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segunda-feira, 30 de dezembro de 2019

Deus pelejará em nós


“Os filisteus, ouvindo a voz de júbilo, disseram: Que voz de grande júbilo é esta no arraial dos hebreus? Então souberam que a Arca do Senhor era vinda ao arraial.” I Sam 4;6

Na primeira batalha uns quatro mil soldados de Israel foram mortos; então, decidiram “convocar Deus” para o front, para que O Eterno pelejasse por eles. Mandaram buscar a Arca da Aliança; quando a mesma chegou ao arraial festejaram com gritaria tal que até nas fileiras inimigas se ouviu.

Contudo, no novo embate o resultado não foi melhor que no primeiro, com agravante que além de dizimar aos exércitos dos Israelitas os filisteus levaram consigo a Arca.

Quem conhece o contexto em que os sacerdotes profanos filhos de Eli se prostituíam em lugar santo, e a mensagem de juízo entregue a Eli, o pai omisso, sabe porque Deus “perdeu” a peleja.

Seu Juízo trouxera os filisteus como punição para com as rebeldias profanas de então. Em momentos de paz zombavam das coisas santas; nos de aperto pediam socorro ao que fora alvo do escárnio blasfemo. Inda hoje muitos riem dos ensinadores do Evangelho em horas de calmaria; nas de catástrofes, a primeira coisa que bradam é: Meu Deus!! Deus os buscou e foi repelido. Assim como consertamos o telhado em dias de tempo bom, deveríamos zelar por nosso relacionamento com O Pai, quando tudo vai bem.

Vergonhosamente muitos dos que tomam o Santo Nome em seus lábios não têm o devido entendimento sobre Quem Ele É. 


Ao tentarem manipulá-lo para que Ele patrocine desejos naturais, com suas mandingas e jeitinhos reduzem o Todo Poderoso à estatura de um bibelô qualquer de humana feitura. As coisas iam mal na peleja, “buscaram Deus” como se Ele fosse menino birrento que recusara ir e O “colocaram em perigo” para que Ele defendendo-se defendesse a eles também. Que vergonha! Que monumento à cegueira espiritual! A Arca era só um objeto, não uma redução Daquele que “Enche os Céus e a Terra”.

Quem peleja na dimensão espiritual busca, sobretudo, estar em paz com Deus; isso demanda uma luta ferrenha contra inimigos interiores; não o faz acoroçoado por uma imagem, mesmo que, da Arca da Aliança, antes, em atenção aos ditames da consciência no Espírito que atua para revelar nossos maus passos.

A ímpia e profana tentativa de “alistar Deus” ao seu serviço, invés de, em humildade e submissão a Cristo nos colocarmos na devida condição de servos, para o que Ele, O Senhor quiser, além da não lograr o insano intento, tal rebelião encontra no Santo um adversário, invés de um ajudador; “Mas eles foram rebeldes, contristaram Seu Espírito Santo; por isso se lhes tornou em inimigo; Ele mesmo pelejou contra eles.” Is 63;10

O Eterno poderia “argumentar” fazendo a terra tremer como fez em Filipos nos dias de Paulo e Silas, mas aquele foi um incidente pontual; não tenciona nos Salvar mediante terremotos; antes, pela Sua Palavra; “A fé vem pelo ouvir, e ouvir A Palavra de Deus.” Pois, foi aí, ao duvidar da Palavra do Criador que tudo começou; portanto, honra ao Eterno quem não questiona Sua Palavra, não quem oferece mandingas como se Ele tivesse carência disso. “Se Eu tivesse fome não te diria, pois Meu é o mundo e sua plenitude. Comerei Eu carne de touros? ou beberei sangue de bodes?” Sal 50;12 e 13

Então a peleja que conta, deveras, é primeiramente de purificação interior, santificação; essa deriva da Bendita Palavra atuando em nós; “Com que purificará o jovem o seu caminho? Observando-o conforme Tua Palavra.” Sal 119;9

Desse modo, não tencionemos ter Deus pelejando “por” nós, antes de reconhecermos Seu Direito, legitimidade e necessidade de pelejar “em” nós.

A Arca, então, continha as Tábuas da Lei e a vara de Aarão o sacerdote escolhido; a “Arca” atual também tem em si A Palavra e O Sacrifício de Cristo, Sumo Sacerdote Eterno. Se ela estiver no “front” contra as más inclinações, então, nosso novo modo de viver fará tanto “barulho” que o arraial inimigo ouvirá; senão, nossa religiosidade oca será vã; apenas um artefato aparente para cair nas mãos do inimigo.

Carecemos prudência, temor para não pensarmos que O Rei dos Reis, Senhor dos Senhores é servo de ímpios.

Nossos desejos doentios clamam pela remoção de águas e fogos, ignorando que juntamente se removeria o Divino Socorro inerente; “Quando passares pelas águas Estarei contigo, quando pelos rios, eles não te submergirão; quando passares pelo fogo, não te queimarás, nem chama arderá em ti.” Is 43;2

Água e fogo são elementos de purificação; esse é o Santo Intento; “... Porque ele (Cristo) será como o fogo do ourives e como o sabão dos lavandeiros.” Mal 3;2

segunda-feira, 5 de agosto de 2019

Idolatria "Evangélica"

"Dar-vos-ei pastores segundo Meu coração, os quais vos apascentarão com ciência e inteligência. Sucederá que, quando vos multiplicardes e frutificardes na terra, naqueles dias, diz o Senhor, nunca mais se dirá: Arca da Aliança do Senhor, nem lhes virá ao coração; nem dela se lembrarão, não a visitarão; nem se fará outra.” Jr 3;15 e 16

Em tempos de rebeldia, mediante Jeremias O Senhor acenou com um tempo porvir no qual, pastores íntegros guiariam ao rebanho; isso se daria à Luz de uma Nova Aliança; seria superada e esquecida a Arca da Aliança, e vetou que se fizesse outra.

A Epístola aos Hebreus escrita após o cumprimento disso explica a transição e mudança: “De tanto melhor Aliança Jesus foi feito fiador...” que “pode salvar perfeitamente os que por Ele chegam a Deus, vivendo sempre para interceder por eles.” Cap 7;22 e 25

Na antiga Aliança a Arca ficava atrás dum véu, no “Santo dos Santos;” O Cordeiro de Deus ao morrer dando Sua Vida para estabelecer o Novo Testamento, por ocasião de Sua morte o véu do templo se rasgou de alto a baixo.

O Sacerdócio de Cristo, não demanda mais sacrifícios de animais, tampouco restringe o acesso a alguns poucos escolhidos; antes, Nele qualquer um tem acesso ao Trono da Graça. “Tendo, pois, irmãos, ousadia para entrar no santuário, pelo sangue de Jesus, pelo novo e vivo caminho que Ele nos consagrou, pelo véu, isto é; sua carne.” Cap 10;19 e 20

Se Deus disse que não se faria outra Arca, porque algumas dezenas de igrejas pelo país exibem cada uma, uma cópia segundo a imaginação dum artífice qualquer? Os pastores que o Próprio Deus afirma que seriam segundo o Seu Coração trabalhariam com ciência e inteligência.

Nenhuma pessoa dotada desses atributos agiria como idólatra estando ciente de quanto O Eterno abomina à idolatria.

Desde quando que esses simulacros têm algum poder? Nem mesmo Aquela, a Única que O Senhor mandou fazer tinha poder. A Presença de Deus que fazia a diferença.

Quando os filhos de Eli, Hofni e Finéias após muitas baixas numa batalha resolveram levar a Arca ao front para que Deus pelejasse por eles, O Senhor permitiu total derrota e a morte dos profanos; e a Arca foi tomada pelos Filisteus.

Uma coisa que os pastores com ciência e inteligência hão de saber é que, vivendo de forma agradável a Deus, as pessoas não precisam de fetiches para ser abençoadas; nem “Sal de Jericó, Rosa Ungida, Azeite de Israel, porta disso, daquilo;” nem esse lamentável ídolo “gospel;” esse caixote que incautos pensam ter alguma virtude mas, não passa de um ídolo, tão detestável aos olhos Divinos como os demais que Ele odeia.

Ele disse pra não se fazer outra Arca; todos que fazem agem em rebelião. Samuel disse a Saul, da parte do Senhor, que rebelião é como pecado de feitiçaria.

Desgraçadamente vivemos com o nome de igreja, que deveria ser “coluna e baluarte da verdade;” mas, atuamos com mentalidade de empresas, onde o que conta mesmo é quantidade. Em busca disso se faz toda sorte de “macumba gospel”, se prega mensagens ufanistas onde deveria apenas verter a Água pura, ou, o “Leite racional, não falsificado;” com figurou Pedro.

Deus não é democrata. Não está buscando votos, tampouco se comove com números; de dinheiro ou pessoas.

Nos dias de uma apostasia coletiva, onde não tinha ninguém pelejando pela pureza e verdade, O Eterno disse que pouparia a todos se achasse um só, mas estava em falta; “Busquei dentre eles um homem que estivesse tapando o muro, estivesse na brecha perante mim por esta terra, para que Eu não a destruísse; porém a ninguém achei. Por isso derramei sobre eles minha indignação; com o fogo do meu furor os consumi...” Ez 22;30 e 31

Um que Deus aceite pode livrar a uma cidade por sua intercessão; porém, nem todos os fetiches do mundo bastam para fazer O Santo suster Seu Juízo quando Ele se ira. Na verdade essas coisas acentuam a Ira Daquele que disse que busca adoradores que O adorem em “Espírito e verdade” não com os amuletos da mentira.

Ele mesmo ensina: “Buscar-me-eis e me achareis quando me buscardes de todo coração,” não com todos os badulaques. Ele quer ser conhecido e amado, não, usado, manipulado.

O Conhecimento do Santo é melhor que a força, as riquezas e sabedoria natural, pois, dá vida. “A vida eterna é esta: que te conheçam...” Jo 17;3

“... Não se glorie o sábio na sua sabedoria, nem o forte na sua força; não se glorie o rico nas suas riquezas, mas o que se gloriar glorie-se nisto: em me entender e conhecer...” Jr 9;23 e 24

sábado, 9 de março de 2019

A Idolatria de Deus

“Os filisteus, ouvindo a voz de júbilo, disseram: Que voz de grande júbilo é esta no arraial dos hebreus? Então souberam que a Arca do Senhor era vinda ao arraial. Por isso se atemorizaram e diziam: Deus veio ao arraial...” I Sam 4;6

Quatro mil israelitas tinham sido mortos em combate e concluíram que, Deus não estava pelejando com eles. Então, democraticamente decidiram trazer a Arca da Aliança para o front de batalha; parece que a ideia era: Se, Deus não viera voluntariamente à peleja, eles O forçariam.

O contexto era de juízo pela apostasia, e o sacerdócio corrupto da casa de Eli.

A única “força” que move a Mão de Deus a nosso favor é a submissão, obediência; dessa estavam extremamente raquíticos. “... vossas iniquidades fazem separação entre vós e vosso Deus; vossos pecados encobrem o Seu Rosto de vós, para que não vos ouça.” Is 59;2

Isso de confundir um símbolo com a substância, uma imagem palpável com o Espírito é a matéria prima da idolatria que O Criador tanto abomina.

Se, O Altíssimo pudesse ser “encaixotado” numa reles imagem, inda que, da Arca que mandou fazer seria só um “móvel” ao dispor de quem o detivesse. Ficaria onde o homem determinasse, iria para a guerra se ele assim o desejasse; etc. Isso está a anos-luz do que significa servir a Deus. Apenas reflete ignorância espiritual engajada dos que, segundo o conselho do “Deus” alternativo saberiam por si mesmos o bem e o mal.

Deus É Espírito; a Imagem que idealizou formatou do barro com Suas Próprias Mãos; porém, desde a queda que falhamos redondamente na justiça, verdade e santidade, virtudes que exibiriam inda que, tênues, nuances do Ser do Criador. 

Para resgate da referência e da essência perdidas em quatro milênios de exílio O Eterno enviou O “Segundo Adão” para que as memórias dormidas no amplo leito do tempo fossem revividas; Jesus Cristo. “... o Resplendor da Sua Glória; A Expressa Imagem da Sua Pessoa...” Heb 1;3

Entretanto, invés de se ater ao Espírito de Cristo, a idolatria pela Sua presumida aparência, Seu Nome sem conteúdo, compromisso espiritual e, inda símbolos que remeteriam à Sua Pessoa como a cruz têm sido levados ao “campo de batalha” por uma geração de néscios que se recusa a buscar conhecimento do Santo.

Desgraçadamente uma sentença pretérita persevera no tempo, de modo que é atual; “Meu povo foi destruído, porque lhe faltou conhecimento; porque tu rejeitaste o conhecimento, também te rejeitarei, para que não sejas sacerdote diante de mim...” Os 4;6

Notemos que, como nos dias de Eli, a destruição do povo estava amalgamada à rejeição do sacerdócio; uma liderança corrupta necessariamente faz um rebanho corrompido. “Porque os lábios do sacerdote devem guardar o conhecimento, da sua boca devem os homens buscar a lei porque ele é mensageiro do Senhor dos Exércitos.” Ml 2;7

Sacerdotes humanos falharam nas suas imperfeições, apostasias; Deus proveu Um de Eficácia Eterna; “Que não foi feito segundo a lei do mandamento carnal, mas segundo a virtude da vida incorruptível... Porque nos convinha tal Sumo Sacerdote, Santo, Inocente, Imaculado, separado dos pecadores, feito mais sublime que os Céus;” Heb 7;16 e 26

Se, os do passado tinham “atenuante” de ser guiados por maus sacerdotes, muitas vezes, qual a desculpa dos maus atuais, se, Nosso Sumo Sacerdote é “Mais Sublime que os Céus”, “dos Seus Lábios devemos buscar a Lei” e, “Neles não se achou engano?”

O engano que “falta” Nele sobeja em nós, infelizmente. Sua Palavra nos desnuda, compromete, responsabiliza; porém, aos que se submetem traz descanso pra alma, vida e paz. Os iludidos preferem trair a si mesmos devaneando que meros símbolos ou nomes tenham virtude de abençoá-los em rebeldia para com a Vontade de Deus.

“Todavia o fundamento de Deus fica firme, tendo este selo: O Senhor conhece os que são seus; qualquer que profere o nome de Cristo aparte-se da iniquidade.” II Tim 2;19

Isso demanda uma cruz onde dói; na renúncia das vontades pecaminosas que tanto a carne deseja. Invés dela preferem o crucifixo. Imagem “poderosa” eternizada no cinema para exorcismo. Cáspita!! Se, tivesse algum poder contra Satanás os roqueiros assumidamente satanistas não usariam de modo tão ostensivo.

Enfim, idólatras de todos os tipos pretendem “levar” Deus conforme as suas desordenadas paixões; servos são por Ele levados segundo Sua Palavra. Das idolatrias, a mais perniciosa é a “Idolatria de Deus”; como se, O Eterno pudesse ser reduzido a um símbolo, imagem, chavão, reza, ritual...

Quem pretende “encaixotar” ao Todo Poderoso, pois, capriche no tamanho da caixa; “Esconder-se-ia alguém em esconderijos, de modo que Eu não veja? diz o Senhor. Porventura não encho Eu, os Céus e a Terra?” Jr 23;24

sábado, 9 de junho de 2018

A Segunda Casa

“Então Salomão congregou em Jerusalém... para fazerem subir a Arca da Aliança do Senhor, da cidade de Davi, que é Sião.” II Crôn 5;2

Então, isto é, após acabar o Templo, bem como, seus móveis necessários ao serviço; depois de tudo pronto, a Arca da Aliança foi buscada por ordem de Salomão. Ainda que, “Deus não habita em templos feitos por mãos humanas;” a Arca era um objeto sagrado, símbolo da Santa Presença; deveria sim, ser tratada com mais alta reverência.

As paredes da “casa” onde O Eterno anela habitar são revestidas com amor; “Jesus respondeu, e disse-lhe: Se alguém me ama, guardará minha palavra e meu Pai o amará; viremos para ele e faremos nele morada.” Jo 14;23

Diferente das falas vazias que ouvimos alhures pretendendo falar de amor, esse não é tão sentimento assim, que possa existir prescindindo de um comprometimento com o seu objeto; “... se alguém me ama guardará Minha Palavra...” Assim, se, o amor a Deus é o primeiro mandamento, tanto na Antiga, quanto, na Nova Aliança, esse demanda como demonstrativo de autenticidade o compromisso com a Palavra.

Alguns afirmam amar a Deus, entretanto, confrontados com justas demandas da Sua Palavra, presto dizem ser apenas um livro humano. Assim, na calmaria da conveniência acham Deus amável; nos ventos da responsabilidade evadem-se e blasfemam fazendo-O Mentiroso.

Entretanto, diverso do templo feito por Salomão, a vida espiritual após o novo nascimento em Cristo, não carece ser uma obra acabada, perfeita, para que, então, Deus nela habite. É justo, Sua Habitação Bendita, que aviva-nos na consciência, edifica possibilitando conhecer Seu Ensino, consola nas nossas dores, e nos garante Sua assídua presença, quer, passemos pela água, quer, pelo fogo.

Como dissemos, a Arca era símbolo da presença, não, estrita habitação do Senhor, que, certa vez permitiu que fosse tomada pelos inimigos de Israel, quando, fizeram dela um ídolo, invés de um símbolo como era.

Assim, se, a presença da Arca contendo A Palavra do Senhor estava vinculado aos que pretendiam compromisso com Ele, igualmente agora, um mínimo de conhecimento e prática da Palavra se espera de quem pretende ser servo do Senhor. Essa balela do “sirvo a Deus do meu jeito” atua do jeito de Satanás, pois, foi ele que sugeriu e “facultou” tal “autonomia”, ensejando a queda.

Não nos enganemos, pois; quem não tem paladar para a Palavra de Deus, não tem Deus habitando em si. Escrevendo aos “recém nascidos” Pedro ordenou que buscassem a devida “amamentação natural”, para que o bebê não morresse; “Desejai afetuosamente, como meninos novamente nascidos, o leite racional, não falsificado, para que por ele vades crescendo;” I Ped 2;2

E, habitados pelo Santo já, foram comparados a obras em andamento; “Vós também, como pedras vivas, sois edificados casa espiritual e sacerdócio santo, para oferecer sacrifícios espirituais agradáveis a Deus por Jesus Cristo.” V 5

Assim, o “leite” é para os novos convertidos; os edificados um tanto já precisam dieta mais sólida; aprofundamento; “Porque qualquer que ainda se alimenta de leite não está experimentado na palavra da justiça; é menino.” Heb 5;13

Esse aprofundamento certamente nos enriquecerá com o Conhecimento de Deus; necessariamente impactará nossas vidas, de modo a exceder nossos limitados templos, em busca de novos servos para Deus. “Vós sois a geração eleita, sacerdócio real, nação santa, povo adquirido, para que anuncieis as virtudes daquele que vos chamou das trevas para sua maravilhosa luz;” I Ped 2;9

Tendo já feito pelo Espírito Santo, o ditoso percurso, “das trevas para a Luz”, o mínimo que se espera é que sejamos cooperadores para indicar o caminho a outros alvos do Amor Divino.

Esses que acenam a conversão como bilhete lotérico para “melhorar de vida,” a rigor, são patifes mentirosos que jamais conheceram Deus.

No âmbito pessoal passamos da morte para a vida; ou seja, recebemos vida nova; no funcional, no Corpo de Cristo, é para que laboremos pelo Reino Daquele que “nos amou primeiro” como forma de correspondência e gratidão por Seu amor; assim, “Buscai primeiro O Reino de Deus e Sua Justiça...” a busca prioritária das demais coisas é indício de alienação do Deus Provedor.

Enfim, se no primeiro Templo era preciso acabar antes da Santa Presença, agora, carecemos dela desde o início, para que haja templo e sejamos aperfeiçoados. “Tendo por certo isto mesmo, que, aquele que em vós começou a boa obra a aperfeiçoará até ao dia de Jesus Cristo;” Fp 1;6

A primeira casa, a natural foi edificada com os refugos do mundo ímpio; a segunda, após o novo nascimento em Cristo, precisa ser feita nos Divinos parâmetros da Sua Palavra, só assim, “A glória da última casa será maior do que a da primeira...” Ag 2;9

quarta-feira, 21 de fevereiro de 2018

Levar Deus ou, atraí-lo?

“Os filisteus... disseram: Que voz de grande júbilo é esta no arraial dos hebreus? Então souberam que a Arca do Senhor era vinda. ... se atemorizaram, porque diziam: Deus veio ao arraial. Diziam mais: Ai de nós! Tal, jamais, sucedeu antes.” I Sam 4;6 e 7

Os hebreus tinham perdido já uma batalha; pasmos pela “ausência” de Deus no combate resolveram buscá-lO; trouxeram a Arca da Aliança para a luta.

Chegando “reforço” ao front os soldados jubilaram em alta voz; a coisa ecoou no exército inimigo e temeram.

Que inimigos desconhecessem Deus é compreensível; entretanto, os próprios hebreus ignorarem aos predicados Seus é alarmante. Se, em dado momento O Eterno desafia: “Operando Eu, quem impedirá”? O outro lado da moeda também é necessário. “Afastando-me Eu, quem me aproximará”?

O que chegara fora tão somente a Arca, que, embora fosse um objeto sagrado era só um objeto; um símbolo da Santa Presença, não, a presença. Como uma aliança de casamento no dedo de um adúltero não garante fidelidade, um símbolo santo entre um povo rebelde não garantia a aprovação Divina, tampouco, Sua Presença.

O sonho de consumo dos idólatras é um deus que possa ser levado pra lá e pra cá ao sabor das inclinações. O Eterno não pode ser manipulado; faz tudo que lhe apraz, quando quer; denuncia como ignorantes os que peregrinam após espantalhos de humana feitura que são espiritualmente inócuos. “Congregai-vos, vinde; chegai-vos juntos, os que escapastes das nações; nada sabem os que conduzem em procissão suas imagens de escultura, feitas de madeira, e rogam a um deus que não pode salvar. Anunciai, chegai-vos, tomai conselho todos juntos; quem fez ouvir isto desde a antiguidade? Quem desde então anunciou? Porventura não sou Eu, o Senhor? Pois, não há outro Deus senão Eu; Deus justo e Salvador não há além de mim. Olhai para mim, e sereis salvos, vós, todos os termos da terra; porque Eu sou Deus; não há outro.” Is 45;20 a 22

Não pense o incauto que idolatria é hábito de católicos com suas múltiplas imagens, apenas. Está repleto de “evangélicos” idólatras devaneando que se possa levar a bênção num frasco de azeite, numa porção de sal grosso, “rosa ungida”, toalha, ou, outra porcaria qualquer. Isso é idolatria inda mais tosca que aquela.

O Salvador ensinou: “A hora vem, agora é, em que os verdadeiros adoradores adorarão o Pai em espírito e verdade; porque o Pai procura tais que assim o adorem. Deus é Espírito; importa que os que o adoram adorem, em espírito e verdade.” Jo 4;23 e 24

A humanidade ímpia lida muito mal com a verdade. Lembro fragmentos de uma antiga canção: “As pessoas adoram o falso, eu também preciso ser mais falso, a verdade gera confusão...” mais ou menos isso. Ousemos ser verdadeiros em nossas inserções sociais, full time, para ver quanta confusão causaremos na seara da falsidade.

Os Hebreus foram derrotados justo pelo abandono de Deus; sua relação com O Santo se revelara oca, profana, falsa. Os filhos do sacerdote Eli faziam poucas e boas das coisas santas, prostituíam-se em público, vilipendiavam aos sacrifícios; seu omisso pai não os disciplinou como deveria; Deus disse-lhe: “Por que honras teus filhos mais que a mim?” Entristecido os deixou a própria sorte. Derrotados no primeiro embate resolveram buscar a Arca, como se, isso trouxesse junto ao Senhor. Ledo engano. Perderam de novo; até a Arca foi tomada pelos inimigos.

Deus O Todo Poderoso não pode ser levado como um bibelô. Mas, pode ser atraído por corações que se consagram a Ele. “Porque, quanto ao Senhor, seus olhos passam por toda a terra, para mostrar-se forte para com aqueles cujo coração é perfeito para com ele...” II Crôn 16;9 ou, “Os meus olhos estarão sobre os fiéis da terra, para que se assentem comigo; quem anda num caminho reto, esse me servirá.” Sal 101;6

Muitos vivem pretensa vida espiritual com uma superficialidade mais fina que verniz; acham que compartilhar ideias piedosas de terceiros, ou, digitar seus mercenários “améns” fará com que Deus, que sonda corações, as abençoe.

Ele não faz acepção de pessoas, aceita qualquer que se achegar; porém, isso só é possível negando a si mesmo, recebendo Cristo como Salvador e Senhor. Jesus mesmo avisou: “Ninguém vem ao Pai senão por mim”. Sem essa balela de mediadores e medianeira. Isso não passa de dogmas humanos falsificando a verdade que O Santo ama; pois, “há um só Deus; um só Mediador entre Deus e os homens, Jesus Cristo, homem.” I Tim 2;5

Estamos perdendo a batalha da vida? O Santo já venceu, mas, só herdaremos Sua Vitória, se pararmos de querer tudo do nosso jeito, e deixarmos que Ele peleje por nós.

domingo, 16 de julho de 2017

A cruz e os jeitinhos

"Os filisteus ouvindo a voz de júbilo, disseram: Que voz de grande júbilo é esta no arraial dos hebreus? Então souberam que a arca do Senhor era vinda ao arraial. Por isso os filisteus se atemorizaram, porque diziam: Deus veio ao arraial. Diziam mais: Ai de nós! Tal, jamais sucedeu antes.” I Sam 4;6 e 7

A batalha estava se mostrando encardida; alguém teve a brilhante ideia de “buscar Deus” para pelejar junto. Na verdade, a Arca da Aliança, símbolo da Divina presença, a cuja chegada fizeram festa.

Ora, um símbolo é apenas isso; simboliza algo, mas, não é o “Algo” que simboliza. A Arca era uma caixa artesanal revestida com ouro, não era Deus. Assim como uma aliança no dedo simboliza noivado, casamento, conforme o dedo, mas, não significa, necessariamente, fidelidade de quem usa.

A permissão da derrota na batalha, onde já haviam caído uns quatro mil hebreus era juízo Divino por causa do descaso de Israel com O Santo; patrocinado pelo relapso sacerdócio de Eli, e corroborado com as infames profanações praticadas pelos filhos dele.

Ironicamente, os inimigos tinham uma visão melhor sobre Deus, que eles próprios. Claro que ignoravam as diferenças no relacionamento do Senhor com Seu povo, mas, conheciam o histórico dos feitos do Eterno. O Temiam por isso; disseram: “Ai de nós! Quem nos livrará da mão desses grandiosos deuses? Estes são os deuses que feriram aos egípcios com todas pragas junto ao deserto.” V 8

Assim, enquanto os de fora consideravam ao Todo Poderoso, Alguém temível, os Seus agiam como se fosse desprezível. Quantas vezes o mesmo se dá e nosso meio. Os de fora respeitam; dizem; não é para mim isso, pois, exige uma renúncia que não me disponho a praticar, mas, é coisa séria. Muitos de dentro profanam ao Santo com suas heresias, “orações” agressivas, como se mandassem no Altíssimo invés de suplicar-lhe, quando não, escandalizam cometendo adultérios; ainda usando púlpitos até que, pelo Divino zelo, o vento do Juízo “espalha a moinha” purificando a congregação dos justos.

Quando O Santo permite que adversidades se levantem diante de nós, de duas uma; ou é exercício, ou, correção. No primeiro caso o que resta é aprendermos Dele lutando ao Seu lado; no segundo, só arrependimento, mudança de atitudes; mandingas não podem nos livrar do mal que nossa própria insubordinação buscou.

Tem muitos salafrários ensinando alternativas à obediência que Deus tanto preza; acenam com sal grosso, rosa ungida, lenço consagrado, óleo disso, daquilo, sal de Jericó... Bem, funcionam essas coisas perguntaria o Simplício? Sim, exatamente igual “funcionou” a “estratégia militar” de levar a Arca à batalha imaginando que estivessem alistando Deus ao exército.

Jogue essas tralhas todas no lixo; troque por uma cruz; “Tomai sobre vós o meu jugo...” A disciplina da cruz não vai começar trazendo as coisas que você deseja; antes, mediante obra da Palavra e do Espírito, removerá de sua alma doentia os vícios que Deus não deseja nos Seus servos. Regeneração é o alvo inicial. 

Tendemos a pensar que carecemos coisas, quando, o essencial é que aprendamos a Justiça do Reino. “Buscai primeiro o reino de Deus, e sua justiça; todas estas coisas vos serão acrescentadas.” Mat 6;33

Desse modo, cambiar dos “fetiches góspeis” para a cruz não é mudar de método; antes, de objetivo. As coisas necessárias o Senhor provê; porém, a excessiva preocupação com elas, a inquietação que faz dos meios, fins, foi equacionada na Parábola do Semeador com espinhos. “O que foi semeado entre espinhos é o que ouve a palavra, mas os cuidados deste mundo, e a sedução das riquezas sufocam a palavra, e fica infrutífera;” Mat 13;22

Enfim, se nossa alma egoísta ainda é um espinhal carece ser “cultivada”; se, esperamos que nela cresçam frutos agradáveis ao Senhor. Ouçamos Jeremias: “Porque assim diz o Senhor aos homens de Judá e a Jerusalém: Preparai para vós o campo de lavoura; não semeeis entre espinhos.” Jr 4;3

Senão seremos como os batalhadores iniciais, que, estavam endividados com O Santo, mas, presumiam que Ele os defenderia se tão somente expusessem a Arca ao perigo. Deus deixou que a mesma fosse tomada pelos Filisteus. Nas coisas espirituais não há espaço para espertezas, atalhos, jeitinho.

Trata-se de uma batalha; lutamos com Deus, ou, contra Ele. Não há meio termo. E lutar com Deus não significa pairar sobre as dificuldades; antes, triunfar a elas fortalecido pela Divina presença. “Quando passares pelas águas estarei contigo, quando, pelos rios, eles não te submergirão; quando passares pelo fogo, não te queimarás, nem a chama arderá em ti.” Is 43;2

Aí, invés de bailarmos ao redor de um símbolo inerte brilhará em nós, para que todos vejam, a Luz, do Deus vivo.

domingo, 29 de janeiro de 2017

Contrapartida da Graça

“Sucedeu, pois, que no dia seguinte Moisés entrou na tenda do testemunho, a vara de Arão, pela casa de Levi, florescia; produzira flores, brotara renovos, dera amêndoas.” Num 17;8

Alguns hebreus tinham posto em dúvida a escolha da tribo de Levi para o sacerdócio. Acusaram Moisés de nepotismo, de favorecer seus parentes, sendo, a escolha de Aarão para sumo sacerdote, de origem humana, não, Divina.

Ele colocou o problema para Deus, que os escolhera. O Eterno ordenou que cada tribo pusesse um bordão junto à Arca da Aliança, o que florescesse durante a noite, seria escolhido. E, fez melhor que isso; digo, além de flores, na vara de Aarão surgiram frutos, amêndoas.

Esse incidente enseja algumas reflexões sobre o testemunho. De nós para nós, no âmbito humano, digo, pela boca de duas, três testemunhas todo juízo se estabelecerá; se, alguns derem falso testemunho, como, muitas vezes acontece, dessa condição, migrarão para a de réus, quando, O Supremo julgar, finalmente.

Mas, eu tinha em mente o testemunho a favor de Deus, quem dará? Nesse caso específico, as duas testemunhas foram vida, e tempo. Sabemos que um bordão é de madeira seca, portanto, sem vida; uma “árvore” assim, brotar, florescer, é totalmente impensável, impossível, sem intervenção do Autor da Vida; além disso, florescer e frutificar numa noite, igualmente, pois, tais eventos demandariam o curso de certo tempo, ou, a intervenção do “Pai da Eternidade”.

Desse modo, quando a doutrina da Trindade era ainda oculta, O Criador servia-se de elementos da natureza como testemunhas. “Os céus e a terra tomo hoje por testemunhas contra vós, que tenho proposto a vida e morte, bênção e maldição; escolhe, pois, a vida, para que vivas, tu e tua descendência.” Deut 30;19 Quando do, pós dilúvio colocou Seu Arco no céu, disse a Noé que seria uma aliança de que não haveria um novo; sempre que enviasse chuva traria junto Seu arco, o qual, vendo, se “lembraria” de Sua promessa.

Teria O Altíssimo, problemas de memória? Óbvio que não. Não era para Ele se lembrar, mas, para o patriarca não ser acossado por temores sempre que chovesse novamente. Uma amorosa proteção emocional; também, uma testemunha da fidelidade do Eterno.

Entretanto, no Novo Testamento a revelação foi ampliada; tivemos Joao Batista testemunhando da Luz; Jesus Cristo; Esse, testemunhando do Pai, mediante ensinos, obras; depois de Sua Ascenção, O Espírito Santo testemunhando Dele, fazendo lembrar cabalmente, Seus Feitos, Sua Doutrina.

Quanto a nós, após o perdão das faltas, o novo nascimento, adoção na família da fé, nosso papel funcional é justo, esse: Testemunhas. “Recebereis virtude do Espírito Santo, que há de vir sobre vós; e ser-me-eis testemunhas, tanto em Jerusalém como em toda a Judéia, Samaria, e, até aos confins da terra.” Atos 1;8

Éramos como o bordão de Aarão, secos, mortos; mas, milagrosamente fomos galardoados com vida, feitos capazes de florescer, frutificar. Como o testemunho, aquele, moveu tempo e vida, igualmente, o nosso. Devemos antes de mais nada, rever nossa relação com esses dois. Diferente dos mortos que dizem: “Curta a vida, porque a vida é curta”, o fato de termos recebido vida eterna, nos permite “perdermos” essa, breve, dura, pela que ganharemos.

As agruras do combate fazem a vida dos salvos mais penosa que a dos ímpios, daí, Paulo dizer que, se tudo acabasse mesmo, aqui, seria uma perda insana: “Se esperamos em Cristo só nesta vida, somos os mais miseráveis de todos os homens.” I Cor 15;19

Dos salvos, pois, se requer uma relação mais tranquila com o tempo, paciência, como a do lavrador que espera o fruto da Terra. Além disso, a vida eterna começa aqui, não é só uma reserva para o porvir: “Milita a boa milícia da fé, toma posse da vida eterna, para a qual também foste chamado, tendo já feito boa confissão diante de muitas testemunhas.” I Tim 6;12

Começando já, sua expressão tem mais a ver com qualidade de vida espiritual, testemunho, que, com tempo, pois, do nosso ponto de vista não é mais fator de preocupação. “De sorte que fomos sepultados com ele pelo batismo na morte; para que, como Cristo foi ressuscitado dentre os mortos, pela glória do Pai, assim, andemos também, em novidade de vida.” Rom 6;4

Os que almejaram o lugar de Aarão, não miraram nas responsabilidades pertinentes, antes, nos imaginados privilégios; Se, alguém tenciona aproximar-se do Cordeiro de Deus, por facilidades, melhor ficar onde está, na sua sina de vara morta. Todo tempo e vida Ele disponibiliza aos Seus, porém, o ingresso é uma cruz, o custo da permanência, obedecer.

A Salvação é de graça porque a não merecemos, mas, custa esforço, renúncia, porque O Santíssimo não merece que sujemos Sua Casa.

domingo, 17 de janeiro de 2016

Menor que nós; o Deus que não precisamos

“Chamou ao menino Icabode, dizendo: De Israel se foi a glória! Porque a arca de Deus foi tomada, por causa de seu sogro, de seu marido.” I Sam 4; 21

O contexto é de uma batalha perdida por Israel, onde, Hofni e Finéias, filhos do Sacerdote Eli foram mortos, ele próprio morreu ao saber;  a Arca de Deus fora tomada pelos inimigos. A mulher de Finéias que estava grávida, ao receber as novas, precipitou o parto, ao dar à luz, disse as palavras supra.

... de Israel foi-se a glória, porque a Arca de Deus foi tomada.” Interessante essa interpretação rasa que temos; supormos que, um símbolo seja maior que, o que simboliza. Por exemplo: Uma aliança conjugal simboliza um pacto de fidelidade mútua, entre nubentes, “até que a morte os separe”. Mas, quem garante isso não é a aliança, antes, integridade e fidelidade dos pactuantes. Sem isso, a aliança nada vale; o adultério fatalmente acontecerá.

Chamemos a essência, de substância; o símbolo, de figura. Assim, a substância no relacionamento Deus-Israel era a Divina presença entre o povo, a figura desse relacionamento, a Arca da Aliança. Como no exemplo anterior, a figura não faz sentido, quando a substância não existe. Infelizmente, eles pensavam que a Arca movia Deus, invés da consagração, da obediência.

Tanto, que resolveram leva-la temerariamente ao campo de batalha, assim, estariam “forçando” Deus a participar da peleja para “defender-se”. Santa ignorância! Ora, a adversidade era já o juízo Divino contra uma casa sacerdotal relapsa, profana, que fora advertida mediante profetas, e seguira em sua rebelião.

Os Filisteus eram os instrumentos do juízo de Deus contra o povo desobediente. Pra eles a glória era ter a Arca, não um relacionamento sadio. Como transformaram o objeto em ídolo, O Altíssimo permitiu que fosse tomado pelos inimigos.

Uma coisa que deveria ser elementar, infelizmente, não é. A substância sempre vem antes da figura; o relacionamento, do símbolo. Os cônjuges, primeiro se amam, pra depois casarem, usarem alianças; o convertido primeiro crê, se arrepende, pra depois patentear isso mediante o batismo; o pão e o vinho da Santa Ceia são símbolos do Corpo e do Sangue de Cristo, e somos exortados a aferirmos a substância, antes de nos associarmos à figura. Examine a si mesmo antes de participar, discirna o Corpo de Cristo, para que eventual participação indigna não se torne juízo para si. Noutras palavras: Se você não é dos tais, não encene como se fosse, será pior.

Uma das figuras mais vilipendiadas pelos mercenários modernos é o óleo da unção. Qualquer pessoa minimamente esclarecida nas coisas espirituais sabe que, quem unge é O Espírito Santo, sendo o óleo, mera figura dessa unção. Traduzindo: A unção não está no óleo, mas, na vida do ministro, se, deveras, é um ungido.

Contudo, grassa ante nossos olhos um fetichismo doentio, similar ao que se faz na macumba. Há muitos “evangélicos” correndo atrás desses objetos “consagrados”. O que querem com isso? Obrigar Deus a pelejar por eles? Ora, se, O Todo Poderoso é algo assim, manipulável, que qualquer cretino o desloca ao sabor dos seus anseios, por que precisaríamos Dele ainda? Se pode ser movido por nós, devemos ser mais fortes que Ele.

Na verdade nem sei o que me irrita mais, se, o salafrário que vende “facilidades góspeis” profanando ao Santo Nome, ou, o imbecil que as compra, como se fosse possível encontrar joias caras em lojinhas de 1,99. Francamente!! Que gente estúpida, sem noção!!

Ontem me ofereceram em meu pátio uma “fitinha da Proteção Divina” que deveria amarrar em meu pulso; tomar um ônibus grátis que passará hoje perto de minha casa e ir lá, para que o “pastor” corte-a e tire o mal da minha vida. A vontade foi fazer um escarcéu, mas, estava trabalhando, várias pessoas na rua; ia parecer que estávamos brigando por religião. Peguei os “testemunhos de vitória” a referida fita, os coloquei no lixo e segui meu trabalho.

Quando a Unção está na vida de alguém, não precisa de símbolos, a eficácia de sua oração se encarrega de demonstrar; quando não está, não adianta “rosa ungida, cimento da casa própria fitinha do escambau, óleo da ponte que caiu”, nada!! Mera macumba com roupas estranhas.

Infelizmente, otário e vigarista se completam; aquele por querer coisas caras via caminhos fáceis; esse, por fazer crer que é portador desses caminhos. Quem se deixa roubar por um mercenário de preguiça de conhecer nas Escrituras a Vontade do Senhor, merece ser roubado, pois, rouba a si mesmo, a própria vida.


Deus não pode ser coagido a fazer o que não quer; e só quer proteger aos fiéis. “Os meus olhos procurarão aos fiéis da Terra...” Sal 101; 6