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sábado, 29 de dezembro de 2018

Cristãos após a Máquina??

“Com minha alma te desejei de noite; com o meu espírito, que está dentro de mim madrugarei a buscar-te; porque, havendo teus juízos na terra, os moradores do mundo aprendem justiça.” Is 26;9

Não sabemos se, o profeta tinha a percepção da distinção entre alma e espírito, ou, pretendeu compor um “paralelismo sinonímico”; onde, se repete a ideia numa segunda frase, com palavras distintas. Assim, “com minha alma... com meu espírito...” seria mera variação poética.

O fato é que a distinção textual é teologicamente perfeita; a alma como fonte primeira dos desejos; o espírito como “acessório” para a busca pelo Senhor. Muitos profetas escreveram a coisa certa sem saber o sentido exato do que escreviam inspirados pelo Espírito Santo.

O melhor do conjunto da obra é que, a busca por Deus não significava posses materiais, emocionais; antes, juízo, justiça. “... Porque havendo teus juízos na Terra os moradores do mundo aprendem justiça.”

A ideia central do relacionamento tencionado pelo Santo sempre foi essa. As coisas secundárias em seus devidos lugares. “Buscai primeiro o reino de Deus e sua justiça e todas estas coisas vos serão acrescentadas.” Mat 6;33

A vida do espírito foi o que se perdeu por ocasião da queda, não, a existência. Daí, o homem em si, culpado por desobediência, sem “insumos” para comunhão com Deus teve medo, escondeu-se.

Por isso a demanda do “Novo Nascimento”. “Jesus respondeu, e disse-lhe: Na verdade, na verdade te digo que aquele que não nascer de novo, não pode ver o reino de Deus... aquele que não nascer da água e do Espírito, não pode entrar...” Jo 3;3 e 5

O renascimento, primeiro, permite ver na dimensão do Espírito; depois, capacita agir à Luz do que se vê; entrar.

A infindável luta entre Calvinistas e Arminianos; se, temos alguma participação na salvação, ou, Deus Faz tudo sozinho.

Por um Lado A Palavra condiciona o renascimento a recebermos Jesus; “A todos quantos o receberam, deu-lhes o poder de serem feitos filhos de Deus, aos que creem no seu nome;” Jo 1;12 Isso nos daria alguma parcela de atuação; por outro, seríamos como árvores tocadas pelo vento, alheias à origem e ao fim; “O vento assopra onde quer; ouves sua voz, mas, não sabes de onde vem, nem para onde vai; assim é todo aquele que é nascido do Espírito.” Jo 3;8

Esse não saber de onde vem, nem, para onde vai é restrição cognitiva à atuação do vento, apenas; senti-lo soprar e poder escolher se queremos andar a favor ou contra é a sina esperada de seres arbitrários que somos; tanto que muitos decidiram opor-se. “Homens de dura cerviz; incircuncisos de coração e ouvido; vós sempre resistis ao Espírito Santo; assim vós sois como vossos pais.” Atos 7;51

Na minha modesta ótica, pois, Deus faz soberana e graciosamente, sem nosso auxílio a parte que nos permite ver; revela; e, convida-nos a entrar; ainda ajuda caso o queiramos; mas, respeita aos que não desejam. Assim, em nada Sua Graça fica diminuída, dando espaço a alguma humana pretensão; os “eleitos” que Nele se refugiam apenas “Escapam por suas vidas” como se disse a Ló um dia. Sem mérito algum, que não, o desejo de viver amparados nos benditos Méritos de Cristo.

Natural que a alma tenha lá seus desejos; é da sua essência. Mas, os renascidos devem submeter esses à apreciação do Senhor. Invés de fazer planos para que Deus os abençoe; os de vida espiritual oram para que, os Planos de Deus sejam a fonte das bênçãos em suas vidas. Comunhão com O Pai se faz mais preciosa que realizações pessoais.

Desgraçadamente invés de ser dirigidos pelo Espírito como convém, a maioria sonolenta brinca de ser pilotada por máquinas. Programas de computador, ímpios e planejados para acenar facilidades de plástico são que “dizem” como as pessoas são; o quê, merecem; como será seu ano novo; qual bicho combina consigo; qual seu anjo da guarda; etc. A lorota é infinda.

A alma doentia que deseja facilidade pode se abrigar atrás desse biombo enganoso; mas, o Espírito tem sede de Deus, Água da Vida; não, insossas águas de satanás. Até quando seremos presas fáceis assim? “Desperta tu que dormes...!”

A Bíblia não acena com facilidades, desejos rasos; na verdade sua mensagem é bem sisuda; mas, invés de enganar na avenida da morte, dela desvia para a senda da vida.

Nossos antepassados resistiram martírios por amor à vida, à verdade; nós capitulamos à sedução de algodões doces, que vergonha!!

Não precisamos facilidades enganosas, mas, desesperadamente conhecer os Divinos Juízos para aprender justiça. Cristo não morreu para que a gente se divertisse; Pagou alto preço para nos levar da morte para a vida. Tome tenência!

sábado, 13 de maio de 2017

Como Zaqueu

“levantando-se Zaqueu, disse: Senhor, eis que eu dou aos pobres metade dos meus bens; se, nalguma coisa tenho defraudado alguém, restituo quadruplicado.” Luc 19;8

Antes do conteúdo dessa declaração, chama atenção a forma. O fez livremente sem nenhuma pressão, coação, nada. Constrangido pelo Amor de Cristo que o aceitava apesar de injusto, começava a mover-se em direção à justiça, correspondendo ao amor do Senhor.

Algo, de grande importância, que, legalistas, ritualistas, letristas, precisam aprender sobre conversão; acontece de dentro para fora, é Obra do Espírito Santo; decisões forçadas, repetições mecânicas extraídas para forjar adesões onde não houve arrependimento gera hipócritas; não, ovelhas.

Muitas vezes vi “conversões” baseadas em certo texto mal interpretado. “Se, com tua boca confessares ao Senhor Jesus, e em teu coração creres que Deus o ressuscitou dentre os mortos, serás salvo. Visto que, com o coração se crê para justiça, e com a boca se faz confissão para salvação.” Rom 10;9 e 10 O primeiro verso parece abonar a primazia da confissão oral, porém, o segundo acena a uma justiça assentada no coração, como origem da confissão. A pessoa creu, por isso, confessou; não se torna crente se confessar para agradar.

Antevendo o Ministério do Espírito Santo O Senhor disse que Ele, vindo, convenceria do pecado, da justiça e do juízo. Ora, alguém intimamente convencido de pecado, há de ser constrangido a arrepender-se; da justiça das demandas Divinas, será desafiado a ser justo, dali em diante; convencido do juízo sobre os desobedientes, necessariamente, desejará a salvação. Nenhum pregador, por eloquente que seja, consegue isso. Os idôneos, usados por Deus, com o sem eloquência, são como o jumentinho emprestado no qual Jesus entrou em Jerusalém; meros e rústicos meios, nos quais, Jesus se move, rumo a outros pecadores que ama.

Aí, quando vejo certos “Stars” góspeis disputando grandeza, proeminência, sinto vergonha alheia, ao constatar quão pequenos são nossos “grandes”.

A igreja não foi comissionada para salvar, mas, pregar. “Ide por todo o mundo, pregai o Evangelho a toda criatura.” Onde isso estivar sendo feito, como poucas, quiçá, sem adesões, ainda assim, a Obra do Senhor estará sendo realizada. Se, em determinados casos, corações humanos são refratários ao Amor Divino, de modo que nem o Espírito Santo os pode convencer, como o faríamos, nós?

O Senhor, Onisciente, Presciente, enviou um pregador a uma “missão impossível”; pregar onde não daria frutos. “...Filho do homem, vai, entra na casa de Israel, dize-lhe minhas palavras... a casa de Israel não te quererá dar ouvidos, porque não querem dar ouvidos a mim; pois, toda a ela é de fronte obstinada, dura de coração. Mas, quando eu falar contigo, abrirei tua boca, e lhes dirás: Assim diz o Senhor Deus: Quem ouvir ouça, quem deixar de ouvir, deixe; porque eles são casa rebelde.” Ez 3;4, 7, e 27

O pregador profeta anunciou da parte do Senhor, uma série de exortações e juízos; o máximo que logrou foi bajulação hipócrita dos que exaltavam seu ministério, e ignoravam o conteúdo, a essência do mesmo. O Senhor o Iluminou: “Eles vêm a ti, como o povo costumava vir, se assentam diante de ti, como meu povo; ouvem tuas palavras, mas, não põem por obra; pois, lisonjeiam com a boca, mas, o seu coração segue sua avareza. Eis que tu és para eles como canção de amores, de quem tem voz suave, que bem tange; porque ouvem tuas palavras, mas, não as põem por obra. Mas, quando vier isto (eis que está para vir), então saberão que houve no meio deles um profeta.” Ez 33;31 a 33

Assim, vemos quão dependentes do Espírito Santo são as conversões; se um homem da envergadura de Ezequiel lançou palavras ao vento, como, frágeis pecadores como nós, faríamos melhor?

Além das carnais disputas por grandezas são deprimentes também, as tolices periféricas, rótulos evocados como méritos, quando, na maioria dos casos não passam de equívocos. Tipo: Sou pentecostal, tradicional, calvinista, arminiano, renovado, etc. Paulo, maior expoente humano da história da Igreja, falando de si mesmo, considerou-se o “principal”, dos pecadores.

Quem puder, como ele, mensurar corretamente a grandeza dos males do próprio pecado, uma vez salvo, verá dimensão suprema na Graça de Deus, não em carnais, insanas pretensões de grandeza. “Onde abundou o pecado, superabundou a graça,” dirá.

Nossa tarefa, pois, vivermos, anunciarmos o Amor do Senhor com verdade, idoneidade, e deixar que Ele, constranja injustos, como Zaqueu, a mudarem de atitudes por Si.


Claro que, para isso precisam ver Cristo em nós; Sua Luz, mais que, de nossas palavras, deve luzir por nossos atos. “Assim resplandeça a vossa luz diante dos homens, para que vejam vossas boas obras e glorifiquem ao vosso Pai, que está nos céus.” Mat 5;16