A ideia vulgar de pertencer ao Senhor sempre é de usufruto de especial proteção e toda sorte de bênçãos; quase nunca, de responsabilidade. Notemos no texto acima que havia inimigos que teriam um triunfo eventual, enquanto os “eleitos” transgressores pereceriam.
A proteção Divina está expressa: “... aquele que tocar em vós toca na menina do Seu olho.” Zac 2;8 Então, era Israel. Por que seria diferente com os salvos em Cristo? Que o Eterno abençoa Seus filhos é certo; porém, não necessariamente segundo nossos pleitos, mas segundo nossas carências aos Seus olhos, e no Seu tempo.
Privilégios de filhos de Deus se fazem acompanhar de responsabilidades que ímpios não têm, como disse Paulo; “Quando éreis servos do pecado, estáveis livres da justiça.” Rom 6;20
“Livres” no sentido de soltos no mundo ao bel prazer, não, com carta banca para pecar. Livres porque, mortos espiritualmente, nada tendo a perder. Habitantes adiados do Inferno excursionando sobre a Terra.
Quando Paulo disse aos atenienses que Deus não toma em conta a ignorância não significa que abona às maldades feitas “no escuro”, mas que está pronto a perdoar aos que, na luz, reconheçam às mesmas e se arrependam. “Deus, não tendo em conta os tempos da ignorância, anuncia agora a todos os homens, em todo o lugar, que se arrependam;” Atos 17;30
O Salvador disse algo semelhante; “... Se fôsseis cegos, não teríeis pecado; mas como agora dizeis: Vemos; por isso vosso pecado permanece.” Jo 9;41
Desse modo, por termos sido iluminados e feito uma aliança com O Eterno, numa relação de obediência somos protegidos e abençoados, na rebeldia colhemos juízo; seremos os primeiros a perecer; mediante Ezequiel Deus mostrou uma cena da “prioridade” dos “santos”; “Matai velhos, jovens, virgens, meninos e mulheres, até exterminá-los; mas a todo o homem que tiver o sinal não vos chegueis; ‘começai pelo meu santuário’...” Ez 9;6
Desgraçadamente vivemos os dias vaticinados por Agur; “Há uma geração que é pura aos próprios olhos, mas que nunca foi lavada da sua imundícia.” Prov 30;12
Para gente “auto-santa” sem noção, o menor sinal de disciplina, correção soa-lhes a intromissão nas suas vidas, contudo seguem “filhos de Deus”. Acontece que, o “teste de DNA” que prova a filiação é nossa reação à disciplina. “Se suportais a correção, Deus vos trata como filhos; porque, que filho há que o pai não corrija? Mas, se estais sem disciplina, da qual todos são feitos participantes, sois então bastardos, não, filhos.” Heb 12;7 e 8
Ignoram convenientemente, esses amantes-de-si-mesmo escondidos atrás do “não julgueis” que, quando apresentamos À Palavra de Deus sadiamente interpretada quem está julgando atitudes é Deus, não somos nós; o mesmo juízo Dele que ensinamos se nos aplica também.
Um dos mais graves pecados ao longo de toda a Bíblia sempre foi a idolatria que coloca aparatos de humana feitura acima do Deus Vivo. Às nações que O desconheciam Deus permitia tal erro embora deixando patente a insanidade, detalhando a geração tais “deuses”; “O artífice animou ao ourives, o que alisa com o martelo ao que bate na bigorna, dizendo da coisa soldada: Boa é. Então com pregos a firma, para que não venha a mover-se.” Is 41;7
Porém, quando a coisa brota de quem já conhece a Deus, aí causa espanto nos Céus; “Porém tu, ó Israel, servo meu, tu Jacó, que elegi descendência de Abraão, meu amigo;” v;8 Jeremias também desnudou isso: “O meu povo fez duas maldades: a mim deixaram, Manancial de Águas Vivas, e cavaram cisternas, cisternas rotas, que não retêm águas.” Jr 2;13
Minha cidade, Soledade RS gaba-se de ter posto sete mil pessoas na procissão de “Santa Rita” no domingo passado. Quando fizeram algo parecido para o Deus Vivo, Criador de tudo o que há? Se, pelo menos tivéssemos a decência de parar de mencionar ao Altíssimo como disse nos dias de Ezequiel; “... Ide, sirva cada um os seus ídolos, pois, a mim não quereis ouvir; mas não profaneis mais Meu Santo Nome...” Ez 30;39
Os que estão irritados ao ler isso já receberam em si mesmos o resultado do DNA. Não são filhos de Deus! Precisam nascer de novo para isso.
Quanto a algum incauto e ignorante que acha melhor ficar longe, já que a responsabilidade maior é de quem conhece, umas perguntas: “... se, ( o Juízo ) começa por nós, qual será o fim daqueles que são desobedientes ao evangelho de Deus? Se, o justo apenas se salva, onde aparecerá o ímpio e o pecador?” I Ped 4;17 e 18