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quarta-feira, 14 de novembro de 2018

Raiz e Geração

“Vêm dias, diz o Senhor, em que levantarei a Davi um Renovo justo; sendo rei, reinará e agirá sabiamente; praticará juízo e justiça na terra.” Jr 23;5

O “Renovo de Davi” em apreço é O Senhor Justiça Nossa, Jesus Cristo. Vaticinado o mesmo evento, e usando a mesma figura (renovo) Isaías, começou antes de Davi, na casa de seu pai; “Porque brotará um rebento do tronco de Jessé, das suas raízes um renovo frutificará.” Is 11;1

Ora, o Renovo está no tronco, ora, nas raízes; por quê? O tronco da ”árvore” Jessé é um galho, um descendente; Aí chegamos a Davi, seu filho; das raízes deste, viria O Renovo. As raízes, sabemos, são o sustentáculo de uma árvore; seja Jessé, Davi, ou, qualquer outro humano, quem sustenta sua vida é O Criador. “... vosso Pai que está nos céus... faz que o seu sol se levante sobre maus e bons; a chuva desça sobre justos e injustos.” Mat 5;44 e 45

Desse modo, Cristo é antes e depois, de Davi; “Eu, Jesus, enviei meu anjo, para vos testificar estas coisas nas igrejas. Eu sou a raiz e a geração de Davi...” Apoc 22;16

Os rabinos daqueles dias, (de Cristo) não identificaram essas sutilezas da Divina revelação, que, apontavam para a dupla natureza do Messias. Seu aspecto humano; do tronco de Jessé; Filho de Davi; Sua essência Divina, Raiz; O Criador, Deus.

Em dado momento, aliás, O Salvador chamou atenção para isso, aos que O acusavam de blasfemar por se dizer Filho de Deus. “Estando reunidos os fariseus, interrogou-os Jesus, dizendo: Que pensais vós do Cristo? De quem é filho? Eles disseram-lhe: De Davi. Disse-lhes Ele: Como é então que Davi, em espírito, lhe chama Senhor, dizendo: Disse o Senhor ao meu Senhor: Assenta-te à minha direita, Até que eu ponha teus inimigos por escabelo de teus pés? Se, Davi lhe chama Senhor, como é seu filho?” Mat 22;41 a 45

Quis a Sabedoria Divina que Sua Palavra fosse acessível apenas aos espirituais; o apelo inicial não é ao intelecto, antes, à fé; depois de crermos nossas mentes são convencidas de quão veraz é o conteúdo da fé; são, portanto, ampliadas; “Ora, o homem natural não compreende as coisas do Espírito de Deus, porque lhe parecem loucura; não pode entendê-las, porque se discernem espiritualmente. Mas, o que é espiritual discerne bem tudo, e, de ninguém é discernido.” I Cor 2;14 e 15

Mesmo que a fé tenha em seu bojo todas as riquezas, Cristo; “Em quem estão escondidos todos os tesouros da sabedoria e da ciência.” Col 2;3 Aos ouvidos dos “amantes da sabedoria” naturais, os filósofos gregos, a mensagem de Cristo soava à loucura; “Porque judeus pedem sinal, os gregos buscam sabedoria; mas, nós pregamos a Cristo crucificado, que é escândalo para os judeus, loucura para os gregos. Mas, para os que são chamados, tanto judeus quanto gregos, lhes pregamos Cristo, Poder e Sabedoria de Deus.” I Cor 1;22 a 24

O que escandalizava aos judeus? A ideia que teriam matado invés de reconhecido seu Redentor; o que soava loucura para os gregos? Um Deus mortal, dado seu vasto panteão de “imortais” disseminados em sua mitologia.

Ora, O Salvador fez tantos sinais que era impossível narrar todos, conforme João; (Jo 21;25) Mas, os judeus seguiam pedindo um sinal. O coração endurecido torna os cérebros obtusos, incrédulos; “... o deus deste século cegou os entendimentos dos incrédulos...” II Cor 4;4

Os “sábios” gregos tentaram encaixar O Eterno em sua lógica natural, uma vez que Ele não coube na “caixa” acharam loucura; mas, é o inverso; “Visto como na sabedoria de Deus o mundo não O conheceu pela sua sabedoria, aprouve a Deus salvar os crentes pela loucura da pregação. Porque a loucura de Deus é mais sábia, e, a fraqueza de Deus é mais forte do que os homens.” I Cor 1;21 e 25

Isaías anteviu o Calvário e vaticinou assim: “Porque foi subindo como renovo perante ele, como raiz de uma terra seca; não tinha beleza nem formosura; olhando nós para Ele, não havia boa aparência nele, para que o desejássemos.” Cap 53;2

Sendo Ele a Água da Vida tem poder para renovar e dar vida à terra seca dos nossos corações; contudo, nada fará ao arrepio da nossa vontade que respeita. Precisamos beber; “Mas aquele que beber da água que eu lhe der nunca terá sede...” Jo 4;14

Porém, no mesmo texto que O anuncia como Renovo, diz que Ele será Rei e Juiz; a escolha é nossa: Voluntariamente vamos a Ele para sermos renovados para a vida, ou, compulsoriamente, em tempo, virá a nós para sentenciar os rebeldes à perdição eterna; o que vai ser?

sábado, 6 de maio de 2017

Jesus não foi "O Cara"

“O nome de Arão escreverás sobre a vara de Levi; porque cada cabeça da casa de seus pais terá uma vara.” Núm 17;3

O contexto era a disputa do sacerdócio, que fora entregue pelo Senhor aos levitas, e, rebeldes acusaram a Moisés de nepotismo, invés de reconhecer o mandado Divino.

O Eterno ordenou que se pusesse perante a Arca, uma vara para cada tribo; a que florescesse durante a noite, seria sinalizada como escolhida, coisa que, Moisés não poderia fazer; confirmando, assim, a origem Divina da escolha.

A vara de Aarão não levaria seu nome, antes, o do patriarca da tribo escolhida, Levi. Esse viés de sermos partículas de um coletivo que representamos, sempre foi normal na cultura hebraica. Mesmo O Senhor, foi chamado Filho de Davi, ancestral distante. O indivíduo era expoente de uma tribo, família. Assim, Aarão não era o irmão de Moisés, estritamente, antes, era Levi.

Esse prisma, porém, em nosso tempo de individualismo, onde, pessoas precisam de muitos “amigos” virtuais, para postarem seus desaforos dizendo que não precisam de ninguém; esses títeres imaginários para os quais postamos tantos conselhos, frases filosóficas, religiosas, para depois, lhes dizermos que não se metam com nossas vidas; enfim, a idéia do indivíduo ser parte de um corpo maior, funciona, se, esse corpo for de admiradores, “seguidores”, senão, “não rola”.

Não que sejamos ermitões que não gostam da companhia de outros, antes, somos orgulhosos demais para admitirmos falhas, imperfeições, e, feito isso, crescermos juntos, com tropeços, acertos, incentivos, correções mútuas.

Outro dia uma “amiga” postou uma frase onde dizia que se a base for, Deus, “nada é possível”; tinha umas dezenas de “curtidas” já, pois, junto postara uma foto sensual; eu, Ingenuildo de Oliveira tentei ajudar. Avisei de seu equívoco dizendo pensar que ela quisera dizer, “Impossível”; ela corrigiu e apagou meu comentário para que ninguém visse que não é perfeita. Poderia ter dito, valeu. Seria educada e humana, mas, quem quer ser humano se a Net pode fazer deuses? Pois é. Para certas pessoas só um “comentário” é aceito: “Lindaaaa!!” Eu com minha doentia e ultrapassada mania de tribo. Cáspita!

São inegáveis os benefícios do domínio tecnológico; porém, tem malefícios também. O fato de podermos “interagir” com tantos, sem precisar ninguém por perto, nos desumaniza, automatiza, perdemos o jeito para lidar com pessoas reais, de imperfeições e méritos.

Interessante que a imensa maioria desses intocáveis, são “cristãos” pelos muitos textos bíblicos que postam, compartilham. Entretanto, os cristãos são desafiados à entrega do Ego, “Negue a si mesmo”, esse demônio num corpo, vampiro de almas alheias, incapaz de gestos de empatia.

Devemos nos presumir membros de um corpo, com inter-relação tal, que as emoções de outrem, sejam, em parte, nossas. “Para que não haja divisão no corpo, antes, tenham, os membros, igual cuidado, uns dos outros. De maneira que, se um padece, todos padecem com ele; se um membro é honrado, todos se regozijam com ele.” I Cor 12;25 e 26

Porém, essa coisa de iteração real, é muita “babação”, não viemos a esse mundo maravilhoso para ter pena de coitados, auxiliarmos aos fracos; gostamos mesmo é dos “feras”, basta ver nossos heróis, quais são. Os que se destacam pelo talento, mesmo que, sem caráter; podem bater no peito dizendo, “Esse cara sou eu”, nós curtimos, adoramos aos tais.

Tapetes vermelhos para atletas de vida promíscua, Mcs que vendem pornô music, BBBs craques em intrigas, sacanagens; a fama é uma deusa que “canoniza” tudo. Tiramos Selfies com o Goleiro Bruno, ou, Suzanne Von Richtoffen; afinal, são famosos, por isso, devem estar certos.

Nesse prisma, egoísta, alienado, lamento dizer, mas, Jesus não foi “O Cara”. Sempre se importou com dores alheias, nunca deixou de por o dedo na ferida dos hipócritas; nunca curtiu um “post” fora da casinha para manter amizades, e mais, atribuiu Sua Missão, a Outro Nome: “Eu vim em nome de meu Pai, e não me aceitais; se outro vier em seu próprio nome, a esse aceitareis.” Jo 5;43

Enfim, não nos enganemos; não há lugar para a humildade de Cristo, o “manso e humilde” e o pavão, do si mesmo, na mesma alma. São coisas excludentes. 

Os que são refratários a eventuais, ensinos, podem postar uma página bíblica por dia, seguem espiritualmente mortos, adormecidos. Quando identificou alguns assim, em seus dias, Paulo “deu um soco na mesa”: “...Desperta, tu que dormes, levanta-te dentre os mortos, e Cristo te esclarecerá.” Ef 5;14

Quando O Santo confirma, até vara morta revive e floresce, como fez com Aarão; senão, ainda que tragam a pompa dos jardins suspensos da Babilônia, não passam de flores mortas. Quem não “curtir” à cruz, por doces que sejam seus comentários, Deus o excluirá.