito que era apenas dinheiro o alvo, mas, para efeito de manipulação usaram o bom e velho zelo religioso; “Ouvindo-o, encheram-se de ira, e clamaram, dizendo: Grande é a Diana dos efésios.” V 28

Não fora esse mesmo zelo cego que a cretina Jezabel usara para, acusar Nabote de blasfêmia depois de subornar testemunhas para que confirmassem isso, e o infeliz fosse morto; sua herança roubada pela megera rainha?

Zelo em si não quer dizer nada. Circulam pela “nuvem” muitos agarrados em dogmas, ou placas denominacionais que parecem, como a tribo de Dã, estar dispostos a matar por seus apegos doentios; invés de apreço pela verdade que liberta mostram apenas os derivados deprimentes de seus entendimentos obtusos e fanatismo engajado.

Postam vídeos onde um líder responde à objeção de outro, e invés de cotejar a posição de fulano e a de ciclano, ambas com a Verdade revelada na Palavra, portam-se como torcedores do melhor sofista e ainda realçam seu aplauso de torcedores ignorantes com expressões, tipo: “Lacrou! Humilhou!”

Nas antigas disputas de Sócrates com os retóricos sofistas, entre outras coisas disse que desprezava à “arte” deles, pois, pelo manuseio hábil das palavras faziam parecer que entendiam sobre o que ignoravam; ainda podiam gerar crença sem ciência. Simplificando; faziam as pessoas acreditar sem entender.

Nunca foi esse o propósito do Salvador; antes, desafiou Seus ouvintes à prática da Palavra como iniciação ao discipulado; a permanência como meio de conhecer à verdade que liberta. “Jesus dizia... Se vós permanecerdes na Minha Palavra, verdadeiramente sereis meus discípulos; conhecereis a verdade, e a verdade vos libertará.” Jo 8;31 e 32

Ouvir com preguiça, aplaudir a quem “lacra” invés, de “meditar dia e noite na Lei do Senhor” dá menos trabalho; pode engendrar certo prazer rasteiro até, porém atrofia o espírito onde deveria haver crescimento.

“Do qual (de Cristo) muito temos que dizer de difícil interpretação; porquanto vos fizestes negligentes para ouvir. Porque, devendo já ser mestres pelo tempo, ainda necessitais de que se vos torne a ensinar os primeiros rudimentos das Palavras de Deus; vos haveis feito tais que necessitais de leite, não de sólido mantimento.” Heb 5;11 e 12


O que torna difícil a interpretação é a negligência, preguiça, dos ouvintes ou, leitores da Palavra. Têm muitas palmas guardadas para seus “lacradores” favoritos dos quais são torcedores, e nenhum neurônio voluntário disposto a conhecer melhor ao Senhor meditando na Sua Palavra.

Inevitável a figura de Belsazar: Cheio de louvores às futilidades e alienado do que é vital. “... destes louvores aos deuses de prata, ouro, bronze, ferro, madeira e de pedra, que não veem, não ouvem, nem sabem; mas a Deus, em cuja mão está a tua vida, de quem são todos os teus caminhos, a Ele não glorificaste.” Dn 5;23


Dois atrativos têm os ídolos. Comodismo e cumplicidade.

Sendo à imagem e semelhança de quem os faz são rasos, não demandam meditação, entendimento; não tendo uma lei a seguir, “abençoam” quaisquer caminhos que os devotos escolherem.

Porém, “Eu sou o Senhor; este é o Meu Nome; Minha glória, pois, a outrem não darei, nem o Meu louvor às imagens de escultura.” Is 42;
8

terça-feira, 21 de maio de 2019

Cisternas Rotas no DNA

“Entregarei os homens que transgrediram Minha Aliança, que não cumpriram as palavras da aliança que fizeram... na mão de seus inimigos que procuram sua morte...” Jr 34;18 e 20

A ideia vulgar de pertencer ao Senhor sempre é de usufruto de especial proteção e toda sorte de bênçãos; quase nunca, de responsabilidade. Notemos no texto acima que havia inimigos que teriam um triunfo eventual, enquanto os “eleitos” transgressores pereceriam.

A proteção Divina está expressa: “... aquele que tocar em vós toca na menina do Seu olho.” Zac 2;8 Então, era Israel. Por que seria diferente com os salvos em Cristo? Que o Eterno abençoa Seus filhos é certo; porém, não necessariamente segundo nossos pleitos, mas segundo nossas carências aos Seus olhos, e no Seu tempo.

Privilégios de filhos de Deus se fazem acompanhar de responsabilidades que ímpios não têm, como disse Paulo; “Quando éreis servos do pecado, estáveis livres da justiça.” Rom 6;20

“Livres” no sentido de soltos no mundo ao bel prazer, não, com carta banca para pecar. Livres porque, mortos espiritualmente, nada tendo a perder. Habitantes adiados do Inferno excursionando sobre a Terra.

Quando Paulo disse aos atenienses que Deus não toma em conta a ignorância não significa que abona às maldades feitas “no escuro”, mas que está pronto a perdoar aos que, na luz, reconheçam às mesmas e se arrependam. “Deus, não tendo em conta os tempos da ignorância, anuncia agora a todos os homens, em todo o lugar, que se arrependam;” Atos 17;30

O Salvador disse algo semelhante; “... Se fôsseis cegos, não teríeis pecado; mas como agora dizeis: Vemos; por isso vosso pecado permanece.” Jo 9;41

Desse modo, por termos sido iluminados e feito uma aliança com O Eterno, numa relação de obediência somos protegidos e abençoados, na rebeldia colhemos juízo; seremos os primeiros a perecer; mediante Ezequiel Deus mostrou uma cena da “prioridade” dos “santos”; “Matai velhos, jovens, virgens, meninos e mulheres, até exterminá-los; mas a todo o homem que tiver o sinal não vos chegueis; ‘começai pelo meu santuário’...” Ez 9;6

Desgraçadamente vivemos os dias vaticinados por Agur; “Há uma geração que é pura aos próprios olhos, mas que nunca foi lavada da sua imundícia.” Prov 30;12

Para gente “auto-santa” sem noção, o menor sinal de disciplina, correção soa-lhes a intromissão nas suas vidas, contudo seguem “filhos de Deus”. Acontece que, o “teste de DNA” que prova a filiação é nossa reação à disciplina. “Se suportais a correção, Deus vos trata como filhos; porque, que filho há que o pai não corrija? Mas, se estais sem disciplina, da qual todos são feitos participantes, sois então bastardos, não, filhos.” Heb 12;7 e 8

Ignoram convenientemente, esses amantes-de-si-mesmo escondidos atrás do “não julgueis” que, quando apresentamos À Palavra de Deus sadiamente interpretada quem está julgando atitudes é Deus, não somos nós; o mesmo juízo Dele que ensinamos se nos aplica também.

Um dos mais graves pecados ao longo de toda a Bíblia sempre foi a idolatria que coloca aparatos de humana feitura acima do Deus Vivo. Às nações que O desconheciam Deus permitia tal erro embora deixando patente a insanidade, detalhando a geração tais “deuses”; “O artífice animou ao ourives, o que alisa com o martelo ao que bate na bigorna, dizendo da coisa soldada: Boa é. Então com pregos a firma, para que não venha a mover-se.” Is 41;7

Porém, quando a coisa brota de quem já conhece a Deus, aí causa espanto nos Céus; “Porém tu, ó Israel, servo meu, tu Jacó, que elegi descendência de Abraão, meu amigo;” v;8 Jeremias também desnudou isso: “O meu povo fez duas maldades: a mim deixaram, Manancial de Águas Vivas, e cavaram cisternas, cisternas rotas, que não retêm águas.” Jr 2;13

Minha cidade, Soledade RS gaba-se de ter posto sete mil pessoas na procissão de “Santa Rita” no domingo passado. Quando fizeram algo parecido para o Deus Vivo, Criador de tudo o que há? Se, pelo menos tivéssemos a decência de parar de mencionar ao Altíssimo como disse nos dias de Ezequiel; “... Ide, sirva cada um os seus ídolos, pois, a mim não quereis ouvir; mas não profaneis mais Meu Santo Nome...” Ez 30;39

Os que estão irritados ao ler isso já receberam em si mesmos o resultado do DNA. Não são filhos de Deus! Precisam nascer de novo para isso. 

Quanto a algum incauto e ignorante que acha melhor ficar longe, já que a responsabilidade maior é de quem conhece, umas perguntas: “... se, ( o Juízo ) começa por nós, qual será o fim daqueles que são desobedientes ao evangelho de Deus? Se, o justo apenas se salva, onde aparecerá o ímpio e o pecador?” I Ped 4;17 e 18

sexta-feira, 24 de agosto de 2018

O Vingador Vingado

“Assim farei cessar em ti tua perversidade; a prostituição trazida do Egito...” Ez 23;27

O Eterno como se fosse um Marido traído. A vocação do povo para prostituição seria uma “herança” dos seus tempos de escravo, no Egito.

Mas, de que prostituição fala o texto aqui? Espiritual; o concurso de outros deuses; imagens, malgrado, a sua libertação tenha sido Obra Majestosa do Deus Único.
A hermenêutica ensina: A Bíblia interpreta a Bíblia; vejamos: “Porque adulteraram, sangue se acha nas suas mãos; com seus ídolos adulteraram; até os seus filhos, que de mim geraram, fizeram passar pelo fogo, para os consumir.” V 37

Desgraçadamente, esse vício de adoração de imagens perdura, mesmo sendo prostituição aos Olhos Divinos. Certa vez li uma diatribe de um padre contra os protestantes; em sua defesa disse: “Não adoramos imagens, apenas, veneramos”.

Vejamos o texto Bíblico: “Não farás para ti imagem de escultura, nem alguma semelhança do que há em cima nos céus, nem embaixo na terra, nem nas águas debaixo da terra. Não te encurvarás a elas nem as servirás...” Êx 20;4 e 5

Fazem, se encurvam, oram; andam em procissões honrando às tais... Deem o nome que quiserem a isso; ante Deus é prostituição espiritual. Mas, diria um deles: E minha liberdade de crença? Tem; tanto que acredita nisso. Mas, é a minha liberdade de crer na Palavra de Deus que me faz denunciar o erro.

É falso que determinados “santos” foram expoentes do cristianismo e hoje são “intercessores” junto ao Deus Único. Nenhuma imagem é melhor perante Deus, que É Espírito. Mesmo “Jesus” que cultuam é mero ídolo detestável, nada tendo com O Bendito Salvador.

Durante os dias de Acabe, O Deus Vivo fora banido, Seus profetas mortos, e instituído o culto a Baal, uma imagem. Irado, O Santo quebrou o protocolo; invés de a sucessão advir de um filho do rei enviou um profeta ao front ungiu a Jeú, um capitão, com ordem de exterminar à casa de Acabe. “... Assim diz o Senhor Deus de Israel: Ungi-te rei sobre o povo do Senhor, sobre Israel. Ferirás a casa de Acabe, teu senhor, para que Eu vingue o sangue de meus servos, os profetas, e, de todos os servos do Senhor, da mão de Jezabel.” II Rs 9;6 e 7

Ele cumpriu a ordem segundo O Zelo do Senhor; porém, nada aprendeu com o episódio; fora o Braço Divino para destituir um ídolo; seguiu cultuando outro. “Porém, não se apartou Jeú de seguir os pecados de Jeroboão, filho de Nebate, com que fez pecar a Israel, a saber: dos bezerros de ouro, que estavam em Betel e Dã.” II Rs 10;29 A maldita herança trazida do Egito.

Assim, por um lado, destruiu a idolatria a Baal; por outro, robusteceu o culto a Ápis, o bezerro dos egípcios. Noutro contexto Paulo denuncia a transgressão de um que atua assim; “Porque, se torno a edificar aquilo que destruí, constituo a mim mesmo transgressor.” Gál 2;18

Sabendo do Zelo Divino contra imagens deveria rejeitar cabalmente a todas, não, ter suas favoritas. Aí, a sina de vingador contra a idolatria lhe faria mero braço do Senhor, sem culpa pelo sangue derramado.

Porém, como atuou parcialmente segundo suas preferências, deixou de ser um instrumento Divino; se fez culpado de transgressão; isso foi requerido em período ulterior; “... daqui a pouco visitarei o sangue de Jezreel sobre a casa de Jeú...” Os 1;4

O tema central de Oseias; prostituição espiritual, mencionando de novo, os bezerros e Baal. Dessa vez, a culpa de Jeú. Pois, achara um ídolo
 destrutível; outro cultuável.

Da mesma forma agem os que pensam que Buda, Krisna, Hórus, etc. são ídolos; mas, Antônio, Luzia, Rita etc. são “santinhos”, perante Deus todos são elementos de prostituição espiritual.

Afinal, atribuem às imagens, Onipresença; se, muitas casas do país as possuem e todos oram a elas, como ouviriam a tantos em lugares tão diversos? Teriam que ser como Deus. Mas, “apenas veneramos” disse o cretino.

Ora, quem precisa ver algo para ter fé, na verdade não tem. “A fé é o firme fundamento das coisas que se esperam; a prova das coisas que se não veem.” Heb 11;1

Se, olho a um bibelô que eu mesmo posso fazer, nele não vejo Deus, vejo a mim. A parte visível de Deus é outra: “Porque suas coisas invisíveis, desde a criação do mundo, tanto Seu Eterno Poder quanto, Sua Divindade, se entendem; claramente se veem pelas coisas que estão criadas, para que eles fiquem inescusáveis.” Rom 1;20

No tocante o Ser, a Imagem É Cristo; Espírito e Verdade, não, um boneco; “O qual, É o resplendor da sua glória, a Expressa Imagem da Sua Pessoa...” Heb 1;3

sexta-feira, 18 de maio de 2018

Verdade dá medo; dá vida

“...Temos uma cidade forte, onde, Deus pôs a salvação por muros e antemuros. Abri as portas, para que entre nela a nação justa, que observa a verdade.” Is 26;1 e 2

Vemos a gritaria relativista e “inclusiva”, onde, Deus sendo Amor, toleraria tudo e aceitaria todos; pois, cada um “tem a sua verdade” e “serve a Deus como O concebe.” No entanto a “Cidade forte” da salvação, duplamente murada, está reservada à “... nação justa que observa a verdade”.

Um deus que é fruto de minha concepção, nada mais é que um simples ídolo. O que são as imagens que tantos adoram, senão, frutos da concepção particular dos que verteram a imaginação em algo tangível?

O Senhor denunciou aos que usavam uma árvore para se aquecer, fazer fogo, e reservavam parte para esculpir um “Deus”; advertiu que essa segunda parte era tão cinza quanto a primeira que fora queimada. “Nenhum deles cai em si; não têm conhecimento nem entendimento para dizer: A metade queimei no fogo, cozi pão sobre suas brasas, assei sobre elas carne e comi; faria eu do resto uma abominação? Ajoelhar-me-ei ao que saiu de uma árvore? Apascenta-se de cinza; seu coração enganado o desviou, de maneira que já não pode livrar a sua alma, nem dizer: Porventura não há uma mentira na minha mão direita?” Is 44;19 e 20

Sua fonte verte do engano do próprio coração; as águas decorrentes são de mentira.

Mas, dizem alguns, esses crentes têm mania de serem donos da Verdade. Não. Ninguém sobre a Terra tem essa posse, embora, esteja acessível a todos que dela não tiverem medo. “Santifica-os na verdade; Tua Palavra é a verdade.” Jo 17;17

Quando apresentamos A Palavra de Deus a outrem não estamos falando “de fora”; digo, como se, fosse uma doutrina para corrigir terceiros e não nós; antes, a própria Palavra ensina que seremos medidos todos com a mesma “régua”. “Quem me rejeitar e não receber as minhas palavras, já tem quem o julgue; a palavra que tenho pregado o há de julgar no último dia.” Jo 12;48

A diferença é que, o convertido por aceitar o Juízo Divino agora, crer na Palavra como ela É, e, tentar adequar sua vida aos Divinos Preceitos, fazendo isso, na conversão, é guindado à cidade aquela, onde, o Juízo não atingirá mais; uma vez que, identificado com a Justiça de Cristo mediante arrependimento é perdoado e deixa patente sua salvação mediante a novo modo de vida. “Na verdade, na verdade vos digo que quem ouve minha palavra e crê naquele que me enviou tem vida eterna; não entrará em condenação, mas, passou da morte para vida.” Jo 5;24

Assim, se, seremos julgados pela Sua Palavra, e, essa diz que, só quem ouve e crê tem vida eterna, não existe nenhuma faceta “inclusiva” tampouco, “verdade” alternativa, relativista que possa esquivar-se a isso. O Salvador deixou expresso que sem novo nascimento, da Água, (palavra) e do Espírito, (Santo), nada feito.

Então, o desejado ecumenismo, onde, todas as religiões pretendem se amontoar sob o acerto que concordam em não discordar, pode dar azo à paz inter-religiosa; Todavia, no Prisma espiritual, não passa de um motim contra O Senhor, que, no fim se revelará fatal. “Por que se amotinam os gentios, os povos imaginam coisas vãs? Os reis da terra se levantam, governos consultam juntamente contra o Senhor, contra o seu ungido, dizendo: Rompamos suas ataduras, sacudamos de nós as suas cordas. Aquele que habita nos céus se rirá; o Senhor zombará deles. Então lhes falará na sua ira; no seu furor os turbará.” Sal 2;1 a 5

O desafio para os pretendentes à salvação é “tomai meu jugo”, que demanda submissão; esses preferem sacudir as cordas, em nome da “liberdade” que é um disfarce pífio da eterna escravidão.

Cada um escolhe seus “doutores” segundo suas inclinações. O avarento tem em sua defesa os que negam a necessidade do dízimo; o devasso, os que “incluem” em nome do amor e sacrificam a justiça; o idólatra, os que se cobrem com o engano e dizem que o que Deus abomina, é para Sua “honra”; o mercenário aponta um dedo para Céu e os restantes para a Terra.

Porém, ao salvo convém sobriedade de alma, e subserviência ao Senhor, a Verdade. “Porque virá tempo em que não suportarão a sã doutrina; mas, tendo comichão nos ouvidos, amontoarão para si doutores conforme suas próprias concupiscências; desviarão os ouvidos da verdade, voltando às fábulas. Mas, tu, sê sóbrio...” II Tim 4;3 a 5

Na cidade aquela tem muros e antemuros; só se entra pela Porta. “Eu sou a porta; se alguém entrar por mim, salvar-se-á; entrará e sairá e achará pastagens.” Jo 10;9

quinta-feira, 29 de março de 2018

Os fugitivos

Jacó logrou Labão, o arameu, porque não lhe fez saber que fugia”, Gên 31;20

Aquele que fora para Harã fugindo da fúria de seu irmão, Esaú, agora saía de lá, outra vez, fugindo. Não tinha motivo para isso; bem poderia se despedir do pai de suas esposas Leia e Raquel e sair pela porta da frente.

Entretanto, seus temores de sempre, subprodutos de suas trapaças, seu inda frágil relacionamento com Deus, faziam confiar mais na astúcia que na proteção Divina.

Labão o soube, três dias após, pois, estava no campo tosquiando ovelhas, reuniu alguns homens e foi atrás alcançando-o em sete das nas terras de Gileade. Se, no princípio não tinha razões para fugir, agora, tinha-as para temer, uma vez que sua amada Raquel furtara os ídolos de seu pai e os levara consigo.

Pode-se inferir que Labão vinha com intentos belicosos, dado, o “puxão de orelhas” que levou. “Veio, porém, Deus a Labão, o arameu, em sonhos, de noite, e disse-lhe: Guarda-te, que não fales com Jacó nem bem nem mal.” V 24 Noutras palavras: Não toque nele, está sob minha proteção.

Foi vetado pelo Eterno que ele fizesse mal a Jacó, não, que tomasse satisfação sobre suas imagens furtadas. “... se, querias ir embora, porquanto tinhas saudades de voltar à casa de teu pai, por que furtaste meus deuses?” v 30

Seguro da sua integridade e dos seus, o patriarca sentenciou: “Com quem achares teus deuses, esse, não viva; reconhece diante de nossos irmãos o que é teu do que está comigo e toma-o para ti. Pois, Jacó não sabia que Raquel os tinha furtado.” V 32

Durante a revista nos trastes foi a vez de Raquel fugir, isto é; assentou-se sobre os objetos roubados e pediu desculpas por não poder levantar se dizendo menstruada. Então, nada achou Labão, do que procurava. Provada a “inocência”, foi a vez de Jacó “subir na mesa”. “Então irou-se Jacó e contendeu com Labão;respondeu disse: Qual é a minha transgressão? Qual é meu pecado, que tão furiosamente me tens perseguido?” v 36

Pois bem, sua imprudência de sentenciar à morte quem furtara as imagens custou a vida de Raquel que morreu durante o parto de Benjamim. Trabalhara sete anos como dote por aquela que amava; num momento de insanidade com a cruel espada da língua ceifou sua vida.

Desse modo, infelizmente, podemos fugir das ameaças externas, muito mais facilmente que das loucuras interiores.

Desde a queda a espécie humana se fez fugitiva. “Ouvi tua voz e me escondi, pois, estava nu.” A saga de Adão é a mesma nossa. Sentimento de culpa ante O Santo, fuga.

Mas, “Para onde me irei do Teu Espírito, ou para onde fugirei da Tua Face? Se, subir ao céu, lá estás; se fizer no inferno a minha cama, eis que Tu ali estás também. Se, tomar as asas da alva, habitar nas extremidades do mar, até ali a Tua Mão me guiará; Tua Destra me susterá. Se disser: Decerto que as trevas me encobrirão; então, a noite será luz à roda de mim.” Sal 139;7 a 11

Porém nosso aspecto mais requintado de maldade nos faz fugir, até mesmo, da fuga. Como assim? Sabe aquele sujeito que foge da justiça fingindo fazer campanha? Muitos de nós nos portamos igual. Mascaramos nossas fugas como, ceticismo, ateísmo, politeísmo, ativismo, e, até de cristianismo; quando adotamos um verniz bíblico para dar brilho a uma substância pagã, hipócrita.

No caso de Jacó careceu a experiência com Deus em Peniel, onde teve sua coxa ferida para não mais andar como andara, e teve seu nome mudado para Israel. No nosso carecemos do novo nascimento em Cristo, para recebermos o dom do Espírito Santo, que, paulatinamente nos capacita a mortificar nossos monstros internos, as obras da carne para, enfim, andarmos em espírito.

Sendo Jacó servo do Deus Vivo, Raquel furtara bibelôs inúteis nos quais confiava e isso foi fatal. Desgraçadamente, muitos perdem suas salvações agarrados em porcarias vãs, invés de se aproximarem do que salva. Pois, se esses espantalhos nada valem no que tange à vida, no sentido de alienar do Santo e levar à morte são “úteis”.

Jacó amaldiçoou quem os furtou, A Palavra amaldiçoa quem neles confia: “Têm mãos, mas, não apalpam; pés, mas, não andam; nem som algum sai da sua garganta. A eles se tornem semelhantes os que os fazem, e todos os que neles confiam.” Sal 115;7 e 8

Fugitivos se escondem no “respeito religioso” como se, falar-lhes a verdade fosse ofensa.

Nas cidades de refúgio os culpados estariam livres após a morte do Sumo Sacerdote; o Nosso morreu por nós há mais de dois mil anos; o que nos impede de sermos livres?

quarta-feira, 21 de fevereiro de 2018

Levar Deus ou, atraí-lo?

“Os filisteus... disseram: Que voz de grande júbilo é esta no arraial dos hebreus? Então souberam que a Arca do Senhor era vinda. ... se atemorizaram, porque diziam: Deus veio ao arraial. Diziam mais: Ai de nós! Tal, jamais, sucedeu antes.” I Sam 4;6 e 7

Os hebreus tinham perdido já uma batalha; pasmos pela “ausência” de Deus no combate resolveram buscá-lO; trouxeram a Arca da Aliança para a luta.

Chegando “reforço” ao front os soldados jubilaram em alta voz; a coisa ecoou no exército inimigo e temeram.

Que inimigos desconhecessem Deus é compreensível; entretanto, os próprios hebreus ignorarem aos predicados Seus é alarmante. Se, em dado momento O Eterno desafia: “Operando Eu, quem impedirá”? O outro lado da moeda também é necessário. “Afastando-me Eu, quem me aproximará”?

O que chegara fora tão somente a Arca, que, embora fosse um objeto sagrado era só um objeto; um símbolo da Santa Presença, não, a presença. Como uma aliança de casamento no dedo de um adúltero não garante fidelidade, um símbolo santo entre um povo rebelde não garantia a aprovação Divina, tampouco, Sua Presença.

O sonho de consumo dos idólatras é um deus que possa ser levado pra lá e pra cá ao sabor das inclinações. O Eterno não pode ser manipulado; faz tudo que lhe apraz, quando quer; denuncia como ignorantes os que peregrinam após espantalhos de humana feitura que são espiritualmente inócuos. “Congregai-vos, vinde; chegai-vos juntos, os que escapastes das nações; nada sabem os que conduzem em procissão suas imagens de escultura, feitas de madeira, e rogam a um deus que não pode salvar. Anunciai, chegai-vos, tomai conselho todos juntos; quem fez ouvir isto desde a antiguidade? Quem desde então anunciou? Porventura não sou Eu, o Senhor? Pois, não há outro Deus senão Eu; Deus justo e Salvador não há além de mim. Olhai para mim, e sereis salvos, vós, todos os termos da terra; porque Eu sou Deus; não há outro.” Is 45;20 a 22

Não pense o incauto que idolatria é hábito de católicos com suas múltiplas imagens, apenas. Está repleto de “evangélicos” idólatras devaneando que se possa levar a bênção num frasco de azeite, numa porção de sal grosso, “rosa ungida”, toalha, ou, outra porcaria qualquer. Isso é idolatria inda mais tosca que aquela.

O Salvador ensinou: “A hora vem, agora é, em que os verdadeiros adoradores adorarão o Pai em espírito e verdade; porque o Pai procura tais que assim o adorem. Deus é Espírito; importa que os que o adoram adorem, em espírito e verdade.” Jo 4;23 e 24

A humanidade ímpia lida muito mal com a verdade. Lembro fragmentos de uma antiga canção: “As pessoas adoram o falso, eu também preciso ser mais falso, a verdade gera confusão...” mais ou menos isso. Ousemos ser verdadeiros em nossas inserções sociais, full time, para ver quanta confusão causaremos na seara da falsidade.

Os Hebreus foram derrotados justo pelo abandono de Deus; sua relação com O Santo se revelara oca, profana, falsa. Os filhos do sacerdote Eli faziam poucas e boas das coisas santas, prostituíam-se em público, vilipendiavam aos sacrifícios; seu omisso pai não os disciplinou como deveria; Deus disse-lhe: “Por que honras teus filhos mais que a mim?” Entristecido os deixou a própria sorte. Derrotados no primeiro embate resolveram buscar a Arca, como se, isso trouxesse junto ao Senhor. Ledo engano. Perderam de novo; até a Arca foi tomada pelos inimigos.

Deus O Todo Poderoso não pode ser levado como um bibelô. Mas, pode ser atraído por corações que se consagram a Ele. “Porque, quanto ao Senhor, seus olhos passam por toda a terra, para mostrar-se forte para com aqueles cujo coração é perfeito para com ele...” II Crôn 16;9 ou, “Os meus olhos estarão sobre os fiéis da terra, para que se assentem comigo; quem anda num caminho reto, esse me servirá.” Sal 101;6

Muitos vivem pretensa vida espiritual com uma superficialidade mais fina que verniz; acham que compartilhar ideias piedosas de terceiros, ou, digitar seus mercenários “améns” fará com que Deus, que sonda corações, as abençoe.

Ele não faz acepção de pessoas, aceita qualquer que se achegar; porém, isso só é possível negando a si mesmo, recebendo Cristo como Salvador e Senhor. Jesus mesmo avisou: “Ninguém vem ao Pai senão por mim”. Sem essa balela de mediadores e medianeira. Isso não passa de dogmas humanos falsificando a verdade que O Santo ama; pois, “há um só Deus; um só Mediador entre Deus e os homens, Jesus Cristo, homem.” I Tim 2;5

Estamos perdendo a batalha da vida? O Santo já venceu, mas, só herdaremos Sua Vitória, se pararmos de querer tudo do nosso jeito, e deixarmos que Ele peleje por nós.

domingo, 3 de dezembro de 2017

Diamantes em risco

“Acabando tudo isto, todos os israelitas que ali se achavam saíram às cidades de Judá e quebraram estátuas, cortaram bosques e derrubaram os altos e altares por toda Judá e Benjamim, como também, em Efraim e Manassés, tudo destruíram;” II Crôn 31;1

Ezequias subira ao trono com 25 anos e herdara um cenário de apostasia. O templo em ruínas, dezenas de cultos alternativos, idólatras, espalhados por Israel; uma verdadeira desolação.

Seus primeiros atos foram na direção de restauração do relacionamento com Deus. Recuperação do Templo em seus estragos, santificação das coisas sagradas que foram profanadas, celebração da páscoa, restabelecimento da ordem sacerdotal, culto e louvores ao Senhor.

Houve duas “quebras de protocolo” que O Eterno permitiu, dadas as circunstâncias. A páscoa deveria ser celebrada no primeiro mês; todavia, “O rei tivera conselho com os seus príncipes e toda a congregação em Jerusalém, para celebrarem a páscoa no segundo mês. Porquanto não a puderam celebrar no tempo próprio, porque não se tinham santificado sacerdotes em número suficiente e o povo não se tinha ajuntado em Jerusalém.” Cap 30;2 e 3

Depois, “havia muitos na congregação que não se tinham santificado... Ezequias orou por eles, dizendo: O Senhor, que é bom perdoa todo aquele que tem preparado seu coração para buscar o Deus de seus pais, ainda que não esteja purificado segundo a purificação do santuário. Ouviu o Senhor a Ezequias e sarou o povo.” VS 17;a 20

Vemos, pois, que arrependimento, contrição valem mais diante de Deus que outras coisas, que, mesmo tendo sido ordenadas como necessárias, em circunstâncias especiais tornam-se assessórias, desde que, o vital, o Temor do Senhor seja preservado.

Entretanto, é o Temor do Senhor que leva Seus servos a banirem a ideia de cultos híbridos; isto é; misturados com crenças, imagens, ritos que O Eterno não ordenou. Por isso, uma vez sarados por Deus, perdoados e aceitos, os hebreus arrependidos voltaram às suas terras e quebraram estátuas, destruíram altares que usavam quando estavam alienados do Santo.

Já li diatribes de vários padres contra protestantes no que tange ao culto de imagens dizendo em sua defesa que Deus mandou fazer dois querubins sobre a Arca da Aliança, e uma serpente de bronze. Portanto, segundo eles, o culto de imagens é válido desde que seja para O Senhor. É verdade; Ele mandou fazer isso e foi obedecido.

Porém, também mandou o seguinte: “Não farás para ti imagem de escultura, nem alguma semelhança do que há em cima nos céus, nem em baixo na terra, nem nas águas debaixo da terra. Não te encurvarás a elas nem as servirás; porque Eu, o Senhor teu Deus, sou zeloso, que visito a iniquidade dos pais nos filhos, até terceira e quarta geração daqueles que me odeiam.” Ex 20;4 e 5

Quer dizer que segundo a hermenêutica desses sacerdotes, o que Deus mandou fazer vale, mas, o que mandou NÃO FAZER, aí não precisa ser obedecido?

Note no texto acima que O Senhor equaciona o culto às imagens com odiá-lO. “visito a iniquidade... daqueles que me odeiam.” Mesmo que as pessoas digam que suas imagens são para cultuar a Deus Ele interpreta isso como ódio, pois, são deuses alternativos que acabam tomando um lugar que é exclusivo, Dele. “Eu Sou o Senhor; este é Meu Nome; minha glória, pois, a outrem não darei, nem meu louvor às imagens de escultura.” Is 42;8 “...nada sabem os que conduzem em procissão suas imagens de escultura, feitas de madeira, e rogam a um deus que não pode salvar.” Is 45;20

Não se trata de competição religiosa, isso não leva a lugar nenhum. Antes, tem ver com luz x trevas; verdade x mentira; salvação x perdição; vida ou morte.

Sem essa que todos os caminhos levam a Deus, que cada um O ama do seu jeito. Ele só reconhece um jeito de ser amado: “Se me amais, guardai os meus mandamentos.” Jo 14;15

É certo que os dez mandamentos nos ensinos de Cristo foram reduzidos a dois; amar a Deus sobre tudo, e ao próximo. Todavia, como amaremos a Deus colocando entre nós e Ele algo que Ele odeia?

A idolatria não se restringe ao culto de imagens; avareza, ídolos humanos; qualquer coisa que usurpe o lugar exclusivo do Senhor. A sentença do Apocalipse é categórica: “Ficarão de fora... os idólatras...” Apoc 22;15

Meu alvo não é ferir suscetibilidades, antes, iluminar; não é competir, mas, exortar para que você não fique de fora.

Aos erros pretéritos Deus perdoa, apaga; desde que haja uma mudança como nos dias de Ezequias. Senão, aqueles que se apegam mais à religião que à vida jogam no lixo o que é precioso, como um louco usando diamantes numa funda.

sábado, 18 de novembro de 2017

O Vendaval e a Fortaleza

“Quando (Deus) deu peso ao vento e tomou a medida das águas; quando prescreveu leis para a chuva e caminho para o relâmpago dos trovões; então, viu e relatou; estabeleceu e também a esquadrinhou. Disse ao homem: Eis que o temor do Senhor é a sabedoria! Apartar-se do mal, a inteligência.” Jó 28;26 a 28

Houve um tempo em que os fenômenos “naturais” eram atribuídos ao Criador; fosse chuva, estio, vendavais, calmaria... Ele mesmo reivindicava a autoria disso, aliás. “Por isso (a indiferença do povo) retém os céus sobre vós o orvalho; a terra detém seus frutos. Mandei vir seca sobre a terra, e sobre os montes, o trigo, o mosto, o azeite, e sobre o que a terra produz; como também sobre os homens e gado, todo o trabalho das mãos.” Ag 1;10 e 11

Certa vez, o perverso Saul quebrara um juramento feito em Nome do Senhor, matando aos gibeonitas; veio seca como punição e perdurou até a vingança; ou, como esquecer a idolatria dos dias de Acabe e Jezabel, que deu azo à profecia de Elias e um estio de quarenta e dois meses?

Em contrapartida, Paulo via em dias de fartura, de terra produtiva, um testemunho do Senhor; “Contudo, não deixou a si mesmo sem testemunho, beneficiando-vos lá do céu, dando-vos chuvas e tempos frutíferos, enchendo de mantimento e de alegria vossos corações.” Atos 14;17

Contudo, o mundo “explica” até mesmo a criação sem O Criador. A coisa explodiu e aconteceu simplesmente. Esse perfeito relógio veio à existência sem relojoeiro.

Bem, mundo é mundo; um sistema ímpio, adversário do Senhor. Dele não se pode esperar que deixe de ser o que é; pessoas, pontualmente se convertem e são regeneradas, o sistema, não.

Então ouvir os mundanos falando como tais é lógico, coerente. Aludindo à idolatria dos gentios mediante Isaías, o Senhor apenas descreveu a coisa como tola, porém, normal; mas, achar os mesmos traços entre os que tiveram relação com Ele, isso não. “Porém tu, ó Israel, servo meu, tu Jacó, a quem elegi descendência de Abraão, meu amigo?” Is 41;8

Em dias de catástrofes como o vendaval que trouxe enormes prejuízos para nossa cidade as pessoas socorrem-se das mais variadas explicações; “condições climáticas, aquecimento global, reação da natureza à intervenção humana, etc.” Ninguém cogita a Mão de Deus.

Nossa falta de noção da realidade e alienação é tal, que, ontem à tarde quando centenas de pessoas se ocupavam em retirar entulhos refazer telhados e rede de energia, tinha um carro de som anunciando a droga da vez; “venha bailar e se divertir na ... mulheres não pagam”; puta que pariu! Que gente insensível, que calhordas!

Claro que sobejam motivos ao Senhor para estar irado conosco! A imensa maioria está totalmente alienada Dele; e dos que se dizem Seus uma vasta parcela é de gente que é apenas religiosa, sem entrega, sem vida transformada nem vontade de tê-la; apenas uma droga psíquica chamada de igreja; um monte de interesses doentios, carnais, “em Nome de Jesus,” acoroçoados por obreiros mercenários.

Foi só um aviso, uma dosimetria controlada de ira que tende a se agravar à medida que nossos corações recrudescem, e nossos pecados não cessam.

Que o mundo se preocupe com Defesa Civil e similares, tem seu valor em situações de emergência; mas, os que professam O Nome Santo do Senhor deveriam pensar seriamente na necessária entrega e submissão ao Escolhido de Deus, Jesus Cristo; “Será aquele homem como um esconderijo contra o vento, um refúgio contra a tempestade; como ribeiros de águas em lugares secos, e como a sombra de uma grande rocha em terra sedenta.” Is 32;2

Não será construindo melhores casas, com maior grau de resistência que estaremos seguros; antes, descansando de vez no “Esconderijo do Altíssimo”, pois, só Nele estamos seguros, deveras. “Assim como estão os montes à roda de Jerusalém, o Senhor está em volta do seu povo desde agora e para sempre.” Salm 125;2

O mesmo Senhor que deu peso ao vento, formou nuvens e ordena chuvas, é o “Refúgio e Fortaleza” para aqueles que Nele confiam.

Ainda clama em Seu amor e misericórdia, mas, já está saturado de ser tido com “estepe” algo que recorremos em horas de emergência, no mais, fica esquecido. “Rejeitastes todo meu conselho, não quisestes minha repreensão; também de minha parte eu me rirei na vossa perdição e zombarei em vindo o vosso temor.” Prov 1;25 e 26

Porém, as coisas não precisam ser assim, pois, o mesmo Senhor diz: “Porque o erro dos simples os matará, e o desvario dos insensatos os destruirá. Mas, o que me der ouvidos habitará em segurança; estará livre do temor do mal.” Prov 1;32 e 33

sábado, 12 de agosto de 2017

Ciúme, zelo, emulação...

“... o amor é forte como a morte, duro como sepultura o ciúme; suas brasas são brasas de fogo, com veementes labaredas.” Ct 8;6

Ciúme, ou, zelo é inevitável, como a ira. Mas, torna-se mau quando fora do lugar. Paulo testificou que os judeus contemporâneos seus eram assim. “Porque lhes dou testemunho de que têm zelo de Deus, mas, não com entendimento. Porquanto, não conhecendo a justiça de Deus, procurando estabelecer sua própria, não se sujeitaram à justiça de Deus.” Rom 10;2 e 3

Assim, o ciúme está a serviço das obras da carne. Uma das derivações dele é a emulação. Uma espécie de rivalização, de competição, que em seu aspecto negativo recai para a inveja, desfeita; por outro lado, pode ser estímulo a buscar o mesmo; ser igual a outrem do qual nos sentimos emulados.

Paulo disse que investia em seu ministério entre gentios, esperando com isso, que alguns judeus também fossem salvos. “Para ver se de alguma maneira posso incitar à emulação os da minha carne e salvar alguns deles.” Rom 11;14

Denunciou os judaizantes que transtornaram a graça do Evangelho entre os gálatas; tinham ciúmes, pois, os consideravam ovelhas suas. Não andarem as ovelhas de Cristo, como se, deles, lhes incomodava; perdiam a sensação de guias. “Eles têm zelo por vós, não como convém; mas, querem excluir-vos, para que tenhais zelo por eles. É bom ser zeloso, mas, sempre do bem; não somente quando estou presente convosco.” Gál 4;17 e 18

Essa concessão ao zelo, ou, ciúme, pois, está condicionada ao bem; o que conceituaríamos como tal, senão, a Vontade de Deus. Aliás, foi exatamente o não discernir a Santa Vontade, das coisas mundanas, que Tiago referiu como motivo de ciúmes do Espírito. “Adúlteros e adúlteras, não sabeis que amizade do mundo é inimizade contra Deus? Portanto, qualquer que quiser ser amigo do mundo constitui-se inimigo de Deus. Ou cuidais que em vão diz a Escritura: O Espírito que em nós habita tem ciúmes?” Tg 4;4 e 5

Ciúmes a ponto de ensejar inimizades, como dissera Salomão. “...suas brasas são brasas de fogo, com veementes labaredas...”

Qual sentimento movera O Eterno a chover fogo sobre o sacrifício no Desafio de Elias, senão, o Santo Zelo pelo Seu Majestoso Nome que estava indignamente suplantado por fantoches de humana feitura; imagens de Baal? Por Isaías disse: “Eu sou o Senhor; este é meu nome; minha glória, pois, a outrem não darei, nem, meu louvor às imagens de escultura.” Is 42;8

Nos dias de Ezequiel a apostasia assumira proporção tal, que colocaram imagens de escultura no átrio do Templo do Senhor. Aquilo O irritava tanto que, se afastava do lugar de culto que Ele mesmo escolhera. “...levantei meus olhos para o caminho do norte, e, ao norte da porta do altar, estava esta imagem de ciúmes na entrada. Disse-me: Filho do homem, vês o que eles estão fazendo? As grandes abominações que a casa de Israel faz aqui, para que me afaste do meu santuário?...” Ez 8;5 e 6

Usamos dizer: O incomodado que se mude. Pois, bem, O Eterno incomoda-se profundamente com a idolatria, não só culto às imagens como simplificam alguns. Avareza é equacionada com idolatria; adoração, bajulação de ministérios, pregadores e cantores também; tudo mais do mesmo; onde arde essa febre, O Espírito Santo se afasta, por zelo Ao Majestoso Nome de Deus.

Pois, se o homem foi projetado para a comunhão com O Santo, amando a justiça, a verdade, a retidão, dominando sobre a criação, mas, em submissão, respeitando certo limite posto, o homem assim, digo, era “Imagem e semelhança de Deus;” o que resultou após a queda, egoísta, enxerido, independente, insubmisso, infelizmente se fez a imagem e semelhança de outro, que lhe dissera: “Vós sereis como Deus; e sabereis o bem e o mal.”

Em suma, por detrás dos ídolos, de qualquer espécie, O Eterno vê a imagem do canhoto em relação promíscua com aqueles que Ele Ama; isso lhe desperta ciúmes. Por isso requer santidade dos Seus servos; Isso significa consagração, separação dos valores perversos do mundo, pela adoção dos Divinos.

“Não vos prendais a um jugo desigual com os infiéis; que sociedade tem justiça com injustiça? Que comunhão, luz com trevas? Que concórdia entre Cristo e Belial? Que parte o fiel com o infiel? Que consenso, o templo de Deus com ídolos? Vós sois templo do Deus Vivo como Deus disse: Neles habitarei, entre eles andarei; serei seu Deus e eles, meu povo. Por isso saí do meio deles, apartai-vos, diz o Senhor; não toqueis nada imundo, Eu vos receberei; serei para vós Pai, vós sereis para mim filhos e filhas, Diz o Senhor Todo-Poderoso.” II Cor 6;14 a 18

domingo, 24 de julho de 2016

Sinais nos céus, na terra

Assim diz o Senhor: Não aprendais o caminho dos gentios, nem vos espanteis dos sinais dos céus; porque com eles se atemorizam as nações.” Jr 10;2

Se, no prisma econômico, cultural, civilizatório, a chamada globalização é um processo irreversível, no âmbito moral, espiritual, aqueles que temem ao Senhor não devem ser tão “globalizados” assim. Pois, as nações, os então, gentios, têm seus próprios caminhos alienados de Deus.

No contexto, observavam certos “sinais” dos céus, e em virtude disso esculpiam deuses  conforme suas doentias inclinações. “São como a palmeira, obra torneada, porém não podem falar; certamente são levados, porquanto não podem andar. Não tenhais receio deles, pois, não podem fazer mal, tampouco têm poder de fazer bem.” V 5

Historiadores dizem que algo semelhante a um meteoro teria caído nas proximidades de Éfeso, o que deu origem à imagem da deusa Diana, cujos seguidores tanto atrapalharam ao apóstolo Paulo. Não há referências que esses sinais sejam causados por deuses falsos buscando adoração, mas, que os tais sumirão no pó, quando O Criador vier a requerer Seus “direitos autorais”. “Os deuses que não fizeram os céus e a terra desaparecerão da terra e de debaixo deste céu. Ele fez a terra com o seu poder; ele estabeleceu o mundo com a sua sabedoria, com a sua inteligência estendeu os céus.” Vs 11 e 12

Quando da criação, O Eterno disse que sol e lua serviriam de sinais, para tempos, estações. Mais, anunciou a vinda do Salvador com uma estrela. Porque a Ele, os astros obedecem, como de resto, os ditos fenômenos naturais; “Fazendo ele soar a sua voz, logo há rumor de águas no céu, faz subir os vapores da extremidade da terra; faz os relâmpagos para a chuva, e dos seus tesouros faz sair o vento.”

Não há imagem que seja melhor, aceitável, chamem-na pelo nome que a chamarem. Seja “Jesus” “Nossa Senhora” “santos” ou, o que for. Meros ídolos, todos detestáveis aos Santos Olhos do Senhor. “Eu sou o Senhor; este é o meu nome; minha glória, pois, a outrem não darei, nem, meu louvor às imagens de escultura.” Is 42;8

Para o inimigo também não há diferença, qualquer imagem serve, bem como, qualquer nome para a mesma. A que fora Diana em Éfeso emprestou seu rosto à “Nossa Senhora”, à “Estátua da Liberdade” em Nova Iorque e finalmente em nosso país figurou como efígie de moedas, dizendo seus mentores, aos incautos, que era uma “Imagem da República”.

Por quê, qualquer imagem serve ao propósito satânico? Porque seu alvo é cegar às pessoas. Isso se pode fazer com venda de qualquer pano. “Mas, se ainda o nosso evangelho está encoberto, para os que se perdem está encoberto. Nos quais o deus deste século cegou os entendimentos dos incrédulos, para que lhes não resplandeça a luz do evangelho da glória de Cristo, que é a imagem de Deus.” II Cor 4;3 e 4

Notemos que, o inimigo cega para que não vejamos a glória, o caráter de Cristo, que é a Imagem de Deus. O homem que foi criado Imagem e semelhança do Eterno, deixou de sê-lo por lapsos morais, espirituais, não físicos; desse modo, a regeneração deve se dar onde degenerou, não, onde permanece como o original. Ademais, um qualquer prostrado ante um bibelô de humana feitura mostra também um lapso intelectual, extrema burrice achar que depende de algo frágil, que depende dele para se “mover”.

Sabemos que a idolatria não se restringe a imagens, há ídolos de carne e osso, sendo endeusados, bem como, o amor ao dinheiro usurpando em muito, o culto do Eterno. Nenhum ídolo é melhor que o outro; todos vãos, espiritualmente mortos. O dinheiro cumpre sua função tríplice de avaliar, transformar e conservar, bens e serviços. O que passar disso é malsão.

Por fim, a globalização caminha célere para unificar moedas e religiões. Isso que, quando atingido será celebrado como o fim dos conflitos, a paz mundial, não passa de moderna Babel, motim planetário contra a Imagem de Deus, Jesus Cristo. “Por quê, se amotinam os gentios, e os povos imaginam coisas vãs? Os reis da terra se levantam e os governos consultam juntamente contra o Senhor e contra o seu ungido, dizendo: Rompamos as suas ataduras, e sacudamos de nós as suas cordas?” Sal 2;1 a 3

Com isso voltamos a Jeremias: “...não aprendais o caminho dos gentios...”

A cultura me permite falar novas línguas, a civilização, conhecer outros povos, costumes; a tecnologia, fazer isso de maneira veloz, contudo, nada, me permite conhecer, ou, reconhecer outro Deus, outro Salvador. Há gritantes sinais na Terra, de que se cumprem rapidamente os vaticínios do Todo Poderoso, que anunciou o fim, desde o princípio.

terça-feira, 2 de fevereiro de 2016

A Deusa dos mares da ignorância

“Que homem é este, que até os ventos e o mar lhe obedecem?” Mat 8;27 Essa pergunta dos atônitos discípulos quando Jesus acalmou vento e mar, bem que poderia ser feita a nós; sobretudo, hoje. 

Segundo pesquisa da revista Veja de alguns anos, 98% dos brasileiros creem em Deus. Digamos que tenha caído pra noventa. Ainda assim, se perguntássemos nas ruas sobre quem é Jesus, imensa maioria diria que é O Filho de Deus, que É Deus, O Senhor.

Ele denunciou outrora, que, malgrado o terem como Pai, Senhor, lhe ofereciam um culto vil, que O estava irritando; “O filho honra o pai, o servo o seu senhor; se, sou pai, onde está a minha honra? Se, Senhor, onde está o meu temor? diz o Senhor dos Exércitos a vós, sacerdotes, que desprezais o meu nome...” Ml 1;6 Não os lábios, mas, as ações contam.

Acontece que, hoje, milhares de “cristãos” estão fazendo passeatas, oferendas, preces, pagado promessas à “Rainha dos mares;” pra uns, “Iemanjá”, outros, “Nossa Senhora dos Navegantes.” Seria essa entidade que presidiria os mares, protegendo devotos em tais domínios.

Qual foi sua participação na criação? Façamos aos seus seguidores o questionamento que o Criador fez a Jó: “quem encerrou o mar com portas... Quando pus as nuvens por sua vestidura, a escuridão por faixa? Quando eu lhe tracei limites, pus portas e ferrolhos, e disse: Até aqui virás, não mais adiante; aqui parará o orgulho das tuas ondas?” Jó 38;8 a 11 A Própria pergunta traz amalgamada a resposta; foi obra do Criador.

No evento inicial, onde O Senhor conteve vento e mar, a “simples” ação deveria ser já a resposta à questão dos discípulos. Se, até o vento e mar lhe obedecem, deve ser Deus. Então, não importa que 90% ou mais, afirme as coisas corretas; se seguem em procissão aos ídolos, fantoches de produção humana, é nisso que creem.

Mas, que mal há? Não pode cada qual crer no que quiser? Claro! Liberdade de crença é prerrogativa inalienável de seres arbitrários como nós. Contudo, se alguém “crer” que o esquadro é redondo, ou, o círculo triangular, com razões sobejas duvidarei da sua sanidade.

Deus não proíbe que se creia em ídolos, mas, que isso se faça à parte; em separado de Seu templo, de Seu nome. “Quanto a vós, ó casa de Israel, assim diz o Senhor Deus; Ide, sirva cada um, seus ídolos, pois, a mim não me quereis ouvir; mas, não profaneis mais meu santo nome com as vossas dádivas, e com os vossos ídolos.” Ez 20;39 Noutras palavras: “Vão, cultuem as imagens que desejardes, mas, me incluam fora disso”.

Noutra parte, O Santo mencionou sem censura o culto de imagens mediante povos ignorantes; “Um ao outro ajudou, e ao seu irmão disse: Esforça-te. O artífice animou ao ourives, o que alisa com o martelo ao que bate na bigorna, dizendo da coisa soldada: Boa é. Então com pregos a firma, para que não venha a mover-se.” Is 41;6 e 7

Contudo, a idolatria de Israel, que conhecera a Deus, causou espanto: “Porém tu, ó Israel, servo meu, tu Jacó, a quem elegi descendência de Abraão, meu amigo; Tu a quem tomei desde os fins da terra, e te chamei dentre os seus mais excelentes, e te disse: Tu és o meu servo, a ti escolhi, nunca te rejeitei?” vs 8 e 9

Seguiu descrevendo a relação que tivera de fidelidade com o povo rebelde, por fim, lançou um desafio aos ídolos: “Anunciai-nos as coisas que ainda hão de vir, para que saibamos que sois deuses; fazei bem, ou fazei mal, para que nos assombremos, e juntamente vejamos. Eis que sois menos do que nada a vossa obra é menos que nada; abominação é quem vos escolhe.” Vs 23 e 24

Bem poderíamos parafrasear o desafio de Elias: “Até quando coxeareis entre dois pensamentos? Se O Senhor é Deus, segui-O; Porém, se Iemanjá cultuai-a.” Acontece que Deus serve para as horas ruins; Por ocasião da Tsunami na Indonésia, o jornal Zero Hora de Porte Alegre perguntou em manchete: “Onde Estava Deus?”; Ora, o mesmo veículo que cobre com várias páginas à passeata de hoje não deveria ter perguntado: “Onde Estava Iemanjá”? 

Essa é maldição da idolatria! Transforma praticantes em bonecos sem vida, ouvidos, tato, visão, em suma: Imbeciliza.

“Os ídolos deles são prata, ouro, obra das mãos dos homens. Têm boca, mas não falam; olhos, mas, não veem. Ouvidos, mas, não ouvem; narizes, mas, não cheiram. Mãos, mas, não apalpam; pés, mas, não andam; nem som algum sai da sua garganta. A eles se tornem semelhantes os que os fazem, assim como todos que neles confiam.” Sal 115;4 a 8

domingo, 5 de julho de 2015

Inútil exposição Divina ante rebeldes

E o enchi do Espírito de Deus, de sabedoria, entendimento, ciência, em todo o lavor, para elaborar projetos, trabalhar em ouro, em prata, cobre, lapidar pedras para engastar, e entalhes de madeira, para trabalhar em todo o lavor. Eis que eu tenho posto com ele a Aoliabe, filho de Aisamaque, da tribo de Dã; tenho dado sabedoria ao coração de todos aqueles que são hábeis, para que façam tudo o que te tenho ordenado”. Êx 31;3 a 6
Os que, em dado momento abraçam a tarefa de defender o indefensável, tipo a confecção de imagens para a “obra de Deus” lançam mão de textos como esse e similares para reforço de seu argumento. Se, o mesmo Senhor ordenou que se fizessem obras artesanais para o Tabernáculo, como seria contra tais artefatos?
Bem, não é necessário muito esforço para concluir que O Criador faz coisas que só Ele pode. Se, alguém pode usar com propriedade o “Faça o que eu digo, não o que eu faço, Esse, é Deus.
Os artefatos por Ele ordenados eram adornos e utensílios do Seu lugar de culto, tanto que, os artesãos foram cheios do Espírito de Deus, sabedoria e entendimento para a tarefa. Quando veda a “livre iniciativa” tolhe o concurso de deuses que usariam o Seu lugar, uma vez que receberiam preces, culto, como se tivessem espírito, poder, invés de serem inanimados. Assim, o Santo não veta um direito humano, antes, a estupidez, a profanação, dos que, deveriam conhecê-lo.
O mérito ou demérito de determinada ação não deriva da ação em si, antes, do objetivo, do espírito que a anima. O que são os hipócritas, tão combatidos pelo Salvador, senão, homens que fazem a coisa certa, eventualmente, mas, com motivação errada? “Fazem para ser vistos pelos homens” denunciou.
Entretanto, O Eterno fazer tudo para ser “visto”, entendido pelos homens é a mais excelsa demonstração de amor. Paulo denuncia aos que recusam a ver o obvio, tal a exposição de Deus. “Porquanto o que de Deus se pode conhecer neles se manifesta, porque Deus lhes manifestou. Porque as suas coisas invisíveis, desde a criação do mundo, tanto seu eterno poder, como sua divindade, se entendem; claramente se veem pelas coisas que estão criadas, para que eles fiquem inescusáveis; porquanto, tendo conhecido a Deus, não o glorificaram como Deus, nem lhe deram graças, antes, em seus discursos se desvaneceram, seu coração insensato se obscureceu.” Rom 1; 19 a 21
Adiante, conclui que o desconhecimento voluntário de Deus não acalma seu desejo espiritual; no intento de fugirem aos reclames do Santo, buscam deuses alternativos, de seu próprio feitio. “mudaram a glória do Deus incorruptível em semelhança da imagem de homem corruptível, aves, quadrúpedes, e de répteis.” Vs 23
Assim, como tais não se importam ao rebaixarem Deus, também Ele, não se incomoda de os entregar a um sentimento coerente com o espírito rebelde que os anima. “Pois mudaram a verdade de Deus em mentira, honraram e serviram mais a criatura do que o Criador, que é bendito eternamente. Amém. Por isso Deus os abandonou às paixões infames. Porque até as suas mulheres mudaram o uso natural, no contrário à natureza. Semelhantemente os homens, deixando o uso natural da mulher, se inflamaram em sua sensualidade uns para com os outros, homens com homens, cometendo torpeza e recebendo em si mesmos a recompensa que convinha ao seu erro. Como eles não se importaram de ter conhecimento de Deus, assim Deus os entregou a um sentimento perverso, para fazerem coisas que não convêm;” vs 25 a 28
Viram como a coisa é concatenada? A Rejeição de Deus e Seus santos padrões leva os rebeldes aos deuses alternativos, falsos; tal culto profano descamba rumo ao vilipêndio da própria dignidade humana; justo juízo de quem profana à Dignidade de Deus.
Assim, sempre que o Eterno veta algo aos seus, no fundo, Seu alvo é livrar da morte. “Porque o salário do pecado é a morte, mas, o dom gratuito de Deus é a vida eterna, por Cristo Jesus nosso Senhor.” Rom 6; 23
Erram grotescamente os que se escandalizam por não ser, a Bíblia, “politicamente correta”; Deus labora para salvar almas, não, melindres. Mais, a polis, ( cidade ) dos salvos é mui coerente com a linguagem bíblica, posto que não é daqui. “Porque esperava a cidade que tem fundamentos, da qual o artífice e construtor é Deus.” Heb 11; 10
Deus enviou Sua Palavra, mediante o Salvador para guindar obedientes à Sua cidade; no tocante a isso a linguagem é precisa, única. “... Ninguém vem ao Pai senão, por mim.” Assim, todos são livres para escolher até a morte, se desejarem; ninguém, pra contrariar impunemente aos Divinos preceitos.