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sábado, 10 de junho de 2017

O bezerro de carne

“Mas, vendo o povo que Moisés tardava em descer do monte, acercou-se de Arão, e disse-lhe: Levanta-te, faze-nos deuses, que vão adiante de nós; porque quanto a Moisés, homem que nos tirou da terra do Egito, não sabemos o que lhe sucedeu.” Ex 32;1

Alguns aspectos da natureza humana evidentes.

Primeiro: Pressa. Quarenta dias se revelaram um tempo demasiado longo para esperarem, aqueles, que esperaram livramento após centenas de anos. Tendemos a achar que, pelo fato de que Ele pode Deus “deve” atender nossos pleitos no tempo que desejamos. Ele podia ter abreviado o cativeiro também, se desejasse, mas, não fez; O Senhor É Soberano.

Segundo: A presunção. Dada a “demora” de Moisés quem disse que a solução seria confeccionar uma imagem semelhante às que viram no Egito? Justo, do domínio de tais deuses, O Senhor os resgatara com forte mão, como fariam algo frágil, derrotado para sua adoração? Preocuparam-se com suas comichões em ver “Deus”; não se deram ao trabalho de meditar, como isso pareceria ante O Eterno. Uma filha da presunção é a cegueira. “Façamos deuses que vão adiante de nós.” Ora, se, seria produção deles, tais deuses, óbvio que seriam inanimados, seriam carregados, invés de ir “adiante de nós” como disseram.

Terceiro: Cinismo. Depois de decidirem presunçosamente o que deveria ser feito, cinicamente atribuíram a Moisés o livramento, para fingirem-se descompromissados com Deus. “Moisés, homem que nos tirou da Terra do Egito...” Até hoje, pessoas de corações duros, insubmissas, invés de assumirem que se portam assim perante O Senhor fazem parecer que A Palavra de Deus é uma ideia do pregador; que desobedecendo-a, afrontam um homem, não, Deus.

Quarto: Loucura. Sim, apenas loucos tomariam decisões que podem custar vidas, baseados na ignorância, no que não sabem. “Não sabemos o que lhe sucedeu.” Não sabiam, sequer, de Moisés, mas, tencionavam agir como deuses.

Esses mesmos traços manifestos, então, vicejam, em nosso tempo; alguns, com maior pujança ainda. A pressa é notória nas “campanhas” de sete sextas-feiras disso, sete domingos daquilo, onde, “fiéis” estabelecem prazo para serem abençoados. Ensinos tipo, “Tomar posse da bênção,” oração atrevidas que dão ordens a Deus são rebentos da arrogância e da pressa gestados em ímpios ventres. Todavia, O Senhor tem um tempo pelo qual, Ele mesmo espera; e requer igual postura dos Seus: “Por isso, o Senhor esperará, para ter misericórdia de vós; por isso se levantará, para se compadecer de vós, porque o Senhor é um Deus de equidade; bem-aventurados todos que nele esperam.” Is 30;18

A presunção permite que crenças que afrontam Às Escrituras Sagradas sejam a ela equiparadas. O Advento do Espírito Santo que ensinaria a Lembrar os ensinos do Mestre é equacionado com espiritismo, doutrina espúria que prega reencarnação invés de ressurreição; salvação por obras, invés do Sangue de Cristo. Pior: Se dizem cristãos. Outros nivelam tudo tendo por base suas paixões; dizem, todas as religiões são boas, como se, Cristo fosse uma; mascaram sua obstinação com drogas psíquicas com as quais traem a si mesmos, e a quem lhes escuta. Paulo foi categórico a respeito das heresias: “Mas, ainda que nós mesmos ou um anjo do céu vos anuncie outro evangelho além do que já vos tenho anunciado, seja anátema.” Gál 1;8

Os cínicos que recusam negarem a si mesmos, tomarem a cruz, invés de assumirem abertamente sua rebelião armam-se de maus exemplos, de obreiros mercenários, ( há tantos ) pra se justificarem dizendo que não se convertem por causa do testemunho de fulano, beltrano; contudo, os de bom testemunho ( também há ) são ignorados, pois, a postura desses não patrocina os falazes discursos dos cínicos.

Razões para conversão, ou, obstinação são internas, derivam do íntimo. “Porque do coração procedem os maus pensamentos, mortes, adultérios, prostituição, furtos, falsos testemunhos e blasfêmias.” Mat 15;19
Por fim, os loucos. Tomam decisões vitais baseados no que não sabem. Afirmam algumas porções fora do contexto, como se partes da Palavra fossem boas, outras, ruins. A loucura espiritual não é igual à demência que conhecemos; é a obstinação que recusa a ser instruído. “O temor do Senhor é o princípio do conhecimento; os loucos desprezam a sabedoria e a instrução.” Prov 1;7 

Quando Paulo diz que, quem quiser ser sábio faça-se louco, está cotejando ironicamente as visões do mundo e a espiritual; não preceituando a loucura, estritamente.

Assim, apressados, presunçosos, cínicos, loucos modernos, também fazem seu bezerro particular, que invés de trazer Deus mais pra perto, apenas desperdiçam seu tempo, seu ouro. 

Agora, é o retorno de Cristo que se espera, não de Moisés; os que partem para “alternativas” deixam patente sua descrença. Tais, quando O Senhor voltar, terão ira, juízo, invés de refrigério. Esperemos no Senhor sem inventar.