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domingo, 26 de janeiro de 2020

O Prazer de Deus


“Mas o justo viverá da fé; se ele recuar, Minha Alma não tem prazer nele.” Heb 10;38

Como numa relação conjugal, o ideal é que cada um não se ocupe apenas do próprio prazer, mas também do cônjuge, nosso relacionamento com Deus requer fidelidade e perseverança irrestritas, para que Ele sinta prazer conosco.

Em certa ocasião reclamou das escolhas alternativas de culto pelo seu povo, invés de se alegraram naquilo que O apraz. “Também Eu escolherei suas calamidades, farei vir sobre eles seus temores; porquanto clamei e ninguém respondeu, falei e não escutaram; mas fizeram o que era mau aos Meus Olhos; escolheram aquilo em que Eu não tinha prazer.” Is 66;4

Diferente do que ensinam mercadores da praça, a fé não é um meio para conquistarmos anseios egoístas; antes de tudo é uma atitude que apraz, agrada a Deus. “Ora, sem fé é impossível agradar-lhe; porque é necessário que aquele que se aproxima de Deus creia que Ele existe e é galardoador dos que O buscam.” Heb 11;6 A fé sadia não busca os galardões consequentes; antes, busca Deus.

Assim como, no âmbito humano é possível se fruir prazeres ilícitos na prática do pecado, no escopo espiritual também, muitos se alegram em erros e descansam à mercê de enganos, drogados pelas ilusões do inimigo, quiçá, do próprio coração. “Enganoso é o coração, mais que todas as coisas, e perverso; quem o conhecerá?” Jr 17;9

Portanto, esses que acham o máximo fazer as coisas com todo o coração, encomendam sua segurança a um traidor, invés da proposta por Deus; “Com que purificará o jovem seu caminho? Observando-o conforme Tua Palavra.” Sal 119;9

Humanas sensações nunca são aferidoras confiáveis; podemos nos alegrar com o que Deus detesta; como no Êxodo o povo fabricou um bezerro de ouro para “representar” a Deus e fez um carnaval ao redor do mesmo; Quando O Eterno reagiu foi em ira e furor, pela vergonhosa e rebelde profanação.

Para os incautos de então, bastava oferecer seu culto de qualquer forma, seus sacrifícios e Deus se alegraria porque eles estavam alegres; Neemias recolocou as coisas na devida ordem: “... a alegria do Senhor é nossa força.” Ne 8;10 Não a nossa, selo da aprovação Dele.

Inevitável evocar um dito ulterior de Samuel a Saul: “Porventura tem O Senhor tanto prazer em sacrifícios, quanto, em que se obedeça Sua Palavra?”

Não nos precipitemos, pois; antes dos dons, do culto O Senhor cuida das coisas básicas. Primeiro, por não ser Deus de mortos, a vida.

Qualquer culto, ritual, religião que não derive do Novo Nascimento em Cristo, não importa quão fervoroso, intenso, sincero até, o mesmo seja, não passa de obra morta. “... o sangue de Cristo, que pelo Espírito eterno ofereceu a si mesmo imaculado a Deus, purificará vossas consciências das obras mortas, para servirdes ao Deus Vivo...” Heb 9;14
Chama da morte para a vida mediante Sua Palavra dada “Pelo Meu Filho Amado no qual Eu Tenho prazer”. Recebida a mesma, capacita aos neo-nascidos a agir coerentes com a nova cidadania; “a todos quantos o receberam, deu-lhes poder de serem feitos filhos de Deus, aos que creem no Seu Nome;” Jo 1;12

Esse “passaporte” traz junto implicações no modo de vida segundo as Leis da Cidadania Celeste; “O fundamento de Deus fica firme, tendo este selo: O Senhor conhece os que são seus; qualquer que profere o Nome de Cristo aparte-se da iniquidade.” II Tim 2;19

Geralmente esse novo andar apartado do que desagrada ao Santo, “credencia” os andantes aos dons escolhidos pela Vontade Divina; “Ele reserva a verdadeira sabedoria para os retos. Escudo é para os que caminham na sinceridade” Prov 2;7 “Meus olhos estarão sobre os fiéis da terra, para que se assentem comigo; o que anda num caminho reto, esse Me servirá.” Sal 101;6

Com esses fiéis e retos O Senhor se apraz, se alegra; capacita-os a mais, legando dons da Sua Graça.

Entretanto, aos que fazem ouvidos moucos aos Seus ensinos, veta até que façam menção da Sua Palavra; “Mas ao ímpio diz Deus: Que fazes tu em recitar Meus Estatutos e tomar Minha Aliança na tua boca? Visto que odeias a correção, e lanças as Minhas Palavras para detrás de ti.” Sal 50;16 e 17

O império satânico global em gestação será cheio de “sinais e prodígios da mentira” para quem vai após sensações e não a Palavra de Deus; seu implemento será parte do juízo Divino para os que tiveram prazeres adversos aos celestes. “... Deus lhes enviará a operação do erro, para que creiam a mentira; para que sejam julgados todos os que não creram na verdade, antes tiveram prazer na iniquidade.” II Tess 2;11 e 12

quinta-feira, 17 de outubro de 2019

A Eficácia de Satanás


“Esse cuja vinda é segundo a eficácia de Satanás, com todo o poder, sinais e prodígios de mentira, com todo o engano da injustiça para os que perecem, porque não receberam o amor da verdade para se salvarem.” II Tess 2;9 e 10


O contexto refere-se ao surgimento do Anticristo; que virá “segundo a eficácia de Satanás.” Então, necessária se faz a pergunta: Em quê, o dito cujo é eficaz?

O Salvador ensinou: 
“... Ele foi homicida desde o princípio, não se firmou na verdade, porque não há verdade nele... é mentiroso, pai da mentira.” Jo 8;44 “O ladrão não vem senão roubar, matar, e destruir...” Jo 10;10

Nesses dois tomos vemos seu método, mentira; e seu alvo; roubar, matar e destruir.

Quando o ímpio deseja demais algo que contraria a Deus, seja no propósito, seja no tempo; muitas vezes O Eterno farta-o desses desejos como juízo pela insubmissão; Nos dias de Moisés os obstinados idólatras beberam o “ouro” do seu pecado; “Tomou o bezerro que tinham feito, e queimou-o no fogo, moendo-o até que se tornou pó; espargiu sobre as águas, e deu-o a beber aos filhos de Israel.” Ex 32;20

Os que murmuraram por carne durante a peregrinação chamando o Maná de “pão vil” também receberam uma “fartura” ao ponto de empanturrarem-se antes de muitos sofrerem a praga da Ira Divina. Ver núm 11

Hoje, a rejeição à Verdade assume proporções desconcertantes; desse modo, o surgimento do ímpio mor será o “prêmio” dos que se opõem à Palavra. “Por isso Deus lhes enviará a operação do erro, para que creiam a mentira; para que sejam julgados todos os que não creram a verdade, antes tiveram prazer na iniquidade.” Vs 11 e 12


A fartura de enganos na vinda do Pai da Mentira é já julgamento aos que desprezaram a Verdade.

Vivemos em guerra constante onde somos bombardeados diuturnamente por mentiras; tanto para barrar o curso da Verdade, quanto, estabelecer a mentira.

Escrevendo aos cristãos efésios Paulo realçou o valor da verdade, justiça, fé, salvação, Evangelho da Paz e da Palavra de Deus, como sendo a armadura de um soldado em combate; ainda que o inimigo use uma “infantaria” de carne e sangue, (ensinou) nossa luta é contra o comando; “principados e potestades nas regiões celestiais;”

Noutra parte detalhou as munições em uso contra nós; “Porque as armas da nossa milícia não são carnais, mas poderosas em Deus para destruição das fortalezas; destruindo conselhos, e toda altivez que se levanta contra o conhecimento de Deus; levando cativo todo entendimento à obediência de Cristo;” II Cor 10;4 e 5

Assim, qualquer coisa que laborar contra o conhecimento de Deus não passa de munição do inimigo contra a qual devemos usar o “escudo da fé”.

Nunca se falou tanto contra a mentira, as “fake news”, como se, nossa geração fosse mesmo adepta da verdade. O que anseiam é dizer quais mentiras podem ser contadas e por quem; uma corja de mentirosos fingindo zelar pela verdade.

Bastou um homem honesto, finalmente, subir ao poder para que a revolta gerada pelas suas posições sóbrias e patrióticas deixasse patente que sempre fomos governados por bandidos; também a imprensa em ampla maioria ficou nua deixando ver que nunca nos informou; apenas manipulou segundo os interesses de quem lhe corrompia.

Irônico ou profético, o fato é que o Presidente eleito evocou muitas vezes um texto bíblico: “Conhecereis a verdade e a verdade vos libertará.” Ninguém é liberto pelo conhecer simplesmente, como tendo uma informação; o verso anterior contextualiza: “Se vós permanecerdes na Minha Palavra, verdadeiramente sereis meus discípulos...” desse modo, conhecer nos domínios espirituais demanda praticar.

A mentira por sua natureza não é tão exigente, criteriosa assim. Como disse Aristóteles, “O homem pode ser mau de muitas maneiras, mas só há uma de ser bom.” A virtude.

Como somos maus, pecadores, urge que nos submetamos ao Senhorio de Cristo, para recebermos seu perdão; então, Sua Virtude nos será imputada.

A mentira assessora-se do agradável; como um pescador que oculta o anzol com um petisco; a morte vestida de pão.

A verdade não tem de que se envergonhar; como o casal edênico pode andar nua sem pudor. Desse modo, perante incautos o mentiroso leva vantagem, uma vez que propõe o “bom” o prazer, enquanto o veraz, que mira o bem, mesmo ao custo de eventuais renúncias, soa como desmancha-prazeres.

A mentira precisa parecer verdade para ser aceita; a verdade prefere nudez, a usar vestes alheias.

A eficácia de Satã fala de união, tolerância, inclusão, liberdade, diversidade; feito o estrago, teremos totalitarismo, opressão, morte.

Deus nos propõe uma cruz como aliança; assusta; mas, vencida a timidez, a vida eterna nos espera ao lado do Santo.

domingo, 25 de novembro de 2018

A Cruz e o Bezerro

“Enchi do Espírito de Deus, de sabedoria, entendimento, e ciência, em todo lavor; para elaborar projetos, trabalhar em ouro, prata, cobre; lapidar pedras para engastar, entalhes de madeira, para trabalhar em todo lavor. E tenho posto com ele Aoliabe...” Êx 31;3 a 6

Deus escolhera e capacitara artífices para o Tabernáculo, e os estava indicando pelo nome a Moisés. Bezalel e Aoliabe. Se, há coisas que podem verter de iniciativa nossa na Obra de Deus, há outras basilares que derivam da Suas instruções às quais nos convém apenas, obedecer.

Nos domínios humanos há democracia, ditadura, aristocracia, monarquia, presidencialismo, parlamentarismo, clãs, castas, etc. No que tange à Obra de Deus, só funciona conforme o método que O Eterno deseja. Poderíamos chamar de Teocracia Representativa. Deus governa mediante representantes que escolhe. Então, o escolhido para representá-lO era Moisés.

Tanto é assim que, nos dias que os hebreus rejeitaram Samuel, O Eterno disse: “... a Mim rejeitaram.”

Naqueles dias também; uma vez que Moisés “demorava” (ah, o cinismo humano! Quatrocentos anos no cativeiro; e quarenta dias de espera após os milagres vistos foi insuportável) resolveram patentear a “resistência” ao Governo partindo para uma solução alternativa. O Bezerro de Ouro. Se, o Eterno escolhera artífices também eles exibiram a arte de esculpir; seu memorial à estultice, à apostasia.

A falta de noção humana após a queda é abissal. Um povo que, havia quatro séculos que clamava por libertação, apenas algumas semanas após liberto sentia-se no direito, de desautorizar ao Libertador, contestar Suas decisões. Aquele que tirara milhares de vidas ilesas do cativeiro, agora, não pudera guardar a Moisés apenas, no monte; perdera-se.

A maldade é uma matreira que espia por frestas a espera de um nicho qualquer onde possa paramentar-se como lógica, para, assim vestida seduzir seu séquito de incautos.

A lógica forja argumentos, mas, O Espírito costuma desnudar motivos. Esses mensuram o mérito, que os artifícios buscam camuflar. É a Lógica de Deus.

A apostasia custou alguns milhares de vidas; causou a revolta de Moisés que quebrou as Tábuas da Lei, e a Ira de Deus.

Em nossos dias já não existem escolhidos do Calibre de Moisés, Josué, Samuel, etc. A Revelação Divina usou profetas outrora; mas, na plenitude do tempo teve seu Upgrade; Um Escolhido de estirpe Superior; “Havendo Deus antigamente falado muitas vezes, de muitas maneiras, aos pais, pelos profetas, falou-nos nestes últimos dias pelo Filho, a quem constituiu herdeiro de tudo, por quem fez também o mundo.” Heb ;1 e 2

Jesus Cristo é O Escolhido, Ao Qual, resistir equivale a afrontar Deus. “Porquanto (Deus) tem determinado um dia em que com justiça há de julgar o mundo, por meio do homem que destinou; disso deu certeza a todos, ressuscitando-o dentre os mortos.” Atos 17;31

Por enquanto O Governo trabalha tentando persuadir pelo Seu argumento favorito; o amor. Malgrado, seja Ele O Todo Poderoso, não é o poder a prioridade do Reino, ainda. Permite que usemos nosso arbítrio, enquanto tenta nos convencer da conveniência de escolhermos a vida.

Infelizmente, na imensa maioria dos casos, o imediatismo hedonista, simulacro do medo da morte patente, no dito usual; “curta a vida porque a vida é curta”; tem patrocinado a escolha pelo pecado, o “bezerro de ouro” da vez ao redor do qual se pode bailar e perder-se em orgias, sem a necessária sobriedade requerida por Deus.

Ora, quem já venceu à morte não mais precisa temê-la; e quem a Ele, O Vencedor, pertence, igualmente; “Visto como os filhos participam da carne e do sangue, também Ele participou das mesmas coisas, para que pela morte aniquilasse o que tinha o império da morte, isto é, o diabo; e livrasse todos que, com medo da morte, estavam por toda vida sujeitos à servidão.” Heb 2;14 e 15

Embora ninguém escolha à morte deliberadamente, salvos os suicidas, optando pela autonomia em relação aos ensinos Dele, pecamos; a permanência no pecado traz seu efeito colateral necessário; morte espiritual, não, do corpo apenas; “Porque o salário do pecado é a morte, mas, o dom gratuito de Deus é a vida eterna, por Cristo Jesus nosso Senhor.” Rom 6;23

Cristo requer a cruz; nome poético da necessária mortificação dos desejos insanos; se, mortifico-me no tocante aos pecados nego a mim mesmo; essa é a ideia; “E dizia a todos: Se alguém quer vir após mim, negue a si mesmo; tome cada dia sua cruz, e siga-me. Porque, qualquer que quiser salvar sua vida, perdê-la-á; mas, qualquer que, por amor de mim, perder sua vida, a salvará.” Luc 9;23 e 24

Se, naqueles Dias pelo Seu Espírito Deus deu talento para esculpir imagens desejadas, hoje, pelo mesmo Espírito regenera-nos à Sua Imagem, se, ouvirmos Sua Voz.

sexta-feira, 24 de agosto de 2018

O Vingador Vingado

“Assim farei cessar em ti tua perversidade; a prostituição trazida do Egito...” Ez 23;27

O Eterno como se fosse um Marido traído. A vocação do povo para prostituição seria uma “herança” dos seus tempos de escravo, no Egito.

Mas, de que prostituição fala o texto aqui? Espiritual; o concurso de outros deuses; imagens, malgrado, a sua libertação tenha sido Obra Majestosa do Deus Único.
A hermenêutica ensina: A Bíblia interpreta a Bíblia; vejamos: “Porque adulteraram, sangue se acha nas suas mãos; com seus ídolos adulteraram; até os seus filhos, que de mim geraram, fizeram passar pelo fogo, para os consumir.” V 37

Desgraçadamente, esse vício de adoração de imagens perdura, mesmo sendo prostituição aos Olhos Divinos. Certa vez li uma diatribe de um padre contra os protestantes; em sua defesa disse: “Não adoramos imagens, apenas, veneramos”.

Vejamos o texto Bíblico: “Não farás para ti imagem de escultura, nem alguma semelhança do que há em cima nos céus, nem embaixo na terra, nem nas águas debaixo da terra. Não te encurvarás a elas nem as servirás...” Êx 20;4 e 5

Fazem, se encurvam, oram; andam em procissões honrando às tais... Deem o nome que quiserem a isso; ante Deus é prostituição espiritual. Mas, diria um deles: E minha liberdade de crença? Tem; tanto que acredita nisso. Mas, é a minha liberdade de crer na Palavra de Deus que me faz denunciar o erro.

É falso que determinados “santos” foram expoentes do cristianismo e hoje são “intercessores” junto ao Deus Único. Nenhuma imagem é melhor perante Deus, que É Espírito. Mesmo “Jesus” que cultuam é mero ídolo detestável, nada tendo com O Bendito Salvador.

Durante os dias de Acabe, O Deus Vivo fora banido, Seus profetas mortos, e instituído o culto a Baal, uma imagem. Irado, O Santo quebrou o protocolo; invés de a sucessão advir de um filho do rei enviou um profeta ao front ungiu a Jeú, um capitão, com ordem de exterminar à casa de Acabe. “... Assim diz o Senhor Deus de Israel: Ungi-te rei sobre o povo do Senhor, sobre Israel. Ferirás a casa de Acabe, teu senhor, para que Eu vingue o sangue de meus servos, os profetas, e, de todos os servos do Senhor, da mão de Jezabel.” II Rs 9;6 e 7

Ele cumpriu a ordem segundo O Zelo do Senhor; porém, nada aprendeu com o episódio; fora o Braço Divino para destituir um ídolo; seguiu cultuando outro. “Porém, não se apartou Jeú de seguir os pecados de Jeroboão, filho de Nebate, com que fez pecar a Israel, a saber: dos bezerros de ouro, que estavam em Betel e Dã.” II Rs 10;29 A maldita herança trazida do Egito.

Assim, por um lado, destruiu a idolatria a Baal; por outro, robusteceu o culto a Ápis, o bezerro dos egípcios. Noutro contexto Paulo denuncia a transgressão de um que atua assim; “Porque, se torno a edificar aquilo que destruí, constituo a mim mesmo transgressor.” Gál 2;18

Sabendo do Zelo Divino contra imagens deveria rejeitar cabalmente a todas, não, ter suas favoritas. Aí, a sina de vingador contra a idolatria lhe faria mero braço do Senhor, sem culpa pelo sangue derramado.

Porém, como atuou parcialmente segundo suas preferências, deixou de ser um instrumento Divino; se fez culpado de transgressão; isso foi requerido em período ulterior; “... daqui a pouco visitarei o sangue de Jezreel sobre a casa de Jeú...” Os 1;4

O tema central de Oseias; prostituição espiritual, mencionando de novo, os bezerros e Baal. Dessa vez, a culpa de Jeú. Pois, achara um ídolo
 destrutível; outro cultuável.

Da mesma forma agem os que pensam que Buda, Krisna, Hórus, etc. são ídolos; mas, Antônio, Luzia, Rita etc. são “santinhos”, perante Deus todos são elementos de prostituição espiritual.

Afinal, atribuem às imagens, Onipresença; se, muitas casas do país as possuem e todos oram a elas, como ouviriam a tantos em lugares tão diversos? Teriam que ser como Deus. Mas, “apenas veneramos” disse o cretino.

Ora, quem precisa ver algo para ter fé, na verdade não tem. “A fé é o firme fundamento das coisas que se esperam; a prova das coisas que se não veem.” Heb 11;1

Se, olho a um bibelô que eu mesmo posso fazer, nele não vejo Deus, vejo a mim. A parte visível de Deus é outra: “Porque suas coisas invisíveis, desde a criação do mundo, tanto Seu Eterno Poder quanto, Sua Divindade, se entendem; claramente se veem pelas coisas que estão criadas, para que eles fiquem inescusáveis.” Rom 1;20

No tocante o Ser, a Imagem É Cristo; Espírito e Verdade, não, um boneco; “O qual, É o resplendor da sua glória, a Expressa Imagem da Sua Pessoa...” Heb 1;3

quarta-feira, 8 de agosto de 2018

A Máscara do Ativismo

“Fez Salomão todos os objetos que eram para a casa de Deus, como também o altar de ouro, as mesas, sobre as quais estavam os pães da proposição.” II Crôn 4;19

O Livro das Crônicas registra quão voluntariamente Salomão fez todas as obras para construção do templo, bem como, os necessários utensílios.

Entretanto, sua biografia repleta de casamentos indevidos, com mulheres estrangeiras; e, permissão de culto aos deuses estranhos revela que, se, foi ativo o bastante para fazer prontamente o Templo do Senhor, não foi “passivo” o necessário para permitir que O Espírito de Deus nele fizesse um templo vivo.

Esse vício assola cada um de nós, pois, normalmente nos dispomos a fazer coisas “para Deus”; embora, nem sempre nos submetamos de forma que as coisas sejam feitas “em Deus”. Somos dóceis ao ativismo, refratários na obediência ao Espírito, que, nos quer edificar.

Basta ver a pujança dos eventos “góspeis” onde arde a fogueira das vaidades, ou, “Marchas pra Jesus” e comparar isso com eventuais cultos de oração, ou, ensino, para constatarmos que somos bons no que não importa tanto, e relapsos no que é vital.

Esperar 40 dias em vigilância, temor, se revelou uma “prova” impossível para Israel em Horebe quando Moisés subira ao monte ter com O Senhor. Eles tinham urgência de “cultuar”; na verdade, comer, beber, dançar, folgar; assim, dada a “demora” executaram um “plano B”; Bezerro de Ouro. Malgrado a nobreza do material, ouro, era retrato fiel da vileza espiritual de um povo obstinado e ingrato que, vendo terríveis coisas que O Santo fizera pela sua libertação, inda sentia-se no direito de querer as coisas a sua maneira.

Conosco não é diferente; padecemos do mesmo mal. Qual de nós não “viu” o que O Senhor fez no Calvário pela nossa libertação? Entretanto, apesar da vergonha da Cruz por amor a indignos, nos sentimos dignos príncipes, filhos do Rei que podem exigir as coisas conforme querem. Há muitos patifes disfarçados de ministros ensinando isso; são essas mensagens que abarrotam templos de modo que, “Salomão” fez um novo com doações dos que recusam esperar “apenas” a volta de Moisés; de Cristo, digo.

Ora, o anelo Divino não é que façamos coisas “para Ele”; antes, que suportemos o necessário num mundo adverso, “com Ele.” “Quando passares pelas águas estarei contigo, quando, pelos rios, não te submergirão; quando passares pelo fogo, não te queimarás, nem a chama arderá em ti.” Is 43;2

Contextualmente, essa promessa atinava a Israel; mas, Cristo acenou com a Divina habitação em qualquer que se fizer servo; “Jesus respondeu, e disse-lhe: Se alguém me ama, guardará minha palavra; Meu Pai o amará; viremos para ele e faremos nele, morada.” Jo 14;23

Para fazermos as coisas em Deus precisamos abdicar do nosso modo mundano de pensar e agir; “... não vos conformeis com esse mundo, mas, transformai-vos pela renovação do vosso entendimento para que experimenteis a Boa, Santa e Agradável Vontade de Deus.” Rom 12;2

Isso não requer um vácuo mental, antes, câmbio dos nossos pensamentos pelos Divinos; “Deixe o ímpio o seu caminho, o homem maligno seus pensamentos e se converta ao Senhor, que, se compadecerá dele; torne para nosso Deus, porque grandioso é em perdoar. Porque meus pensamentos não são os vossos, nem, vossos caminhos os meus, diz o Senhor.” Is 55;7 e 8

Pensamentos de Deus que nos cumpre conhecer estão expressos em Sua Palavra; daí, o aspecto imprescindível do ensino. É um milhão de vezes mais produtiva a leitura, o estudo, meditação na Palavra, que sair pelas ruas como autômatos gritando “mantras” tipo: “Hei hei, Jesus é Nosso Rei!”

Ativismo é algo tão superficial que pode ser feito até por gente que desconhece ao Senhor, ou, por outra: Que Ele não reconhece. “Muitos me dirão naquele dia: Senhor, Senhor, não profetizamos nós em teu nome? Em teu nome não expulsamos demônios? e em teu nome não fizemos muitas maravilhas? Então lhes direi abertamente: Nunca vos conheci; apartai-vos de mim, vós que praticais a iniquidade.” Mat 7;22 e 23

Outro dia deparei com uma “pérola” onde alguém dizia que cristãos não precisam estudar, pois, Deus quer nossos corações, não nossas inteligências. É mesmo? Por que será que Ele colocou cérebros dentro dos nossos crânios?

Paulo, depois de elogiar ao jovem Timóteo por desde menino conhecer as “Sagradas Letras” disse: “Procura apresentar-te a Deus aprovado, como obreiro que não tem de que se envergonhar, que maneja bem a Palavra da Verdade.” II Ti 2;15

Essa geração de “cristãos” que não se importa em conhecer A Palavra está “protegida” pela própria ignorância; pois, se ousasse ler veria advertências alarmantes como essa: “O meu povo foi destruído, porque lhe faltou o conhecimento...” Os 4;6

sábado, 24 de fevereiro de 2018

A Palavra; os bezerros

“... tenho chamado por nome a Bezalel, filho de Uri, filho de Hur, da tribo de Judá... com ele Aoliabe, filho de Aisamaque, da tribo de Dã; tenho dado sabedoria ao coração de todos aqueles que são hábeis, para que façam tudo o que te tenho ordenado.” Êx 31;2 e 6

O Senhor escolhendo artífices para as obras do Tabernáculo e os indicando a Moisés.

Logo adiante, Moisés foi chamado a um particular com o Eterno, e, na ausência dele, uma decisão democrática foi tomada. “... vendo o povo que Moisés tardava em descer do monte acercou-se de Arão e disse-lhe: Levanta-te, faze-nos deuses, que vão adiante de nós; porque quanto a este Moisés, homem que nos tirou da terra do Egito, não sabemos o que lhe sucedeu.” Cap 32;1

Temos o primeiro problema com a democracia nos domínios espirituais; tempo. Ele deixa de ser visto da perspectiva Divina e desce para a rasteira e precipitada visão humana. Qual o parâmetro para decidir que Moisés tardara?

Segundo problema: Estupidez. “... faze-nos deuses que vão adiante de nós...” Ora, se, é de humana feitura, não vão a lugar algum, exceto, se forem levados. Um deus assim, invés de guia é apenas um peso extra, uma carga totalmente inútil.

Terceiro: Profanação. A criação de deuses alternativos demanda a negação do Verdadeiro. A libertação de modo espetacular deixa de ser Obra Dele, para ser um feito humano; “... Moisés, homem que nos tirou da Terra do Egito...”

Por fim patentearam a cegueira como base da sua decisão; pois, disseram: “... não sabemos o que sucedeu.”

Ora, sendo O Senhor, Luz, não nos chama a andarmos totalmente no escuro basear nossas escolhas ou, ações no que não sabemos. Se, eventualmente nos prova no “vale da sombra da morte” ainda assim, Seu nome, ao qual está associada Sua Santidade, Integridade, Seus Feitos, ainda é o Luz a pautar no escuro a segurança dos fiéis; “Quem há entre vós que tema ao Senhor e ouça a voz do seu servo? Quando andar em trevas, não tiver luz nenhuma, confie no nome do Senhor; firme-se sobre seu Deus.” Is 50;10

A suma é que, a Obra de Deus é Teocrática. Ele Governa, escolhe pessoas, determina ações, tempo, etc. As iniciativas humanas, na melhor das hipóteses são filhas da carne; e essa é inimiga do Santo. “Porquanto a inclinação da carne é inimizade contra Deus, pois, não é sujeita à lei de Deus, nem, pode ser.” Rom 8;7

Claro que o contexto de então era diverso, bem como, o propósito Divino. Então era o estabelecimento do povo eleito na Terra Prometida. Não havia palavra escrita e Deus dava Seus Comandos a Moisés que os transmitia ao povo.

O fito atual é a salvação das almas, de todos os povos; A Palavra de Deus está expressa e impressa, ao domínio de quem a desejar. Melhor; aos convertidos é dado O Espírito Santo, O Inspirador das Escrituras como Intérprete, para facultar que todos os filhos de Deus possam conhecer a Vontade do Pai. Capacita a entender e ajuda cumprir; àqueles que se mostram submissos.

Assim, não precisamos tomar decisões no escuro, antes, somos instados a andar na Luz, ou seja, em conformidade com o que sabemos ser, a Vontade Divina; assim, e só assim, a Eficácia do Bendito Sangue de Cristo se verifica em nosso favor; “se andarmos na luz, como Ele na luz está, temos comunhão uns com os outros, e o sangue de Jesus Cristo, seu Filho, nos purifica de todo pecado.”

Se, Davi em seu duelo com o gigante recusou as armas de Saul, confiante no Nome do Senhor dos Exércitos foi, apenas com sua funda, os “Davis” atuais não só aceitam armas inadequadas, como, em muitos casos usam as prerrogativas de Golias. Querem causar impressão pelo tamanho, pelo volume, invés da pureza e dependência exclusiva do Santo.

Aí, sai a santidade da condição de aferidora da obra e entra o sucesso esse doido, fora da casinha que, desde sempre vem canonizando nulidades; em muitos casos, são a ignorância, cegueira e mau gosto os pajens do sucesso, não, o talento.

As “demoras” Divinas não são permissões para que assumamos Seu Lugar; antes, testes para nossa fé patentear a confiança irrestrita no Santo. Iniciativas espúrias que desconsideram a Integridade da Palavra, e a Soberania Divina, não passam de novos Bezerros de Ouro, profanação, desobediência, cegueira, temeridade.

Embora sejam feitos como aquele, para aplauso da plebe insensata, redundam de novo, na Ira Divina.

Os cegos precipitados e manipulados perdem-se, pois, pelas bijuterias imediatas abrem mão de diamantes. Arrecades-se ouro entre o povo; sempre haverá um “Arão” para moldá-lo; mas, A Palavra de Deus está com Moisés.

quarta-feira, 29 de novembro de 2017

Trabalho ou prazer?

“...esforça-te, todo o povo da terra, diz o Senhor, trabalhai; porque Eu Sou convosco, diz o Senhor dos Exércitos; segundo a palavra da aliança que fiz convosco, quando saístes do Egito, meu Espírito permanece entre vós; não temais.” Ag 2;4 e 5

Num cenário de arrefecimento de forças e fé, em que o povo começara a reconstrução do templo e desanimara o profeta Ageu os exortou ao trabalho, com uma garantia: O Espírito de Deus ainda estava com eles, não deveriam temer.

Embora esteja escrito que “O justo viverá da fé”, muitas vezes nossa frágil fé fica devaneando com os enganosos acessórios da visão.

Na maioria dos casos não deixamos que as palavras tenham vida própria; isto é: Digam estritamente o que dizem. Normalmente as queremos como marionetes dos nossos sentimentos.

Chamamos nosso serviço cristão de “Obra de Deus”, mas, em muitos casos a concepção é de festa “espiritual”, não, de trabalho. Caso a coisa não nos aconteça assim cogitamos logo que O Espírito Santo nos deixou; pois, não O vemos como o Ajudador Excelso que É a nos capacitar pro trabalho; muitos o veem como o energético aquele que dizem; “te dá aaaasas”.

Quem trabalha, ou, conhece os meandros de uma obra sabe que a coisa é dura mesmo, com raros tempos de refrigério.

Entretanto, os nefelibatas espirituais só se estiverem voando em seus devaneios mal orientados estarão plenos do Espírito, senão, Deus os terá deixado.

Se, não sentem esse “pairar” desejado “ajudam”, promovem suas “campanhas” trazem seus astros góspeis, luzes, coreografias, espetáculos; tudo fazem para “ajudar” O Espírito. Suas doentias propensões, não raro, abrem as portas ao espírito do erro, por desejarem festas em tempo de labor.

A turma do bezerro de ouro trabalhou, mas, contra as ordens Divinas fazendo uma imagem; depois bailaram felizes em redor de seu erro, quando, deveriam apenas ter esperado; por fim, o “fruto” de sua diligência na contramão; morte.

Os momentos de euforia espiritual são pontuais; um carinho que O Santo faz para que renovemos nossas forças, no mais é trabalho duro mesmo. A presença do Espírito em nós enseja, antes de tudo, luz, direção; o que nos cabe sempre será tarefa nossa. “Teus ouvidos ouvirão a palavra do que está por detrás de ti, dizendo: Este é o caminho, andai nele, sem vos desviardes para a direita nem para a esquerda.” Is 30;21 Se, “andarmos na Luz” como disse João Ele nos abençoa; senão, estaremos por nossa conta.

Outro aspecto inda mais danoso, que o mero anelo por facilidades, dada, a Santa presença do Espírito; pensar que Ele nos instiga ao trabalho, de fato, mas, para amontoar sob nossas sombras os enferrujados tesouros da Terra. Aí fazemos a leitura certa da capacitação que vem Dele, porém, deslocamos para alvos doentios. O Santo nos capacita, renova forças, dirige, porém, sempre no alvo da edificação do Reino, não de inclinações egoístas desorientadas.

Qualquer coisa que tem a glória humana como centro, por piedosa que pareça; barulhenta que se manifeste; espetaculosa que chame atenção de meio mundo, nem de perto é a Obra de Deus, antes, é uma fraude, uma usurpação.

Os coevos de Ageu, como nós, na tendência da busca imediatista queriam sinais de glória em tempos de trabalho. O Senhor os desafiou a fazerem sua parte, pois, no devido tempo, O Eterno também faria a Dele. “farei tremer todas as nações; virão coisas preciosas de todas as nações, e encherei esta casa de glória, diz o Senhor dos Exércitos. Minha é a prata, meu é o ouro, disse o Senhor dos Exércitos. A glória desta última casa será maior do que a da primeira, diz o Senhor dos Exércitos; neste lugar darei a paz...” Vs 7 a 9

Acaso quando plantamos algo precisamos dizer a Deus em nossas orações quando é o tempo da semente germinar, de florir, frutificar? Ora, nossa parte no “consórcio” é preparar a terra e lançar a semente; Deus sempre faz a Dele enviando sol, chuva, sobre justos e injustos. Pois, como disse Salomão: “Tudo tem seu tempo determinado; há tempo para todo o propósito debaixo do céu. Há tempo de nascer, tempo de morrer; tempo de plantar, tempo de arrancar o que se plantou.” Ecl 3;1 e 2

O Eterno até mistura trabalho com prazer; porém, no âmbito do Espírito, de uma consciência purificada, não nas doentias comichões carnais; “Porque o Reino de Deus não é comida nem bebida, mas, justiça, paz, e alegria no Espírito Santo.” Rom 14;17

Se fizermos o que A Palavra diz, com ou sem sentimento de alegria teremos a Divina aprovação; quando Deus vier supervisionar verá que o que fez Sua Palavra é bom. Esforcemo-nos; Seu Espírito está conosco!

sábado, 10 de junho de 2017

O bezerro de carne

“Mas, vendo o povo que Moisés tardava em descer do monte, acercou-se de Arão, e disse-lhe: Levanta-te, faze-nos deuses, que vão adiante de nós; porque quanto a Moisés, homem que nos tirou da terra do Egito, não sabemos o que lhe sucedeu.” Ex 32;1

Alguns aspectos da natureza humana evidentes.

Primeiro: Pressa. Quarenta dias se revelaram um tempo demasiado longo para esperarem, aqueles, que esperaram livramento após centenas de anos. Tendemos a achar que, pelo fato de que Ele pode Deus “deve” atender nossos pleitos no tempo que desejamos. Ele podia ter abreviado o cativeiro também, se desejasse, mas, não fez; O Senhor É Soberano.

Segundo: A presunção. Dada a “demora” de Moisés quem disse que a solução seria confeccionar uma imagem semelhante às que viram no Egito? Justo, do domínio de tais deuses, O Senhor os resgatara com forte mão, como fariam algo frágil, derrotado para sua adoração? Preocuparam-se com suas comichões em ver “Deus”; não se deram ao trabalho de meditar, como isso pareceria ante O Eterno. Uma filha da presunção é a cegueira. “Façamos deuses que vão adiante de nós.” Ora, se, seria produção deles, tais deuses, óbvio que seriam inanimados, seriam carregados, invés de ir “adiante de nós” como disseram.

Terceiro: Cinismo. Depois de decidirem presunçosamente o que deveria ser feito, cinicamente atribuíram a Moisés o livramento, para fingirem-se descompromissados com Deus. “Moisés, homem que nos tirou da Terra do Egito...” Até hoje, pessoas de corações duros, insubmissas, invés de assumirem que se portam assim perante O Senhor fazem parecer que A Palavra de Deus é uma ideia do pregador; que desobedecendo-a, afrontam um homem, não, Deus.

Quarto: Loucura. Sim, apenas loucos tomariam decisões que podem custar vidas, baseados na ignorância, no que não sabem. “Não sabemos o que lhe sucedeu.” Não sabiam, sequer, de Moisés, mas, tencionavam agir como deuses.

Esses mesmos traços manifestos, então, vicejam, em nosso tempo; alguns, com maior pujança ainda. A pressa é notória nas “campanhas” de sete sextas-feiras disso, sete domingos daquilo, onde, “fiéis” estabelecem prazo para serem abençoados. Ensinos tipo, “Tomar posse da bênção,” oração atrevidas que dão ordens a Deus são rebentos da arrogância e da pressa gestados em ímpios ventres. Todavia, O Senhor tem um tempo pelo qual, Ele mesmo espera; e requer igual postura dos Seus: “Por isso, o Senhor esperará, para ter misericórdia de vós; por isso se levantará, para se compadecer de vós, porque o Senhor é um Deus de equidade; bem-aventurados todos que nele esperam.” Is 30;18

A presunção permite que crenças que afrontam Às Escrituras Sagradas sejam a ela equiparadas. O Advento do Espírito Santo que ensinaria a Lembrar os ensinos do Mestre é equacionado com espiritismo, doutrina espúria que prega reencarnação invés de ressurreição; salvação por obras, invés do Sangue de Cristo. Pior: Se dizem cristãos. Outros nivelam tudo tendo por base suas paixões; dizem, todas as religiões são boas, como se, Cristo fosse uma; mascaram sua obstinação com drogas psíquicas com as quais traem a si mesmos, e a quem lhes escuta. Paulo foi categórico a respeito das heresias: “Mas, ainda que nós mesmos ou um anjo do céu vos anuncie outro evangelho além do que já vos tenho anunciado, seja anátema.” Gál 1;8

Os cínicos que recusam negarem a si mesmos, tomarem a cruz, invés de assumirem abertamente sua rebelião armam-se de maus exemplos, de obreiros mercenários, ( há tantos ) pra se justificarem dizendo que não se convertem por causa do testemunho de fulano, beltrano; contudo, os de bom testemunho ( também há ) são ignorados, pois, a postura desses não patrocina os falazes discursos dos cínicos.

Razões para conversão, ou, obstinação são internas, derivam do íntimo. “Porque do coração procedem os maus pensamentos, mortes, adultérios, prostituição, furtos, falsos testemunhos e blasfêmias.” Mat 15;19
Por fim, os loucos. Tomam decisões vitais baseados no que não sabem. Afirmam algumas porções fora do contexto, como se partes da Palavra fossem boas, outras, ruins. A loucura espiritual não é igual à demência que conhecemos; é a obstinação que recusa a ser instruído. “O temor do Senhor é o princípio do conhecimento; os loucos desprezam a sabedoria e a instrução.” Prov 1;7 

Quando Paulo diz que, quem quiser ser sábio faça-se louco, está cotejando ironicamente as visões do mundo e a espiritual; não preceituando a loucura, estritamente.

Assim, apressados, presunçosos, cínicos, loucos modernos, também fazem seu bezerro particular, que invés de trazer Deus mais pra perto, apenas desperdiçam seu tempo, seu ouro. 

Agora, é o retorno de Cristo que se espera, não de Moisés; os que partem para “alternativas” deixam patente sua descrença. Tais, quando O Senhor voltar, terão ira, juízo, invés de refrigério. Esperemos no Senhor sem inventar.

sábado, 28 de janeiro de 2017

Maravilhas ignoradas

“Duas coisas me deixam maravilhado, o céu estrelado acima de mim, e a lei moral, dentro de mim”. ( Kant )

Quem padece necessidade de melhores olhos, vê apenas o imediato, não raro, vê problemas, como o jovem que andava com Eliseu, para o qual, o profeta rogou que se lhe abrissem os olhos. Feito isso pode ver maravilhas Divinas.

O céu estrelado acima de mim...” foi versado por Davi no salmo 19, e, invés de ensejar uma teoria, tipo, Big Bang, deu azo a belos louvores, reconhecendo o autor, de tais obras. “Os céus declaram a glória de Deus, o firmamento anuncia a obra das suas mãos. Um dia faz declaração a outro, uma noite mostra sabedoria a outra. Não há linguagem nem fala, mas, ouve-se sua voz. A sua linha se estende por toda a terra, suas palavras até ao fim do mundo. Neles pôs uma tenda para o sol, o qual é como um noivo que sai do seu tálamo, se alegra como um herói, a correr seu caminho.” Vs 1 a 5

Spurgeon comentando tal texto disse: “Aquele que, após contemplar a vastidão dos céus, astros, estrelas em sua perfeita harmonia, ainda se declara ateu, juntamente se declara imbecil e mentiroso.” Pois, os céus proclamam a Glória de Deus.

Mas, voltando a Kant, havia uma segunda coisa que o maravilhava; “... a lei moral dentro de mim.” Disse. O mesmo livro dos salmos traz a Onipresença Divina, em miúdos: “Para onde me irei do teu espírito, ou, para onde fugirei da tua face? Se, subir ao céu, lá estás; se, fizer no inferno minha cama, eis que ali estás também. Se, tomar as asas da alva, habitar nas extremidades do mar, até ali, tua mão me guiará, a tua destra me susterá. Se, disser: Decerto que as trevas me encobrirão; então, a noite será luz à roda de mim. Nem ainda as trevas me encobrem de ti; a noite resplandece como o dia; trevas e luz são para ti a mesma coisa;” Sal 139;7 a 12

Ora, lícito nos seja concluir que o autor não foi a esses lugares todos, nem poderia. Como sabia, então, que neles, Deus estava? A “lei moral dentro de mim” também chamada, consciência, faculdade do Espírito, o fazia saber que, onde quer que fosse Deus estaria, uma vez que, estava nele. 


Mesmo quem ignora, em parte, as Divinas demandas, ainda possui esse aferidor moral mencionado por Paulo: “Porque, quando os gentios, que não têm lei, fazem naturalmente as coisas que são da lei, não tendo eles lei, para si mesmos são lei; os quais mostram a obra da lei escrita em seus corações, testificando juntamente, sua consciência, e seus pensamentos, quer acusando-os, quer defendendo-os.” Rom 2;14 e 15

Quantas pessoas que, sequer conhecem à Palavra, contudo, têm boas noções sobre direitos, deveres, equidade, isonomia, coisas que se alinham aos preceitos bíblicos. Se agirem à luz disso cumprem a lei moral que identificam.

Porém, a miopia espiritual que, atualmente grassa, não permite ver mais essas maravilhas. Nem as internas que me desconfortam sempre que fico aquém dos reclames do Espírito, nem as externas, que gritam alhures sobre a Majestade do Criador.

O Eterno tem sido usurpado em Sua Glória, por uma geração de pregadores com a “visão” do jovem auxiliar de Eliseu, que, não consegue transcender o imediato; suas mensagens não vão além da matéria, suprimento do ventre e outras vaidades acessórias.

Alguém disse com acerto: “Quando você aponta uma estrela para um imbecil, ele olha pra ponta do seu dedo.” Claro que os imbecis em questão, são tais pregadores, pois, fazem uso da Palavra, cujo Centro, Alvo, Meta, é a Estrela de Davi, Jesus Cristo; eles, não conseguem prestar o culto racional, onde, a Razão a serviço do Espírito, patentearia ante eles, a Vontade de Deus.

A Palavra e Suas justas demandas se tornou como um Moisés no monte, demorado em seu retorno, e o povo tinha pressa. Como aqueles fizeram o bezerro de ouro dando vazão às suas comichões, esses, veem naqueles, “sombra dos bens futuros” tipo de sua “teologia” cuja única maravilha que põe em relevo é a Longanimidade de Deus.

As maravilhas da criação, bem como, o fato de estarmos “condenados” a sermos justos, deveriam tremelicar nossas antenas, como fizeram com Immanuel Kant, mas, a galera está sonolenta demais para isso.

Como são justos todos os reclames Divinos, ou respondemos favoravelmente a eles, ou, não teremos verdadeira paz interior. “O efeito da justiça será paz, a operação da justiça, repouso e segurança para sempre.” Is 32; 17 Isso, ou, a opção ímpia e suas consequências: “Os ímpios não têm paz, diz o Senhor.” Is 48;22

sábado, 17 de janeiro de 2015

A culpa de Deus



Teme ao Senhor, filho meu, e ao rei; não te ponhas com os que buscam mudanças, porque de repente se levantará  sua destruição; a ruína de ambos, quem o sabe?” Prov 24; 21 e 22.

Lido de modo superficial pode esposar a errônea ideia que toda mudança seja má. Não te intrometas com os que buscam mudanças, ponto. Entretanto, convém um mínimo de esforço para que entendamos o alvo do sábio.

Antes do aspecto negativo temos dois afirmativos: “Teme ao Senhor e ao rei;” óbvio concluir que, as mudanças desaconselhadas residem nisso: Rebelião, contra os governos, Divino e humano. Afinal, após o preceito temos uma dupla sentença também; “A ruína de ambos, quem o sabe?” 

Uma  coisa com a qual os humanos lidam muito mal é a figura de autoridade. A maioria parece resistir à ideia de ser governado. Entretanto, o mesmo pensador parece atribuir um peso nefasto sobre quem governa, antes, do que é governado. “Tudo isto vi quando apliquei o meu coração a toda a obra que se faz debaixo do sol; tempo há em que um homem tem domínio sobre outro homem, para desgraça sua.” Ecl 8; 9  

Parece contraditório defender que a desgraça ameaça quem governa, invés do que é governado. Afinal, o primeiro detém o poder, a autoridade, as prerrogativas decorrentes. Ao segundo cumpre obedecer, pagar impostos, sustentar o conforto daquele. A imensa romaria rezando a mesma cantilena de promessas que a cada eleição se constata demonstra quê, aos olhos humanos, governar é preferível, a ser governado. Por quê? Por que os que  se propõem, salvas possíveis e raras exceções, contemplam a coisa do ponto-de-vista dos privilégios, não, das responsabilidades. 

Aos olhos Divinos não é assim. Quando O Senhor exortou sobre a necessária vigilância dos postulantes ao Reino, Pedro cogitou ser para os pequenos; os apóstolos seriam a elite, portanto, isenta. “E disse-lhe Pedro: Senhor, dizes essa parábola a nós, ou também a todos? E disse o Senhor: Qual é, pois, o mordomo fiel e prudente, a quem o senhor pôs sobre os seus servos, para lhes dar a tempo a ração?” Luc 12; 41 e 42 

O mesmo Salvador dissera que, ao que mais se lhe dá, dele,  mais se cobrará. Tiago amplia para os que detêm o dom da sabedoria: Meus irmãos, muitos de vós não sejam mestres, sabendo que receberemos mais duro juízo. Porque todos tropeçam em muitas coisas. Se alguém não tropeça em palavra, tal, é perfeito; poderoso para também refrear todo o corpo.” Tg 3; 1 e 2 Aquilo que posso ensinar devo fazer; essa é a ideia. 

Por ocasião do Êxodo ( embrião da Nação de Israel ) tivemos um exemplo dessa dupla rebelião no caso do Bezerro de Ouro. Passaram da Teocracia representada por Moisés para a democracia; de Deus, para  um desprezível quadrúpede inerte. As consequências foram perdição, tristeza, morte de muitos rebeldes. Democracia, naquele caso, não era alternativa desejável. 

Muitos sonolentos se iludem com manifestações de rua no Brasil, como se fosse a veia democrática pulsando; basta um mínimo de acuidade intelectual para ver que, nisso, há muito de, anarquistas, gente que deplora qualquer tipo de governo. 

Ora, conhecendo as paixões humanas, o potencial destrutivo das mesmas, não fossem as cercas da lei, a vigilância das autoridades, e volveríamos à barbárie, ao predantismo do homem pelo homem. Então, quem obedece às leis, aos governantes, ainda que, não concorde com seus atos, é fiador do sistema que preserva a ordem social. 

Claro que, corrupção institucionalizada como temos no país é um teste à têmpera moral do homem de bem. Na verdade, uma afronta, por ser governado por gente inferior a si. Mas, se mesmo afrontado, tal, não abdica dos valores, a desgraça em que caem aqueles governantes indignos, não lhe atingirá. 

Como o sal consegue conservar a carne em face à decomposição, os homens e mulheres de valor são ainda fatores de preservação social. Claro que, malgrado a declaração de fé desses ditosos, no fundo, é o temor de Deus que os inspira a conservar ainda valores. Dirão uns: Sou ateu, faço isso por questão de consciência social. Ignoram que a consciência é um fragmento de Deus no homem, creia ele ou não. 

Se, Tiago ensina que, mera omissão é pecado, que dizer do governante que deve fazer o bem a que se comprometeu? Se não existisse Um Deus que julga seria só um espertalhão; mas, os valores que se opõem à derrocada moral do gênero humano são  digitais mostrando que, a Mão de Deus tocou em  almas... 

Dizem que o crime perfeito é aquele que não deixa nenhuma prova. Eis o ponto fraco da criação! Plena está de indícios da “culpa” de Deus.

terça-feira, 30 de setembro de 2014

Despenseiros fabulosos



”Desviarão os ouvidos da verdade, voltando às fábulas. Mas tu, sê sóbrio em tudo, sofre as aflições, faze a obra de um evangelista, cumpre teu ministério. Porque já estou sendo oferecido por aspersão de sacrifício, o tempo da minha partida está próximo.” II Tim 4; 4 a 6 

É parte da constituição humana a faceta espiritual; ninguém pode se evadir. Disse certo pensador cristão que temos dentro de nós um vazio com o formato de Deus; só Ele pode preencher. Tendo O Eterno nos criado para a comunhão consigo, seria de se esperar que fosse assim. 

Muitas vezes nos questionam: Se Deus é Um só, por que tantas religiões?  Porque acossados por esse vazio interior, homens que não conhecem a Deus e Sua palavra tentam preencher com um simulacro qualquer; inventam ídolos, ritos, crenças. 

Desse modo, a neutralidade plena como pretendem alguns é impossível. Os que se dizem ateus, sem crença, fazem disso sua crença e defendem com unhas e dentes, de modo que se endeusam prenhes de si mesmo; precisam mais esforços para negar, que os crentes pra confiar em Deus. Pois, nesses, o “encaixe” é melhor dada a adesão perfeita entre continente e contingente. Digo; o espaço reservado para Deus, neles, é preenchido justo, por Deus. 

Assim, se alguém abdica da fé, fatalmente colocará algo no lugar de modo a não sentir-se vazio espiritualmente. Os denunciados por Paulo no texto inicial deixaram a verdade e passaram a crer em fábulas.  Trocaram o precioso pelo vil, ficaram com algo falso no lugar. 

Assim fazem todos os que abdicam da fiel interpretação da Palavra e dão espaço às conveniências humanas. 

Israel no Velho Testamento, não raro, deixava de obedecer a Deus e cultuava ídolos; aliás, desde o início da relação temos essa distorção; vide, o grotesco e blasfemo bezerro de ouro. 

Nos dias de Jeremias o Eterno reiterou a denúncia do “mau negócio” que insistiam em fazer. “Espantai-vos disto, ó céus, horrorizai-vos! Ficai verdadeiramente desolados, diz o Senhor. Porque o meu povo fez duas maldades: a mim deixaram, manancial de águas vivas; e cavaram cisternas, cisternas rotas, que não retêm águas.” Jr 2; 12 e 13  Como há alegria nos Céus por um pecador que se arrepende, causa horror, espanto, outro que, tendo conhecido a Deus, troca-O por algo vil. 

Podemos inferir da exortação, que o apóstolo equaciona esses “negociantes” com embriagados, pois, diz; “Mas, tu, sê sóbrio...”  Assim como a embriagues deriva de ingestão excessiva de álcool, os sentidos espirituais entorpecem paulatinamente se ouvimos com frequência pregadores “liberais” que, com o fito de agradar aos ouvintes fazem concessões que a Palavra não faz. 

Do obreiro não se espera que seja “legal”, antes, fiel. “Que os homens nos considerem como ministros de Cristo,  despenseiros dos mistérios de Deus. Além disso, requer-se dos despenseiros que cada um se ache fiel.” I Cor 4; 1 e 2 

Claro que a fidelidade a Deus gera rejeição no mundo e até, dentro da igreja. Mas, Paulo foi enfático. “...sofre as aflições, faz a obra de um evangelista, cumpre teu ministério.” 

O apóstolo deixou instruções graves, precisas, como que, passando o bastão a outro numa corrida de revezamento 4 x 100. Seus cem metros foram cumpridos com fidelidade, e, era a vez de Timóteo correr. “Porque eu já estou sendo oferecido por aspersão de sacrifício, o tempo da minha partida está próximo.” V 6
Queria ele, pois, comunicar o mesmo que recebera, sem espaço pra mistificações, inserções, fábulas... 

Uma brincadeira que, acredito, muitos conhecem chamada telefone sem fio serve para ilustrar isso. Brincávamos no colégio; consistia em, um aluno, o primeiro da fila, dizer uma palavra qualquer ao que estava atrás, de forma quase inaudível; aquele se voltava para o seguinte e dizia o que pensava ter ouvido e assim sucessivamente até ao último. As distorções eram enormes. Começava “andorinha” e terminava “martelo”. 

Tal qual essa diversão são as opiniões humanas. Nela, cada um repetia o que pensava ter ouvido; nas opiniões cada qual defende o que pensa ter entendido, mas, nem sempre entendeu deveras. 

Se a Bíblia fosse mero livro humano, como acusam uns, aliás, já a teríamos vertido igualzinha às nossas paixões mercê do “telefone sem fio” do tempo. 

Claro que, um despenseiro só pode dispor do que possui em depósito; se alguém o fizer de fábulas, será isso que servirá. Contudo, de seu discípulo Paulo esperava coisas melhores. “Ó Timóteo, guarda o depósito que te foi confiado, tendo horror aos clamores vãos, profanos; e às oposições da falsamente chamada ciência,” I Tim 6; 20   

Em suma, o bom depósito tanto nos mantém sóbrios contra a sedução das fábulas, quanto fortes em face à falsa ciência. Guardemos bem o nosso!