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domingo, 18 de agosto de 2019

O Ministério da Dor

“Aquilo que foi doloroso suportar torna-se agradável depois de suportado; é natural sentir prazer no final do próprio sofrimento.” Sêneca

Machado de Assis versou mais ou menos o mesmo, porém de modo cômico; “Botas... as botas apertadas são uma das maiores venturas da terra, porque fazendo doer os pés, dão azo ao prazer de descalçá-las.” Disse.

A ideia comum é que, as dores necessárias, uma vez suportadas, além da têmpera gerada trazem certo alento ao seu paciente.

Da dor da separação Dele de modo traumático que estava prestes a acontecer O Salvador advertiu aos discípulos: “Na verdade, na verdade vos digo que vós chorareis e lamentareis; o mundo se alegrará; vós estareis tristes, mas a vossa tristeza se converterá em alegria. A mulher, quando está para dar à luz, sente tristeza, porque é chegada sua hora; mas, depois de ter dado à luz a criança, já não se lembra da aflição, pelo prazer de haver nascido um homem no mundo. Assim também vós agora, na verdade, tendes tristeza; mas, outra vez vos verei, e vosso coração se alegrará, e vossa alegria ninguém tirará.” Jo 16;20 a 22

Sobre a tristeza dos eventuais errantes disciplinados pelo Senhor A Palavra acena com a mesma ideia: “Na verdade, toda a correção, ao presente, não parece ser de gozo, senão de tristeza; mas depois produz um fruto pacífico de justiça nos exercitados por ela.” Heb 12;11

O Salmista se mostrara agradecido pela disciplina, dados os frutos; “Antes de ser afligido andava errado; mas agora tenho guardado Tua Palavra... Foi-me bom ter sido afligido, para que aprendesse Teus Estatutos.” Sal 119;67 e 71

A disciplina da perspectiva correta é uma declaração de amor; “Porque o Senhor corrige o que ama, e açoita qualquer que recebe por filho. Se suportais a correção, Deus vos trata como filhos; porque, que filho há a quem o pai não corrija?” Heb 12;6 e 7

Contudo, não nos convém um apreço superficial do preceito: “Bem aventurados os que choram, porque serão consolados.” Como se, tristeza e choro em si, trouxessem embutido, necessariamente, algum mérito ou crédito perante Deus. No contexto se aventa de fome e sede de justiça, bem como perseguições por causa do Nome de Jesus. Chorar nesse contexto é agradável a Deus.

Paulo depois de saber que certa exortação que escrevera à igreja em Corinto causara grande pranto de arrependimento entre eles, fez a necessária distinção entre dois tipos de tristeza antagônicos: “Porquanto, ainda que vos contristei com minha carta, não me arrependo, embora já me tivesse arrependido por ver que aquela carta vos contristou, ainda que por pouco tempo. Agora folgo, não porque fostes contristados, mas porque fostes contristados para arrependimento; pois fostes contristados segundo Deus; de maneira que por nós não padecestes dano em coisa alguma. Porque a tristeza segundo Deus opera arrependimento para salvação, da qual ninguém se arrepende; mas a tristeza do mundo opera a morte.” II Cor 7;8 a 10

A tristeza mundana geralmente é subproduto de paixões naturais contrariadas; contudo, tristezas segundo Deus, muitas derivam das boas escolhas que fazemos e causam estranheza em ambiente hostil ao Santo. “Porque é bastante que no tempo passado da vida fizéssemos a vontade dos gentios, andando em dissoluções, concupiscências, borrachices, glutonarias, bebedices e abomináveis idolatrias; eles acham estranho não correrdes com eles no mesmo desenfreamento de dissolução, blasfemando de vós.” I Ped 4;3 e 4

Embora o mundo ímpio cante loas à diversidade e tolerância, não tolera que creiamos diverso dele; que derivemos nossas escolhas sociais à partir da Palavra de Deus, não dos costumes em voga. Essa diferença sempre nos fará confrontar em temas como aborto, homossexualismo, drogas, ecumenismo, etc.

Nosso porte em Cristo incomoda-os como se fosse uma denúncia contra eles. Por nossa ótica, a dor de conviver compromissados com justiça e verdade num mundo injusto e mentiroso nos deixa meio como Ló em Sodoma: “Porque este justo, habitando entre eles, afligia todos os dias sua alma justa, vendo e ouvindo sobre suas obras injustas.” II Ped 2;8

Além das dores circunstantes, nossas próprias misérias pulsam na carne corrupta e devem ser diuturnamente mortificadas na cruz. Essas “boas apertadas” só descalçaremos ao passar para eternidade.

Nas bodas em Caná se disse que homens põem primeiro o vinho bom; o ordinário por último. Para convivas bêbados tanto faz.

Pois, O Eterno coloca primeiro a cruz, dores e aflições; para que, O Homem de Dores nos infunda Sua têmpera; resistidas, na Eternidade, o sumo da nossa regeneração será o doce vinho da correspondência ao Seu Amor. Então, “Deus limpará de seus olhos toda lágrima; não haverá mais morte, nem pranto, clamor, nem dor; porque já as primeiras coisas são passadas.” Apoc 21;4

domingo, 2 de junho de 2019

A dor de ver

“Porque na muita sabedoria há muito enfado; o que aumenta em conhecimento, aumenta em dor.” Ecl 1;18

Não pretende com isso, o sábio, que conhecimento seja mau; apenas adverte dos efeitos colaterais da sua aquisição; dor. Aliás, as coisas de valor costumam também ter custo.

Alguém manifestou de modo sarcástico sua decepção com os humanos: “Quanto mais conheço aos seres humanos, mais gosto do meu cachorro.” Os motivos parecem óbvios.

As pessoas conhecidas tendem as nos decepcionar, muito mais que surpreender. Digo, na imensa maioria dos casos são piores do que pensamos não, melhores. Por esse caminho, ao aprimorar do conhecimento, invés de um “pote de ouro no fim do Arco Iris” achamos essa sisuda senhora, a dor.

Quantas pessoas que admiramos, idolatramos até; jornalistas, escritores, pregadores, atores, etc. e, indo além do embuste da arte que era a fumaça que nos cegava e chegando ao cofre dos valores, que é o que conta, deveras, essas que se nos pareciam admiráveis de repente se tornaram desprezíveis? Experiência brindando ao conhecimento tilintando taças amargas de dores.

Mesmo pessoas de nosso convívio com as quais nos alegramos, comemos e brincamos juntos, e os caminhos da vida, depois de alguns passos mais, mostraram que a gente não era aves do mesmo bando... Dissemos e pensamos coisas a respeito delas, em nossos dias de “patinhos feios” que hoje, vendo melhor não repetiríamos de modo nenhum. Uma vez mais, o conhecimento ensejando decepção; por que não, dor?

Não só aos cães, mas a todos os bichos o hipócrita e o mercenário interesseiro ficam em desvantagem. Os bichos não têm “talento” para essas coisas.

Todavia, dor não é algo do qual devamos fugir. Tristeza e decepções costumam pagar os estragos que nos causam com douradas moedas de experiência, sabedoria.

Não sem razão, pois, o mesmo sábio aconselhava, antes, os ambientes fúnebres que os festivos. “Melhor é ir à casa onde há luto do que ir à casa onde há banquete, porque naquela está o fim de todos os homens, e os vivos o aplicam ao seu coração. Melhor é a mágoa do que o riso, porque com a tristeza do rosto se faz melhor o coração. O coração dos sábios está na casa do luto, mas o coração dos tolos na casa da alegria.” Ecl 7;2 a 4

Muitos “festivos” sem motivo fogem das dores necessárias, e vão ao encontro de outras muito maiores e desnecessárias. Refugiam-se em vícios, promiscuidades a pretexto de “curtir a vida” quando, não passam de fugitivos das responsabilidades que lhes batem à porta.

Rotulam-nos, os cristãos, de covardes porque preferimos enfrentar nossas dores a fugir delas.

Sua noção de “coragem” é a esbórnia; dar asas a toda sorte de vícios e convívios malsãos. Aí, quando uma coisa mais séria ocorre, coisa de adultos espirituais, tipo uma possessão, uma morte, uma enfermidade incurável, lembram enfim, dos “covardes” e pedem sua ajuda. Se aprendessem algo em momentos assim...

Até no aspecto social, quanto mais corrupto for o governante, menos se preocupará com a qualidade da educação; quanto mais ignorante o povo for, melhor para seus anseios de poder. Veta seu gado amestrado das dores de ver, porque se ele visse, as dores seriam suas.

Deus é leniente com nossa ignorância; perdoa coisas erradas que fizemos sem saber. Mas, chama-nos à Luz e arrependimento, uma vez iluminados. “Deus, não tendo em conta os tempos da ignorância, anuncia agora a todos os homens, em todo o lugar, que se arrependam; porquanto tem determinado um dia em que com justiça há de julgar o mundo, por meio do homem que destinou; disso deu certeza a todos, ressuscitando-o dos mortos.” Atos 17;30 e 31

Se, muitas dores derivam de vermos melhor às maldades que se camuflavam sob aparências inocentes, como não sofrerá com isso o “Homem de Dores”, Jesus Cristo, pela Sua Onisciência? Quantas vezes disse: “Por que sobem tais pensamentos aos vossos corações?”

O Senhor queixou-se contra Israel, que invés do culto de adoração desejado deu trabalho ao Santo por suas iniquidades. “Não me compraste por dinheiro cana aromática, nem com gordura dos teus sacrifícios me satisfizeste, mas me deste trabalho com teus pecados, e me cansaste com tuas iniquidades.” Is 43;24

Afinal, “Não há criatura alguma encoberta diante dele; antes todas as coisas estão nuas e patentes aos olhos daquele com quem temos de tratar.” Heb 4;13

O arrependimento vem da dor de conhecermos melhor a nós mesmos. Assim como deixamos relações com pessoas más, reconhecer que, perante Deus somos maus e carecemos negar a nós mesmos, para refazer a amizade com Ele.

Pois, quanto mais reconheço a mim mesmo, mais aprecio ao Amor Dele que consegue perdoar a alguém tão ruim.

sábado, 5 de maio de 2018

O Limão da Dor

“Melhor é a mágoa que o riso, porque com a tristeza do rosto se faz melhor o coração.” Ecl 7;3

Notemos que a superioridade da mágoa não tem a ver com a coisa em si; mas, com o resultado que a tristeza produz. Melhora o coração.

Tendemos a ver a dor, invariavelmente, como, feitora de certo juízo, no rigor dos seus açoites. Contudo, nem sempre é assim. Em muitos casos é a ceifa do nosso plantio desastrado; mas, tem ainda a função profilática de prevenir dores maiores; didática, de modo a nos ensinar quão ditosos são os momentos sem ela; e, se, sua incidência pode melhorar nossos corações tem ainda certo ministério atinente à edificação.

Nos meus primeiros passos na vereda da fé muito ouvi de cristãos mais “experientes” a seguinte assertiva, sobre conversão: “Quem não vier pelo amor virá pela dor.” Abstraída a boa vontade dos que pensavam ser isso um estímulo à salvação, se, fosse verdade faria O Senhor um chantagista, cujos valores e ética não seriam superiores aos do Capeta. Não fosse a ignorância, pois, seria blasfêmia.

Primeiro que, salvação não é salvo conduto em relação à dor; antes, um desafio a nos identificarmos com o “Homem de Dores” tomando nossas cruzes. “No mundo tereis aflições...” “... sofre comigo...” “... os que piamente querem viver em Cristo padecerão perseguições...” etc. porções da Palavra que evidenciam o necessário concurso da dor na nossa saga.

Portanto, se a salvação fosse pra fugir da dor dessa vida, os que buscam os lenitivos eventuais e enganosos dos prazeres do pecado seriam “mais salvos”, que, os que sofrem as agruras da cruz.

Porém, A Palavra não tem em estima a esses, antes, denuncia-os: “Porque muitos há, dos quais muitas vezes vos disse, e agora também digo, chorando, que são inimigos da cruz de Cristo; cujo fim é a perdição; cujo Deus é o ventre e a glória é para confusão deles que só pensam nas coisas terrenas.” Fp 3;18 e 19

Não é a caminhada, um lugar de ansiarmos comodismos; antes, uma empresa rumo à chegada. Daqueles “o fim é a perdição” disse Paulo. Não é o caminho, estritamente, que o aquilata em seu valor, mas, para onde conduz; pois, “Há caminhos que ao homem parecem direitos, mas, no fim se revelam caminhos de morte.”

Deus não se equipara ao homem sem noção que, tendo filhos rebeldes ignora isso e se incomoda com as rebeldias dos filhos do vizinho; antes, um Pai Zeloso que disciplina sim, aos filhos do Seu Amor. “Porque o Senhor corrige o que ama; açoita a qualquer que recebe por filho. Se, suportais a correção, Deus vos trata como filhos; porque, que filho há a quem o pai não corrija? Mas, se estais sem disciplina, da qual todos são feitos participantes, sois então bastardos, não, filhos.” Heb 12;6 a 8

Notemos que a dor, nesse caso, não é para que um errante venha para o caminho da salvação, mas, para que um que já está no caminho e se porta mal, aprenda a devida seriedade de se invocar a Deus como Pai e ande como é digno da vocação de filho.

Não que os salvos sejam masoquistas indo ao encontro da dor, enquanto, os ímpios fogem dela; mas, são mais sábios, pois, entendem como necessário o concurso eventual das dores, num cenário de oposição a Deus, para serem tidos par dignos do lugar onde, enfim, “Deus enxugará toda a lágrima, não haverá mais morte nem dor.”

Na verdade, para amar é necessário conhecer; e, para conhecermos ao Senhor precisamos caminhar um tanto ao Seu lado; por melhores que sejamos somos maus; assim, nossa entrega inicial acontece porque Ele É Salvador, não, Senhor. Digo, há mais de amor próprio, certo egoísmo escapista, que O Santo tolera, em nossa anuência, que amor. Ele suporta isso, até que, andando consigo aprendamos amar a Si, Seu Caráter, Justiça e Santidade.

A suma é que, não vamos a Deus para fugir da dor; os fugitivos aceitam aos prazeres enganosos do pecado como casamata; tampouco, vamos por amor, antes, certo interesse. Depois que aprendemos, andando com O Senhor, e, que O Espírito Santo nos é dado, os primeiros traços de correspondência ao amor Divino surgem.

Dado que nos fez arbitrários, os caminhos do Senhor são consequentes, não, fatalistas. Os que arrostam valores eternos para fugir da dor agora tê-la-ão mais intensa na eternidade, como fruto desse plantio. Se, a dor, como vimos, pode melhorar nossos corações, e, são deles que fluem as fontes da vida, os homens sábios fazem desse “limão” uma limonada.

“O prazer não é um mal em si; mas, certos prazeres trazem mais dor do que felicidade.” Epicuro

sexta-feira, 15 de dezembro de 2017

Os bêbados e a Arca de Noé

“Espancaram-me e não me doeu; bateram-me e nem senti; quando despertarei? aí então beberei outra vez.” Prov 23;35

O ébrio com sentidos entorpecidos estragando a função profilática da dor; a de servir como sinal de alerta para evitar dores futuras, quiçá, maiores.

De bom grado evitaríamos essa indigesta, se, pudéssemos; graças às nossas dores pretéritas que nos mostraram quanto ela é ruim.

No auge da Sua dor, O Salvador pregado na cruz recusou o vinagre oferecido que, poderia entorpecer um pouco, aliviando a sensação dolorosa. Isaías O descrevera como “Homem de Dores”; assim foi até o fim.

Definhamos dia a dia nisso que deveria ser nossa qualidade mais notória; a disposição para sofrer por amor a Cristo. “Porque é coisa agradável, que alguém, por causa da consciência para com Deus, sofra agravos, padecendo injustamente.” I Ped 2;19

Somos a “evolução” de uma Igreja que começou enfrentando martírios, apedrejamento, crucificação, leões, sem negar a fé; no entanto, a mera rejeição pelo mundo, o lapso de aplausos e bajulações, para muitos, já soa como uma pesada cruz. O que será que eles beberam?

Beberam de “doutrinas” escolhidas a dedo pelas suas próprias cobiças, invés da saneadora Doutrina de Cristo; Paulo advertiu que assim seria: “Porque virá tempo em que não suportarão a sã doutrina; mas, tendo comichão nos ouvidos amontoarão para si doutores conforme as suas próprias concupiscências; desviarão os ouvidos da verdade, voltando às fábulas. Mas, tu, sê sóbrio em tudo, sofre as aflições...” II Tim 4;3 a 5

A ideia do apóstolo ao seu discípulo Timóteo é: Não seja o caso de, por estarem todos bêbados, você se embriagar também; ”tu, sê sóbrio...”

Vivemos a massificação imbecilizante e pujante nos meios de comunicação, a TV, sobretudo, empurra seu lixo goela abaixo de gente incapaz de o não digerir; ai nos vendem a devassa “mulher do ano” a insossa “música do ano” e demais estrumes do tipo, como se, suas comichões adoecidas tivessem que ser nossas também; ou, se, o chorume que escoa de seus monturos nos fosse aquilatado como água mineral; que gente sem noção!

Carecemos muito da sobriedade espiritual, não só para manutenção de nossas almas salvas, como, da produtividade de nossos ministérios. “Tem cuidado de ti mesmo e da doutrina. Persevera nestas coisas; porque, fazendo isto salvarás tanto a ti mesmo como aos que te ouvem.” I Tim 4;16

Esse cuidado implicava também a manutenção da digna postura, mesmo que, fossem necessários sofrimentos. “Sofre, pois, comigo, as aflições, como bom soldado de Jesus Cristo... Se sofrermos, também com ele reinaremos; se o negarmos, também nos negará;” Cap 2;3 e 12 dissera ainda, Paulo.

O drama dos mensageiros probos do Senhor é lidar com uma geração de drogados espirituais, que de tanto consumirem facilidades falsas acenadas pelos mercenários da praça não conseguem mais atingir a devida contrição ao ouvirem uma mensagem sadia que aponta para a cruz como Único meio, e arrependimento como indispensável se, alguém pretende ser de Cristo. “feriram-me, mas, não doeu...” como o ébrio.

Esses pastores de si mesmos precisam números, não importa se, de bodes, ovelhas, ou, qualquer monstrengo que for. Seus “rebanhos” lembram a Arca de Noé, têm espaço para todos os tipos de animais. Digo, não importa quais sejam as paixões, os desejos de cada um, venha que Deus vai te dar isso, “realizar seus sonhos em Nome de Jesus.”

Alguns safados lançam mão da saga de José, como se, ele tivesse sonhado alto e Deus realizado. Ora, o infeliz sequer cogitava o sentido daquilo; Deus o fez soberanamente. Mas, somos desafiados a sonhar coisas grandes que O Pai as fará. Como desintoxicar tais viciados, com a pura Água da Vida” depois de tantos goles de “pura” assim?

Somos instados ao, “negue a si mesmo” “deixe os seus pensamentos e se converta”, “transformai-vos pela renovação da vossa mente”, onde entram no projeto os meus sonhos, por bem intencionados que possam ser?

Ironicamente no dia de Pentecostes, quando do derramar do Espírito Santo sobre a Igreja, os apóstolos e discípulos pareceram bêbados aos que estavam de fora; hoje, o gospelismo sem noção e o acariciar as mesmas comichões dos ímpios faz esses “crentes” parecerem “legais” aos ímpios. Afinal, conseguem alargar tanto à porta que qualquer um pode entrar.

Ninguém gosta de sofrer, de modo que, evadir-se à dor é nossa inclinação natural; entretanto, se for pra escapar de uma privação eventual em troca de outra eterna, a perdição, invés de fugir da dor, o ébrio acaba indo ao encontro. Tais fugitivos parecem espertos em princípio, mas, é no fim que se revela o sentido do caminho. “Há um caminho que ao homem parece direito, mas, no fim, são caminhos de morte”.