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sábado, 20 de fevereiro de 2016

As joias no porão

Todo dia nosso arbítrio é testado, plano A, plano B. Sempre podemos silenciar inquietações “inside” com álcool, drogas, prazeres; ou, mergulhar na busca pelas razões que inquietam. Mas, elas parecem tão fundas; o plano A “resolve” tudo.

Somos jurados onde cantam o vício e a virtude. Damos o “Golden ticket” àquele, e dizemos que essa desafina.

Ao nosso dispor, bondade real, capaz de tirar da cama a maldade que finge dormir sob o edredom da hipocrisia. Sim, podemos arrostar o mal, mas, o lugar comum é tão mais confortável, tão menos polêmico...

Desde imberbes “puxamos ferros” fortalecendo músculos para competir; agora, quereria alguém que nos satisfizéssemos em conviver?

Aprendemos muito bem que o negócio é matar um leão por dia, isso não é tarefa pra ovelhas; sim, eu sei, “dignidade não paga contas”, o jeito é ir à luta...

A Máquina de entortar homens a todo vapor. Os homens tortos aprenderam a pilotar muito bem; invés de lapidar caracteres, o negócio é desconstruir valores; o que não quero pra mim devo fazer ao próximo, antes ele do que eu.

Nossas vidas, por que reduzimos a meras existências? A maioria de nós “vive” uma insignificância tal, que quando a mão do tempo resolve deletar algum “erro”, parece que o vazio que resulta té fica melhor que quando ocupado. Não fazemos diferença estando, tampouco, saindo.

Vivemos uma “paz” que é tributária da hipocrisia, não, da justiça. Elogiamos, aplaudimos, curtimos, se é isso que o “próximo” tão distante, quer. “Quem tem boca vaia Roma” diz um ditado mal entendido; mas, entender mal nos faz bem, pois, preferimos “ir” a vaiar...

Somos uma gosma amorfa sem identidade, massificada; nos dói menos perder o indivíduo na massa cúmplice, que assumir posição polêmica, dado que, veraz.

Cada um defende seus ídolos de barro, que, quando, na “Identidade secreta” se disfarçam de homens honestos, mas, atuando são os Xmens, heróis da canalhice do despudor, da vilania.

Assim caminhamos, insanos agricultores que apregoam desejável uma colheita diversa, mas, plantamos sementes iguais. Bem disse certo compositor: “A gente somos inútil...”

Afinal, mesmo a esperança carece nexo; quando espero algo impossível, vem meu rótulo de fora da casinha, não, o fruto de minha esperança.

Empunhamos armas contra um mosquito, mas, nos rendemos a discursos hipócritas. E vêm uns abestalhados evolucionistas dizer que somos o suprassumo do reino, a espécie evoluída que deu certo? Sei não, mas, se eu fosse um macaco preferiria ficar onde estivesse.

Assim, até quando “livres” as tornozeleiras eletrônicas do vicio nos custodiam em seus domínios.

Por que tal pessimismo, dirá alguém, que bicho te mordeu? Deve ter quebrado uma tábua do assoalho da mesmice; caí no porão, onde alguns trastes do plano B foram esquecidos.

Entretanto, se parássemos de usar diamantes nas fundas... digo, de “ensinar” frases profundas filhas de almas nobres, cuja nossa participação foi apenas copiar e colar, e começássemos a beber umas gotículas dos remédios que receitamos...

Afinal, enquanto estamos no jogo, sempre é tempo de tentarmos uma jogada nova; quando nossa vida for “fechada para balanço” será tarde para providências mesmo que estejamos “no vermelho”.

Imaginemos, Neymar, com toda sua técnica e talento, pegar a bola no meio de campo, dar um “chapéu” no primeiro, uma meia lua no segundo, uma “lambreta” no penúltimo zagueiro, uma “caneta” no último, e tirar o goleiro com uma ginga, mas, na hora de “tirar um dez” ganhar o prêmio Puskas, fazer um gol de placa, descobrir que a goleira, a meta, não está lá. Que decepção!

Pois, o mesmo se dá com muitos de nós, craques em ganhar dinheiro, em alguma arte, relacionamentos, malandragem, política, comércio, mesmo esportes, e tantas áreas da vida que, nos podem conferir renome, sucesso, bens.

Podemos fazer, como no exemplo supra, jogadas espetaculares no campo da vida, mas, se ao final dela, na hora da cereja na torta descobrirmos que foi inútil, por falta de meta, terá sido um talento vão.

Contudo, pra entendermos o alvo, o objetivo, precisamos deixar as superficialidades do “plano A”, descermos ao porão, nos aprofundarmos um pouco no sentido das coisas; é trabalho duro, mas, não devemos esperar joias caras encontráveis como reles bijuterias.

Nos indignamos com os males que assomam diariamente nos noticiários, feitos dos expoentes da corrupção, mas, os nossos males que, em abrangência são infinitamente inferiores, em princípio, podem ser os mesmos. A diferença, meramente de oportunidade, ocasião.

Enquanto pressionarmos o pedal dos interesses, automaticamente falhará dos valores; um interfere no outro, a nós, cumpre escolher.

É fácil filosofar sobre a supremacia do ser, ao ter; mas, para ser do contra carecemos brio, coragem, ousadia. Não posso consertar meu país; mas, ajudarei um pouco, fazendo melhorias necessárias em mim...