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sábado, 5 de agosto de 2017

O juízo desde já

“Também o Pai a ninguém julga, mas, deu ao Filho todo juízo... Deu-lhe poder de exercer o juízo, porque é O Filho do Homem.” Jo 5;22 e 27
A necessidade da encarnação de Jesus, aos olhos da Divina Justiça, algo que nem sempre foi bem compreendida. Para Deus é necessário que um Homem julgue a humanidade. Assim, o juízo é uma pasta do “Filho do Homem”.

Isso evitaria, talvez, eventual queixa de um condenado que diria: Deus é injusto ao nos condenar, pois, sendo Ele espírito, não sabe o que passamos num corpo de carne inclinado ao mal.

Então, “O Verbo se fez carne e habitou entre nós.” Quanto ao sofrimento, quem rivaliza com Ele? “Porque, na verdade, ele não tomou os anjos, mas, tomou a descendência de Abraão. Pois, convinha que em tudo fosse semelhante aos irmãos, para ser misericordioso e fiel sumo sacerdote naquilo que é de Deus, para expiar os pecados do povo. Porque naquilo que ele mesmo, sendo tentado, padeceu, pode socorrer aos que são tentados.” Heb 2;16 a 18

Assim, além do prisma jurídico, Sua encarnação O colocou no âmbito da empatia; identificação com nossas dores, por tê-las vivido também, em escala superlativa.

Não que seja Homem estritamente, Ele mesmo disse: “Antes que Abraão existisse, Eu Sou”. Porém, funcionalmente se fez como nós, para, reduzido às nossas limitações demonstrar cabalmente que é possível vencer ao pecado; se, não para nós em nossa condição caída, para nossos pais que herdaram ao paraíso, era. Mas, “... pela ofensa de um só, a morte reinou por esse, muito mais os que recebem abundância da graça, do dom da justiça, reinarão em vida por um só, Jesus Cristo. Pois, assim como por uma só ofensa veio o juízo sobre todos para condenação, também, por um só ato de justiça veio a graça sobre todos os homens para justificação de vida.” Rom 5;17 e 18

Entretanto, graça não equivale a ter carta branca para pecar, antes, nos conduz a um compromisso de fidelidade para com Quem, graciosamente nos resgatou. “Porque a graça de Deus se há manifestado, trazendo salvação a todos os homens, ensinando-nos que, renunciando à impiedade e concupiscências mundanas, vivamos neste presente século sóbria, justa, e piamente.” Tt 2;11 e 12

Se, pensamos em Cristo como, O Juiz, e Ele É, O imaginamos condenando os maus; mas, o ensino Bíblico O mostra salvando os maus arrependidos, pois, o juízo se deu por ocasião da queda, quando, toda espécie se perdeu. “Porque o Filho do homem veio salvar o que se tinha perdido.” Mat 18;11

Cada um ao qual Sua Palavra é apresentada querendo ou não está num tribunal. Ou, apresenta provas de sua inocência, (Quem o pode?) ou, arrepende-se e roga perdão. Pois, se, formalmente o julgamento será “no último dia”, pra efeitos práticos se dá durante nossas vidas, quando ouvimos a mensagem que Salva. “Quem rejeitar a mim, não receber minhas palavras, já tem quem o julgue; a palavra que tenho pregado o há de julgar no último dia.” Jo 12;48

Reitero, o juízo do último dia será apenas a formalização oficial de nosso juízo que, opta pela salvação ou pela perdição quando, como Pilatos recebe Jesus para Julgar. Aquele O recebeu fisicamente; nós, em espírito, pela Sua Palavra. “Quem crer e for batizado será salvo; mas, quem não crer será condenado.” Mc 16;16

Não O julgamos como réu, antes, como digno de crédito, ou não. A opção de não crer equivale à blasfêmia de chamá-lO mentiroso. “Quem crê no Filho de Deus, em si mesmo tem o testemunho; quem a Deus não crê mentiroso o fez, porquanto não creu no testemunho que Deus de seu Filho deu.” I Jo 5;10

Em Suma, no juízo celeste está Ele como Juiz e testemunha; A Palavra; no Terreno, como água que purifica; a mesma Palavra, e Sangue que Redime; Sua vida Imaculada. “Porque três são os que testificam no céu: o Pai, a Palavra, e o Espírito Santo; estes três são um. Três são os que testificam na terra: o Espírito, a água e o sangue; estes três concordam num.” I Jo 5;7 e 8

Se, Ele se fez Homem, pra se identificar com nossas fraquezas, além do resgate, nos dá O Bendito Espírito Santo, para que nos identifiquemos com Seu caráter; a santificação. A regeneração da “Imagem e Semelhança” perdida na queda. Por isso: “Sede santos porque Eu Sou Santo”.

Não se trata de uma opção dos crentes que quiserem maior intimidade. É a coisa indispensável, se, queremos ser salvos; finalmente, agradecer face a face, Nosso Bendito Salvador. “Segui a paz com todos, e a santificação, sem a qual, ninguém verá o Senhor;” Heb 12;14

sexta-feira, 25 de março de 2016

Bandeira Branca de Sangue

Glória a Deus nas alturas, Paz na terra, boa vontade para com os homens.” Luc 2;14

Bendito o Rei que vem em nome do Senhor; paz no céu, glória nas alturas.” Luc 19;38

Nesses dois louvores registrados por Lucas encontramos exaltações a Deus, e paz, em dois endereços distintos: Primeiro, na Terra; depois, no Céu. O contexto de cada exclamação nos fornece pistas dos motivos. Paz é um estado de ânimo bilateral. De nada vale uma parte sentir-se “em paz” estando a outra com mágoa, ferida não tratada. Assim, nossa reconciliação com Deus, que traz paz na Terra, requer alguma contrapartida que enseje paz, também, no céu.

A paz não é algo de geração espontânea, antes, uma consequência, como ensinara Isaías: “o efeito da justiça será paz, a operação da justiça, repouso e segurança para sempre.” Is 32; 17 Então, onde houver traços de justiça sendo praticada, no prisma espiritual, se vislumbrará rastros de paz com Deus.

Por isso, ao entrar no mundo Aquele que É, A Verdade, tendo vindo para ensinar a Justiça Divina, com sobejas razões, os anjos cantaram, “Paz na Terra”. “A misericórdia e a verdade se encontraram; justiça e paz se beijaram. A verdade brotará da terra, a justiça olhará desde os céus.” Sal 85;10 e 11

Se, a discórdia Divino-humana iniciou quando o primeiro homem foi instado a imputar injustiças a Deus, daí, desobedecer, a concórdia seria restabelecida agora, para com aqueles que, ouvindo A Verdade, se arrependessem, e passassem a dar crédito irrestrito a Deus; a isso equivale o, “glória a Deus nas alturas.”  O Santo que fora desonrado por calúnia e descrédito, seria agora devidamente glorificado, pela verdade e a fé.

Então, se Sua Santa presença entre nós é o bastante para trazer paz à Terra, a do céu tinha um reclame de justiça ainda não satisfeito. Por isso, tão somente quando O Salvador entrou em Jerusalém para oferecer a Deus a resposta “humana” para reconciliação, só então, o Espírito Santo verteu de lábios anônimos a certeza que se estava fazendo paz no Céu.

Se, lá no início, a humanidade embrionária ousou desobedecer Ao Criador, não temendo à morte, agora, o “Segundo Adão” levou a obediência às últimas consequências, ensinando de modo prático, em que sentido é sábio não temer à morte.

A necessidade judicial Divina demandou que Cristo se fizesse homem, pois, não havendo na Terra, “um justo sequer”, o preço que o Céu requeria, jamais poderia ter sido oferecida por nós. Deus entregara o domínio do Planeta ao homem. Competia ao homem, pois, colocar a “casa em ordem”; aqui temos a razão de ter, Cristo, descido da Sua Glória para se fazer um de nós. “Também o Pai a ninguém julga, mas, deu ao Filho todo o juízo; para que todos honrem o Filho, como honram o Pai. Quem não honra o Filho, não honra o Pai que o enviou. E deu-lhe o poder de exercer juízo, porque é Filho do homem.” Jo 5;22, 23 e 27

Para que o inimigo que derrotara um homem, não acusasse a Deus de injustiça, de trapacear, a justiça Divina fez Cristo vencer reduzido às limitações humanas. “E, visto como os filhos participam da carne e do sangue, também ele participou das mesmas coisas, para que pela morte aniquilasse o que tinha o império da morte, isto é, o diabo; e livrasse todos os que, com medo da morte, estavam por toda a vida sujeitos à servidão.” Heb 2;14 e 15

Desse modo, A Verdade ensinada pelo Mediador é o único aferidor confiável, pois, aquietando consciências, testifica que estamos em paz com Deus; ou, inquietando-as, denuncia  razões da nossa ruptura.

A paz no Céu foi alcançada no sentido geral, de desfazer a mentira do inimigo, os grilhões que detinham a humanidade à sua mercê; mas, a paz individual depende da resposta de cada um. Quem escolhe a impiedade em lugar da obediência desonra a Deus; não ensejando paz no Céu, tampouco, desfruta paz na Terra. “Mas, os ímpios não têm paz, diz o Senhor.” Is 48;22

Se alguém consegue, mesmo enlameado em culpas assegurar que é o mais honesto dos homens, não deriva, isso, de uma consciência pura; antes, outra, cauterizada. E é precisamente aí, que a eficácia do Sacrifício de Cristo sobrepuja em muito às pobres oferendas simbólicas do antigo sacerdócio. “...sangue de Cristo, que pelo Espírito eterno se ofereceu imaculado a Deus, purificará as vossas consciências das obras mortas, para servirdes ao Deus vivo.” Heb 9;14


Concluindo; nesse dia, dito Sexta-feira Santa, invés de sairmos nos emocionando e aplaudindo ao teatrinho estéril da crucificação, que tal reconsiderarmos nossas vidas, para ver se o sentido do Calvário faz sentido para nós?