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quarta-feira, 27 de dezembro de 2017

Aproveite Seu Tempo

“Fiz um acordo de coexistência pacífica com o tempo: Nem ele me persegue, nem eu fujo dele, um dia a gente se encontra.” Mário Lago

Esse dia em que nos encontramos com nosso tempo, também conhecido como morte tem sido o assombro de uns e o ilusório refúgio de outros.

A Bíblia apresenta-nos como seres finitos em nosso tempo terreno, porém, com aspirações eternas na alma; “Ele fez tudo apropriado ao seu tempo. Também pôs no coração do homem o anseio pela eternidade; mesmo assim este não consegue compreender inteiramente o que Deus fez.” Ecl 3;11

Essa limitação de possibilidades mercê da ação do tempo e um anseio ilimitado em nossas almas deveria ser um fator a nos impulsionar em direção ao que pode prover isso, Deus.

Paulo apresenta-nos num limite de tempo e espaço cujo fim é o retorno ao Criador. “De um só sangue fez toda a geração dos homens, para habitar sobre toda a face da terra, determinando os tempos já dantes ordenados, e os limites da sua habitação; para que buscassem ao Senhor, se, porventura, tateando o pudessem achar; ainda que não está longe de cada um de nós;” Atos 17;26 e 27

Mas, os homens ímpios correm contra o tempo; em suas máximas apregoam: “Curta a vida porque a vida é curta”. Seu “curtir” é o disfarce da enfermidade psíquica que a Palavra de Deus chama de medo da morte. “Como os filhos participam da carne e do sangue, também ele (Cristo) participou das mesmas coisas, para que pela morte aniquilasse o que tinha o império da morte, isto é, o diabo; e livrasse todos que, com medo da morte, estavam por toda a vida sujeitos à servidão.” Heb 1;14 e 15

Agora temos um novo escopo do “curtir”; servidão. Sim, se observarmos tais “curtidores”, saem desabalados pelo trânsito em dias de feriados, com pressa de chegar aos seus lugares de festa; muitos jamais chegam. Ironicamente o medo da morte os faz encontrá-la antes do tempo. E, o que esses que chegam e “aproveitam” chamam assim, amiúde se resume a bebedices, promiscuidade quando não, consumo de drogas.

Claro que isso não é regra; há os que calejados pela maturidade fazem melhores escolhas; embora, esses sejam minoria. Quando logra isso de nos livrar das inclinações tolas da juventude, o tempo, em parte conseguiu nossa atenção; malgrado, muitos envelheçam verdes, pois, maturidade demanda algo mais que o curso do tempo.

Quantos devaneios já permearam a literatura, o cinema, em busca da Fonte da Eterna Juventude! Parece ser um anseio universal. De modo que é lícito concluir que, o que Deus propõe todos querem; porém, a maioria discorda dos termos do Criador. Vida eterna sim; mas, em Cristo, com cruz? Aí não.

Eventualmente cito quando oportuno o incidente da mensagem inútil, que vivi. Meu sobrinho e eu tínhamos apenas uma chave de casa; quando saíamos deixávamos sempre em um lugar pré-determinado para que o outro pudesse entrar. Certo dia, cheguei, ele tinha saído; fui ao lugar de sempre achei a chave e abri a porta. Deparei com um bilhete no chão que ele enfiara por debaixo da porta; “Tio a chave está...” Fiquei rindo sozinho com um tolo. Eu nunca poderia ver o bilhete sem antes ter acesso à chave, pois, estava do lado de dentro; depois disso não precisava mais.

Desse modo, há muitos do outro lado que, como o rico da parábola com Lázaro sabem a gravidade, a seriedade da coisa, mas, agora a informação já não lhes serve mais, tornou-se inútil. Precisamos acesso à chave antes de abrirmos a porta da eternidade.

Em se tratando da eternidade com Deus, “Eu Sou a Porta” disse Cristo. A chave, O Evangelho. Muitos interpretam de modo errado a afirmação de ter Ele dado as Chaves do Reino a Pedro, como se esse fosse um porteiro celeste, ou, chefe dos apóstolos. Não. Coube-lhe a honra de ser o primeiro pregador do Evangelho, o que abriu a porta da salvação para muitos. Depois dele, qualquer pregador idôneo também tem a chave.

Como não sabemos quando será nosso encontro com o tempo, como disse o poeta, todo homem prudente deveria receber a mensagem de salvação com um sentido de urgência; “Enquanto se diz: Hoje, se ouvirdes sua voz, Não endureçais vossos corações, como na provocação.” Heb 3;15 “...não recebais a graça de Deus em vão; ... Ouvi-te em tempo aceitável e socorri-te no dia da salvação; eis aqui, agora, o tempo aceitável, eis aqui, agora, o dia da salvação. II Cor 6;1 e 2
Ou isso, ou, corremos o risco de reprisarmos um lamento de Jeremias: “Passou a sega, findou o verão, e não estamos salvos.” Jr 8;20