“Espancaram-me e não me doeu; bateram-me e nem senti; quando despertarei? aí então beberei outra vez.” Prov 23;35
O ébrio com sentidos entorpecidos estragando a função profilática da dor; a de servir como sinal de alerta para evitar dores futuras, quiçá, maiores.
De bom grado evitaríamos essa indigesta, se, pudéssemos; graças às nossas dores pretéritas que nos mostraram quanto ela é ruim.
No auge da Sua dor, O Salvador pregado na cruz recusou o vinagre oferecido que, poderia entorpecer um pouco, aliviando a sensação dolorosa. Isaías O descrevera como “Homem de Dores”; assim foi até o fim.
Definhamos dia a dia nisso que deveria ser nossa qualidade mais notória; a disposição para sofrer por amor a Cristo. “Porque é coisa agradável, que alguém, por causa da consciência para com Deus, sofra agravos, padecendo injustamente.” I Ped 2;19
Somos a “evolução” de uma Igreja que começou enfrentando martírios, apedrejamento, crucificação, leões, sem negar a fé; no entanto, a mera rejeição pelo mundo, o lapso de aplausos e bajulações, para muitos, já soa como uma pesada cruz. O que será que eles beberam?
Beberam de “doutrinas” escolhidas a dedo pelas suas próprias cobiças, invés da saneadora Doutrina de Cristo; Paulo advertiu que assim seria: “Porque virá tempo em que não suportarão a sã doutrina; mas, tendo comichão nos ouvidos amontoarão para si doutores conforme as suas próprias concupiscências; desviarão os ouvidos da verdade, voltando às fábulas. Mas, tu, sê sóbrio em tudo, sofre as aflições...” II Tim 4;3 a 5
A ideia do apóstolo ao seu discípulo Timóteo é: Não seja o caso de, por estarem todos bêbados, você se embriagar também; ”tu, sê sóbrio...”
Vivemos a massificação imbecilizante e pujante nos meios de comunicação, a TV, sobretudo, empurra seu lixo goela abaixo de gente incapaz de o não digerir; ai nos vendem a devassa “mulher do ano” a insossa “música do ano” e demais estrumes do tipo, como se, suas comichões adoecidas tivessem que ser nossas também; ou, se, o chorume que escoa de seus monturos nos fosse aquilatado como água mineral; que gente sem noção!
Carecemos muito da sobriedade espiritual, não só para manutenção de nossas almas salvas, como, da produtividade de nossos ministérios. “Tem cuidado de ti mesmo e da doutrina. Persevera nestas coisas; porque, fazendo isto salvarás tanto a ti mesmo como aos que te ouvem.” I Tim 4;16
Esse cuidado implicava também a manutenção da digna postura, mesmo que, fossem necessários sofrimentos. “Sofre, pois, comigo, as aflições, como bom soldado de Jesus Cristo... Se sofrermos, também com ele reinaremos; se o negarmos, também nos negará;” Cap 2;3 e 12 dissera ainda, Paulo.
O drama dos mensageiros probos do Senhor é lidar com uma geração de drogados espirituais, que de tanto consumirem facilidades falsas acenadas pelos mercenários da praça não conseguem mais atingir a devida contrição ao ouvirem uma mensagem sadia que aponta para a cruz como Único meio, e arrependimento como indispensável se, alguém pretende ser de Cristo. “feriram-me, mas, não doeu...” como o ébrio.
Esses pastores de si mesmos precisam números, não importa se, de bodes, ovelhas, ou, qualquer monstrengo que for. Seus “rebanhos” lembram a Arca de Noé, têm espaço para todos os tipos de animais. Digo, não importa quais sejam as paixões, os desejos de cada um, venha que Deus vai te dar isso, “realizar seus sonhos em Nome de Jesus.”
Alguns safados lançam mão da saga de José, como se, ele tivesse sonhado alto e Deus realizado. Ora, o infeliz sequer cogitava o sentido daquilo; Deus o fez soberanamente. Mas, somos desafiados a sonhar coisas grandes que O Pai as fará. Como desintoxicar tais viciados, com a pura Água da Vida” depois de tantos goles de “pura” assim?
Somos instados ao, “negue a si mesmo” “deixe os seus pensamentos e se converta”, “transformai-vos pela renovação da vossa mente”, onde entram no projeto os meus sonhos, por bem intencionados que possam ser?
Ironicamente no dia de Pentecostes, quando do derramar do Espírito Santo sobre a Igreja, os apóstolos e discípulos pareceram bêbados aos que estavam de fora; hoje, o gospelismo sem noção e o acariciar as mesmas comichões dos ímpios faz esses “crentes” parecerem “legais” aos ímpios. Afinal, conseguem alargar tanto à porta que qualquer um pode entrar.
Ninguém gosta de sofrer, de modo que, evadir-se à dor é nossa inclinação natural; entretanto, se for pra escapar de uma privação eventual em troca de outra eterna, a perdição, invés de fugir da dor, o ébrio acaba indo ao encontro. Tais fugitivos parecem espertos em princípio, mas, é no fim que se revela o sentido do caminho. “Há um caminho que ao homem parece direito, mas, no fim, são caminhos de morte”.
Um espaço para exposição de ideias basicamente sobre a fé cristã, tendo os acontecimentos atuais como pano de fundo. A Bíblia, o padrão; interpretação honesta, o meio; pessoas, o fim.
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sexta-feira, 15 de dezembro de 2017
Os bêbados e a Arca de Noé
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terça-feira, 30 de setembro de 2014
Despenseiros fabulosos
”Desviarão
os ouvidos da verdade, voltando às fábulas. Mas tu, sê sóbrio em tudo, sofre as
aflições, faze a obra de um evangelista, cumpre teu ministério. Porque já estou
sendo oferecido por aspersão de sacrifício, o tempo da minha partida está
próximo.” II Tim 4; 4 a 6
É parte da constituição humana a faceta espiritual;
ninguém pode se evadir. Disse certo pensador cristão que temos dentro de nós um
vazio com o formato de Deus; só Ele pode preencher. Tendo O Eterno nos criado
para a comunhão consigo, seria de se esperar que fosse assim.
Muitas vezes nos
questionam: Se Deus é Um só, por que tantas religiões? Porque acossados por esse vazio interior,
homens que não conhecem a Deus e Sua palavra tentam preencher com um simulacro
qualquer; inventam ídolos, ritos, crenças.
Desse modo, a neutralidade plena
como pretendem alguns é impossível. Os que se dizem ateus, sem crença, fazem
disso sua crença e defendem com unhas e dentes, de modo que se endeusam prenhes
de si mesmo; precisam mais esforços para negar, que os crentes pra confiar em
Deus. Pois, nesses, o “encaixe” é melhor dada a adesão perfeita entre
continente e contingente. Digo; o espaço reservado para Deus, neles, é
preenchido justo, por Deus.
Assim, se alguém abdica da fé, fatalmente colocará
algo no lugar de modo a não sentir-se vazio espiritualmente. Os denunciados por
Paulo no texto inicial deixaram a verdade e passaram a crer em fábulas. Trocaram o precioso pelo vil, ficaram com
algo falso no lugar.
Assim fazem todos os que abdicam da fiel interpretação da
Palavra e dão espaço às conveniências humanas.
Israel no Velho Testamento, não
raro, deixava de obedecer a Deus e cultuava ídolos; aliás, desde o início da
relação temos essa distorção; vide, o grotesco e blasfemo bezerro de ouro.
Nos
dias de Jeremias o Eterno reiterou a denúncia do “mau negócio” que insistiam em
fazer. “Espantai-vos disto, ó céus, horrorizai-vos! Ficai verdadeiramente
desolados, diz o Senhor. Porque o meu povo fez duas maldades: a mim deixaram,
manancial de águas vivas; e cavaram cisternas, cisternas rotas, que não retêm
águas.” Jr 2; 12 e 13 Como há alegria
nos Céus por um pecador que se arrepende, causa horror, espanto, outro que,
tendo conhecido a Deus, troca-O por algo vil.
Podemos inferir da exortação, que
o apóstolo equaciona esses “negociantes” com embriagados, pois, diz; “Mas, tu,
sê sóbrio...” Assim como a embriagues
deriva de ingestão excessiva de álcool, os sentidos espirituais entorpecem
paulatinamente se ouvimos com frequência pregadores “liberais” que, com o fito
de agradar aos ouvintes fazem concessões que a Palavra não faz.
Do obreiro não
se espera que seja “legal”, antes, fiel. “Que os homens nos considerem como
ministros de Cristo, despenseiros dos
mistérios de Deus. Além disso, requer-se dos despenseiros que cada um se ache
fiel.” I Cor 4; 1 e 2
Claro que a fidelidade a Deus gera rejeição no mundo e
até, dentro da igreja. Mas, Paulo foi enfático. “...sofre as aflições, faz a
obra de um evangelista, cumpre teu ministério.”
O apóstolo deixou instruções
graves, precisas, como que, passando o bastão a outro numa corrida de
revezamento 4 x 100. Seus cem metros foram cumpridos com fidelidade, e, era a
vez de Timóteo correr. “Porque eu já estou sendo oferecido por aspersão de
sacrifício, o tempo da minha partida está próximo.” V 6
Queria ele, pois, comunicar o mesmo que
recebera, sem espaço pra mistificações, inserções, fábulas...
Uma brincadeira
que, acredito, muitos conhecem chamada telefone sem fio serve para ilustrar
isso. Brincávamos no colégio; consistia em, um aluno, o primeiro da fila, dizer
uma palavra qualquer ao que estava atrás, de forma quase inaudível; aquele se
voltava para o seguinte e dizia o que pensava ter ouvido e assim sucessivamente
até ao último. As distorções eram enormes. Começava “andorinha” e terminava “martelo”.
Tal qual essa diversão são as opiniões humanas. Nela, cada um repetia o que
pensava ter ouvido; nas opiniões cada qual defende o que pensa ter entendido,
mas, nem sempre entendeu deveras.
Se a Bíblia fosse mero livro humano, como
acusam uns, aliás, já a teríamos vertido igualzinha às nossas paixões mercê do “telefone
sem fio” do tempo.
Claro que, um despenseiro só pode dispor do que possui em
depósito; se alguém o fizer de fábulas, será isso que servirá. Contudo, de seu
discípulo Paulo esperava coisas melhores. “Ó Timóteo, guarda o depósito que te
foi confiado, tendo horror aos clamores vãos, profanos; e às oposições da
falsamente chamada ciência,” I Tim 6; 20
Em suma, o bom depósito tanto nos mantém
sóbrios contra a sedução das fábulas, quanto fortes em face à falsa ciência.
Guardemos bem o nosso!
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