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domingo, 28 de agosto de 2016

"Contradições" de Jesus

“Jesus, conhecendo que a virtude de si mesmo saíra, voltou-se para a multidão, e disse: Quem tocou minhas vestes?” Mc 5;30
“Não permitiu que alguém o seguisse, a não ser, Pedro, Tiago, e João, irmão de Tiago... Entrando, disse-lhes: Por que vos alvoroçais e chorais? A menina não está morta, mas, dorme. Riam-se dele...” Mc 5;37, 39 e 40

Temos partes de dois eventos “contraditórios” de Jesus. O primeiro, a cura em oculto da mulher que padecia fluxo de sangue, e O tocou furtivamente, sarando imediatamente. O Senhor poderia ter deixado assim, poupado a mulher de constrangimentos, mas, fez com que se revelasse. “Quem me tocou?” Depois que ela assumiu o feito e a causa, despediu-a, em paz.

Entretanto, no evento seguinte, a ressurreição da filha de Jairo, não se importou de parecer ridículo, para que, Seu milagre ficasse oculto. Primeiro, selecionou três testemunhas além dos pais: Pedro, Tiago e João; aos demais, disse que ficassem distante. Depois, disse à turba que pranteava que seu pranto não fazia sentido, afinal, a menina estava apenas dormindo. A galera vendo que Ele “não sabia de nada”, escarneceu, rindo do Senhor.

Depois de operar maravilhosamente, foi categórico na ordem para que se mantivesse sigilo: “Mandou-lhes expressamente que ninguém soubesse; e disse que lhe dessem de comer.” V 43

Como não revelou a causa dessa diferença de atitudes, nos resta especularmos; quem sabe, algum texto paralelo nos ajude a entender Seus motivos. Quem se importa de sofrer eventual constrangimento, se, em troca for liberto de uma prisão de mais de uma década? A mulher curada saiu de ante O Salvador, feliz, agradecida, invés de, envergonhada.

Quantos milhares de sermões sua bênção revelada propiciou? Quiçá, serviu de alento a muitos enfermos também. Se a coisa tivesse se mantido oculta, tudo isso se perderia. O Senhor, parcimonioso, que ordenou que se recolhesse sobras para que nada se perdesse quando multiplicou pães e peixes, não seria perdulário com algo de maior monta.

Entretanto, por esse mesmo raciocínio, um milagre mais expressivo que a cura, a ressurreição, seria ainda muito mais impactante; quais os motivos do Senhor para esconder isso? 

Os marqueteiros da vez, que dão microfones para testemunhos de “curas” de dores nas costas com a “Oração Poderosa” do Missionário tal, não perderiam uma chance dessas, para mostrar que “a mão de Deus está aqui”, como diria aqueloutro. O Mestre, porém, “rasgou dinheiro”, ordenou sigilo.

Uma coisa que as Escrituras mostram claramente é que O Senhor é mui cioso do tempo. Avisa d’antemão, apraza eventos e cumpre, rigorosamente, como no extraordinário “calendário” das setenta semanas, dado a Daniel. Paulo disse: “Vindo a plenitude dos tempos, Deus enviou seu Filho...” Gál 4;4 Mais de uma vez O Salvador disse: “Ainda não é chegada a hora”, ciente que Seus atos tinham uma “agenda” profética que se importava em cumprir.

Contudo, o que tem a publicidade de um grande milagre do Senhor, com o tempo? Boa pergunta. Acontece que, Ele tinha forte oposição do “establishment” religioso, que, milagres de menor relevância tolerava; eventual exorcismo atribuíam a Belzebu, mas, a ressurreição, aí, seria demais.

Quando chegou o Seu tempo, o Senhor não se importou mais com sigilo, antes, “escancarou.” Não foi ao leito “despertar” uma menina, antes, esperou quatro dias quando chamado a socorrer Lázaro.

Orando ante o túmulo do falecido agradeceu a Deus por tê-lo ouvido; classificou a morte do amigo como resposta às suas orações, pois, queria que todos vissem quem Era. “Bem sei que sempre me ouves, mas, eu disse isto por causa da multidão que está em redor, para que creiam que tu me enviaste... - ressuscitado o morto - Muitos, pois, dentre os judeus que tinham vindo a Maria, que tinham visto o que Jesus fizera, creram nele.” Jo 11; 42 e 45

Aí, a consequência que Ele sabia “necessária” presto, surgiu: “Caifás, um deles, que era sumo sacerdote naquele ano, lhes disse: Vós nada sabeis... convém que um homem morra pelo povo, que não pereça toda a nação. Desde aquele dia, pois, consultavam-se para o matarem.” Vs 49, 50 e 53

Assim, quando O Senhor nos diz para que não façamos algo, par mais lógico e producente que pareça, ouçamos. “Porque os meus pensamentos não são os vossos, nem, vossos caminhos, os meus, diz o Senhor.” Is 55;8 Mesmo um homem “reto, temente a Deus que se desvia do mal,” como foi Jó, se ousar questionar as ações Divinas, no fim, será apenas um que, “encobre o conselho com palavras sem entendimento.”


Esse raciocínio sadio acaba com qualquer “liberalidade teológica” que ousa contra A Palavra de Deus. Veta acréscimos e omissões, e já agendou o dia que recompensará quem ousar fazer isso. 

domingo, 8 de novembro de 2015

Coração duro; que dureza!

E, entrando em casa, a ninguém deixou entrar, senão, Pedro, Tiago, João, o pai e a mãe da menina.” Luc 8; 51   

O Senhor estava prestes a fazer algo grandioso; ia ressuscitar à filha de Jairo. Contudo, restringiu bastante o número de testemunhas. Apenas os pais da menina, e três discípulos, Pedro, Tiago e João. 

Seus irmãos carnais chegaram a reclamar certa vez, de Sua falta de jeito para a propaganda; “Se fazes essas coisas, manifesta-te ao mundo.” Disseram. 

Que oportunidade de ouro para chamar às câmeras, documentar tudo e exibir no horário nobre!! Mas, isso combinaria com os “apóstolos” de hoje, não com Ele. Nunca foi espetaculoso, apenas, prático, amoroso, prudente... ante Herodes que queria ver milagres como se fosse plateia e Jesus, um artista, nada fez; não estava a serviço da curiosidade ímpia, antes, da Vontade do Pai.

Erram os que pensam acessar às coisas Divinas mediante o intelecto. Carecemos, antes, fé para entrar; e obediência, fidelidade, para nos tornarmos íntimos do Santo; depois, seremos partícipes de Sua revelação. “O segredo do Senhor é com aqueles que o temem; e ele lhes mostrará a sua aliança.” Sal 25; 14 

Temos as parábolas, com veras razões, como ferramentas didáticas excelentes, uma vez que, lançando mão de trivialidades imanentes, nos facultam conhecer verdades transcendentes. 

Contudo, no contexto em que foram proferidas, serviram mais para “ocultar” verdades aos duros de coração, que pra revelar. O mesmo Salvador disse isso: “E, acercando-se dele os discípulos, disseram-lhe: Por que lhes falas por parábolas? Ele, respondendo, disse-lhes: Porque a vós é dado conhecer os mistérios do reino dos céus, mas a eles não; porque àquele que tem, se dará e terá em abundância; mas àquele que não tem, até aquilo que tem lhe será tirado. Por isso lhes falo por parábolas; porque eles, vendo, não veem; ouvindo, não ouvem nem compreendem. E neles se cumpre a profecia de Isaías, que diz: Ouvindo, ouvireis, mas não compreendereis, E, vendo, vereis, mas não percebereis. Porque o coração deste povo está endurecido, E ouviram de mau grado, fecharam seus olhos para que não vejam, ouvidos para que não ouçam, compreendam com o coração, se convertam e eu os cure.” Mt 13; 10 a 15 

Assim, um coração endurecido ante Deus, não apenas não recebe Dele revelações, como, se torna incapaz de perceber mesmo o que está patente. 

Desse modo, aliás, devemos entender a expressão que “Deus endureceu o coração de Faraó” cada vez que o rei agia insanamente apesar das gritantes evidências de estar numa luta inglória, impossível de vencer. O Criador não o forçava a pecar, apenas, o entregava a si mesmo, que equivale a endurecer o coração. “Tens visto o homem que é sábio a seus próprios olhos? Pode-se esperar mais do tolo do que dele.” Prov 26; 12 

Todos nós possuímos um coração assim, no tocante às coisas de Deus. Sem uma ajuda do alto, nada feito. 

Por isso, é indispensável a ação conjunta do Espírito Santo com a pregação da Palavra. Enquanto Essa é um agente externo de persuasão, Aquele é interno atuando com o fito de amolecer as "defesas" do Pecador. 

É Necessária uma intervenção tão drástica que, mediante Ezequiel Deus ilustrou como se fosse um transplante de órgãos; “Então aspergirei água pura sobre vós, e ficareis purificados; de todas as vossas imundícias e de todos os vossos ídolos vos purificarei. E dar-vos-ei um coração novo, e porei dentro de vós um espírito novo; e tirarei da vossa carne o coração de pedra, e vos darei um coração de carne.” Ez 36; 25 e 26 

Aspersão de água pura, a pregação da Palavra; mudança de coração, a ação, e posterior habitação, do Espírito Santo nos salvos. Após isso somos capacitados a termos intimidade com Deus. 

Paulo ensina: “Porque, qual dos homens sabe as coisas do homem, senão o espírito do homem, que nele está? Assim também ninguém sabe as coisas de Deus, senão o Espírito de Deus. Não recebemos o espírito do mundo, mas, o Espírito que provém de Deus, para que pudéssemos conhecer o que nos é dado gratuitamente por Deus.” I Cor 2; 11 e 12

Quem se tornou íntimo do Senhor não precisa milagres para crer, ainda que, os presencia sempre; os que têm o coração endurecido, mesmo que vejam duvidam, seus olhos espirituais ainda não foram abertos.

Intimidade demanda acordo, coesão; “Porventura andarão dois juntos, se não estiverem de acordo?” Am 3; 3 

Quem quer presenciar os feitos grandiosos de Jesus precisa andar com Ele; para isso, propôs um contrato de uma cláusula apenas: “Se alguém quer vir após mim, negue a si mesmo, tome cada dia a sua cruz, e siga-me.” Luc 9; 23